Coração e vasos Flashcards
Quais os primeiros ramos colaterais da Aorta?
As artérias coronárias constituem então os primeiros ramos colaterais emitidos pela artéria aorta
Vascularização arterial segmentar do coração
As artérias coronárias e os seus ramos podem ser analisadas segundo 3 tipos de distribuição, de acordo com o trajeto da artéria circunflexa.
Tipo arterial equilibrado
• Tipo arterial equilibrado: quando a artéria circunflexa termina entre a margem esquerda do coração sistólico e a cruz do coração. Aqui, a artéria circunflexa não dá a artéria interventricular posterior
Tipo arterial predominantemente direito
• Tipo arterial predominantemente direito: quando a artéria circunflexa termina entre a sua origem e a margem esquerda do coração sistólico ou termina ao nível da margem esquerda. Aqui, a artéria circunflexa não dá a artéria interventricular posterior. Em 85% dos casos a dominância é direita
Tipo arterial predominantemente esquerdo
• Tipo predominantemente esquerdo: quando a artéria circunflexa termina entre a cruz do coração e a margem direita do coração. Aqui, a artéria circunflexa dá a artéria interventricular posterior
Sistema cardionector
É o sistema de fascículos musculares e elementos nervosos encarregados de assegurar a propagação da contração do miocárdio e de coordenar as contrações de diferentes partes do coração. Compreende 2 porções: o nódulo sinusal e o segmento atrioventricular (de His).
Nódulo sinusal
O nódulo sinusal (nódulo sinoatrial) rodeia o sulco terminal na parede do átrio direito. Começa superiormente, abaixo do pericárdio, lateralmente ao orifício da veia cava superior; desde esse ponto descende seguindo o sulco terminal e termina depois de um trajeto aproximado de 2 a 3 cm, na camada profunda da parede atrial vizinha do endocárdio. A passagem do impulso deste nódulo para o nódulo atrioventricular é feita através de feixes atrioventriculares (principalmente ao longo da crista terminal e limite da fossa oval), e para o átrio esquerdo através do feixe de Bachmann. O nódulo sinusal é estimulado pela parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso para acelerar a frequência cardíaca e é inibido pela parte parassimpática para retornar ou aproximar-se de sua frequência basal
Feixe de his
O segmento atrioventricular (de His) ou “feixe de His”, conduz a onda excitatória proveniente dos átrios para os ventrículos. Nasce na parede atrial, na proximidade do orifício do seio coronário. As fibras que ao princípio se estendem em forma de leque juntam-se para formar o nódulo atrioventricular, ao qual segue o fascículo atrioventricular. Este dirige-se anterior e superiormente ao longo e sobre o lado direito da porção membranosa do septo interventricular e ao atingir o limite ântero-superior desta divide-se em 2 ramos: um direito e um esquerdo.
Feixe de His Direito
O ramo direito dirige-se anteriormente e penetra na coluna septomarginal, que o conduz até à base dos músculos papilares anterior e posterior.
Feixe de His Esquerdo
O ramo esquerdo alcança a face esquerda do septo interventricular e descende sobre esta, dividindo-se depois em 2 grupos de fibras: umas anteriores e outras posteriores, que se separam e estendem-se até à base dos músculos papilares anterior e posterior do ventrículo esquerdo. Ambos os ramos se dividem na base dos músculos papilares em numerosas ramificações, as quais se distribuem na superfície do ventrículo e dos músculos papilares, formando uma rede subendocárdica denominada de rede de Purkinje.
A geração e a condução de impulsos podem ser resumidas da seguinte forma:
- O nódulo sinusal inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras musculares cardíacas nos átrios, causando a sua contração
- O impulso propaga-se por condução miogénica (através do músculo), que transmite o impulso do nódulo sinusal para o nódulo atrioventricular
- O sinal é distribuído do nódulo atrioventricular através do fascículo atrioventricular e dos seus ramos (os ramos direito e esquerdo), que seguem de cada lado do septo interventricular e originam os ramos subendocárdicos (rede de Purkinje) para os músculos papilares e as paredes dos ventrículos
Configuração interna das aurículas
Os átrios estão situados posteriormente aos ventrículos de cada lado do septo interatrial. São mais pequenos que os ventrículos e as suas paredes são muito finas. São lisos na maior parte da sua extensão e não apresentam músculos papilares; as colunas carnudas de 2ª e 3ª ordem só se observam em zonas muito limitadas da sua superfície.
Átrio Direito - parede lateral ou direita
Apresenta algumas colunas carnudas de 2ª e 3ª ordem que se denominam músculos pectíneos do átrio direito. Apresenta também a crista terminal de His.
4. Parede Inferior
Está ocupada pelos orifícios da veia cava inferior e do seio coronário. Ambos são valvulares.
O orifício da veia cava inferior está situado na união da parede inferior com a parede posterior, imediatamente lateral ao septo interatrial. Na margem anterior deste orifício encontra-se a valva da veia cava inferior - valva de Eustáquio - que se trata de uma dobra valvular fina em forma de meia lua.
O orifício do seio coronário está situado anterior e medialmente ao orifício da veia cava inferior, muito perto do septo interatrial. Também apresenta, ao longo da sua margem ântero-lateral, uma dobra valvular fina em forma de meia lua, a valva do seio coronário - valva de Thebesius. As valvas da veia cava inferior e do seio coronário continuam-se para superior, formando a fita sinusal (Tendão de Todaro - círculo a preto na imagem abaixo à direita).
Átrio Direito - Parede Medial ou Esquerda
Corresponde ao septo interatrial.
Átrio Direito - Parede Superior
Apresenta posteriormente o orifício da veia cava superior que é avalvular.
Átrio Direito - Parede Inferior
Está ocupada pelos orifícios da veia cava inferior e do seio coronário. Ambos são valvulares.
O orifício da veia cava inferior está situado na união da parede inferior com a parede posterior, imediatamente lateral ao septo interatrial. Na margem anterior deste orifício encontra-se a valva da veia cava inferior - valva de Eustáquio - que se trata de uma dobra valvular fina em forma de meia lua.
O orifício do seio coronário está situado anterior e medialmente ao orifício da veia cava inferior, muito perto do septo interatrial. Também apresenta, ao longo da sua margem ântero-lateral, uma dobra valvular fina em forma de meia lua, a valva do seio coronário - valva de Thebesius. As valvas da veia cava inferior e do seio coronário continuam-se para superior, formando a fita sinusal (Tendão de Todaro).
Átrio Direito - Parede Anterior
Corresponde ao orifício atrioventricular direito. A esta parede está anexada a aurícula direita que se abre no átrio através de um amplo orifício situado superiormente ao orifício atrioventricular. A cavidade da aurícula tem numerosas colunas carnudas.
Átrio Direito - Parede Posterior
É uma parede lisa, marcada pela crista terminalis, que corresponde externamente ao sulco terminalis.
Triângulo de Koch, parede e limites
É na parede inferior que se encontra o triângulo de Koch, com os seguintes limites:
• Posterior: tendão de Todaro
• Inferior: valva do seio coronário
• Anterior: válvula septal da valva tricúspide
Átrio esquerdo - Parede Lateral
É lisa, de posterior a anterior, até à aurícula esquerda que se encontra na parte anterior desta parede. A aurícula esquerda apresenta as mesmas características que a direita.
Átrio esquerdo - Parede Medial
Corresponde ao septo interatrial.
Átrio esquerdo - Parede Superior
É estreita e lisa.
Átrio esquerdo - Parede Inferior
É estreita e lisa.
Átrio esquerdo - Parede Anterior
Está ocupada pelo orifício atrioventricular esquerdo e pela aurícula esquerda.