Cardiopediatria Flashcards

1
Q

A partir dos ___ anos, todas as crianças devem ser submetidas a avaliação da PA.

A

3 anos! Se < 3 anos, aferir somente se fator de risco:

  • Hipertensão intracraniana
  • Doença renal
  • Prematuridade
  • Cardiopatia congênita
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2
Q

Classificação de PA em pacientes de 1-13 anos

A

PA normal: PAS e PAD < p90

PA elevada:

  • PAS >= p90 e < p95 e/ou
  • PAD >= p90 e < p 95 ou
  • PA >= 120x80 e < p 95

HAS estágio 1

  • PA >= p95 e < p95 + 12 mmHg ou
  • PA 130x80 a 139x89

HAS estágio 2

  • PA >= p95 + 12 ou
  • PA >= 140x90
  • Avaliar medida de PA em 3 ocasiões
  • Antes da tabela de PA, é necessário colocar a criança na tabela de sexo e idade x altura
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3
Q

Classificação de PA em >= 13 anos

A

Igual a do adulto

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4
Q

Como funciona a circulação fetal?

A

Feto recebe sangue oxigenado da placenta pelas ___, se encontrando com a VCI na altura do fígado&raquo_space; AD&raquo_space; sangue desviado para o AE pelo forame oval.
O pouco sangue que chega ao VD e chega à artéria pulmonar é desviado para a aorta pelo canal arterial (aumento da pressão pulmonar, mais alta do que a sistêmica). O resto passa para os pulmões somente para manter o órgão perfundido&raquo_space; SHUNT DIREITA-ESQUERDA (presão do AD é maior do que a do AE)

Ao nascimento, o fluxo placentário é interrompido&raquo_space; pulmão se expande para permitir a respiração pulmonar&raquo_space; pressão pulmonar cai&raquo_space; SHUNT ESQUERDA-DIREITA (pressão do AE torna-se maior do que a pressão do AD, com fechamento do forame oval e do canal arterial)

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5
Q

Septos que fazem parte da formação do coraão

A
  • Septo IA: 2 folhetos > primum e secundum
  • Septo IV
  • Septo conal > separa a aorta da artéria pulmonar
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6
Q

Classificação das cardiopatias congênitas

A

Acianóticas: hiperfluxo pulmonar, com SatO2 normal

Cianóticas: SatO2 é diminuída

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7
Q

Tipos de cardiopatias acianóticas

A
  • Comunicação IA (CIA, forame oval patente)
  • Comunicação IV (CIV)
  • Defeito do septo AV
  • Persistência do canal arterial
  • Coarctação da aorta
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8
Q

Tipos de cardiopatias cianóticas

A

Tetalogia de Fallot

Transposição das grandes artéas

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9
Q

Classificação da CIA (forame oval patente)

A

CIA ostium primum: defeito no septo primium&raquo_space; geralmente na região das válvulas

CIA ostium secundum: defeito no septo secundum&raquo_space; geralmente mais no meio do coração

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10
Q

Clínica da CIA

A

Sopro sistólico ejetivo (de baixa amplitude) no foco pulmonar&raquo_space; a diferença de pressão não é alta, por isso baixa amplitude

Desdobramento fixo da 2ª bulha: volume de sangue maior entrando na arteria pulmonar quando comparado com a aorta (atraso do fechamento da artéria pulmonar)&raquo_space; por causa do shunt esquerdo-direito

Resfriados mais frequentes pelo hiperfluxo sanguíneo pulmonar (pulmão mais encharcado)

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11
Q

Radiografia de tórax na CIA

A

Pulmão mais congesto&raquo_space; recebe mais sangue (hiperfluxo)

Dilatação dos vasos pulmonares e da área cardíaca direita

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12
Q

Tratamento da CIA

A

Hemodinâmico&raquo_space; amplatzer (prótese)&raquo_space; ostium secundum

Cirúrgico: patch fechando CIA&raquo_space; ostium primum (prótese fica sem ancoragem)

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13
Q

Classificação da CIV

A

CIV perimembranosa: união do septo cornal com a porção muscular do septo IV

CIV muscular: porção muscular de desenvolve do ápice para a base

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14
Q

Clínica da CIV

A

Sopro sistólico de alta amplitude&raquo_space; diferença de pressão entre os ventrículos é grande

Frêmito em BEE baixo

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15
Q

Radiogafia de tórax na CIV

A

Congestão pulmonar por hipefluxo&raquo_space; shunt do VE para o VD

Dilatação dos vasos pulmonares e da área cardíaca

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16
Q

Tratamento da CIV

A

Sempre cirúrgico! Patch fechando CIV

Algumas vezes, na CIV muscular, pode haver fechamento nos primeiros ano de vida

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17
Q

Classificação dos defeitos do septo atrioventricular

A

DSAV total&raquo_space; uma válvula só comunicando os átrios aos ventrículos

  • Válvulo AV única
  • Associação com CIA ostium primum
  • CIV perimembranoso

DSAV forma parcial&raquo_space; duas válvulas no mesmo plano (simétricas)&raquo_space; fenda no folheto da valva mitral

  • Fenda mitral
  • CIA ostium primum
  • CIV variável
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18
Q

Clínca do DSAV

A
  • Desdobramento fixo 2ª bulha
  • Sopro sistólico crescendo e decrescendo em BEE alto (hiperfluxo pulmonar)
  • Sopro mesosistólico por insuficiência mitral

-Pulmão congesto&raquo_space; dispneia, fadiga, infecções recorrentes&raquo_space; pelo hiperfluxo da artéria pulmonar (pela CIA, CIV, válvula única)&raquo_space; evolui para IC

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19
Q

O que é o sinal de Goose Neck (pescoço de ganso)?

A

Alongamento da via de saída do VE

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20
Q

Tratamento do DSAV

A

Cirúrgico

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21
Q

Cadiopatia congênita mais comum na sindrome de Down

A

DSAV

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22
Q

Fisiologia do fechamento do canal arterial

A

Shunt artéria pulmonar-aorta (PA pulmonar é altíssima pois vasos estão colabados)&raquo_space; passa a ser aorta-artéria pulmonar após abertura dos vasos pulmonares&raquo_space; sangue passa pelo canal de forma turbilhonar&raquo_space; fechamento funcional do canal pelo aumento da tensão de O2 (constricção)&raquo_space; 24-48h até final da 1ª semana deve ser fechado completamente

Fechamento anatômico do canal ocorre na entre a 3ª semana ao 3º mês&raquo_space; por isquemia e necrose do vaso

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23
Q

Fatores de risco para a persistência do canal arterial (PCA)

A
  • Sofrimento respiratório
  • Prematuridade
  • Na gestação: rubéola, álcool, anfetaminas etc
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24
Q

Clínica da PCA

A

Sopro contínuo em maquinária

Congestão pulmonar

25
Q

Tratamento da PCA

A

Farmacológico: período neonatal

  • Indometacina
  • Ibuprofeno

Hemodinâmica: coils

Cirúrgico: ligadura

26
Q

Fisiopatologia da coarctação de aorta

A

Estreitamento da aorta entre o arco e a porção descendente por um defeito da união entre o 4ª e 6º arco embrionário&raquo_space; obstrução gera turbilhonamento&raquo_space; volume menor e pressão menor para os MMII

27
Q

Clínica da coarctação de aorta

A
  • Sopro mesotelessitólico em região da axila e dorsal esquerdo
  • Ausência ou redução da amplitude dos pulsos arteriais dos MMII
  • Diferença de pressão entre os MMSS e MMII
  • Rx de tórax: aumento da vasculatura pulmonar, da área cardíaca e botão aórtico proeminente
28
Q

Tratamento da coarctação de aorta

A

Cirurgia

Dilatação por balão

29
Q

O teste do coraçãozinho faz triagem para quais cardiopatias?

A

Cardiopatias canal/ducto dependentes: se o canal arterial fechar, o RN morre

  • Fallot (graves)
  • Transposição das grandes artérias (graves)
  • Hipoplasia de câmaras esquerdas
30
Q

O que fazer caso haja suspeita de cardiopatias canal arterial-dependentes?

A

Prostaglandinas impedem o fechamento do canal

31
Q

O que é o teste da hiperóxia o quando ele é feito?

A

Para diferenciar cardiopatia cianótica de pneumopatias/sepse

Fazer gasometria&raquo_space; após a gaso, oferecer O2 a 100% por 10 min&raquo_space; coletar nova gaso

Se PaO2 > 250 mmHg&raquo_space; não é cardiopatia cianótica
Se PaO2 > 150 mmH&raquo_space; não deve ser cardiopatia cianótica

32
Q

Alterações que ocorrem na Tetralogia de Fallot

A
  • CIV
  • Obstrução na via de saída do VD (VSVD)
  • Dextroposição da aorta
  • Hipertrofia do VD
33
Q

Qual o erro embrionário que causa a tetralogia de Fallot?

A

Anteriorização do septo conal / desvio para a direita (septo que separa a aorta da artéria pulmonar e se encontra com o septo muscular para separar VD de VE)&raquo_space; CIV perimembranosa + obstrução da via de saída do VD + puxa todo o tronco arterial para a direita&raquo_space; hipertrofia do VD

34
Q

Clínica da Tetralogia de Fallot

A

Sopro sistólico ejetivo 3+ a 4*, acompanhado por frêmitoo em foco pulmonar

Cianose variável: obstrução > menor volume de sange chega os pulmões > menor vol de sangue oxigenado > cianose

Baqueteamento digital

Rx de tórax: trama vascular pobre, coração em bota

Crise hipoxêmica: ocorre em 50-70%&raquo_space; situações de agravo súbito da hipoxemia (exercício físico, choro, febre, desidratação, infecção, anemia etc)&raquo_space; piora da hipóxia&raquo_space; taquipneia + taquicardia reflexa&raquo_space; espasmo infundibular&raquo_space; piora da cianose

35
Q

Tratmento da crise hipoxêmica

A
Aquecimento
O2
Fletir pernas sobre abdome >> aumenta a RVP, com menor shunt D-E
Correção dos DHE
Morfina
Propranolol
Prostaglandina E1 se canal patente
36
Q

Tratamento da tetralogia de Fallot

A

Ciruúrgico definitivo&raquo_space; mais breve possível, quando a criança posssui 5kg (5-6 meses de vida)

Cirúrgico paliativo&raquo_space; para menores de 5 kg até criança completar o peso necessário&raquo_space; manter canal aberto
-Cirurgia de Blalock-Taussig: tubo que liga um ramo da aorta à um ramo da artéria pulmonar

37
Q

Complicações da tetralogia de Fallot

A

Trombose cerebral&raquo_space; por conta da hipóxia, o hematócrito aumenta e pode gerar eventos tromboembólicos

Abscesso cerebral

Endocardite bacteriana

ICC

38
Q

O que é a transposição das grandes artérias?

A

Sangue vai do VD para a aorta&raquo_space; sangue com pouco O2

Sangue vai do VE para a artéria pulmonar&raquo_space; sangue rico em O2

Duas circulações paralelas quando o forame oval fecha

39
Q

Clínica da transposição das grandes artérias

A
  • B2 única e hiperfonética
  • Após fechamento do FO e CA&raquo_space; hipóxia progressiva&raquo_space; IC
  • Rx de tórax: mediastino superior estreito (ovo deitado)
40
Q

Tratamento das grandes artérias

A

Uso imediato de PGE1

O2

Atrioseptostomia

Tratamento cúrgico&raquo_space; cirurgia de Jattene realizada até 25ª de vida

41
Q

Idade da criança para realização do suporte de vida pediátrico

A

De 1 mês até início da puberdade:

  • Meninas: broto mamário
  • Meninos: pelos axilares
42
Q

Como checar o pulso de uma criança?

A

< 1 anos&raquo_space; braquial

> 1 ano&raquo_space; carotídeo ou femural

43
Q

Suporte básico de vida pediátrico

A
  1. C > compressões
  2. A > posicionar VA
  3. B > respiração
44
Q

Compressões torácica nas crianças

A

< 1 ano: 4 cm
> 1 ano: 5 cm

< 1 ano: 2 polegares ou 2 dedos
> 1 ano: 1/3 inferior esterno

45
Q

Relação compressão/respiração nas crianças

A

1 socorrista: 30:2

2 socorristas: 15:3

46
Q

Respiração em < 1 ano é boca-narina. V ou F?

A

Verdadeiro! Após 1 ano, fazer só boca-boca

47
Q

Ritmo cardíaco mais comum da parada na população pediátrica

A

Assistolia

48
Q

Principal causa de PCR em crianças

A

Insuficiência respiratória

49
Q

Escolha do tubo para IOT na PCR na população pediátrica

A

> 2 anos:

  • Sem cuff: idade/4 +4
  • Com cuff: idade/4 *+ 3,5

< 1 ano: TOT 3,5
1 a 2 anos: TOT 4

50
Q

Carga do 1º choque na RCP pediátrica

A

2 J/kg

51
Q

Carda do 1º choque na RCP pediátrica

A

4 J/kg

52
Q

Carga do 3º choque na RCP pediátrica

A

4-10 J/kg

53
Q

1ª dose de adrenalina pode ser feita via TOT. V ou F?

A

Verdadeiro

54
Q

Até quantas vezes podemos fazer amiodarona/lidocaína na RCP da criança?

A

Até 3 vezes

55
Q

Como escolher o melhor manguito para aferir a PA da criança?

A

80-100% da circunferência do membro

2/3 do comprimento do membro

56
Q

Causa mais comum de pressão alta em neonatos

A

Trombose de artéria renal após cateterismo umbilical

57
Q

Principal causa de pressão alta em lactentes e pré-escolares

A

Doença renal

2ª: coarctação da aorta

58
Q

Principal causa de pressão alta em adolescentes

A

Síndrome metabólica

59
Q

Cardiopatia congênita mais comum

A

CIV