Infecções respiratórias agudas das VAS Flashcards
Def. Resfriado comum (nasofaringe viral)
Infecção viral»_space; inflamação da mucosa nasal, podendo acometer seios paranasais e nasofaringe
Duração média de 7 dias
Rinite viral aguda. O que é?
Apenas um resfriado comum
Criança que frequenta creches apresentam maior frequênica de resfriado comum do que as que não frequentam. V ou F?
Verdadeiro
Principal agente etiológico do resfriado comum
Rinovírus»_space; imunidade sorotipo-específica, porém há mais de 200 sorotipos»_space; criança fica resfriada com muito mais frequência. Não há imunidade cruzada
Agentes do resfriado comum
- Coronavírus
- Influenza»_space; também pode causar síndrome gripal
- Rinovírus
- Parainfluenza»_space; implica mais na laringotraqueíte viral aguda
- Vírus sinsicial respiratório (VSR)
Principal agente etiológico da bronquiolite viral aguda
Vírus sinsicial respiratório (VSR)
Clínica do resfriado comum
- Coriza que se inicia hialina e se transforma em purulenta, espessa, esverdeado»_space; não prescrever ATB por isso (sempre presente)
- Obstrução nasal (sempre presente)
- Espirros
- Roncos: indicam secreção livre nas VAS
- Odinofagia
- Hiperemia de mucosas
- Tosse predominantemente noturna (por conta do gotejamento)
- Gotejamento pós-nasal
- Sensação de garganta “arranhando”
- Febre: pode ser afebril, febre baixa ou alta
Febre alta isolada indica que a criança com resfriado comum esteja complicando com um infecção bacteriana. V ou F?
Falso!!
Tratamento do resfriado comum
- Antipiréticos:
a) Paracetamol 200 ng/ml na dose 1 gota/kg/dose de 6/6h
b) Dipirona 500 mg/ml na dose de 1/2kg/dose de 6/6h
c) Ibuprofeno 50 ng/ml 2 gotas/kg/dose 8/8h - Desobstrução nasal: lavagem nasal com SF 0,9%
- Mel 5-10 ml a noite: parece reduzir a tosse no período noturno. Não usar em crianças < 1 anos de idade (risco de botulismo)
- Não usar medicamentos desnecessários. Ex: mucolítico, descongestionantes, anti-tussígenos
Medicação que não deve ser usada nos casos de refriado comum
AAS!!!
Influenza ou varicela + AAS pode precipitar a Síndrome de Reye»_space;> encefalopatia + disfunção hepática
Como evitar o resfriado comum?
Lavagem de mãos
Complicação bacteriana mais frequente do resfriado comum
Otite média aguda
30% evolui para OMA
Fisiopatogenia da otite média aguda
Infecção bacteriana com inflamação da orelha média
Fisiopatologia da OMA
Disfunção tubária (tuba obstruída)»_space; acúmulo de secreção na orelha média (ventilação prejudicada) por pressão negativa nesta câmara»_space; ascensão e proliferação bacteriana da câmara
No resfriado comum e na hipertrofia de adenoide»_space; inflamação da mucosa da tuba auditiva»_space; disfunção tubária
Etiologia da OMA
S pneumoniae
H influenzae (não tipável)
Moraxella catarrhalis»_space; menos frequente
Clínica da OMA
- Otalgia. Se < 2 anos: Irritabilidade, choro, dificuldade para dormir
- Otorreia»_space; quando drena espontaneamente a otalgia some. Pode estar presente na OEA
- Febre (frequentemente)
- Hipoacusia flutuante
- Inapetência
- Criança que leva a mão até o ouvido
- História de resfriado recente
Idade mais comum do resfriado comum
< 5 anos
Idade mais comum da OMA
< 2 anos»_space; tuba auditiva mais horizontalizada
Diagnóstico da OMA
Otoscopia:
Membrana timpânica opaca, hiperemiada, abaulada*, convexa, com perda da mobilidade, perfurada, com secreção
*mais específico
Características da membrana timpânica normal
Transparente (visualizado o cabo do martelo)
Brilhante»_space; reflete a luz do otoscópico (triângulo luminoso)
Côncava
Móvel»_space; otoscopia pneumática
Tratamento da OMA
-Analgesia/antipirético
- Avaliar ATBterapia: criança pode evoluir com resolução espontânea. AMOXICILINA 40-50 mg/kg/dia por 10 dias. Indicar se:
a) < 6 meses
b) 6 meses a 2 anos em casos graves, otorreia por OMA e/ou bilateralmente
c) >= 2 anos em casos graves e/ou otorreia
Prescrever dose dobrada se fatores de risco presentes para infecção pelo pneumococo, que tem baixa sensibilidade a amoxi:
a) < 2 anos
b) Creche
c) Uso de ATB prévio
Associar clavulanato se:
a) Falha terapêutica com amoxicilina
b) OMA + conjuntivite (comum por hemófilo)
c) Uso recente de ATB (< 30 dias)
- *Doenças graves:
- Tax >= 39 ºC
- Dor moderada-intensa
- > 48h de doença
*Não prescever AAS
Complicações da OMA
- Otite média serosa (O.M. com efusão persistente/ secretora)
- Perfuração timpânica
- Mastoidite aguda
Características da Otite média serosa / secretora
Efusão sem inflamação: secreção permanece na orelha média sem inflamação exuberante (sem febre, otalgia etc)
Queia de plenitude auricular
Na maioria das vezes se resolve em 3 meses pela resolução da disfunção tubária
Se persistir por > 3 meses»_space; referenciar para o especialista»_space; timpanostomia
Características da mastoidite aguda
Processo inflamatório se estende para o periósteo da mastoide»_space; velamento das células aéreas por inflamação»_space; sinais de inflamação retroauricular (hiperemia, dor, edema, apagamento do sulco retroauricular, desvio do pavilhão)
Sempre hospitalizar e iniciar ATB EV +- miringotomia
Fisiopatologia da sinusite (rinossinusite) bacteriana aguda
IVAS de origem viral (fator precipitante mais comum), rinite alérgica, fibrose cística, sondas/tubos»_space; comprometimento da drenagem dos seios nasais por inflamação e edema»_space; acúmulo de secreção»_space; proliferação bacteriana
< 30 dias
Clínica da sinusite bacteriana aguda
Crança menor não manifesta dor facial, cefaleia, edema e sensibilidade à percussão da face
Apresentação na forma de Resfriado arrastado (>= 10 dias):
- Coriza abundante com secreção mucopurulenta
- Tosse intensa, diurna e noturna
Apresentação na forma de quadro grave (>= 3 dias):
- Febre alta (> 39 ºC)
- Coriza mucopurulenta + tosse intensa
Apresentação na forma de quadro que piora (bifásico):após melhora inicial de um quadro de resfriado, há piora clínica
Diagnóstico da sinusite bascteriana aguda
CLÍNICO! Não é necessário radiografar crianças < 5 anos (não se consegue diferenciar etiologia bacteriana x viral)
Etiologia da sinusite bacteriana aguda
S pneumoniae
H influenzae (não tipável)
Moraxella catarrhalis
(mesmo da OMA)
Tratamento da sinusite bacteiana aguda
Amoxicilina 45-50 mg/kg/dia
Amoxi-clav em crianças < 2 anos que frequentam creche, ou uso d ATB prévio
Manter ATB por mais 7 dias após a melhora clínica
Principal forma de transmisão dos vírus causadores do resfriado comum é a via inalatória. V ou F?
Falso!!! É o contato direto
Parece sinusite, mas é unilateral. Diagnóstico?
Corpo estranho nasal
Queixa principal: dor de garganta. Doença?
Faringite aguda
Etiologia principal da faringite bacteriana
Streptococcus b-hemolítico do grupo A (pyogenes)
Clínica da faringite bacteriana
- Febre
- Manifestações inespecíficas (dor abdominal, vômitos)
- Dor de garganta
- Exsudato amigdaliano (não é específico)
- Petéquias no palato (mais se corelaciona com infecção bacteriana)
- Adenopatia cervical
- NÃO TEM TOSSE, CORIZA, MANFESTAÇÕES CATARRAIS
Idade mais frequente da faringite estreptocócica
5-15 anos
< 3 anos não ocorre!