HSL RESIDENCIA 2021 Flashcards
(HSL RESIDENCIA 2021) Mulher, 21 anos, há 10 dias iniciou quadro de tosse seca e dor torácica ventilatório dependente, realizado exames de investigação inicial, incluindo PET-CT, sendo notada massa mediastinal com 11cm no maior diâmetro com SUVmax 17, sem outras adenomegalias. Realizado biópsia guiada por imagem e enviado para a anatomia patológica obtendo o seguinte resultado: CD19+, CD20+, CD22+, CD79a+, CD30+, CD45+, CD15-, MUM1+, CD23+, BCL-2+, BCL6+ e CD10-. Qual é a conduta terapêutica mais adequada?
(A) 2x ABVD + INRT 20Gy
(B) 4x ABVD + INRT 30Gy
(C) 2x ABVD + 4xAVD
(D) 6x daEPOCH-R
(E) 6x daEPOCH-R + INRT 40Gy
(HSL RESIDENCIA 2021) Feminino, 60 anos, sem comorbidades prévias, portadora de LLA Ph+ em 1a remissão completa, foi submetida a TMO haploidentico, doador filho 30 anos, com regime de condicionamento FluCy TBI4Gy, profilaxia de GVHD com ciclosporina, micofenolato e ciclofosfamida no D+3 e D+4, apresentou enxertia neutrofílica no D+16. Recebendo alta hospitalar 48 horas após. Descreva a receita de alta dessa paciente:
(A) Aciclovir, ciclosporina, micofenolato, óxido de magnésio, SMZ+TMP, imatinib, fluconazol
(B) Ciclosporina, micofenolato, SMZ+TMP, voriconazol, dasatinibe, valaciclovir
(C) Óxido de magnésio, levofloxacino, ciclosporina, micofenolato, posaconazol, aciclovir
(D) Fenoximetilpenicilina, ciclosporina, óxido de magnésio, isavuconazol, valaciclovir, nilotinibe
(E) Micofenolato, óxido de magnésio, ciclosporina, SMZ+TMP, voriconazol, aciclovir
(HSL RESIDENCIA 2021) Em relação à indicação de transplante alogênico em pacientes adultos com LMA considerados aptos para transplante, é INCORRETO afirmar:
(A) Pacientes em primeira remissão com alterações citogenéticas de alto risco idealmente devem ser submetidos a transplante alogênico.
(B) Pacientes em primeira remissão com RUNX1 mutado ou t(v;11q23) devem ser submetidos a transplante alogênico com qualquer tipo de doador.
(C) Pacientes em primeira remissão com risco intermediário sem FLT3-ITD podem ser submetidos a transplante autólogo, caso não tenham um doador HLA idêntico aparentado ou doador não-aparentado 10/10 ou 8/8.
(D) Paciente em primeira remissão com ASXL1 mutado FLT3-ITD não mutado e NPM1 mutado não deve ser submetido a transplante alogênico em primeira remissão.
(E) O transplante alogênico mieloablativo pode ser indicado em pacientes jovens com leucemia refratária, caso não existam comorbidades significativas.
(HSL RESIDENCIA 2021) Feminino, 23 anos, com história de anemia e “plaquetas baixas” há 4 meses, com epistaxes eventuais, sem outros sangramentos. Não possui irmãos HLA-idênticos. Tinha os seguintes exames iniciais:
- Hb 10,4, VCM 98
- Leuco 3820 (Neutro 1980 Linfo 1510 Mono 170)
- Plaq 5000
- Reticulócitos 8500/mm3
- Vitamina B12 e perfil de ferro normais
- Sorologias para hepatites B, C e HIV negativas
- Mielograma: MO hipocelular, com relação granulo/eritrob: 1,0:2,3
- Imunofenotipagem de MO: normal. - Cariótipo: 46,XX[20]
Foi tratada em outro serviço com diagnóstico de PTI tendo recebido 3 meses de prednisona 1 mg/kg sem aumento do número de plaquetas. Foi tratada com IVIG novamente sem resposta. Foi então encaminhada para esplenectomia e mais uma vez não apresentou resposta. Veio para segunda opinião com indicação do serviço de origem de realizar rituximabe por 4 semanas. Traz os seguintes exames recentes:
- Hb 10,1 VCM 101,8
- Leuco 2320 (Neutro 940 Linfo 1010 Mono 170)
- Plaq 2000
- Reticulócitos 29500/mm3
Qual seria a melhor conduta nesse momento?
(A) Tratamento com romiplostim ou eltrombopague.
(B) Reavaliação medular incluindo biópsia de medula óssea e cariótipo. Transplante de medula óssea alogênico.
(C) Dosagem de anticorpos antiplaquetários. Tratamento com romiplostim ou eltrombopague.
(D) Reavaliação medular incluindo biópsia de medula óssea, pesquisa de clone HPN e pesquisa quebras cromossômicas.
(E) Tratamento imunossupressor com eltrombopague, timoglobulina e ciclosporina.
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 60 anos, hígido. Queixa-se de astenia. Exame físico normal. Exames:
- Hb 10,6 g/dL
- Leucócitos: 3840/mm³ (neutrófilos: 2220/mm³, linfócitos: 1220/mm³)
- Plaquetas: 138000/mm³.
- EFP séricas: Pico monoclonal na região de gamaglobulinas de 2,8 g/dL.
- Imunofixação de proteínas séricas e urinárias: Componente monoclonal identificado como IgG kappa.
- Cadeias leves livres séricas: Kappa 186; Lamba 1,5
- Cr 1,0mg/dl
- Eletrólitos normais
- Beta 2 microglobulina e DHL dentro dos limites de referencia.
- Mielograma: Presença de 11% de plasmócitos. Imunofenotipagem: 4% de plasmócitos clonais com restrição de cadeia kapp
- FISH t(6;4)
- PET-CT sem alterações. Qual o diagnóstico e a melhor conduta para esse paciente?
(A) Mieloma múltiplo. Iniciar daratumumab, lenalidomida e carfilzomib
(B) Mieloma múltiplo. Iniciar lenalidomida, velcade e dexametasona
(C) Mieloma Smoldering. Realizar RNM screening mieloma
(D) Mieloma Smoldering de alto risco. Iniciar lenalidomida e dexametasona
(E) Gamopatia monoclonal de significado indeterminado. Repetir exames em 3 meses
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 49 anos, diagnosticado com LLC há 4 anos, evoluiu com necessidade de tratamento, na ocasião realizada estratificação de risco do paciente com os seguintes achados: IgHV não mutado, FISH del 11q; optado por realizar tratamento com protocolo obinutuzumabe e venetoclax. Após 12 meses, paciente assintomático, realizado DRM de medula óssea por NGS sendo positiva 10^-3. Qual a melhor conduta nesse momento? *
(A) Repetir DRM em 3 meses
(B) Negativação da DRM
(C) Manter venetoclax e obinutuzumab até negativação da DRM
(D) Iniciar ibrutinibe e manter até progressão
(E) Observação clínica
(HSL RESIDENCIA 2021) Mulher, 35 anos, em D+10 de TMO alogênico haploidêntico por LMA em 1RC, esta em 4º dia de tratamento com cefepime por neutropenia febril. Hemoculturas do primeiro dia estão negativas e paciente está afebril há 72 horas. A mesma está sem nenhuma queixa, porém ainda em aplasia. Exames laboratoriais:
- Hb 8g/dL
- Leucócitos 120/mm3
- Plaquetas 20.000/mm3. Qual a conduta mais apropriada?
(A) Suspender cefepime
(B) Manter cefepime até enxertia neutrofílica
(C) Completar tratamento com cefepime por 7 dias
(D) Solicitar tomografias e se não houver alterações, suspender cefepime
(E) Solicitar novas culturas e se negativas após 48h, suspender cefepime
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 56 anos, está no D+22 de um TMO alogênico AP, HLA 10/10, com condicionamento RIC com bussulfano e fludarabina e profilaxia de DECH com ciclosporina e micofenolato de mofetila. Apresentou enxertia neutrofílica no D+16 e evoluiu com DECH de trato gastrointestinal com diarreia líquida de 1600 ml ao dia associada a dor abdominal com necessidade de uso de opioide. Está hoje no quinto dia de solumedrol 2 mg/kg/dia, mantendo 900 mL de diarreia ao dia, sem dor abdominal. Qual a melhor opção de tratamento? *
(A) Aumentar solumedrol para 10 mg/kg/dia
(B) Manter solumedrol 2 mg/kg/dia
(C) Associar timoglobulina e realizar colonoscopia
(D) Associar etanercept e iniciar terapia empírica para citomegalovírus
(D) Associar Ruxolitinibe
(HSL RESIDENCIA 2021) Mulher, 32 anos, com adenomegalia cervical e axilar de crescimento progressivo há 2 meses, realizou biópsia do linfonodo cervical que evidenciou linfoma de Hodgkin clássico esclerose nodular. Imagem do PET-CT evidencia linfonodomegalia cervical e axilar bilateral (SUV max 16), maior medindo 6cm no maior eixo, além de baço com captação difusa (SUV max 14). Após dois ciclos de ABVD, foi realizado novo PET-CT, demonstrando Deuville 2. Qual a melhor estratégia de tratamento a partir desse momento? *
(A) Realizar biópsia de linfonodo com maior SUV
(B) Escalonar tratamento para BEACOPPesc
(C) Seguir para AVD
(D) Resgate com protocolo ICE
(E) Radioterapia de linfonodos residuais
(HSL RESIDENCIA 2021) Mulher, 19 anos, com cansaço, fraqueza e anemia de longa data. Vem para consulta de segunda opinião, traz exames laboratoriais:
- Hb 5g/dL, VCM 89fL
- Leucócitos 1000/mm3 (neutrófilos 350/mm3, linfócitos 400/mm3)
- Plaquetas 15.000/mm3
- Reticulócitos 18.000/mm3
- Mielograma: medula hipocelular
- Cariótipo: 46 XX [20]
- Biopsia de medula óssea: 10% celularidade
- DEB teste: normal, Comprimento telomérico: normal. Pesquisa de clone HPN: Monócitos 5%, Neutrófilos 12% e Hemácias 0,1%.
Tem 2 irmãos (21 e 25 anos), sendo um irmão haploidêntico e uma irmã HLA distinta. Aguarda pesquisa do banco de doadores. Qual a melhor conduta para essa paciente?
(A) Timoglobulina de coelho e ciclosporina
(B) Transplante alogênico do irmão
(C) Eltrombopague
(D) Eculizumabe
(E) Timoglobulina de cavalo e Eculizumabe
(HSL RESIDENCIA 2021) Mulher de 60 anos, admitida no PS com febre alta há 5 dias e sangramento gengival. Hemograma realizado no pronto atendimento:
- Hb 10,5
- Leuco 2500 (neutro 500 linfo 1220)
- Plaq 16000.
Chamado o hematologista da retaguarda que solicita mielograma com imunofenotipagem e cariótipo:
- Mielograma hipercelular, mostrando 35% de blastos com alta relação núcleo-citoplasmática granulação e bastonetes de AUER
- Imunofenotipagem CD33+, CD15+, CD13+, CD56+, HLADR+
- Cariótipo 46XX, inv(16) em 20 metáfases analisadas
- FLT3 ITD e NPM1 negativos. Qual seria a melhor terapia para a paciente?
(A) Doze ciclos de venetoclax e azacitidina.
(B) Seis ciclos de venetoclax e azacitidina.
(C) Tratamento com decitabina mensal até progressão ou toxicidade inaceitável.
(D) Tratamento de indução D3 A7 seguido de 1 ciclo de citarabina em altas doses.
(E) Tratamento de indução D3 A7 seguido de 3 ciclos de citarabina em altas doses.
(HSL RESIDENCIA 2021) Paciente masculino, 72 anos, chega ao PS com quadro de febre e pancitopenia. Mielograma evidencia presença de 88% de blastos de característica mieloide, Imunofenotipagem confirma diagnóstico de LMA, cariótipo por citogenética clássica está normal e FLT3 foi positivo com carga alélica de 0,7. Apresenta doador não aparentado HLA idêntico 10/10 masculino, 22 anos. Qual das afirmativas abaixo é INCORRETA para esse caso:
(A) O TMO alogênico pode ser considerado alternativa terapêutica se o paciente apresentar boa condição clínica e baixo índice de comorbidades.
(B) CPX-351 (daunorubicina/citarabina lipossomal) pode ser considerado alternativa terapêutica se o paciente apresentar boa condição clínica e baixo índice de comorbidades.
(C) O tratamento com ivosidenibe poderia ser considerado opção terapêutica viável em pacientes idosos com mutação do IDH1..
(D) O tratamento com midostaurin e azacitidina é alternativa viável sendo tratamento com melhor sobrevida global para pacientes idosos com LMA FLT3 não candidatos a TMO.
(E) O tratamento com venetoclax e azacitidina subcutâneos pode ser uma alternativa viável.
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 68 anos, DM2, DLP, há 3 meses iniciou quadro de astenia, evoluindo com distensão abdominal há 1 mês, ao exame físico apresenta baço à 4cm do rebordo costal direito. Exames complementares:
- Hb: 10,5 g/dL
- Leucócitos: 23500/mm3, (neutrófilos: 13500, blastos: 4%, promielócitos: 6%, mielócitos: 10%, metamielócitos: 4%, bastões: 13%, segmentados: 20%, linfócitos: 1680/mm3, eosinófilos 2100 (9%), basófilos 5875/mm3 (25%)
- Plaquetas: 130.000/mm3
- Cariótipo: 46,XY,t(9,22)[20].
- PCR BCR/ABL qualitativo positivo. Qual das alternativas abaixo é correta?
(A) O gene BCR pode ser utilizado como controle endógeno no PCR quantitativo, inicar Imatinib 400mg 12/12h.
(B) A isoforma do BCR/ABL p190 é mais comum nesse caso, iniciar ponatinib 45mg por dia
(C) Paciente com escore de Hasford de risco intermediário, iniciar Imatinib 400mg por dia
(D) Devido a DM2, o melhor tratamento para esse paciente é Dasatinib 100mg por dia
(E) Solicitar PCR BCR/ABL quantitativo e aguardar resultado para iniciar o tratamento
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 40 anos, com linfonodomegalia cervical procura hematologista para esclarecimento diagnóstico. Realizado PET-CT que mostrou hipercaptação em linfonodos de cadeia cervical, submandibulares e axilares a direita com SUVmax de 15. Feita biopsia de linfonodo cervical com o seguinte perfil imunohistoquímico; CD10 negativo, CD20 positivo, PAX5 positivo, MUM1 positivo, BCL2 positivo, BCL6 positivo, KI67 70%, CD30 negativo , ciclina D1 negativo, c myc positivo (60%). FISH: rearranjo BCL2 positivo, rearranjo BCL6 positivo, rearranjo c-myc negativo. Qual o diagnóstico e tratamento?
(A) Diagnóstico: LNH difuso de grandes células B, centro germinativo, double expressor. Tratamento: R-CHOP
(B) Diagnóstico: LNH difuso de grandes células B, centro germinativo, double HIT. Tratamento: R-daEPOCH
(C) Diagnóstico: LNH difuso de grandes células B, não centro germinativo, double expressor. Tratamento: R-CHOP
(D) Diagnóstico: LNH difuso de grandes células B, não centro germinativo, triple HIT. Tratamento: R2-CHOP
(E) Diagnóstico: LNH B de alto grau double HIT. Tratamento: R-daEPOCH
(HSL RESIDENCIA 2021) Homem, 58 anos, encaminhado para avaliação devido a alteração em exame laboratorial. Queixa-se de astenia. Exame físico sem anormalidades.
- Hemoglobina 14,6 g/L
- Leucócitos 3.840/mm3 (neutrófilos 2.220/mm3, linfócitos 1.220/mm3)
- Plaquetas 238.000/mm3.
- EFP séricas com pico monoclonal na região de gamaglobulinas de 1,8 g/dL, imunofixação de proteínas séricas e urinárias com componente monoclonal identificado como IgG kappa
- Creatinina 1,2 mg/dL
- Cálcio ionizado 1,14 mmol/L (Intervalo de referência: 1,11 a 1,40 mmol/L)
- Beta 2 microglobulina 3,2 mg/L (Intervalo de referência: 0,8 – 2,4 mg/L)
- PET/CT normal.
Qual a afirmação correta com relação ao manejo deste paciente?
(A) O diagnóstico mais provável é mieloma múltiplo assintomático e não há necessidade tratamento neste momento.
(B) O diagnóstico mais provável é mieloma múltiplo sintomático pelo envolvimento renal e o tratamento deve ser indicado.
(C) Trata-se de gamopatia monoclonal de significado indeterminado de baixo risco e há necessidade de mielograma e Imunofenotipagem de medula óssea para correta estratificação.
(D) É necessária a dosagem das cadeias leves livres séricas para estabeler diagnóstico e correta estratificação.
(E) Trata-se de gamopatia monoclonal de significado indeterminado de baixo risco e há necessidade de biópsia de medula óssea com imunohistoquímica para correta estratificação.