Infeções do Aparelho Respiratório Superior e Inferior Flashcards

1
Q

onde sao encontradas as infecoes do trato respiratorio ?

A

As infeções do aparelho respiratório superior e inferior habitualmente são estudadas em conjunto. Do trato respiratório superior vamos estudar a cavidade nasal, a faringe e a laringe
e do inferior a traqueia, o brônquio principal e o pulmão.

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2
Q

como avaliamos as infecoes ?

A

Para avaliar as infeções do trato respiratório superior podemos ter como amostras da cavidade nasal uma zaragatoa ou aspirados nasais/secreções nasais, da faringe e da laringe
podemos receber também zaragatoas.
Por outro lado, do trato respiratório inferior recebemos expetoração (exp.) – é o mais comum, no entanto, a pior amostra para se fazer diagnósticos de infeções do trato respiratório
inferior; lavados brônquicos alveolares (LBA), realizados por uma técnica de broncofibroscopia,
que se trata de uma técnica muito invasiva/agressiva onde o doente é anestesiado e é realizada quando há suspeita infeciosa ou oncológica e sendo uma colheita de urgência tem de ser
imediatamente tratada; secreções brônquicas, sendo que estas costumam ser mais superficiais e retiradas, por exemplo, através de um cateter na laringe.

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3
Q

o que é a rinite (superior)?

A

Infeção aguda ou crónica da mucosa das fossas nasais onde 15% tem origem bacteriana (S. pyogenes – agente responsável pela Escarlatina, doença de declaração obrigatória que exige quarentena ou S. agalactiae do grupo A) e 80% origem viral (pode-se pedir a pesquisa de vírus
em particular).

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4
Q

o que é a sinusite (superior)?

A

Frequentemente de origem endógena, a partir de microrganismos presentes nas vias aéreas superiores, já que os seios perinasais comunicam com a cavidade nasal.
Agentes mais frequentes: Streptococcus pneumoniae; Haemophilus influenzae;
Moraxella catarrhalis; Streptococcus spp; Staphylococcus aureus; Bacilos Gram negativo; eventualmente, anaeróbios; fungos como Candida spp.
Colheita e Transporte: Única amostra válida → punção do seio perinasal, realizada pelo
especialista, meio de transporte para aeróbios e eventualmente para anaeróbios.
Exame Direto: Fazer esfregaço para coloração pelo método de Gram.
Exame Cultural:
Meios sólidos → Ágar sangue e Ágar chocolate;
Meios líquidos → BHI ou Todd-Hewitt, suplementado com sangue; meio de carne cozida (pesquisa de anaeróbios).
Incubação: 18 a 24 h em atmosfera de 5% de CO2. Subcultura dos meios líquidos para meios sólidos de acordo com culturas iniciais.
Quando indicado processar para pesquisa de anaeróbios.

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5
Q

o que é a faringite (superior)?

A

Agente Patogénico: Streptococcus pyogenes (S. β-hemolítico do grupo A).
Colheita e Transporte: Deprimir a língua com uma espátula e utilizar uma zaragatoa, passando vigorosamente ao nível das amígdalas, evitando tocar a língua e a úvula. Evitar
contaminação com saliva.
Meio de Transporte: Não é necessário se o processamento laboratorial ocorrer dentro de 3 horas ou então usar meio de Stuart ou Amies.
Exame Direto: Não se recomenda (flora mista e de um grande número de outros
Streptococcus na orofaringe).
Exame Cultural: Agar sangue ou meio de Todd-Hewitt suplementado com sangue.
Incubar durante 18-24 h a 35℃ em atmosfera de aerobiose (eventualmente em
anaerobiose que favorece a hemólise uma vez que a Streptolisina O é oxigénio-lábil).
Identificação: Colónias pequenas, opacas, envolvidas por uma zona de hemólise total. Sensibilidade à bacitracina.
Serodiagnóstico: Deteção de anticorpos anti-estreptolosina O ao 10º dia de infeção
crónica.

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6
Q

como é a flora do aparelho respiratorio superior ?

A

A flora bacteriana do aparelho respiratório superior é mista e abundante. As bactérias
apresentadas colonizam sobretudo a orofaringe e, por vezes, as fossas nasais.
Aeróbios: Streptococcus, Haemophilus e Neisseria spp.
Anaeróbios:Peptostrepococcus, Veillonella, Actinomyces e Fusobacterium spp.
Agentes potencialmente patogénicos: S. pneumoniae, S. pyogenes, S. aureus, H.
influenzae, N. meningitidis, Moraxella catarrhalis e membros das Enterobacteriaceae.
Colonizadores mucosa nasal anterior: Staphylococcus epidermidis, difteroides.
Seios paranasais e ouvido médio: não há flora microbiana nos indivíduos saudáveis.
Nota: No processamento das zaragatoas nasais não fazemos Gram, pois os agentes patogénicos têm a mesma morfologia dos que fazem parte da flora saprófita. Assim, o Gram não iria trazer
nenhuma mais-valia para a marcha laboratorial.

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7
Q

o que é a faringite gonocócica ?

A

Agente Patogénico: Neisseria gonorrhoea (habitualmente uma doença sexualmente
transmissível)
Colheita e Transporte: Amígdalas e faringe posterior.
Meio de Transporte: necessita de um meio de transporte para chegar viável ao
laboratório, que tem carvão (ex.: Meio de Amies com carvão).
Exame Direto: Não deve ser efetuado (neisserias saprófitas).
Exame Cultural: Meio seletivo para N. gonorrhoeae (Gelose chocolate simples e Gelose
de chocolate Polivitex, Thayer-Martin modificado).
Incubação: 48-72 horas, 35℃, atmosfera de 5-10% de CO2.

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8
Q

o que é a faringite na tosse convulsa ?

A

Todos nós estamos vacinados contra a tosse convulsa, no entanto, esta ainda aparece.
Agente Patogénico: Bordetella pertússis.
Colheita e Transporte: Com zaragatoa colher muco da nasofaringe por via perinasal ou efetuar colheita por aspiração nasofaríngea.
O agente é muito sensível à desidratação, devendo a amostra ser semeada à cabeceira do doente e imediatamente enviada ao laboratório para fazer a pesquisa. Se isso não
for possível, utilizar meio de transporte e de enriquecimento que contém na sua constituição, cefalexina, sangue desfibrinado de cavalo e agar semissólido.
Exame Cultural: Meio de Bordet-Gengou (é um meio rico).
Incubação: 35℃, atmosfera húmida (apenas), 5-7 dias, em aerobiose.

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9
Q

o que é a faringite diftérica ?

A

A gravidade da doença deve-se à ação da exotoxina que interfere na síntese proteica e,
ao difundir-se por via sanguínea pode afetar o coração, rins, fígado e sistema nervoso central. Estamos também vacinados contra o agente que provoca a doença.
Agente Patogénico: Corynebacterium diphtheriae.
Colheita e Transporte: Falsas membranas, exsudado da orofaringe e da nasofaringe com zaragatoa.
Exame Cultural: Meio de Loeffler incubar 18 horas em aerobiose a 35℃.
Identificação:
Colónias com aspeto variável consoante o meio (no agar sangue podem apresentar hemólise).
Realizar esfregaço e corar com azul de metileno para observação da presença
de bacilos em “paliçada” ou “caracteres chineses” apresentando grânulos
metacromáticos.
Bacilos Gram positivos, finos ligeiramente encurvados, não esporulados.
Deteção do poder Toxigénico: Teste de Elek → reação de imunoprecipitação em
gel com um soro anti-toxina específico.

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10
Q

o que é a angina de vincent ?

A

Agentes Anaeróbios: Borrelia vincentii e Fusobacterium spp.
Diagnóstico Laboratorial: Exame direto do esfregaço de material da faringe colhido com zaragatoa e corado com carbolfucsina diluída (fucsina de Ziehl diluída a 1:10) -cultura difícil.
A observação de muitas espiroquetas e bacilos fusiformes com muitos
polimorfonucleares confirma o diagnóstico.
Esta doença tem os agentes Borrelia vincentii, que se trata de uma espiroqueta, e o
Fusobacterium spp e, neste caso, o diagnóstico só se faz por Gram, ou seja, é uma
exceção em que fazemos um esfregaço e não uma cultura, pois na cultura estes agentes
não iriam crescer.

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11
Q

o que é a otite média ?

A

A otite média é uma infeção muito frequente em bebés e crianças.
Agentes mais frequentes: Streptococcus pneumoniae; Streptococcus pyogenes;
Haemophilus influenzae.
Agentes menos frequentes: S. aureus, M. catarrhalis, Enterobacteriaceae e anaeróbios
Colheita e Transporte:
Timpanocentese → Meio de transporte para aeróbios e para anaeróbios.
Rutura do tímpano → Espéculo auricular e colher o exsudado com zaragatoa,
meio de transporte para aeróbios.
Exame Direto: Fazer esfregaço para coloração pelo método de Gram.
Exame Cultural: Otite externa. Não é uma infeção das vias respiratórias superiores. A
Pseudomonas aeruginosa, uma bactéria aeróbia estrita, trata-se da causa frequente de otite externa, sobretudo pessoas que frequentam muito piscinas.

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12
Q

como é feito o rastreio de portadores na nasofaringe de S.aureus?

A

Vigilância e controlo de surtos
de infeção nosocomial (sobretudo em doentes imunocomprometidos). O S. aureus coloniza muito as mucosas nasais.
Colheita da Amostra: colher com zaragatoa a nível das narinas e faringe.
Meio Seletivo: Ágar-manitol salgado.
Incubação: Em aerobiose a 35℃ durante 18-24h.
Identificação: Colónias branco-amareladas que fermentam o manitol,
produtoras de coagulase.

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13
Q

como é feito o rastreio de portadores de N.meningitidis ?

A

Controlo de disseminação da infeção a partir de um caso de doença meningocócica.
Colheita da Amostra: A partir da orofaringe e nasofaringe com colocação em meio de transporte apropriado.
Meio Seletivo: Thayer-Martin modificado.
Incubação: Durante 48-72h a 35℃ em atmosfera de 5% de CO2.
Identificação: Colónias cinza-amareladas de bordos irregulares, produtoras de
oxidase e catálase.

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14
Q

o que é a bronquite ? (inferior)

A

Bronquite Aguda
Infeções do epitélio ciliado dos brônquios, que se caracterizam por inflamação
aguda com edema profuso e hipersecreção brônquica.
Infeção viral, normalmente antecedida de rinite viral.
Sobreinfeção por bactérias comensais das vias aéreas superiores, favorecida
pela fragilidade do epitélio ciliado.
Bronquite Crónica: Caracteriza-se histologicamente por lesões graves do epitélio brônquico, por inalação de substâncias tóxicas. Insuficiência respiratória exacerbada
com episódios agudos desencadeados por sobreinfecção. A mucosa brônquica é colonizada permanentemente por bactérias da flora intestinal.

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15
Q

o que é a pneumonia ?

A

Infeções do parênquima pulmonar habitualmente localizadas num segmento ou num lóbulo pulmonar.
Principais agentes: Streptococcus pnemoniae; H. influenzae; Staph. Aureus; Anaeróbios da cavidade oral; Moraxella catarrhalis; Chlamydia pneumoniae; Legionella pneumoniae.

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16
Q

o que sao as infecoes pulmunares ?

A

Infeções Pulmonares Crónicas: Numerosas bactérias podem induzir infeções do
parênquima pulmonar de evolução crónica. Manifestam-se por sinais pulmonares
discretos e variáveis consoante o agente infecioso: Mycobacterium tuberculosis;
Actinomyces israelli; Nocardia asteroides.
Infeções Pulmonares Agudas: Favorecidas por intervenções cirúrgicas torácicas,
infeções nasocomiais, contaminações através da via linfática/sanguínea.

17
Q

o que é a pleurisia ?

A

Infeção da cavidade pleural acompanhada de exsudado inflamatório purulento.
Diagnóstico Laboratorial: frequentemente dificultado pela contaminação das amostras
por flora comensal da orofaringe durante a colheita.
Colheita e Transporte:
Expetoração → 1ª expetoração da manhã (ao levantar); lavar a boca antes;
colher por tosse profunda (desprezar amostras de saliva ou rinorreia); colocar
amostra num recipiente estéril, seco, de boca larga e tampa de rosca.
Se a expetoração for escassa, induzi-la por nebulização com soro fisiológico
(procedimento não recomendável em caso de tuberculose).
Secreções Brônquicas por Aspiração Endotraqueal → amostra colhida por
broncoscopia.
Lavado Brônquico ou Bronco-alveolar → enviar amostras ao laboratório em
recipiente seco, estéril, com tampa de rosca, devidamente marcados por ordem
de colheita (1ª, 2ª, 3ª).
Escovado Brônquico → colocar em recipientes esterilizados com 1 ml de água
destilada esterilizada.
Aspirado Pulmonar (Transtorácico) → Colheita cirúrgica, controlada por TAC.
Se a lesão for extensa, ou múltipla, colher várias amostras.
Enviar ao laboratório a amostra em seringa devidamente tapada por borracha
esterilizada, num prazo máximo de 30 minutos.
Biopsia Brônquica e Pulmonar → recipiente estéril com água, procedimento
semelhante ao anterior.

18
Q

qual é o procedimento laboratorial das expeturações e secreções bronquicas ?(pleurisia)

A

Exame Direto:
Selecionar parte purulenta da amostra, efetuar um esfregaço por estiramento, e corar pelos métodos de Gram ou Ziehl-Neelson.
Observar ao M.O. com objetiva de 10x para avaliar a qualidade da amostra tendo em conta a presença de leucócitos, células epiteliais e o predomínio de algumas bactérias.
Classificar as amostras segundo o critério de Murray e Washington (não deve ser
aplicado o critério em leucopénicos ou imunodeprimidos).
Exame Cultural:
Fluidificação com N-acetilcisteína a 1% ou outro fluidificador.
Da porção purulenta selecionada, semear com ansa esterilizada em agar-sangue, agarchocolate seletiva para Haemophilus spp e agar-MacConkey (opcional).
Quando há indicação de suspeita de Legionella sp, fungos, micobactérias, Chlamydia e vírus, acrescentam-se outros meios.
Incubar com 5 % CO2 a 35℃, 18-24 horas. Reisolar e identificar a estirpe valorizada.

19
Q

qual é o procedimento laboratorial para o lavado broncoalveolar ?(pleurisia)

A

A primeira amostra (fração brônquica) deve ser processada separadamente para coloração e culturas de determinados microrganismos (Micobactérias, Legionella e Fungos). As outras duas amostras podem ser misturadas e usadas para exame microscópico e culturas quantitativas.
Exame Direto: Contagem celular na amostra não fracionada nem centrifugada, usando um
hematocitómetro. Os esfregaços devem ser efetuados após citocentrifugação do LBA.
Coloração Giemsa → Contagem diferencial de leucócitos e células epiteliais
pavimentosas (>1%, sugere contaminação com flora da orofaringe). Observação da
existência de células epiteliais brônquicas.
Coloração Gram → Semiquantificação e caracterização morfológica e tintorial dos microrganismos presentes. Referir a percentagem de neutrófilos com microrganismos
intracelulares (ICO).
Pesquisa de Fibras de Elastina → Uma gota de LBA + uma gota KONa 40%. Incubar à
temperatura ambiente durante 1 a 4 horas ou aquecer à chama. Observação
microscópica com objetiva 100x. Em doentes ventilados e sob antibioticoterapia prévia,
estes valores são imprecisos.

20
Q

qual é o procedimento laboratorial no escovado bronquico ? (pleurisia)

A

Exame Cultural:
Agitar no “vortex”. Quantificar o crescimento correspondendo cada colónia a 102
U.F.C./ml. Valorizar as estirpes isoladas em quantidade >103
Um crescimento > 103 U.F.C./ml indica uma concentração de bactérias de 106 U.F.C./ml nas secreções, valor normalmente considerado significativo de infeção.

21
Q

qual é o procediemnto laboratorial no aspirado transtraqueal, pulmonar e biópsia pulmonar ?

A

Meio líquido para anaeróbios (quando solicitada cultura para anaeróbios e se a amostra tiver sido colhida e transportada em condições adequadas). A colheita deve ser feita em 3 dias
consecutivos e o transporte em cerca de 30 minutos.
Mycobacterium tuberculosis
Exame direto: Ziehl-Neelson
Exame cultural: Lowensteen-Jensen, Middlebrook, BACTEC
Identificação: Colónias rugosas (couve-flor), cor mate.
Legionella pneumophila
Associada a surtos cuja fonte de contaminação é água contaminada com este
agente ou aerossóis provenientes de sistemas de climatização.
Exame direto: Não corada por Gram, imunofluorescência direta.
Exame cultural: BCYE (buffer de carvão, com extrato de levedura) com 5 % CO2,
37℃, 3-7 dias; BACTEC.
Identificação: Bacilos finos, móveis, aeróbios estritos, catalase positivos.

22
Q

como processamos as amostras que chegam ao nosso laboratorio do trato respiratorio superior?

A

Exsudado nasal: Gelose de sangue.
Exsudado orofaríngeo: Gelose de sangue + Todd (meio líquido).
Meio de Bordet-Gengou para a Bordetella pertússis.
Meio de Loeffler para o bacilo diftérico.
Gelose de chocolate para a neisseria.

23
Q

como processamos as amostras que chegam ao nosso laboratorio do trato respiratorio inferior ?

A

Estas amostras são processadas de maneiras diferentes.
Se forem expetorações ou secreções brônquicas semeamos a amostra no meio de MacConkey, gelose de sangue ou gelose de chocolate em haemophilus. Posteriormente, fazemos 2 lâminas, sendo uma para a coloração de Gram e outra para a de Ziehl-Neelsen.

24
Q

quais sao os criterios de rejeicao de uma expetoracao ?

A

A expetoração ter restos alimentares, o que significa que a colheita foi mal feita, pois a colheita de uma expetoração é obrigatória ser feita em jejum. Se não for feita em jejum, mesmo que o doente bocheche a boca com uma solução salina, esta não irá eliminar os restos dos alimentos.
Assim, uma expetoração para ser corretamente colhida tem de ser em jejum, em que o
paciente bochecha uma solução salina.
A amostra obtida não deve ser produto salivar (porque queremos identificar uma
infeção dos pulmões e a saliva é um produto que está na boca), tem de ser expetoração e ter leucócitos em quantidade suficiente para o exame bacteriológico.
Técnicos com muita experiência conseguem fazer a olho a triagem da expetoração.
Quando verificam que a expetoração é purulenta e tem grumos purulentos trabalham logo com
esta amostra, mas se suspeitam que é apenas saliva elaboram um Gram para confirmar essa
suspeita.

25
Q

quais sao os criterios de rejeicao de um lavado ?

A

se a amostra for um lavado o que chega ao laboratório é água ou soro fisiológico em volumes variáveis (ex.: 20, 40, 50, 100 ml). Primeiramente o lavado tem de ser
centrifugado a 5 minutos a 3000 rotações por minuto. Posteriormente faz-se a decantação e obtêm-se o sedimento que é o que semeamos nos mesmos meios que as expetorações ou
secreções brônquicas. Por último, faz-se então as laminas.
Critérios de rejeição de um lavado: são muito poucos. O lavado tem de ser feito na hora, pois é uma técnica muito debilitante para o doente.