Inervação Flashcards
Cavidades nasais
O nervo olfativo reveste, com os seus filetes, a parte superior das paredes lateral e medial das cavidades nasais.
O gânglio pterigopalatino, através dos seus ramos nasais póstero-superiores, e os nervos nasopalatino, pterigopalatino e palatino maior proporcionam sensibilidade à maior parte das cavidades nasais.
Apenas a parte anterior é inervada pelo nervo etmoidal anterior.
Laringe
Os nervos da laringe provêm dos nervos laríngeos superiores e dos nervos laríngeos recorrentes, ambos ramos do nervo vago.
Cada um dos nervos laríngeos superiores divide-se, na proximidade do osso hióide, em 2 ramos: um interno e um externo.
O ramo interno atravessa a membrana tirohioide (PLATE 80 | 231 I) e ramifica-se na mucosa da região supraglótica.
O ramo externo inerva o músculo cricotiroide e a mucosa infraglótica.
Os nervos laríngeos recorrentes caminham profundamente ao músculo constritor inferior da faringe. Divide-se em ramos para todos os músculos da laringe, à exceção do músculo cricotiroide.
Traqueia
Os nervos da traqueia provêm dos nervos vagos (através dos nervos laríngeos recorrentes e dos plexos pulmonares) e dos gânglios cervicais e dos primeiros gânglios torácicos do tronco simpático.
Brônquios
Plexo pulmonar
Pulmões
Originam-se nos plexos pulmonares correspondentes (abordados em maior pormenor na inervação dos brônquios).
Pleuras
Os nervos da pleura costal provêm dos nervos intercostais; e os das pleuras mediastínica e diafragmática provêm das fibras sensitivas do nervo frénico.
Os nervos da pleura visceral provêm do plexo pulmonar.
Dentes
Os nervos responsáveis pela inervação dos dentes são: nervos alveolares superiores (ramos do nervo maxilar) para os dentes da maxila; e nervo alveolar inferior (ramo do nervo mandibular) para os dentes da mandíbula.
Parótida
Os nervos provêm do nervo auriculotemporal (imagem abaixo), do nervo auricular maior do plexo cervical (PLATE 140 | 123 I) e do plexo carotídeo externo (simpático) que rodeia a artéria carótida externa.
Glândula Submandibular
Os nervos provêm do gânglio submandibular
Glândula lingual
Os nervos provêm do gânglio submandibular
Faringe
NERVOS SENSITIVOS
Os nervos do véu do palato provêm dos nervos palatinos menores (ramos do nervo maxilar).
Os nervos da amígdala e dos pilares do véu do palato provêm dos ramos tonsilares do nervo glossofaríngeo. Os nervos sensitivos das paredes laterais e posterior da faringe provêm do plexo faríngeo. Este plexo resulta das comunicações dos ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo, do vago e do tronco simpático.
b) NERVOS MOTORES
Todos os músculos do véu do palato e da faringe são inervados pelo vago e pelo plexo faríngeo, à exceção do músculo tensor do véu do palato, que é inervado por um ramo do nervo mandibular.
Para além disso, o músculo estilofaríngeo recebe um ramo do glossofaríngeo e o músculo constritor inferior da faringe recebe algumas fibras do nervo laríngeo recorrente.
Duodeno
Os nervos provêm do nervo vago esquerdo para a porção superior do duodeno; do gânglio celíaco direito e do plexo mesentérico superior para as porções descendente e horizontal; e finalmente do nervo vago direito e do gânglio celíaco esquerdo para a porção ascendente, a última parte da porção horizontal e ângulo duodenojejunal.
💡 A inervação simpática do bloco duodenopancreático inicia-se pelo corpo do 1º neurónio nos níveis medulares T6-T12, passando pelo tronco simpático torácico e alcançando o plexo celíaco. O corpo do 2º neurónio distribui-se nos gânglios celíacos e mesentéricos superiores, alcançando o bloco duodenopancreático através de plexos celíacos e mesentéricos superiores.
A inervação parassimpática do bloco duodenopancreático é feita pelos vários ramos abdominais dos troncos vagais anterior e posterior, que resultam dos nervos vagos.
Esófago
Os nervos provêm do tronco simpático e dos nervos vagos através dos plexos esofágicos.
A porção superior é inervada por ramos do nervo laríngeo recorrente e por fibras simpáticas pós-ganglionares.
A porção inferior é inervado pelo plexo esofágico, uma rede de fibras do SNA constituído por fibras simpáticas e parassimpáticas.
As fibras motoras são fornecidas pelo Vago, que ainda dá fibras secreto-motoras para a mucosa.
A inervação é ainda feita por fibras viscerais aferentes, responsáveis pela transmissão da dor, que caminham pelas fibras simpáticas dos primeiros 4 segmentos da medula espinhal, estes também recebem fibras do coração, explicando o porquê de por vezes ser difícil qual destes dois órgãos é a fonte da dor.
Estômago
Feita a partir do nervo vago e do tronco simpático e agrupam-se em 3 pedículos:
- Da curvatura menor: formado pelos ramos gástricos dos nervos vagos; os ramos do nervo vago esquerdo dirigem-se para a face anterior do estômago, enquanto que os ramos do nervo vago direito se dirigem para a face posterior; estes ramos são independentes e têm cada um o seu território distinto
- o pedículo duodenopilórico, formado por alguns filetes nervosos recorrentes do plexo hepático que inervam o piloro
- pedículo subpilórico ou pedículo gastroomental direito, que nasce do plexo hepático e acompanha a artéria gastroomental direita
Além destes pedículos, adicionam-se os ramos do plexo esplénico
Parassimpática: secreto-motora, relaxamento do pilórico
Simpática: antagónica
Jejuno-íleo
Os nervos do jejuno e do íleo provêm do plexo celíaco, através do plexo mesentérico superior.
Cego
Os nervos do cego provêm do plexo celíaco através do plexo mesentérico superior
Cólon
Os nervos do cólon provêm dos plexos mesentéricos superior e inferior
Reto
O reto está inervado por:
✓ Plexos retais superiores, que são a terminação do plexo mesentérico inferior (PLATE 392 | 390 I – “artéria retal superior e plexo”).
✓ Plexos retais médios e inferiores, que nascem dos plexos hipogástricos inferiores (imagem abaixo à esquerda).
✓ Nervo retal inferior ou nervo anal inferior (ramo do plexo sagrado); inerva o músculo esfíncter externo do ânus e a pele da margem do ânus (imagem abaixo à direita).
Fígado
O fígado recebe nervos do plexo celíaco, do nervo vago esquerdo e ainda do nervo frénico direito, através do plexo frénico.
Devido a esta contribuição do frénico direito, a dor associada a uma lesão no fígado pode ser referida como irradiando de dermátomos deste nervo, do lado direito
Vias Biliares
Provêm do nervo vago esquerdo e do plexo celíaco através do plexo hepático.
Pâncreas
A inervação simpática do bloco duodenopancreático inicia-se pelo corpo do 1º neurónio nos níveis medulares T6-T12, passando pelo tronco simpático torácico e alcançando o plexo celíaco. O corpo do 2º neurónio distribui-se nos gânglios celíacos e mesentéricos superiores, alcançando o bloco duodenopancreático através de plexos celíacos e mesentéricos superiores.
A inervação parassimpática do bloco duodenopancreático é feita pelos vários ramos abdominais dos troncos vagais anterior e posterior, que resultam dos nervos vagos.
Baço
Os nervos esplénicos, derivados do plexo celíaco, são distribuídos principalmente ao longo de ramos da artéria esplênica e têm função vasomotora
Rins
Os nervos provêm do plexo renal, que acompanha a artéria renal (PLATE 320 | 330 I). O plexo renal é, portanto, constituído por nervos provenientes dos gânglios do plexo celíaco, do nervo esplâncnico maior e do nervo esplâncnico menor.
Destacam-se 2 gânglios: gânglio renal posterior (posteriormente à artéria renal) e gânglio aórtico-renal (superiormente à zona onde nasce a artéria renal)
Ductos excretores do rim
Os nervos acompanham as artérias e provêm dos plexos renal, testicular (aórtico) e hipogástrico superior e hipogástrico inferior (PLATE 320 | 330 I).
a) CIRCUITOS DE DOR POR OBSTRUÇÃO URETÉRICA 💡
A inervação do ureter é proveniente da medula espinhal T10-L1 e S2-S4, através dos plexos renal, testicular (aórtico), hipogástrico superior e hipogástrico inferior. O plexo uretérico recebe ramos destes quatro plexos e dá ramos que vão inervar diferentes porções do ureter.
A distensão excessiva do ureter ou espasmo do seu músculo pode ser causada por um cálculo renal e provoca dor severa. Esta dor refere-se a áreas cutâneas inervadas a partir dos segmentos vertebrais que inervam o ureter, principalmente T11-L2, e afeta ântero-inferiormente em direção à virilha e ainda escroto ou lábios maiores, podendo-se estender para a face anterior da coxa por projeção para o nervo genitofemoral
Bexiga
Os nervos provêm do 3º e 4º nervos sagrados (PLATE 394 | 392 I), em parte diretamente, mas sobretudo através do plexo hipogástrico inferior (PLATE 392 | 390 I) que transporta também fibras do simpático.
Uretra - Homem
Os nervos provêm do plexo hipogástrico inferior através do plexo prostático; do ramo muscular do nervo perineal (um dos ramos terminais do nervo pudendo) e do nervo dorsal do pénis .
Uretra - Mulher
Os nervos provêm do plexo hipogástrico inferior e do nervo pudendo
Mamas
Os ramos cutâneos originam-se dos nervos supraclaviculares do plexo cervical, do ramo cutâneo anterior e do ramo cutâneo lateral dos 2º, 3º, 4º, 5º e 6º nervos intercostais.
Ovário
Os nervos provêm do plexo inter-mesentérico através do plexo ovárico, que acompanha a artéria ovárica
Trompas
Os nervos acompanham os vasos. Provêm do plexo inter-mesentérico, através do plexo ovárico, e do plexo hipogástrico inferior, através do plexo úterovaginal
Útero
O útero é inervado pelo plexo uterino. Este nasce da margem anterior do plexo hipogástrico inferior, caminha na parte ântero-superior da prega retouterina e alcança o útero ao nível do istmo.
Vagina
Os nervos da vagina provêm do plexo hipogástrico inferior
Vulva
Os nervos do monte do púbis e da parte anterior da vulva provêm dos ramos genitais dos nervos ilioinguinal e genitofemoral.
A parte posterior dos lábios maiores é inervada pelo ramo perineal lateral e pelo ramo superficial do nervo perineal (ramo do nervo pudendo).
Os lábios menores recebem os nervos dos ramos superficial e profundo do nervo perineal. Além disso, o ramo profundo deste nervo inerva o bulbo do vestíbulo.
Os nervos dorsais do clitóris inervam o clitóris.
Os nervos vasomotores provêm dos plexos simpáticos que acompanham as artérias que irrigam as glândulas vestibulares maiores e os bulbos do vestíbulo.
Os nervos dos corpos cavernosos originam-se no nervo cavernoso do clitóris, do plexo hipogástrico inferior.
Testículos
Os nervos do testículo e do epidídimo provêm do plexo celíaco através do plexo testicular e do plexo hipogástrico inferior, através do plexo deferencial. Este último também inerva os ductos deferentes, as vesículas seminais e os ductos ejaculadores.
Escroto
O escroto é inervado pelo nervo perineal superficial e pelo ramo perineal externo (ramos do nervo pudendo), pelo ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior e por ramos genitais dos nervos ilioinguinal e genitofemoral. Estes últimos inervam o músculo cremáster
Pénis
Provêm, de cada lado, do ramo genital do nervo genitofemoral, do nervo dorsal do pénis e do ramo perineal superficial.
A inervação simpática é proporcionada pelos nervos cavernosos, do plexo hipogástrico inferior
Próstata
O plexo prostático provém do plexo hipogástrico inferior