DASA RESIDENCIA 2022 Flashcards

1
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 45 anos, com antecedente de linfoma folicular em estágio avançado e com bulky retroperitoneal foi tratado com 6 ciclos de R-CHOP atingindo CR. Um ano após o término do tratamento, voltou a apresentar
febre vespertina diária, sudorese noturna profusa, perda ponderal de 20% do
peso corpóreo basal e adenomegalias superficiais de até 4 cm em cadeias
cervicais, axilares e inguinais bilaterais. Biópsia excisional de linfonodo cervical mostrou proliferação linfoide atípica de células de pequeno e médio tamanho, com folículos expandidos e distorcidos, 12 centroblastos por campo de grande aumento e marcação fenotípica: ki67+ 20%, CD10+, BCL-2+, CD20+, CD3-.
PET de reestadiamento mostrou múltiplas adenopatias supra e infradiafragmáticas com SUV máx de 7.5 em cadeia cervical D e biópsia de medula óssea com infiltração linfomatosa paratrabecular por pequenas células linfoides atípicas. Assinale assertiva melhor conduta terapêutica neste momento:

(A) Watchful & waiting.
(B) 6 ciclos de BR seguido por autoTCTH.
(C) 4 ciclos de R-ICE seguido por aloTCTH.
(D) Venetoclax monoterapia contínua até perda de resposta ou progressão.

A

(B) 6 ciclos de BR seguido por autoTCTH.

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2
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Sobre o manejo da anticoagulação assinale a correta:

(A) O uso de AAS pode ser indicado em gestantes portadoras de SAAF
(B) A anticoagulação na Síndrome de Budd-Chiari tem por objetivo reestabelecer o fluxo pela veia porta, e deverá ser perene para todos os pacientes com este diagnóstico.
(C) Fator V de Leiden, PTM (mutação gene protrombina) e presença de anticorpos anti- fosfolípides não predispõem a um maior risco de trombose do enxerto em pacientes candidatos a transplante renal, logo, a anticoagulação peri-transplante não está indicada nesses casos.
(D) Pacientes com diagnóstico de trombose de sistema nervoso central (TVC) devem ser anticoagulados indefinidamente em caso de Tromboses Venosas Centrais (TVCs) recorrentes, se TVC associada a outras Tromboses Venosas Profundas, ou se houver alguma trombofilia diagnosticada.

A

(D) Pacientes com diagnóstico de trombose de sistema nervoso central (TVC) devem ser anticoagulados indefinidamente em caso de Tromboses Venosas Centrais (TVCs) recorrentes, se TVC associada a outras Tromboses Venosas Profundas, ou se houver alguma trombofilia diagnosticada.

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3
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Em relação a terapia de manutenção após TMO, assinale a assertiva INCORRETA:

(A) O uso do brentuximabe vedotin após o TMO autólogo para linfoma de Hodgkin deve ser preconizado em todas as situações, especialmente nas recaídas precoce e doença refratária
(B) No linfoma do manto, deve se utilizar o Rituximabe como manutenção após tmo autólogo pois mostrou ganho de sobrevida global
(C) A lenalidomida deve ser utilizada nos pacientes portadores de mieloma múltiplo após tmo autólogo principalmente nos pacientes com risco citogenético baixo e intermediário
(D) O uso de azacitidina após TMO alogênico para LMA mostrou ganho de PFS sem ganho de SG

A

DUAS RESPOSTAS?

a) O uso do brentuximabe vedotin após o TMO autólogo para linfoma de Hodgkin deve ser preconizado em todas as situações, especialmente nas recaídas precoce e doença refratária

d) O uso de azacitidina após tmo alogênico para LMA mostrou ganho de PFS sem ganho de SG

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4
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente 76 anos, masculino, com antecedente de IAM, DM2, DLP. Apresenta astenia há 3 meses. Hemograma mostrou
- Hb: 8,5 g/dl, VCM: 105 fl
- Leucócitos: 3.200/mm3, (neutrófilos: 2200/mm3, monócitos: 300/mm3)
- Plaquetas: 120.000/mm3,
- Reticulócitos: 60.000/mm3. Medula óssea hipercelular, displasia das séries granulocítica e eritrocítica, 1,2% de blastos mieloides; 65% de sideroblastos em anel.
Biópsia medular mostra celularidade de 60%, Mielofibrose grau 1; 3 a 5% de células CD34; cariótipo 46,XY[20]. Assinale a alternativa correta:

(A) O diagnóstico é SMD com sideroblastos em anel e displasia multilinhagem, o estudo molecular com a mutação SF3B1 corrobora essa hipótese, devendo ser pesquisada o FISH para deleção do 5q tambem
(B) O diagnóstico é SMD/SMP com trombocitose, o exame mais importante a ser solicitado agora é estudo molecular para JAK2.
(C) O diagnóstico é SMD com sideroblastos em anel e displasia multilinhagem, o exame mais importante a ser solicitado agora é dosagem de eritropoietina sérica e o uso de Luspatercep deve ser considerado como tratamento inicial .
(D) O diagnóstico é SMD com sideroblastos em anel e displasia multilinhagem, o exame mais importante a ser solicitado agora é estudo da mutação do TP53

A

(A) O diagnóstico é SMD com sideroblastos em anel e displasia multilinhagem, o estudo molecular com a mutação SF3B1 corrobora essa hipótese, devendo ser pesquisada o FISH para deleção do 5q tambem

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5
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) NÃO é critério de inclusão para uso de Hidroxiureia na anemia falciforme

(A) Ter apresentado complicações da doença, nos últimos 12 meses, como: episódios recorrentes de CVO, STA
(B) Beta HCG sérico negativo para mulheres em idade reprodutiva
(C) Eletroforese de hemoglobina compatível com o diagnóstico de DF: Hb SS, SC, SD ou SBetaTal.
(D) Idade de, no mínimo, 9 anos.

A

(D) Idade de, no mínimo, 9 anos.

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6
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 55 anos, apresenta quadro de dor lombar. Realiza RNM de coluna, com presença de lesão expansiva com componente de partes moles em L2. Investigação adicional evidência: Hb 14.8 g/dL, sem alteração de função renal, cálcio normal, beta 2 microglobulina 3.4 e Albumina de 3,8. Presença de pico monoclonal em gama (0.39 g/dL), imunofixação IgG Lambda. PET-CT evidencia apenas lesão em L2, cuja biópsia foi laudada como neoplasia de células plasmocitárias com restrição à cadeia leve de imunoglobulina do tipo lambda. Estudo de medula óssea com 3% de plasmócitos clonais e biópsia de medula óssea com 5% de plasmócitos sem atipias. ECOG 1. Esse paciente apresenta diagnóstico de:

(A) MM Durie Salmon IIIA e o tratamento ideal será com indução com 3 ou 4 drogas, seguido de transplante autólogo de medula óssea.
(B) MM assintomático de alto risco e o tratamento deverá ser realizado com esquema de indução com 3 drogas, seguido de transplante autólogo de medula óssea
(C) Plasmocitoma isolado com envolvimento medular mínimo e o tratamento deverá ser realizado com radioterapia local 40-50 Gy.
(E) Mieloma Múltiplo assintomático de alto risco e deverá realizar acompanhamento, sendo o tratamento indicado se houver presença de lesões de órgão alvo.

A
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7
Q

(DASA 2022) Sobre a retinopatia do paciente falciforme assinale a afirmativa CORRETA:

(A) O surgimento de neovascularização é a marca da retinopatia grau III, sendo sua descrição clássica a presença de sea foan.
(B) Ela acomete majoritariamente os pacientes com hemoglobinopatia SC, porém suas formas proliferativas são mais comuns na anemia falciforme
(C) Fotocoagulação está indicada em pacientes com retinopatia grau I e II para evitar progressão para retinopatia proliferativa.
(D) Para controle de progressão da retinopatia proliferativa é mandatório o início de programa transfusional com alvo de HbS<30%.

A

(A) O surgimento de neovascularização é a marca da retinopatia grau III, sendo sua descrição clássica a presença de sea foan.

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8
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Mulher, 64 anos, sem comorbidadas. Vem para avaliação com hematologista por pico monoclonal. Beta 2 microglobulina 5 mg/L DHL 159 albumina 4,1g/dL Cálcio 9,5mg/dL Creat 1,12mg/dL
- EFP sérica 1,7g/dL IFX IgG kappa
- EFP urinária presença de componente monoclonal em gama (1,48g/24h) IFX urinária IgG kappa
- Proteinúria 2,3g/vol
- Hb 11,9
- Leuco 4580
- Plaq 145.000
- Lambda livre 11,4mg/L
- Kappa livre 952mg/L
- Relação kappa/lambda 83 Painel de FISH para mieloma: Presença de deleção bialélica do gene CDKN2C (cromossomo 1p) em 93% dos núcleos analisados. Mielograma com 62% de plasmócitos. Assinale a alternativa correta:

(A) Solicitar avaliação de esqueleto com TC de baixa dose de corpo inteiro, ressonância magnética de corpo inteiro ou PET-CT. Se exames de imagem não mostrarem lesão óssea, paciente com diagnóstico de gamopatia monoclonal de significado renal.
(B) Solicitar avaliação de esqueleto com TC de baixa dose de corpo inteiro, ressonância magnética de corpo inteiro ou PET-CT. Se exames de imagem não mostrarem lesão óssea, reavaliar a paciente precocemente (1-3 meses).
(C) Solicitar avaliação de esqueleto com TC de baixa dose de corpo inteiro, ressonância magnética de corpo inteiro ou PET-CT. Paciente com diagnóstico de mieloma múltiplo ativo e deverá iniciar o tratamento imediatamente
(D) Solicitar avaliação de esqueleto com TC de baixa dose de corpo inteiro, ressonância magnética de corpo inteiro ou PET-CT. Indicar tratamento, pois o paciente apresenta mieloma múltiplo smoldering de alto risco.

A

(C) Solicitar avaliação de esqueleto com TC de baixa dose de corpo inteiro, ressonância magnética de corpo inteiro ou PET-CT. Paciente com diagnóstico de mieloma múltiplo ativo e deverá iniciar o tratamento imediatamente

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9
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Mulher, 35 anos, procura atendimento para uma segunda opinião sobre indicação de esplenectomia. Tem diagnóstico de PTI há três anos e já recebeu tratamentos prévios (corticoide, danazol e azatioprina), com resposta inicial, mas com queda da contagem plaquetária, a qual se mantém em torno de 40.000/mm3 . Nega comorbidades. Nega sangramentos. Assinale a conduta mais adequada neste caso:

(A) Confirmar a indicação de esplenectomia para PTI crônica refratária.
(B) Iniciar tratamento com rituximabe.
(C) Iniciar antagonista de receptor de trombopoetina.
(D) Observar sem introduzir medicação.

A

(D) Observar sem introduzir medicação.

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10
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 60 anos, internado para tratamento de broncopneumonia comunitária, evolui com aparecimento de quatro lesões urticariformes, pequenas, em
MID após a instalação de concentrado de plaquetas por aférese. Com relação à conduta a ser tomada a seguir, assinale a alternativa correta:

(A) Suspender a transfusão, medicar o paciente com corticoesteroides e devolver a unidade de plaquetas ao banco de sangue para lavagem.
(B) Suspender a transfusão, medicar o paciente com anti-histamínicos até remissão do quadro, a seguir reinstalar a bolsa.
(C) Suspender a transfusão e desprezar a bolsa, manter o paciente em observação, por 24h, pelo risco de reação anafilática.
(D) Manter a transfusão, não aumentar a velocidade de gotejamento da bolsa e medicar com anti histaminicos

A

(B) Suspender a transfusão, medicar o paciente com anti-histamínicos até remissão do quadro, a seguir reinstalar a bolsa

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11
Q

(DASA RESIDENCIA 2022)
Paciente 76 anos, masculino, com antecedente de IAM, DM tipo 2, hipercolesterolemia apresenta astenia há 3 meses. Hemograma mostrou Hb: 8,5 g/dl, VCM: 105 fl, Leucócitos: 3.200/mm3, neutrófilos: 2200/mm3, monócitos: 300/mm3, plaquetas: 120.000/mm3, reticulócitos: 60.000/mm3. Medula óssea hipercelular, displasia das Séries granulocítica e eritrocítica, 1,2% de blastos mieloides; 65% de sideroblastos em anel, Biópsia medular mostra celularidade de 60%, Mielofibrose grau 1; 3 a 5% de células CD34; cariótipo 46,XY[20]. O resultado do painel mieloide mostra a presença de mutação SF3B1, ausência de mutação em outros genes pesquisados no painel, dosagem de EPO 220mU/L (normal <20), não foi detectada aumento na imunoexpressão de p53 e painel FISH SMD/LMA negativo para deleção 5q, 17p, 20q e para trissomia 8. Assinale a alternativa correta:

(A) Indicaria reposição com Eritropoetina 40.000 U/semana e reavaliaria a resposta em 12 semanas.
(B) Indicaria uso de azacitidina 75mg/m2/dia por 7 dias ciclos mensais e reavaliaria a resposta após o 4 ciclo
(C) Indicaria reposição com Vitamina B12, Ferro e folato e reavaliaria a resposta em 30 dias
(D) Indicaria reposição com Eritropoetina 40.000 U/semana associada a lenalidomida 10 mg/d por 21 dias, repetindo ciclos a cada 28 dias e reavaliaria a resposta no 3 ciclo (em 12 semanas).

A

a) Indicaria reposição com Eritropoetina 40.000 U/semana e reavaliaria a resposta em 12 semanas.

??????

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12
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Sobre trombocitopenia induzida por heparina, é INCORRETO afirmar:

(A) O diagnóstico da trombocitopenia induzida por heparina é clínico.
(B) É uma complicação iatrogênica do uso de HNF ou LMWH causada por anticorpos contra o fator 4 das plaquetas e heparina após 5 a 14 dias da exposição a droga.
(C) Ocorre mais frequentemente com o uso da HNF que com a LMWH.
(D) A plaquetopenia é leve a moderada (20-50.000/uL) ou relativa (queda de plaquetas de 30-50%).

A

(A) O diagnóstico da trombocitopenia induzida por heparina é clínico

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13
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem de 23 anos, com história de frequentes epistaxes desde a primeira infância, foi encaminhado ao PS por epistaxe incessante à esquerda após leve trauma durante uma partida de futebol. Ao ser questionado sobre histórico familiar, refere que sua irmã apresenta com aumento de fluxo menstrual desde a menarca, epistaxe recorrente, e anemia ferropriva. Exames iniciais evidenciaram hemograma com plaquetopenia de 60.000, além da queda hematimétrica associada ao sangramento, com TP, TTPA e TT normais. Convocada equipe de Hematologia para avaliação, que solicitou abordagem inicial.
Inadvertidamente, foram solicitados pela equipe de Clínica Médica todos os exames descritos. Considerando os seus resultados, a equipe de Hematologia acrescentou a propedêutica diagnóstica com novos exames. Qual a fisiopatologia mais provável para a situação clínica descrita acima? Lâmina de sangue periférico e RIPA descritos
- Antígeno de Von Willebrand: Normal.
- Atividade de Von Willebrand: Normal.
- Dosagem de fator VIII: Normal.
- Citometria de fluxo para glicoproteína Ib/IIb-IIIa: Normal.
- Curva de agregação plaquetária - Inviabilizada pela contagem plaquetária

(A) Agregados plaquetários induzidos por contagem plaquetária em tubo EDTA.
(B) Aumento da capacidade de ligação dos multímeros de Von Willebrand com as plaquetas via glicoproteína Ib.
(C) Mutação envolvendo o complexo glicoproteína Ib-IX-V levando a alterações no formato, adesão e ativação plaquetária.
(D) Mutação envolvendo a glicoproteína IIb-IIIa levando a alterações qualitativas e quantitativas com prejuízo direto à agregação plaquetária.

A

c) Mutação envolvendo o complexo glicoproteína Ib-IX-V levando a alterações no formato, adesão e ativação plaquetária.

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14
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Os serviços de hemoterapia, em cumprimento à Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a fim de reduzir riscos de transmissão de doenças, deverá realizar testes para infecções transmissíveis pelo sangue em todos os doadores de sangue, independente da localidade/região de residência, fazem parte desses testes obrigatórios:

(A) HBsAg, anti- HBc, NAT HBV, anti-HCV, NAT HCV, anti-DEN, anti-HIV, NAT HIV, anticorpo anti-Tcruzi, detecção de anticorpo anti-treponêmico.
(B) NAT HBV, NAT HCV, NAT-HIV, HBsAg, anti-HBc, anti-HCV, anti-HIV, anti-ZIKV, anticorpo anti-T cruzi, detecção de anticorpo anti-treponêmico.
(C) HBsAg, anti-HBc, anti-HCV, anti-HIV, anticorpo anti-T cruzi, detecção de anticorpo anti-treponêmico, anti-HTLV I/II, NAT HBV, NAT HCV, NATHIV
(D) NAT HBV, NAT HCV, NAT-HIV, HBsAg, anti-CMV, anti-HBc, anti-HCV, anti-HIV, anticorpo anti-Tcruzi, detecção de anticorpo anti-treponêmico.

A

(C) HBsAg, anti-HBc, anti-HCV, anti-HIV, anticorpo anti-T cruzi, detecção de anticorpo anti-treponêmico, anti-HTLV I/II, NAT HBV, NAT HCV, NATHIV

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15
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Gestante, secundigesta de 20 semanas apresenta feto hidrópico em ultrassonografia
morfológica de segundo trimestre. Sua tipagem ABO/RhD realizada em pré-natal era A+. A tipagem ABO/RhD paterna era A-. Feita amniocentese, que mostrou aumento discreto
de bilirrubinas no líquido amniótico. Feto sem sinais de cardiopatia e com anemia intensa.
A principal hipótese diagnóstica para o caso e a conduta diagnóstica a ser tomada, são:

(A) Trata-se de parvovirose fetal, devendo ser indicada nova amniocentese para realização de teste molecular para identificação de parvovírus.
(B) Trata-se de aplasia congênita de medula. Não há necessidade de confirmação do diagnóstico.
(C) Trata-se de doença hemolítica fetal causada por anticorpo provavelmente direcionado contra o antígeno K. Deve ser realizada pesquisa materna de anticorpos irregulares.
(D) Trata-se de doença hemolítica fetal causada por anticorpo provavelmente direcionado contra antígeno da proteína CE ou contra epítopos variantes da proteína RHD. Deve ser realizada a pesquisa materna de anticorpos irregulares.

A

(C) Trata-se de doença hemolítica fetal causada por anticorpo provavelmente direcionado contra o antígeno K. Deve ser realizada pesquisa materna de anticorpos irregulares.

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16
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente com 68 anos, iniciou acompanhamento por quadro de linfocitose
persistente. Traz consigo dois hemogramas separados entre si por 07 meses, ambos com linfocitose expressiva (22.000 linfócitos). Nega sintomas constitucionais, ou sintomas compressivos. Ao exame físico apresenta linfonodomegalias cervicais de pequeno tamanho, sem visceromegalias
evidentes. Avaliado pela equipe de Hematologia, sendo indicada imunofenotipagem de sangue periférico com o seguinte resultado: CD5, CD19, CD23, baixa expressão de CD20, imunoglobulina de superfície fraca, CD200, FMC-7 negativo. Qual a abordagem terapêutica mais apropriada para o caso?

(A) Solicitar FISH para del (17p), del (11q), trissomia 12 e del (13q), além de avaliar o status mutacional do IGHV. Se FISH positivo para del (17p) e IGHV não mutado, iniciar terapia com ibrutinibe.
(B) Solicitar FISH para del (17p), del (11q), trissomia 12 e del (13q), além de avaliar o status mutacional do IGHV. Se FISH positivo para del (17p), e IGHV mutado, iniciar terapia com Fludarabina, Ciclofosfamida e Rituximabe.
(C) Não solicitar novos exames, e manter conduta expectante com avaliação clínica e laboratorial seriada.
(D) Solicitar FISH para del (17p), del (11q), trissomia 12 e del (13q), além de avaliar o status mutacional do IGHV. Se FISH negativo para del (17p), e IGHV não mutado manter conduta expectante.

A

(C) Não solicitar novos exames, e manter conduta expectante com avaliação clínica e laboratorial seriada.

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17
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 45 anos, previamente hígido, ECOG = 01, há 2 meses com
surgimento de lesões cutâneas nódulo-violáceas e infiltrativas em tronco,
abdome e membros. Nega sintomas B, exame físico sem adenomegalias ou
visceromegalias. Hb 9.0 g/dl VCM 95 fl 2000 leucócitos (500 neutrófilos, 1000
linfócitos e 500 monócitos) 45.000 plaquetas. Aspirado de medula óssea
hipercelular às custas de infiltração por 90% de células blásticas agranulares.
Cariótipo: 46, XY [20]. Imunofenotipagem de medula óssea e de aspirado das lesões cutâneas demonstra: 80% de células CD45+, TdT-, CD34-, HLA-DR+,
CD19-, CD20-, CD22-, CD10-, cyCD3-, mCD3-, MPO-, CD117-, CD4+, CD7-, CD8-,
CD13-, CD14-, CD33-, CD64-, CD56+, CD123+, CD138-. Pesquisa de clonalidade
T (rearranjo gama TCR) não-clonal e pesquisa de clonalidade B (rearranjo VDJ
das cadeias leves e pesada da Ig) não-clonal em amostra de medula óssea.
Sobre esse caso, o manejo terapêutico mais apropriado, frente a principal hipótese diagnóstica, seria

(A) 6 ciclos de CHOP.
(B) D3A7 + consolidação com 4 ciclos de citarabina em altas doses.
(C) D3A7 + consolidação com 2 ciclos de citarabina seguido por TCTH alogênico
(D) 6 ciclos de HyperCVAD + consolidação com TCTH alogênico.

A

(D) 6 ciclos de HyperCVAD + consolidação com TCTH alogênico.

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18
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem de 19 anos, com pancitopenia :
- Hb: 6,6g/dl
- Neutrófilos de 450/mm3
- Plaquetas: 15.000/mm3
- Aspirado e biópsia de medula óssea hipocelulares (10% de tecido hematopoético). Assinale a alternativa correta:

(A) Se cariótipo com trissomia 8 em 3/20 metáfases analisadas, o diagnóstico é de SMD hipocelular e TCTH alogênico se mostra a melhor opção.
(B) Se clone HPN de 2%, cariótipo normal, o diagnóstico é de Anemia Aplástica grave adquirida e a melhor opção terapêutica é imunossupressão combinada (ATG+Ciclosporina + eltrombopag)
(C) A realização de testes para confirmação/exclusão de causas congênitas como teste de DEB e comprimento telomérico é necessária para condução da terapêutica.
(D) Se cariótipo com monossomia 7 em 19/20 metáfases analisadas, o diagnóstico é de Anemia aplástica muito grave e TCTH alogênico se mostra a melhor opção terapêutica

A

(C) A realização de testes para confirmação/exclusão de causas congênitas como teste de DEB e comprimento telomérico é necessária para condução da terapêutica.

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19
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Nos casos de pacientes com sobrecarga de ferro, em relação ao diagnóstico de hemocromatose hereditária, é correto afirmar

(A) Qualquer pessoa portadora da mutação H63D na forma heterozigotica deve realizar flebotomia periódica, para manutenção de ferritina abaixo de 50 μg/L.
(B) Pacientes com hemocromatose hereditária devem evitar ingestão de alimentos que contenham ferro.
(C) Qualquer pessoa portadora da mutação C282Y na forma homozigotica deve realizar flebotomia periódica, para manutenção de ferritina abaixo de 50 μg/L.
(D) Pacientes com hemocromatose hereditária devem fazer flebotomia com o objetivo de manter a ferritina abaixo de 200 μg/L.

A

(C) Qualquer pessoa portadora da mutação C282Y na forma homozigotica deve realizar flebotomia periódica, para manutenção de ferritina abaixo de 50 μg/L.

???????

20
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Sobre as Trombocitopenias Hereditárias é correto afirmar:

(A) A ausência de histórico familiar permite descartar esse diagnóstico
(B) As plaquetopenias hereditárias são caracterizadas pela presença de macroplaquetas.
(C) A plaquetopenia hereditária em geral é grave e associada a elevado risco de sangramento.
(D) Na plaquetopenia associada ao gene MYH9, há mutações associadas à presença de inclusões Döhle-like em neutrófilos.

A

(D) Na plaquetopenia associada ao gene MYH9, há mutações associadas à presença de inclusões Döhle-like em neutrófilos.

21
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Mulher, 26 anos, grávida de 38 semanas, foi ITU havia 7 dias e tratada com gentamicina e dipirona. No sétimo dia do tratamento, entrou em trabalho de parto espontâneo, com resolução da gravidez. No dia seguinte, houve piora do quadro infeccioso, com sepse, CIVD e pancitopenia. Antibioticoterapia foi escalonada para cefepime com desaparecimento da febre e melhora parcial do hemograma, mas se mantendo leucopenica. Hb: 9,5 g/dL; leucócitos: 1.200/μL; neutrófilos: 100/μL; plaquetas: 70.000/μL. Com a manutenção do quadro , foi realizada punção da medula óssea, com 22% de células com a morfologia na imagem.
A análise por citometria de fluxo evidenciou fenótipo negativo para HLA-DR e positivo para CD33 e heterogêneo para CD13. O diagnóstico mais provável é:

(A) Leucemia promielocítica aguda
(B) Leucemia linfoide aguda
(C) Síndrome de Shwachman-Diamond
(D) Agranulocitose induzida por droga

A

(A) Leucemia promielocítica aguda

22
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Sobre a LPA, considere as seguintes afirmativas:

  1. Pacientes com t(11,17) são geralmente resistentes ao ATRA
  2. O ATRA e o ATO possuem papel na manutenção da remissão.
  3. O imunofenótipo é composto pela expressão de CD 13, CD33, CD34 e HLA-DR.
  4. A LPA é geralmente resistente a antracíclicos.
  5. A DRM na LPA após o tratamento não guarda correlação com o risco de recidiva.

(A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 4 e 5 são verdadeiras.

A

(A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

23
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente, 48 anos, internada há 94 dias por complicações relacionadas a COVID evolui com queda abrupta dos níveis de hemoglobina, sem sinais de sangramento ativo e sem piora clínica associada. Em uso de Piperacilina + Tazobactam; Linezolida; clonidina; metildopa; warfarina e omeprazol. No momento apresenta os seguintes exames laboratoriais: Hb: 8,3g/dl; VCM: 97fL; Retic: 193.000; DHL: 780; Hapto: <10; BI: 4,2; TAD: Positivo; PAI: Positivo (apenas no autocontrole). Qual a causa mais provável dessa anemia.

(A) Sangramento agudo
(B) AHAI induzida por metildopa.
(C) Toxicidade medular associada à linezolida.
(D)AHAI induzida por Piperacilina.

A

(B) AHAI induzida por metildopa.

24
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Mulher de 30 anos, em tratamento de LMC há 5 anos. Ao diagnóstico, apresentava-se em fase crônica com escores de Sokal e EUTOS de baixo risco. Iniciou uso de imatinibe 400mg/d, porém apresentou diarreia grau 2 (6 evacuações por dia) que não melhoraram com redução de dose para 300mg/d. Após um mês de tratamento com imatinibe, foi optado por trocar para nilotinibe 400mg duas vezes ao dia pela toxicidade.
Paciente não apresentou efeitos colaterais com nilotinibe e alcançou MMR (<0,1%IS) com seis meses de tratamento e nos últimos três anos, todos os exames de PCR para quantificação de transcritos BCR-ABL1 estavam indetectáveis (sensibilidade 4,5log). Paciente o procura hematologista para aconselhamento sobre gestação. Qual a conduta mais apropriada para o caso?

(A) Por tratar-se de paciente em segunda linha de tratamento, não há recomendações para suspensão de tratamento com inibidor.
(B) A paciente deve ser orientada sobre o risco de perda de resposta ao tratamento, no caso de descontinuação. Se a paciente deseja engravidar, recomenda-se suspender o inibidor antes da concepção.
(C) Recomenda-se trocar o inibidor por interferon antes da concepção para reduzir o risco de perda de resposta molecular com a descontinuação.
(D) O nilotinibe não é contraindicado em gestantes, somente imatinibe e dasatinibe.

A

(B) A paciente deve ser orientada sobre o risco de perda de resposta ao tratamento, no caso de descontinuação. Se a paciente deseja engravidar, recomenda-se suspender o inibidor antes da concepção.

25
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O processo de realização dos testes pré-transfusionais tem múltiplas etapas, com objetivo de garantir a compatibilidade entre o paciente e o hemocomponente, prevenindo a ocorrência de reações hemolíticas fatais
(B) Fazem parte dos testes pré-transfusionais: determinação tipo ABO e RhD do receptor; pesquisa de anticorpos irregulares do receptor; a confirmação da tipagem ABO e Rh do hemocomponente e o teste de compatibilidade entre hemácias do doador e o soro do receptor.
(C) São considerados hemocomponentes hemáticos e, portanto é obrigatória a realização de prova de compatibilidade: concentrado de hemácias ; linfócitos; granulócitos, células progenitoras hematopoiéticas.
(D) São considerados hemocomponentes hemáticos aqueles que possuem mais de 10 ml de hemácias na unidade.

A

(D) São considerados hemocomponentes hemáticos aqueles que possuem mais de 10 ml de hemácias na unidade.

26
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem de 62 anos encaminhado ao PS para avaliação hematológica devido à leucocitose extrema. Sem comorbidades prévias. Relata ter procurado PS devido quadro de astenia. Ao exame, ECOG 1, com fígado palpável a 3cm de RCD e baço palpável a 6cm de RCE. Hemograma com Hb 11g/dl; Leuco 120.000/mm3 com predomínio de linfócitos. Plaquetas 100 mil/mm3. ESP com presença de 60% de linfócitos de tamanho moderado, cromatina moderadamente condensada, nucléolo único central e moderada relação n/c. Presença de rash maculopapular eritematoso em tronco e membros. Imunofenótipo: CD2+, CD3+, CD7+, TDT-, CD4+, CD8-, CD52+++. Citogenética com inv(14)(q11q32). Sorologias negativas, incluindo HTLV. Clonalidade T positiva. Qual a terapêutica recomendada?

(A) Alemtuzumab por 10-12 semanas e consolidação com TMO alogênico
(B) CHOEP e consolidação com TMO alogênico
(C) Venetoclax + Ibrutinib e consolidação com TMO alogênico
(D) Conduta expectante e tratamento quando doença ativa.

A

(A) Alemtuzumab por 10-12 semanas e consolidação com TMO alogênico

27
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente portadora de SMD, encaminhada para transfusão de concentrado de hemácias, apresentando nos testes imunohematológicos os seguintes resultados:
- Tipagem sanguínea: A+
- PAI positiva (triagem I e II);
- TAD negativo.

Realizado painel de hemácias cujo resultado foi: (tabela)

Assinale alternativa que corresponde à unidade de hemácias que você selecionaria para esta paciente:

(A) Concentrado de hemácias A R1R1 Fy (a-b-)
(B) Concentrado de hemácias A rr ss
(C) Concentrado de hemácias A rr Le (a+b+)
(D) Concentrado de hemácias A R2r ss

A

(B) Concentrado de hemácias A rr ss

28
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem de 60 anos encaminhado para avaliação de policitemia. Possui HAS e história de IAM aos 55 anos, com uso de stent. Ex-tabagista de
40 anos-maço. Faz uso de losartana, carvedilol e AAS 100mg/dia. Hemograma:
Hb 18g/dL; Ht 56%; Leucócitos 12000/mm3; Plaquetas 800 mil/mm3. EPO não disponível. Gasometria arterial normal. Mutação do JAK2 V6717F negativa.
Medula óssea: Hipercelular para a idade, presença de atipia megacariocítica
representada por megacariócitos grandes e hiperlobados e outras formas pequenas e hipolobadas, MF grau II. Qual o próximo passo da investigação?

(A) Podemos fechar o diagnóstico de Policitemia Vera, devendo iniciar flebotomia e citorredução
(B) Solicitar mutação do JAK2 Exon 12
(C) Solicitar gasometria arterial, tomografia de tórax e prova de função pulmonar
(D) Solicitar mutação da CALR e MPL

A

(D) Solicitar mutação da CALR e MPL

29
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem de 55 anos, com cHL - esclerose nodular em estádio avançado apresentou um novo linfonodo axilar direito. Ele foi tratado com seis ciclos de ABVD há 3 anos. Biópsia excisional do linfonodo axilar direito confirmou recidiva da doença. O PET/CT mostrou linfadenopatia hipermetabólica disseminada (acima e abaixo do diafragma). Após três ciclos de quimioterapia de resgate com GIV obteve remissão completa. Ele tem quatro irmãos.
Qual seria a melhor estratégia a ser recomendada?

(A) Terapia com altas doses e transplante autólogo de células hematopoiéticas.
(B) Transplante de células hematopoiéticas alogênico com irmão HLA compatível.
(C) Transplante de células-tronco hematopoéticas alogênico não mieloablativo.
(D) Terapia de manutenção com brentuximab vedotin.

A

(A) Terapia com altas doses e transplante autólogo de células hematopoiéticas.

30
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Em relação ao Fator de von Willebrand (FVW) e à Doença de von Willebrand (DVW), assinale a alternativa correta.

(A) O FVW se liga às estruturas expostas do subendotélio e às plaquetas por meio do complexo de receptores plaquetários GPIIb-IIIa. Essa etapa é conhecida como agregação plaquetária e é predominante em área de baixa tensão de cisalhamento.
(B) A estenose aórtica grave (assim como outras valvopatias) pode desencadear quadro de DVW adquirida. Nesse contexto, em geral a DVW é do tipo 1 e fenômenos hemorrágicos são raros.
(C) O FVW liga-se ao FVIII circulante, protegendo-o da inativação/degradação, o que leva ao prolongamento da meia-vida do FVIII.
(D) O diagnóstico de DVW tipo 2 é feito pela determinação do antígeno de FVW e da atividade do FVIII, com uma relação FVW/FVIII < 0.7. Nesse subtipo, há uma alteração quantitativa do FVW.

A

(C) O FVW liga-se ao FVIII circulante, protegendo-o da inativação/degradação, o que leva ao prolongamento da meia-vida do FVIII.

31
Q

(DASS RESIDENCIA 2022) Sobre a Púrpura Trombocitopênica Trombótica adquirida (PTTa), é correto
afirmar:

(A) O tratamento inicial de escolha é transfusão de plasma fresco congelado (10ml/kg de 8/8h), podendo ser indicada troca plasmática caso a resposta não seja adequada.
(B) O principal órgão-alvo acometido é o rim e muitos pacientes ao longo da internação ecessitam de terapia de substituição renal, que melhora com o tratamento.
(C) A fisiopatologia da PTTa envolve a presença de autoanticorpos contra a enzima ADAMTS13, que tem como função clivar os multímeros do fator von Willebrand.
(D) Laboratorialmente, a PTT se apresenta como anemia hipoproliferativa associada a plaquetopenia por consumo.

A

(C) A fisiopatologia da PTTa envolve a presença de autoanticorpos contra a enzima ADAMTS13, que tem como função clivar os multímeros do fator von Willebrand.

32
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente 24 anos, vem ao seu consultório com história de astenia e redução da tolerância aos esforços de início há 5 meses concomitante a aumento de fluxo menstrual, já em acompanhamento ginecológico por miomatose uterina. Quando questionada sobre antecedentes pessoais, refere anemia leve
observada em múltiplas ocasiões, nunca investigada. Logo na primeira
avaliação a paciente apresenta os seguintes exames laboratoriais: Hb: 8,9g/dl, VCM: 62fL; L: 5340; N: 3100; Ly: 1100; Pt: 640.000; Retic: 36.000; DHL: 309; BT: 0,9; BI: 0,7; EFHb: A: 96,8%; A2: 2,3%; F: 0,9%; Ferritina: 15; CTLF: 403;
IST: 3% Iniciada reposição com glicinato férrico 100mg em dias alternados. Paciente retorna após 3 meses de reposição com resolução do quadro ginecológico.
Refere resolução dos sintomas e apresenta os seguintes exames laboratoriais:
Hb: 10,3g/dl, VCM: 68fL; L: 6400; N: 5100; Ly: 800; Pt: 210.000; Ferritina: 83;
CTLF: 206; IST: 31%.
Qual a melhor conduta nesse momento?

(A) Prolongar reposição de ferro mantendo a mesma dose.
(B) Realizar avaliação medular.
(C) Aumentar a dose da reposição de ferro
(D) Repetir a eletroforese de hemoglobina.

A

(D) Repetir a eletroforese de hemoglobina.

33
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Assinale a alternativa INCORRETA em relação ao armazenamento dos hemocomponentes.

(A) Os hemocomponentes eritrocitários devem ser armazenados a 2 a 6 ºC, com validade a depender da solução preservante contida na bolsa.
(B) O plasma fresco congelado (PFC) deve ser totalmente congelado, mediante processo validado, no prazo ideal de 6 h e no máximo em até 8 h após a coleta.
(C) O crioprecipitado é obtido do descongelamento à temperatura de 4C de 1 bolsa de Plasma Fresco Congelado, do qual é removido o sobrenadante e contém os fatores de coagulação XIII, VIII, Fator de Von Willebrand e fibrinogênio
(D) Após abertura do sistema, o concentrado de hemácias tem validade de 48h, se mantido em 2 a 6ºC e os concentrados plaquetários têm validade de 24h.

A
34
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente de 36 anos com LLA B, PH-negativo. Paciente tratado com protocolo pediátrico, incorporando asparaginase, alcança CR após 1 ciclo de indução. Avaliação de doença residual mensurável (DRM) por citometria de fluxo resulta na detecção de 0,2% de eventos anômalos. Sobre o caso acima, é correto afirmar:

(A) A asparaginase está associada com risco de trombose e hepatotoxicidade neste paciente, este último mais frequente na forma peguilada da droga.
(B) A presença de DRM acima de 0,1% neste paciente denota pior prognóstico e a consolidação com transplante alogênico incorporando TBI deve ser idealmente adotada neste contexto.
(C) O blinatumomab estaria contraindicado neste caso, devido à infiltração de sistema nervoso central presente ao diagnóstico.
(D) A utilização de metotrexato em altas doses ao longo do protocolo é recomendada no tratamento deste paciente, além da realização de transplante alogênico em primeira remissão.

A

(B) A presença de DRM acima de 0,1% neste paciente denota pior prognóstico e a consolidação com transplante alogênico incorporando TBI deve ser idealmente adotada neste contexto.

35
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Mulher de 53 anos, encontra-se no D+13 do TMO Autólogo para MM com Melfalano 200mg/m2. Há 24 horas, a paciente iniciou quadro de desconforto respiratório progressivo, hipoxemia (SaO2 86% em ar ambiente) e febre aferida de 38°C. O hemograma da paciente evidencia: Hb 8,3g/dL, Leuco 1.260cels/mm3, Neutrófilos 780 cels/mm3 e Plaquetas de 23.000/mm3. Ao exame físico, a paciente apresenta um rash maculo-eritematoso difuso, crepitações grosseiras em ambos os hemitóraces. Radiografia de tórax evidencia infiltrados algodonosos bilateralmente. Considerando a principal hipótese diagnóstica, assinale a conduta INADEQUADA:

(A) Coleta de hemoculturas e anti térmicos, com inicio de antibioticoterapia empirica
(B) Metilprednisolona 1mg/kg de 12/12h
(C) Diureticoterapia
(D) Ventilação Mecânica Não-invasiva.

A

(C) Diureticoterapia

36
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 75 anos, acompanhado por diagnóstico de câncer
de bexiga não ressecável em tratamento paliativo. Além disso, HAS, cirrótico CHILD A, DRC não dialítico (Clearance atual de 55 ml/min/m2), ex-etilista e ex-tabagista. Em uso regular de losartana, anlodipino, morfina, dipirona e dexametasona. Procurou PS devido edema e dor em membro inferior direito, com US Doppler sugestivo de TVP em região de veia femoral comum direita. Quanto ao caso clínico citado, e o uso de DOACs em pacientes oncológicos, qual a afirmativa correta?

(A) O paciente apresenta contraindicação formal ao uso de DOACs, portanto, recomenda-se iniciar anticoagulação com HBPM 1 mg/kg SC 12/12h.
(B) Não há interação medicamentosa relevantes entre as medicações de uso crônico do paciente e Edoxaban.
(C) Com o Clearance de Creatinina atual do paciente deve-se ajustar a dose de ataque de Rivaroxabana para 15 mg/dia.
(D) Pela presença de Cirrose Hepática, encontra-se contraindicado o uso de Edoxabana e Rivaroxabana

A

(B) Não há interação medicamentosa relevantes entre as medicações de uso crônico do paciente e Edoxaban.

37
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 23 anos, homem, com história de frequentes epistaxes desde a primeira infância, foi encaminhado ao PSM por epistaxe incessante à esquerda após leve trauma durante uma partida de futebol. Ao ser questionado sobre histórico familiar, refere que sua irmã apresenta com aumento de fluxo menstrual desde a menarca, epistaxe recorrente, e anemia ferropriva. Exames iniciais evidenciaram hemograma com plaquetopenia de 60.000, além da queda hematimétrica associada ao sangramento, com TP, TTPA e TT normais. Convocada equipe de Hematologia para avaliação, que solicitou abordagem inicial. Qual a abordagem laboratorial mais apropriada para seguimento do caso?

(A) Avaliação de lâmina de sangue periférico, contagem manual de plaquetas no Citrato, solicitar dosagem de Fator VIII, FVw:Ag e FVw: Atividade.
(B) Avaliação de lâmina de sangue periférico, contagem manual de plaquetas no Citrato, e se morfologia plaquetária normal, citometria de fluxo para pesquisa de deficiência de glicoproteína Ib.
(C) Avaliação de lâmina de sangue periférico, contagem manual de plaquetas no Citrato, e se morfologia plaquetária normal, citometria de fluxo para pesquisa de deficiência de glicoproteína IIb-IIIa.
(D) Avaliação de lâmina de sangue periférico, contagem manual de plaquetas no Citrato e curva de agregação plaquetária.

A

(A) Avaliação de lâmina de sangue periférico, contagem manual de plaquetas no Citrato, solicitar dosagem de Fator VIII, FVw:Ag e FVw: Atividade.

38
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente de 39 anos, sexo feminino, é diagnosticada com LMA. Sem antecedentes patológicos importantes. Qual dos resultados genéticos abaixo poderia realizar o tratamento de consolidação sem transplante alogênico de medula óssea para esta paciente?

(A) Cariótipo de medula óssea: 46,XX[20], painel de mutações mieloides negativo para NPM1, FLT3, TP53 e RUNX1.
(B) Cariótipo de medula óssea sem metáfases, rearranjo do KMT2A, FLT3 selvagem.
(C) Cariótipo de medula óssea com inv(3)(q21;q26), ausência de mutações nos genes NPM1 e FLT3.
(D) Cariótipo diploide, CEBPA mutado em TAD/bZIP, painel mieloide com mutação em GATA2.

A

(A) Cariótipo de medula óssea: 46,XX[20], painel de mutações mieloides negativo para NPM1, FLT3, TP53 e RUNX1.

39
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Dentre os itens abaixo qual não é indicação formal de irradiação de componentes sanguíneos, para prevenção de GVHD transfusional:

(A) Hemocomponentes para transfusão intrauterina
(B) Receptores de transplante de órgãos sólidos
(C) Receptores de transplante de células progenitoras hematopoiéticas autólogos e alogênicos desde o início do regime de condicionamento
(D) Doadores de células progenitoras hematopoiéticas, caso necessitem transfusão, devem receber hemocomponentes irradiados até 7 dias antes e/ou durante coleta de CPH

A

(B) Receptores de transplante de órgãos sólidos

40
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Com relação as mutações iniciadoras (driver mutations) em neoplasias mieloproliferativas crônicas é INCORRETO afirmar:

(A) Na policitemia vera, pacientes com mutação JAK2 exon 12 apresentam menores níveis de hemoglobina e menores taxas de trombose quando comparados aos pacientes com mutação JAK2 V617F.
(B) A mielofibrose triplo-negativa representa 10% a 15% dos casos, mas está associada a maiores taxas de transformação leucêmica e menor sobrevida
(C) A mutação JAK2 V617F está relacionado a maior risco trombótico em pacientes com trombocitemia essencial.
(D) Em trombocitemia essencial, a mutação da calreticulina é mais frequente no sexo masculino e tem maior contagem de plaquetas e menores níveis de Hb e leucócitos que os JAK2 mutados.

A

(A) Na policitemia vera, pacientes com mutação JAK2 exon 12 apresentam menores níveis de hemoglobina e menores taxas de trombose quando comparados aos pacientes com mutação JAK2 V617F.

41
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente de 35 anos, sexo feminino, recebeu diagnóstico de LMC e vem para avaliação inicial com hematologista. No dia da avaliação, o hemograma mostra: Hb 9,7
g/dL VCM 94 HCM 32; leucócitos totais 77 mil/mm3 (2% mieloblastos, 3% promielócitos, 5% mielócitos, 8% metamielócitos, 9% bastonetes, 49% segmentados), eosinófilos 2%, linfócitos 12%, basófilos 9%), Plaquetas 734 mil/mm3. Ao exame físico, apresenta esplenomegalia de 15 cm. Qual a
conduta?

(A) Iniciar alopurinol 300mg/d e hidroxiureia para citorredução. Não iniciar inibidor de tirosina quinase pelo risco de lise tumoral.
(B) Iniciar terapia com inibidor de tirosina quinase de acordo com escores de risco, discussão de objetivos terapêuticos e disponibilidade de tratamento.
(C) Os inibidores de segunda geração apresentam aumento de risco cardiovascular a longo prazo e sem melhora da sobrevida global. Se a paciente não tiver desejo de engravidar no futuro, a primeira opção é tratamento com imatinibe.
(C) Paciente com critério de fase acelerada, avaliar disponibilidade de doador e mutação ao diagnóstico. Iniciar tratamento com inibidor de segunda geração.

A

(B) Iniciar terapia com inibidor de tirosina quinase de acordo com escores de risco, discussão de objetivos terapêuticos e disponibilidade de tratamento.

42
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Os linfomas de células B de alto grau com rearranjos do MYC e BCL2 e/ou BCL6, chamados de Double Hit ou Triple Hit são uma uma nova entidade incluída na mais recente classificação da Organização Mundial de Saúde (WHO). Sobre esta entidade, assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O rearranjo do MYC está presente em cerca de 12% dos LNH DGCB, sendo a hiperexpressão do MYC mais frequente, estando presente em cerca de 40-50% de todos os LNH DGCB
(B) A presença dos Double Hits ou Triple Hits é mais frequente no subtipo ABC, estando correlacionada com o seu pior prognóstico
(C) A melhor técnica de screening é realizar a pesquisa do rearranjo do MYC em todos os pacientes com LNH DGCB, complementando com rearranjo do BCL2 ou BCL6 nos pacientes positivos
(D) Ao se restringir a pesquisa por FISH conforme a célula de origem e a expressão das proteínas na imunohistoquímica, até um terço dos casos deixam de ser diagnosticados

A

(B) A presença dos Double Hits ou Triple Hits é mais frequente no subtipo ABC, estando correlacionada com o seu pior prognóstico

43
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Homem, 39 anos, com dispneia há 48 horas, evoluindo com diagnóstico confirmado de embolia pulmonar (EP). Exceto pela dispneia, exame físico é normal e paciente encontra-se hemodinamicamente estável. Sem antecedentes pessoais ou familiares relevantes.
Iniciada rivaroxabana e consultado hematologista quanto à duração da anticoagulação do paciente. Em relação à investigação para definição da duração da anticoagulação, qual a conduta mais apropriada?

(A) Anticoagulação por pelo menos 1 ano, independente de investigação
(B) Pesquisa de anticorpos antifosfolipídeos é essencial e coletada antes da alta
(C) Pesquisa de trombofilias FV Leiden e mutação no gene da protrombina
(D) Dosagem de dímeros-D no 6o mês de anticoagulação é essencial para esta decisão

A

(D) Dosagem de dímeros-D no 6o mês de anticoagulação é essencial para esta decisão

44
Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente de 55 anos, previamente hígido, iniciou há cerca de 12 meses percepção de adenopatias cervicais, axilares e inguinais bilaterais de até 2.0 cm, indolores. Nega febre, perda ponderal ou sudorese noturna. Exames laboratoriais revelam: Hb 14.0 g/dl Ht 45% VCM 92 fl HCM 32 pg CHCM 35% RDW 15% 5500 leucócitos (3000 neutrófilos/ 0 eosinófilos/ 0 basófilos/ 2000 linfócitos/ 500 monócitos) 195.000 plaquetas/mm3. DHL = 200 U/L (VR até 225 U/L), B2 microglobulina = 1.5 mg/dl (VR até 1.7 mg/dl). PET-TC: linfonodomegalias cervicais, axilares e inguinais bilaterais de até 2.0 cm (SUVmáx 4.3). Biópsia de linfonodo: proliferação linfoide atípica, composta por células de pequeno/médio tamanho, com arranjo nodular, com folículos linfoides expandidos e distorcidos, 8 centroblastos por campo de grande aumento. IMQ biópsia de linfonodo: Ki67 20%, CD10+, BCL-2+, CD20+, CD3-, CD5-. Biópsia de medula óssea demonstra infiltração paratrabecular por pequenas células linfóides clivadas, com boa reserva hematopoiética. A respeito desse caso, caracterize: alteração clonogênica recorrente nessa linfoproliferação, grau histopatológico e conduta “gold-standard” para esse paciente.

(A) t(11;14)(q13;q32); grau histológico 1; “watchful & waiting
(B) t(14;18)(q32;q21); grau histológico 2; 6 ciclos de bendamustina + rituximab
(C) t(14;18)(q32;q21); grau histológico 2; “watchful & waiting”
(D) t(11;14)(q13;q32); grau histológico 3A; 6 ciclos de R-CHOP + R-manutenção 24 meses

A

(C) t(14;18)(q32;q21); grau histológico 2; “watchful & waiting”

Trata-se de um paciente de 55 anos com história de crescimento lento de linfonodomegalias e fora isso assintomático, sem evidencia clinica ou laboratorial de infiltração extranodal. Pela clínica, a principal hipótese é de uma doença linfoproliferativa indolente. Quando realizada a biópsia excisional, percebe-se perda de arquitetura nodal com infiltração de células linfoides CD10+ E BCL-2+. Lembrando que o CD10+ é um marcador de linfoma de centro germinativo e os principais diagnósticos diferenciais são: Linfoma Folicular, Burkitt ou LDGCB. Dentre esses, o folicular é o únic que teria um comportamento indolente e Ki67 20%, além de se apresentar com células pequenas distorcendo a arquitetura do linfonodo.

O desenvolvimento da maioria dos linfomas foliculares em adultos é dependente da hiperexpressão de BCL2 (B Cell Leukemi/Lymphoma 2) localizado no cromossmo 18. O BLC-2 é um oncogene anti-apoptótico, de modo que sua hiperexpressão resulta em aumento em sobrevivencia celular. A hiperexpressão do BCL2 geralmente ocorre como resultado de translocações que colocam o gene BCL2 (cromossomo 18) com regiões promotoras de imunoglobulina, sendo o mais comum a translocação t(14;18), ocorrendo em 85% dos casos. Essa translocação coloca o BCL2 em contato com o locus que estimula/promove sua expressão. Essas aberrações geralmente ocorrem durante o processo de diversificação de receptor antigênico em células B normais (durante hipermutação somática em CG).

Morfologicamente, é essencial a obtenção de uma amostra significativa da lesão para avaliação de distorção de arquitetura e avaliação de centroblastos. A lâmina do paciente com linfoma folicular é composta por centrócitos (linfócitos pequenos com núcleo septado) e centroblastos (células maiores sem núcleo septado). Geralmente ocorre predomínio de centrócitos e a proporção de centroblastos pode estar relacionada com a agressividade da doença:
- Grau 1: 0-5 centroblastos por campo de grande aumento
- Grau 2: 5-15 centroblastos por campo de grande aumento
- Grau 3a: > 15 centroblastos por campo de grande aumento com alguns centrócitos evidentes
- Grau 3b: > 15 centroblastos por campo de grande aumento apenas com centroblastos e sem centrócitos (esses pacientes tem um comportamento que se assemelha mais ao LDGCB)

O tratamento de linfoma folicular é compatível com o aspecto incurável do linfoma folicular, com foco em controle de sintomas e evitar recaídas. Nos pacientes assintomáticos, mesmo que estadio clínico avançado (EC III-IV) a conduta inicial é watch and wait. Quimio-imunoterapia é reservada para progressão de doença. Essa conduta é baseada em trial prospectivos que não demonstram diferença em OS em relação ao tratamento precoce. Além de não mudar OS, não interfere ou aumenta o risco de transformação agressiva. O acompanhamento deve ser trimestral no primeiro ano e depois de 3-6 meses até progressão. O tratamento deve ser iniciado quando o paciente passar a apresentar sintomas da doença, e o início de terapia pode se basear nos critérios de GELF:

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Q

(DASA RESIDENCIA 2022) Paciente de 5 anos, com diagnóstico de Hemofilia Grave, inibidor negativo, sem uso de Dose Domiciliar, em programa de profilaxia secundária. Sofreu politrauma após colisão auto-auto, sendo submetido à correção cirúrgica de fratura de fêmur após adequado manejo hematológico (doses seriadas de fator VIII conforme protocolo institucional). Diante do agravamento da pandemia de COVID-19, optou-se por alta precoce com estímulo fisioterápico. Durante o atendimento, o paciente queixou-se de fortes dores no joelho direito, onde observou-se hemartrose. Comparece hoje ao Hospital Dia para avaliação hematológica, com os seguintes resultados de exame . Dosagem de Fator VIII <1%. Presença de Inibidor de fator VIII - 6 UB/mL). Qual das condutas abaixo é a mais apropriada frente ao sangramento agudo e ao plano terapêutico em longo prazo?

(A) Início imediato de imunotolerância, repetir dosagem de inibidor em 02 meses, e se mantido altos títulos, manter a imunotolerância até negativação do inibidor.
(B) Fator VIII em altas doses para abordagem do sangramento, repetir dosagem de inibidor em 2 meses, se mantidos baixos títulos, iniciar imunotolerância até negativação do inibidor.
(C) Agentes de bypass para abordagem do sangramento, repetir dosagem de inibidor em 2 meses, se mantidos altos títulos, iniciar imunotolerância até negativação do inibidor.
(D) Agentes de bypass para abordagem do sangramento, repetir dosagem de inibidor em 2 meses, se mantidos altos títulos, iniciar imunossupressão até negativação do inibidor.

A

(C) Agentes de bypass para abordagem do sangramento, repetir dosagem de inibidor em 2 meses, se mantidos altos títulos, iniciar imunotolerância até negativação do inibidor.