HPIM 306 - Hepatite Cronica Flashcards
Hepatite B crónica AgHBe reactiva
FASE DE REPLICATIVA, o que esperamos encontrar?
- Presença de AgHBe
- HBV DNA >10 5-10 6 v/ml
- AgHBc+ no fígado (núcleo)
- Alta infecciosidade
- Tendência a lesão hepática + importante (mas nem sempre coincide)
Hepatite crónica era classificada apenas pela histologia: implicação prognóstica… • Classificação actual:
• Causa
Características clínicas e serológicas
• Grau ou actividade histológica:
Avaliação da actividade necroinflamatória na biópsia
Necrose periportal, necrose coalescente ou em ponte, inflamação portal
IAH (EUA)
METAVIR (EUROPA)
• Estadio ou nível de progressão:
Baseia-se no grau de fibrose
IAH (0-6)
METAVIR (0-4)
Hepatite B crónica AgHBe reactiva
FASE NAO REPLICATIVA, o que esperamos encontrar?
- Ausência de AgHBe (marcador convencional de replicação) e aparecimento do anti-HBe
- HBV DNA ↓ (<103 v/ml): Correlaciona-se com nível de lesão hepática e progressão
- Ausência de AgHBc intra-hepatocitário
- Infecciosidade limitada
- Lesão hepática mínimo
Portador inativo de hepatite B crónica, serologico:
HBV DNA – ou <10 3
AgHBe-
AgHBs+
Transaminases N
Também pode ocorrer na forma hepatite B crónica AgHBe-, em períodos de inactividade relativa
Complicações extra-hepáticas hepatite B crónica:
Associadas à deposição de imunocomplexos:
Artralgias e artrite: comuns
Lesões cutâneas de vasculite leucocitoclástica: raras
Glomerulonefrite
Poliarterite nodosa
Transaminases na hepatite B crónica:
E gamaglobulinas e anticorpos:
elevações moderadas (flutuação entre 100-1000)
ALT>AST (≈ aguda), MAS após cirrose AST> ALT
!! Hipergamaglobulinemia e Auto-Acs circulantes AUSENTES!!
IFN, Resposta menos eficaz na hepatite B especialmente em:
Maior probabilidade de resposta em:
1) Crianças muito jovens;
3) Asiáticos com elevação mínima ALT;
2) Imunodeprimidos;
4) Hep B crónica descompensada
- Níveis baixos de HBV DNA
- Elevações substanciais de ALT
Na AgHBe reactiva, do tratamento com IFN esperamos:
Desaparecimento HBV DNA: 30% Seroc. AgHBe + -> Anti-HBe: 20% Melhoria histológica Atrasa fibrose e risco CHC Perda de AgHBs: 8% -> 80% (a longo prazo dos que perdem AgHBe)
Efeitos colaterais do IFN:
- Sintomas gripais
- Supressão da MO
- Labilidade emocional
- Reacções A.I. – Tiroidite A.I .-> Irreversível
- Erupções cutâneas
- Diarreia
- Parestesias
- Alopécia
Como ocorre a resistência a lamivudina?
Lamivudina em monoterapia a longo prazo induz mutações YMDD na HBV DNA polimerase (+++ M204V e M204I), análogas ao HIV
1º ano: 15-30%
Aos 5 anos chega a 70% de resistência
Condiciona diminuição das respostas clínica, bioquímica e histológica!
Resistência rápida se doente HIV+ -> TESTAR ANTES PARA HIV -> se +, monoterapia está CI
Resistência de PEG IFN:
Resistência não constitui problema com PEG IFN, mas este risco também é muito < com os novos agentes orais
PEG IFN vs agentes orais ao final de 1 e 2 anos:
Um ano de PEG IFN resulta em maior taxa de resposta sustentada MAS dois anos T/ com agentes orais: taxa de resposta pelo menos tão alta como PEG IFN
Entecavir, tolerância e potência:
Agente oral inibidor da polimerase
Parece ser o + potente e tão BEM TOLERADO quanto a lamivudina
Eficaz em doentes resistentes à lamivudina
Telbivudina, resistências?
Pq e que não é primeira linha?
Resistências (M204I) Baixa no 1º ano mas chega a 22% após 2 anos!
Pelo perfil de resistência inferior, não é tratamento de 1ª linha nem é utilizado de forma sistemática (apesar da sua excelente potência)
Tenofovir 1a linha quando:
HBV natural
HBV resistente à lamivudina (fármaco a ser adicionado, e não a substituir…)
Tenofovir, perfil de segurança e resistência:
(toxicidade renal negligenciável e ↓ ligeira da densidade óssea)
e perfil de resistência (0% aos 3 anos)