DASA TMO 2022 Flashcards
(DASA 2022) Paciente de 36 anos, internada para investigação de massa mediastinal, sendo optada por realização de biópsia incisional por agulha grossa em contexto de videotoracoscopia após estabilização clinica. Na análise de AP identificadas células de grande tamanho, citoplasma abundante, 2-3 núcleos atípicos, bilobados, com 2-3 sombras de nucléolos, sob pano inflamatório composto por plasmócitos, eosinófilos e linfócitos, com aparente alto índice proliferativo. IHQ evidencia: CD20 + focal, CD10 negativo, BCL2 negativo, BCL6 negativo, CD3 negativo, CD45 negativo, CD15 positivo, CD30 positivo, PAX5 positivo focal, LMP1 positivo, ALK negativo.
Qual o provável diagnóstico mediante os achados da biópsia:
A) Linfoma de Células B primário de mediastino
B) Linfoma de grandes células de fenótipo null Anaplásico ALK negativo
C) Linfoma difuso de Grandes células B
D) Linfoma de Hodgkin
D) Linfoma de Hodgkin
O linfoma primário de mediastino e o linfoma de Hodgklin esclerose nodular compartilham algumas características clínicas semelhantes, incluindo a presença de uma massa mediastinal que ocorre mais comumente em mulheres jovens.
Biópsia pode mostrar algumas células que lembram HRS no cHL e as entidades apresentam padrões de expressão gênica semelhantes.
No entanto, no linfoma primário de mediastino as células malignas tipicamente expressam antígenos pan-B, possuem expressão mais fraca de CD30 e raramente expressam CD15. No caso desta paciente a expressão marcada de CD15 e os CD20+ focal (provavelmente presente em linfócitos maduros que compreendem o fundo inflamatório). Além disso, a ausência de CD45 também fala a favor de linfoma de Hodgkin, por se tratar de um antígeno pan-leucocitário.
Quanto ao linfoma anaplástico de grandes células, pode confundir com o linfoma de Hodgkin pela forte expressão de CD30, mas apresentaria-se com CD15 negativo, PAX-5 negativo (marcador de linhagem B presente nas células de RS), além de apresentar marcadores de linhagem T.
(DASA 2022) Um homem de 67 anos, com mieloma múltiplo de cadeia lambda livre, apresenta progressão de doença após tratamento com bortezomibe, lenalidomida e dexametasona (VRD) e TMO autólogo há 2 anos. Sua dosagem de cadeia lambda livre vinha aumentando progressivamente, com o último resultado de 29 mg/dL (normal 0,57-2,63mg/dL) e EFP normal. Hb atual caiu para 9 g/dL e surgiram novas lesões ósseas a TC, associadas a dor óssea. Começou tratamento tratamento com Isatuximab, Carfilzomib e dexametasona. A dosagem de cadeias leves livres normalizou após 1 ciclo, além de normalização da Hb e melhora das dores ósseas. Entretanto, a eletroforese de proteínas séricas identificou um pico monoclonal novo de 0,1g/dL, repetido após 30 dias com aumento para 0,3g/dL. Qual o próximo passo mais adequado para o manejo do paciente nesse momento
A) Modificar tratamento para um esquema baseado em pomalidomida por progressão de doença
B) Solicitar um PET-TC e repetir avaliação medular para verificar se há um novo clone
C) Realizar EFP com Hydrashift e imunofixação sérica
D) Encaminhar paciente para um tratamento de resgate baseado em CART ou biespecíficos, visto que o mesmo é considerado triplo refratário nesse momento
C) Realizar EFP com Hydrashift e imunofixação sérica
Comentário:
Daratumumab, Isatuximab e Elotuzumab são imunoglobulinas (IgG kappa) monologais que podem ser detectadas na EFP e imunofixação. Dessa forma, eles podem ofuscar a avaliação de resposta desses pacientes com MM IgG kappa. No caso de pacientes com outro subtipo de imunoglobulina, pode surgir um pico monoclonal discreto novo IgG kappa. O laboratório pode ser capaz de modificar o tipo de ensaio para melhor estimar o pico M nesse cenário. Existem testes específicos como o Hydrashift, que podem ser específicos para Daratumumab ou isatuximab e assim consegue-se identificar se o pico é decorrente de doença ou secundário ao uso da medicação.
(DASA 2022) Sobre mieloma múltiplo assinale a alternativa correta:
A) Nos estudos Maya (DRd vs Rd) e Alcione (Dara-VMp vs VMp) para pacientes inelegíveis ao TMO, atingir a doença residual mínima negativa trouxe ganhos significativos de sobrevida livre de progressão em comparação com aqueles que mantinham positiva independente do esquema quimioterápico realizado
B) Em pacientes elegíveis ao transplante de medula óssea o esquema Dara-VTD trouxe ganho significativo de PFS e OS em relação ao esquema VTD conforme estudo Cassiopeia
C) O esquema VTD trouxe ganho significativo de PFS e taxas de resposta em relação ao esquema VCD conforme estudo IFM2013-04
D) Nos pacientes inelegíveis ao transplante em primeira linha os esquemas com 3 drogas como DRd, VRd e IRd trouxeram ganho significativo de PFS em relação ao esquema Rd em primeira linha, com taxas de resposta superiores e ganho em qualidade de vida
D) Nos pacientes inelegíveis ao transplante em primeira linha os esquemas com 3 drogas como DRd, VRd e IRd trouxeram ganho significativo de PFS em relação ao esquema Rd em primeira linha, com taxas de resposta superiores e ganho em qualidade de vida
Comentário:
Sabe-se que em pacientes com Mieloma Múltiplo, uma doença incurável e com altas taxas de recaída no curso da doença, atingir uma resposta mais profunda está relacionada com maior PFS e OS. Por isso, objetiva-se sempre que possível consolidação e manutenção após tratamento inicial. Dessa forma, o status de DRM é estabelecido como fator prognóstico, com DRM negativa associada a maior PFS e OS (refletindo profundidade de resposta). No entanto, o uso de DRM como guia de terapia fora de trials clínicos não é validado. A letra B é incorreta pois, apesar do CASSIOPEIA mostrar beneficio de PFS com Dara-VTD, os dados do estudos foram imaturos com follow up insuficiente, sem mostrar benefício em OS (apesar de mostrar menos mortes no grupo Dara-VTD). O estudo IFM 2013-04 mostrou maiores taxas de CR e VGPR em VTD em comparação com VCD, além de menores taxas de toxicidade hematológica. A alta taxa de resposta com VTD confirma o sinergismo de atividade de um imunomodulador com Bortezomib e dexa. No entanto, o desenho do estudo avaliou até as taxas de resposta pré-TMO, e o esquema de condicionamento e manutenção pós TMO foi muito heterogêneo, a depender do centro transplantador. Dessa forma, dados de PFS e OS não foram coletados, sendo o principal viés do estudo. Portanto, é incorreto dizer que mostrou maior PFS. A letra D está incorreta pois o esquema IRd não é aprovado para tratamento de primeira linha, sendo reservado para casos R/R. O estudo que avaliou o IRd foi o TOURMALINE-MM2 (IRd vs Placebo-RD) em 705 pacientes inelegíveis a TMO em primeira linha. O IRd não atingiu aumento de PFS estatisticamente significativa em todos os subgrupos (incluindo citogenética de alto risco). Além disso, apesar de não ter sido diretamente comparado com VRd ou Dara-Rd, uma comparação de estudos (apesar das limitações dessa comparação) mostra que o benefício de PFS com IRd parece ser menor que Dara-Rd (MAIA) ou VRd (SWOG0777).
(DASA 2022) Homem, 42 anos de idade, encontra-se no D+15 de um TMO alogênico aparentado HLA idêntico para uma LMA, com Hb 5,5 Leuco 200 PLaq 10.000. Apresentou quadro de febre. Ao exame físico o paciente apresenta-se taquicárdico (FC 105bpm) e hipotenso (PA 80x50 mmHg). Estava em uso de levofloxacino, letemovir, micafungina e aciclovir profiláticos. Culturas prévias do paciente negativas, galactomanana negativa e TC de tórax e seios da face abaixo. Realizado LBA com biópsia que mostrou presença de hifas. Diante do exposto, assinale a alternativa correta:
A) Caso ocorra presença de hifas não sepatadas com ângulo reto a hipótese mais provável é aspergilose invasiva e deve-se iniciar tratamento com voriconazol e cefepime
B) Caso ocorra presença de hifas não septadas com ângulo reto, a hipótese mais provável seria murmomicose e deve-se iniciar tratamento com anfotericina B
C) Visto que o paciente está hipotenso e taquicardíco, a principal hipótese é de uma infecção bacteriana e deve ser considerado início imediato de meropenem e vancomicina, bem como início de posaconazol pela presença de hifas
D) A hipótese mais provável é fusariose sistêmica e deve-se iniciar tratamento com isavuconazol e cefepime
B) Caso ocorra presença de hifas não septadas com ângulo reto, a hipótese mais provável seria murmomicose e deve-se iniciar tratamento com anfotericina B
Comentário:
Trata-se de um paciente pós TMO alogênico, neutropenico e neutropenia febril, evoluindo com choque séptico. Na avaliação de foco percebe-se um nódulo pulmonar sugestivo de infecção pulmonar fúngica e a avaliação de seios da face mostra uma sinusopatia evidente em seio maxilar E. A glacatomanana negativa sugere que não se trate de um quadro de aspergidos, por se tratar de um marcador específico para esse fungo. Apesar de ser usado como artifício da questão, não há informações sobre como foi essa coleta e se foi de forma seriada. Idealmente seria realizada também uma avaliação de otorrino com possível biopsia e cultura desse local, mas a questão traz a presença de rifas obtidas por broncoscopia. Esse achado traz mais ainda força para a hipótese de doença fúngica (C INCORRETA, além de indicar vancomicina sem necessidade). Por se tratar de hifas, o pensamento é de diferencial entre aspergilose e mucormicose e essa diferenciação pode ser feita de acordo com a morfologia, sendo o aspergilus com uma hifa não sapatada com angulo de 45 graus (< 90) e a mucormicose com hifas não septadas com angulo de 90 graus. (B CORRETA). O tratamento doe mucormicose deve ser realizado inicialmente com formulações de anfotericina B, já que não apresenta boa resposta ao tratamento com maioria dos antifúngicos azóis. A maioria dos azóis, incluindo fluconazol e voriconazol, não tem atividade significante na mucormicose. No entanto, o posaconazol (800mg/dia administrado em doses divididas) parece ter uma atividade clinicamente útil contra várias espécies de Mucormyces e pode ser utilizado após um tratamento inicialmente bem-sucedido com anfotericina B. O tratamento cirúrgico com debridamento dos tecidos acometidos também é importante; na rinossinusite, por exemplo, o debridamento cirúrgico deve ser realizado urgentemente para limitar a disseminação agressiva da infecção em estruturas contíguas.
(DASA 2022) Sobre a doença do enxerto contra o hospedeiro crônica (DECHc) é INCORRETO AFIRMAR afirmar:
(A) A idade do paciente e a fonte de células sangue periférico são fatores de risco importantes e independentes para o aparecimento
da DECHc, bem como o uso de irradiação corporal total (TBI).
(B) O escore de NIH deve ser aplicado de forma rotineira nos pacientes com DECH crônica, e reavaliado de forma contínua, de
preferência pelo mesmo examinador e anotado de forma objetiva no prontuário eletrônico.
(C) Uma maior diversidade da microbiota intestinal está associada a uma menor mortalidade relacionada ao transplante e mortes
atribuíveis a DECH. Sendo o uso racional de antibióticos e menor exposição a quimioterápicos como fatores que poderiam
impactar de maneira positiva na microbiota.
(D) A DECHc pode se apresentar em qualquer momento após o TMO alogênico, independente da presença de DECH agudo prévio. Além disso a pele é o principal órgão acometido por esta patologia, apresentando o líquen e a esclerose como principais lesão definidora do diagnóstico.
(A) A idade do paciente e a fonte de células sangue periférico são fatores de risco importantes e independentes para o aparecimento
da DECHc, bem como o uso de irradiação corporal total (TBI)
_LETRA A INCORRETA_: Dentre os principais fatores de risco para cGVHD encontram-se:
- Maior grau de incompatibilidade HLA
- Idade avançada do doador e/ou receptor
- Disparidade de genero entre doador e receptor (doador feminino para receptor masculino)
- Fonte SP (maior conteúdo linfocitário)
- GVHD agudo prévia (maior preditor de GVHD crônico)
- DLI
- TBI
Tendo em vista essas informações, a alternativa estaria correta. No entanto, um artigo do NIH publicado em 2011 mostrou que TBI não teve correlação estatisticamente significativa com desenvolvimento de GVHD crônico, estando mais relacionado com GVHD agudo. Apesar de que GVHD agudo também é fator de risco e literatura atual ainda considera TBI como fator de risco. Portanto, ao meu ver, a questão poderia ser anulada
(DASA 2022) Assinale a alternativa INCORRETO sobre as Hipereosinofília.
(A) A Hipereosinofilia é definida pela presença de mais de 1500 eosinófilos por mm³ no sangue periférico ou nas seguintes
condições: infiltração patológica de tecidos por eosinófilos; > 20% de eosinófilos das células nucleadas na medula óssea por
mielograma; deposição acentuada de proteínas de eosinófilos nos tecidos.
(B) A Hipereosinofilia subtipo linfócito-variante geralmente apresenta curso agressivo, com prognóstico desfavorável, devendo
considerar o TMO alogênico como tratamento definitivo nestes casos.
(C) A hipereosinofilia com mutação no FIP1L1-PDGFRA, tem uma ótima resposta com doses baixas de imatinibe (100 mg). Com
variantes da mutação do PDGFRB e PDGFRA, o uso do imatinibe deve ser aumentado para 400 mg e mantém uma ótima resposta molecular, em torno de 96%.
(D) A hipereosinoflia associada a anormalidade do FGFR1 e PCM jak2, geralmente evolui para LMA em 1-2 anos. Não há consenso
quanto ao tratamento ideal para tais casos, porém a maioria dos pacientes apresentam resistência a quimioterapia, devendo
considerar o TMO alogênico como tratamento definitivo.
(B) A Hipereosinofilia subtipo linfócito-variante geralmente apresenta curso agressivo, com prognóstico desfavorável, devendo
considerar o TMO alogênico como tratamento definitivo nestes casos
Eosinofilia leve (definida por contagem de eosinofilos entre 500-1000) é comum, ocorrrendo em 3-10% dos indivíduos a depender da população estudada. Causas frequentes incluem: Doença atópica, hipersensibilidade e infecção helmintica.
Ao contrário, hipereosinofilia é definida pela contagem de eosinofilos > 1500 e é relativamente raro, devendo nesses casos ser realizada investigação de causas e de possíveis complicações de órgão alvo por deposição de eosinofilos. A deposição de eosinófilos em tecidos é o evento definidor das síndromes hipereosinofilicas e pode ser caracterizado como:
- Infiltração > 20% eosinofilos na MO
- Infiltração tecidual por eosinófilos por biópsia
- Intensa deposição extravascular de proteínas derivadas de eosinófilos nos tecidos evidenciado por imunohistoquimica
(LETRA A CORRETA)
Nos consensos de diagnóstico de tratamento de síndrome hipereosinofiilica, desde 2005 e atualizado em 2010, foi proposto um esquema que subdivide os pacientes com síndrome hipereosinofilica em 6 subgrupos:
- HES mieloproliferativa
- HES linfócito variante
- HES overlap
- HES secundária
- HES familiar
- HES idiopática
HES MIELOPROLIFERATIVA
Subgrupo de pacientes com HES que se apresentam com fenótipo de DMPC, com B12 elevado, anormalidades cromossômicas, anemia/plaquetopenia, hepatoesplenomegalia ou precursores mieloides circulantes.
Trata-se de uma doença clonal mieloproliferativa e com boa resposta ao tratamento com imatinib. A maioria desses pacientes apresentam alteração no cromossomo 4q12 causando a ativação contínua de uma tirosina quinas FIP1L1-PDGFRA que pode ser detectado por FISH ou PCR. Outras alterações moleculares também são descritas mas incomuns (KIF5B-PDGFRA, ETV6-PDGFRB, PCM1-JAK2). Em geral essas formas variantes apresentam pior desfecho e piores respostas a ITK, de modo que existem algumas demonstrações que doses menores de imatinib como 100mg podem induzir a melhora clinica e laboratorial (LETRA C CORRETA), mesmo que doses baixam sejam ineficazes em manter resposta molecular.
A mutação PMC1-JAK2 é muito rara e o seu tratamento ideal ainda é desconhecido. Até o momento, indica-se inibidores de JAK e TMO (LETRA D CORRETA)
HES LINFOCITO-VARIANTE
Caracterizado pelo envolvimento de pele e partes moles, embora possa apresentar outras manifestações de lesão de órgão alvo pela eosinofilia. Apresenta linfocitos aberrantes clonais, geralmente CD3- e CD4+ que secretam IL-5 e aumentam produção de IgE. Pode se apresentar com linfadenopatia e pode evoluir para linfoma em até 25% dos casos. Tipicamente tem um curso INDOLENTE, com uma possível progressão ocorrente depois de anos (LETRA B INCORRETA)
(DASA 2022) Uma paciente com 45 anos de idade apresenta quadro crônico de pancitopenia e esplenomegalia. A avaliação da MO revela infiltração por células linfóides com a seguinte imunofenotipagem: CD19+, CD20+, CD5-, CD10-, FMC&-, CD11c+, CD23+, CD25-, CD103+, CD123+, CD200-. As células estudadas continham a seguinte morfologia:
Qual a principal hipótese diagnóstica?
A) Linfoma linfoplasmocítica
B) Tricoleucemia
C) Linfoma de zona marginal esplênico
D) Leucemias de células pilosas variante
D) Leucemia de células pilosas variante
Comentário:
O perfil imunofenotípico de tricoleucemia é caracterizado pela expansão clonar de células B com CD19+, CD20+, CD22+, CD200+. Geralmente são negativas para CD5, CD10, CD79a, CD27. Outros marcadores muito importantes são: CD11c+, CD103+, CD123+, CD25+. Um score imunológico foi proposto com esses últimos marcadores, com um ponto atribuível para cada. Um score de 3-4 é observado em cerca de 98% dos casos de tricoleucemia. Enquanto que outros distúrbios tricoleucemia-like geralmente apresentam escore entre 0-1.
A tricoleucemia variante é uma entidade provisória representando aproximadamente 10% dos casos de tricoleucemia. Os linfócitos circulantes nesses casos tem uma morfologia intermediária entre tricolinfócitos e prolinfócitos (núcleo redondo com cromatina menos condensada e um nucléolo evidente). E score imunofenotípico proposto com os 4 marcadores (CD11c, CD103, CD123 e CD25) geralmente é entre 0-1. Geralmente CD200 e CD25 são negativos, como ocorre na questão. Portanto, trata-se de uma entidade variante.
As outras alternativas também possuem CD5 e CD10 negativos, no entanto a morfologia do linfócito claramente mostra tricolinfócitos. No caso de ambos a expressão de CD11c tende a ser negativa, podendo ser positiva em raros casos. Classicamente estaria descrito a presença de MYD88 no caso de linfoplasmocítico.
(DASA 2022) Em relação a linfohistiocitose hemofagocítica (HLH), assinale a alternativa INCORRETA:
A) Infecções virais, em particular EBV, HIV, CMV ou influenza, são desencadeadores comuns de HLH. Nas HLH induzida por infecções intracelulares, como tuberculose, leishmaniose ou doenças pela Rickettsia, geralmente não é necessário o tratamento específico com o protocolo HLH-94, pois respondem bem ao tratamento antimicrobiano direcionado
B) Dentre os critérios diagnosticados da HLH incluem: Baixa ou nenhuma atividade de células NK; Ferritina > 500 mg/L (geralmente acima de 2000mg/L) e sCD25 (ou seja, receptor de IL-2 solúvel) > 2400 U/ml
C) A HLH primária e secundária, incluindo a síndrome de ativação macrofágica (MAS), são síndromes hiperferritinêmicas inflamatórias com uma via terminal comum, mas com diferentes origens patogênicas (A MAS ocorre quase que exclusivamente nas doenças infecciosas/medicamentosas)
D) Cerca de 40-70% dos casos de HLH em adultos são associadas a neoplasias malignas, desencadeada pela própria malignidade na apresentação ou visto após o início da quimioterapia; uma taxa entre sCD25/ferritina elevado foi relatada nesses casos
C) A HLH primária e secundária, incluindo a síndrome de ativação macrofágica (MAS), são síndromes hiperferritinêmicas inflamatórias com uma via terminal comum, mas com diferentes origens patogênicas (A MAS ocorre quase que exclusivamente nas doenças infecciosas/medicamentosas)
Comentário:
Letra A- Existem diversas doenças desencadeante de HLH, sendo que os pacientes com suspeita devem ser testados para uma extensa lista de infecções: virais (EBV, CMV, HSV, HHV6, parvovirus), leishmaniose, bactérias e fungos. Assim que diagnosticada a infecção o paciente deve ser tratado o mais rápido possível. Pacientes que estão clinicamente estáveis e respondem rapidamente (dentro de 2-3 dias) apenas com o tratamento direcionado para a infecção podem não ter necessidade de serem tratados com o protocolo específico HLH quimioterápico. Portanto, essa alternativa está correta (apesar de que mesmo se o paciente apresentar HLH secundária a causa infecciosa e o paciente apresentar-se instável clinicamente o tratamento quimioterápico deve ser iniciado, sem precisar esperar resposta do paciente ao tratamento infeccioso).
Letra B - Dentro os critérios estabelecidos para o diagnóstico conforme o HLH-94 estão (5/8): Febre, esplenomegalia, citopenias, hipertrigliceridemia ou hipofibrinogenemia, hiperferritinemia (>500), hemofagocitose na MO, baixa atividade de NK e sCD25 > 2400. Portanto, a alternativa encontra-se correta.
Letra C - O termo “síndrome de ativação macrôfágica” refere a um subgrupo de pacientes com HLH secundário a um background de doença autoinflamatória/autoimune sistêmica e deve ser restrito a pacientes com essas doenças autoimunes, porque o tratamento pode ser diferente. Ao contrário do que foi colocado na questão (de ser causado apenas por doenças infecciosas/medicamentosas) - Essa alternativa foi diretamente retirada do manual de recomendações da ASH de HLH publicado em 2019
Letra D - Essa alternativa também foi retirada do manual de recomendações da ASH, indicando que 40-70% dos casos em adultos são desencadeados por neoplasias, sendo necessário rastrieio oncológico, com atenção especial para linfomas.
(DASA 2022) Paciente com 38 anos iniciou tontura e mal estar, com cefaleia e astenia importante. Passou em consulta no PS, apresentando os seguintes exames: Hb 7,5, leuco 5500 (N 3800) Plaq 36.000, U 55, Cr 1,45, Na 138, K 4,2, BT 2,8, BI 2,3, Ret 208 mil, DHL 530, haptoglobina 5. Foi realizado o esfregaço do sangue, abaixo:
Em relação a questão atual, marque a alternativa incorreta:
A) A síndrome de Shulman-Upshaw deve ser considerada nesse contexto caso a dosagem de Adamst13 venha baixa e o inibidor de Adamst-13 positivo
B) Caso o Coombs dessa paciente venha positivo, o tratamento deve ser realizado com prednisona 1mg/kg e ácido folínico
C) Visto a principal hipótese de uma microangiopatia trombótica com pouca disfunção renal, caso Coombs negativo, a plasmaférese de urgência deve ser considerada devido a hipótese de PTT
D) Dentre os diagnósticos diferenciais da etiologia em questão incluem: SHU, CIVD, SAAF catastrófica, Sd Evans e doenças relacionadas no metabolismo de cobalamina
A) A síndrome de Shulman-Upshaw deve ser considerada nesse contexto caso a dosagem de Adamst13 venha baixa e o inibidor de Adamst-13 positivo
Comentário:
PTT é definida pela deficiencia grave de ADAMTS13 (tipicamente atividade < 10%). ADAMTS13 é uma protease que cliva grandes multimeros de FvW na vasculatura e sua deficiência promove formação de microtrombos plaquetários. O diagnóstico de PTT depende muito do julgamento clínico, já que dosagem de ADAMTS13 muitas vezes é indisponível por vários dias e muitas vezes o seu teste não é confiável. A deficiência de ADAMTS13 pode ser hereditária (síndrome de Upshaw-Shulman) ou imune, como resultado da inibição de atividade de ADAMTS13 por um autoanticorpo. Dessa forma, a alternativa A está incorreta e é a resposta da questão por afirmar que na síndrome de Upshaw-Shalman existiria um inibidor de ADAMTS13 positivo.
(DASA 2022) Selecione a opção INCORRETA em relação à doação de granulócitos por aférese:
(A) Deve ter hemograma prévio à doação com leucometria > 5000/mm3.
(B) Candidato deve ter acesso venoso de bom calibre bilateral.
(C) A granulocitaférese pode ser realizada em até 72h antes da transfusão no receptor, desde que a unidade seja armazenada em
temperatura de 2 a 6ºC.
(D) A administração de G-CSF (300 mcg /sc) e 8mg dexametasona via oral aproximadamente 12h antes da aférese possibilita uma coleta de dose maior de granulócitos, comparada à administração de dexametasona isoladamente.
(C) A granulocitaférese pode ser realizada em até 72h antes da transfusão no receptor, desde que a unidade seja armazenada em
temperatura de 2 a 6ºC
A coleta de granulócitos deve ser realizada de acordo com o protocolo especialmente elaborado pelo serviço, sendo permitida utilização de G-CSF e/ou corticosteroides nos doadores. O procedimento poderá ser realizado apenas se contagem de leucócitos em SP do doador for maior que 5.000 (LETRA A CORRETA)
Após a indicação é necessário 3-5 dias em media para preparar os doadores, geralmente familiares ou amigos dos pacientes, que não devem ser consanguíneos no caso de pacientes candidatos TMO. Doadores precisam sabidamente ser portadores de acesso venoso calibroso e sorologias negativas (LETRA B CORRETA).
O G-CSF 5-6 microgramas/kg (300-600 microgramas) SC, associado ou não a dexametasona 8mg VO, administrado 8-12h antes do procedimento, possibilita coleta de até 5-8 x 1010 granulócitos, numero ideal para resultados satisfatórios (LETRA D CORRETA)
Após a coleta de granulócitos, a bolsa deve ser armazenada em repouso, sem agitação, em temperatura de até 22 graus C +/- 2. Recomenda-se que a transfusão seja feita o quanto antes, em até 24h (LETRA C INCORRETA).
(DASA 2022) Qual dos seguintes critérios abaixo é essencial para diagnosticar a Síndrome de Sezary?
A) História prévia de micose fungoide
B) Uma razão CD4/CD8 maior que 10
C) Doença presente em maior ou igual que 50% da superfície corporal
D) Quadro sistêmico associado a linfadenopatia e células com chanfradura
B) Uma razão CD4/CD8 maior que 10
Comentário:
Síndrome de Sezary (SS) e Micose Fungoide (MF) são os subtipos mais comuns de linfomas T cutâneos (CTCL). MF é um linfoma que se apresenta com lesões de pele localizadas ou disseminadas, incluindo placas eritrodermicas. Tumores, linfonodomegalias e órgãos podem ser envolvidos. SS é uma forma distinta com envolvimento leucemico por células T malignas que tipicamente apresentam o mesmo rearranjo do clone da pele. SS pode acontecer “de novo” com envolvimento leucemico, pele e linfonodos ou pode evoluir de lesões eritrodermicas de MF. Dessa forma. História previa de MF não é necessário para diagnóstico de SS (LETRA A INCORRETA). MF e SS compartilham algumas características clinicas e patológicas, além do mesmo critério histológico para o diagnóstico e estancamento. No entanto, pacientes com SS são geralmente mais sintomáticos, com menores taxas de remissão e menor OS. Em geral o imunofenótipo das células de Sezary confirma a origem em células T (CD3+ e CD4+) e ausência de expressão de CD2, CD3, CD5 e CD7 (antígenos de células T maduras). O diagnostico é feito através de eritrodermia envolvendo área maior que 80% SC (LETRA C INCORRETA), rearranjos clonais de TCR confirmados por PCR e contagem de células de Sezary > 1000 cel/microL ou um dos seguintes critérios:
- Aumento de CD4+ ou CD3+ com CD4/CD8 > 10
- Aumento de células CD4+ com fenótipo anormal: CD4+CD7- > 40% ou CD4+CD26- > 30% (LETRA B CORRETA)
(DASA 2022) Paciente do sexo masculino, 52 anos, D+10 de TMO autólogo, com
suspeita de refratariedade plaquetária, superfície corpórea de 2m2, recebe um concentrado de plaquetas por aférese com
4x1011/plaquetas.
- Plaquetas pré-transfusão: 10.000
- 1h após: 40.000.
- 24h após: 15.00
Podemos suspeitar neste caso que o paciente:
(A) Não apresenta refratariedade plaquetária.
(B) Apresenta refratariedade imune, mas não apresenta refratariedade não-imune.
C) Apresenta refratariedade imune e não-imune.
(D) Não apresenta refratariedade imune, mas apresenta refratariedade não-imune.
(D) Não apresenta refratariedade imune, mas apresenta refratariedade não-imune**
O diagnóstico de refratariedade plaquetária vai ser definido através do calculo de incremento plaquetário e definição de incremento insuficiente. Pode ocorrer por mecanismos imunes ou por consumo das plaquetas transfundidas. Nesse raciocínio, devemos realizar o calculo do incremento 1h e 24h após a transfusão.
Caso haja aumento das plaquetas em 1h e perda do incremento em 24h, ocorreu consumo durante esse período.
Caso não haja aumento desde o primeiro momento, provavelmente algum mecanismo imune esteja destruindo as plaquetas recebidas imediatamente após a transfusão.
Dentre as causas mais comuns, os mecanismos não imunes compreendem 70% das etiologias, sendo os 30% restantes de causa imune por anticorpos anti-HLA e anti-HPA.
O calculo do incremento deve ser feito com a seguinte formula:
CCI = SC x IP x 1011 / N plaquetas
- Em geral um concentrado de plaquetas possui 5,5 x 1010 e a unidade de plaquetas por aférese possui 3x1010 plaquetas
A) IMUNE
- CCI1h < 5x109 + Anticorpo positivo
B) NÃO IMUNE
- CCI24h < 5x109
No caso do paciente em questão:
- CCI 1h = 15 (eficaz)
- CCI 24h = 2,5 (ineficaz)
Trata-se portanto de um paciente com REFRATARIEDADE NÃO IMUNE (LETRA D CORRETA)
(DASA 2022) Paciente de 78 anos, com diagnóstico de SMD e Hb 7,5 g/dl, recebe 2CH e durante a transfusão da segunda unidade apresenta dispneia, taquicardia, hipertensão arterial e crepitação em bases de pulmão. Qual alternativa abaixo contém os exames complementares mais apropriados para diagnosticar a causa da reação
transfusional adversa?
(A) BNP, RX de tórax e ecocardiograma.
(B) Rx de tórax, hemocultura do paciente e da unidade transfundida e haptoglobina.
(C) Haptoglobina, DHL e bilirrubinas.
(D) Pesquisa de anticorpos anti-HLA e HNA, BNP e hemoculturas do paciente e da unidade transfundida.
(A) BNP, RX de tórax e ecocardiograma
Trata-se de uma questão que aborda reações transfusionais. O paciente em questão é idoso apresenta queixas respiratórias, taquicardia e hipertensão após a segunda bolsa. Dentre as reações transfusionais com repercussão pulmonar, a mais prevalente é a sobrecarga volemica (TACO). Ocorre em pacientes que já possuem alguma dificuldade em distribuição volemica com desencadeamento de edema pulmonar pelo volume adicional recebido. Isso fica mais claro quando percebemos que a reação ocorre apenas após a segunda bolsa. Exames que ajudam no diagnóstico diferencial nesse contexto incluem:
- Radiografia de tórax
- USG pulmonar
- ECOTT
- BNP
(LETRA A CORRETA)
O diferencial com outras causas de reação com repercussão pulmonar pode incluir TRALI (que se apresentaria com hipotensão pela resposta inflamatória) ou até anafilaxia (que teria outros sintomas associados).
As outras alternativas incluem exames importantes no contexto de reação febril e necessidade de descartar hemólise ou contaminação bacteriana.
(DASA 2022) No caso de uma reação transfusional febril, várias medidas devem ser tomadas, exceto:
(A) Buscar erros na identificação das bolsas e do paciente.
(B) Repetir os exames pré-transfusionais, usando amostras pré e pós-transfusionais.
(C) Inspeção visual do plasma ou soro das amostras pós transfusionais do receptor para detecção de hemólise.
(D) Reinfundir o mesmo hemocomponente no paciente, se a reação foi muito leve e revertida.
(D) Reinfundir o mesmo hemocomponente no paciente, se a reação foi muito leve e revertida
A conduta adequada frente a um paciente com reação transfusional febril inclui interromper imediatamente a transfusão, manter o acesso e avaliar sinais vitais e outros possíveis sintomas, com introdução de terapia de suporte. Obviamente, deve-se confirmar que o hemocomponente certo foi administrado na pessoa correta (LETRA A CORRETA).
Na avaliação da causa e diagnóstico diferencial, a bolsa e o equipo devem ser enviados ao laboratório do banco de sangue em conjunto com uma amostra pós transfusional do paciente para repetir testes imuno-hematológicos e cultura do material. Os testes imuno-hematológicos são importantes para detectar a presença de aloimunização e presença de anticorpos que justifiquem um quadro de hemólise (LETRA B CORRETA). Outras formas de suspeitar de hémolise incluem a clinica do paciente, podendo se apresentar com dores ósseas, hemoglobinuria ou alteração de coloração do plasma. No entanto, isso não substitui os testes imuno-hematológicos (LETRA C CORRETA).
Uma vez confirmada a reação transfusional e estando o paciente estável, a depender do tipo de reação, a bolsa pode voltar a ser instalada no paciente, desde que respeitado o tempo de 4h desde a abertura do sistema. Isso ocorre mais frequentemente em pacientes com reações alérgicas ou TACO por exemplo. No entanto, em reações febris, a bolsa e o equipo irão para análise e não deve voltar a ser infundido o mesmo concentrado (LETRA D INCORRETA)
(DASA 2022) Mulher, 45 anos, previamente hígida, assintomática, procura hematologista devido alterações em exame de rotina.
- Hb 12,1g/dL, VCM 90fL
- Leucócitos 8000 (neutrófilos 5000, Linfócitos 1800)
- Plaquetas 35000
Levando em consideração o
diagnóstico mais provável para o caso, qual a conduta mais adequada nesse momento?
(A) Prednisona 1mg/kg/d.
(B) Dexametadona 40mg/d por 4 dias em associação com IVIG.
(C) Observação.
(D) Imunofenotipagem de sangue periférico.
(C) Observação
Trata-se de uma mulher de 45 anos com plaquetopenia moderada e sem sinais de sangramento, pela ausência de outros achados que sugiram diagnósticos alternativos, a principal hipótese é PTI.
O tratamento de PTI é indicado apenas no caso de manifestações hemorrágicas ou plaquetopenia grave (< 20.000), que não é o caso dessa paciente.
PREDNISONA x DEXAMETASONA
Quando indicado tratamento para pacientes com PTI, os corticoides são o principal componente de tratamento de pacientes com primeira linha, principalmente se não houver sangramento grave. O mecanismo ainda não é completamente compreensível, mas acredita-se que envolva apoptose de linfócitos produtores de anticorpos e downregulation de atividade macrofagica responsável for fagocitose plaquetária.
A escolha entre os corticoides, não é consenso entre os autores, com eficácia semelhante entre eles.
A) DEXAMETASONA
- Dose 40mg VO ou EV por 4 dias sem necessidade de desmame
- Respostas mais rápidas
- Menor risco de confusão de dose
- Risco teórico de maiores taxas de recaída
B) PREDNISONA
- 1mg/kg por 1-2 semanas com desmame gradual dentro de 6 semanas
- Resposta mais lenta, podendo ocorrer em até 2 semanas
- Possibilidade de adaptar tratamento com a resposta do paciente e risco teórico de menos recaída
(DASA 2022) Homem, 47 anos, portador de LMA, inv16, realizou protocolo de indução da remissão com protocolo 3+7, com resposta completa e DRM negativa após a indução. Iniciada consolidação com AraC em altas doses, hoje no D11 da primeira consolidação, procura pronto atendimento devido a febre, realizado hemograma Hb 8,2g/dl, leuco 500 e plaq 39.000. Paciente encontra-se clinicamente estável e com histórico de NF prévia por E.Coli multi S. São opções terapêuticas para esse momento exceto:
A) Cefepime
B) Ceftriaxone
C) Piperacilina/Tazobactam
D) Meropenem
B) Ceftriaxone
Comentários:
Trata-se de um paciente com diagnóstico de neutropenia febril (paciente hematológico, em quimioterapia no D11 e com perspectiva de queda ainda nos próximos dias, com neutro < 500 e febre). Frente ao diagnóstico de NF, devemos iniciar tratamento com droga com cobertura ampla contra gram negativos e com cobertura contra pseudomonas. O IDSA e ASCO recomendam uma abordagem inicial com monoterapia com B-lactamico anti-pseudomonas como: Cefepime / Tazocin / Carbapenemicos / Ceftazidima (evitar ceftazidima em zooterapia pelo aumento de resistência por germes gram negativos e abordagem fraca contra germes gram positivos). Todos esses antibióticos estão descritos menos o Ceftriaxona. No caso em questão, é afirmado que esse paciente tem um histórico de E. Coli multi-S, mas mesmo assim não devemos iniciar terapia com baixa cobertura inicialmente, até porque esse paciente aparentemente já tem uso prévio de ATB, com risco de desenvolver resistência. O ideal é iniciar com cobertura mínima de cefepime e posterior descalonamento a depender de resposta e culturas desse paciente.