HPIM 116 - Disturbios Da Coagulação Flashcards

0
Q

ANTICORPOS PARA FC - INIBIDORES, + comuns em:

A

+ COMUMS na Hemofilia A ou B ou deficiência de factor XI (exposição repetida ao factor em falta);
RARAMENTE (trombina ou ou FV) – exposição trombina bovina tópica

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1
Q

Quais os mais comuns distúrbios da coagulação, congênitos ou adquiridos?

A

Adquiridos

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2
Q

Hemofilia Prevalência:

% de doentes sem hx familiar:

A

Homens clinicamente afectados, 1 em 10000 de TODAS as etnias;

Mulheres com apenas um gene mutado clinicamente assintomáticas;

História familiar Ø em 30% dos casos (80% mães – mutação de novo);

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3
Q

Uma das mutações + comuns na hemofilia A (40%) é:

A

inversão da sequência do intrão 22.

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4
Q

Como distinguir clinicamente hemofilia A de B:

A

Hemofilia A e B são CLINICAMENTE INDISTINGUÍVEIS.

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5
Q

O Fenótipo da Hemofilia A e B CORRELACIONA-SE com a actividade residual dos factores VIII e IX e pode ser:

A

Leve (6 a 30%)
Moderada (1 a 5%)

Grave <1%

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6
Q

Hematúria na hemofilia:

A

HEMATÚRIA, é frequente MESMO NA Ø DE PATOLOGIA GENITOURINÁRIA, geralmente auto-limitada e pode não requerer tx específico;

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7
Q

Testes da coagulação na hemofilia:

A

Tipicamente os testes da coagulação demonstram APENAS, um PROLONGAMENTO ISOLADO DO aPTT
Tempo de hemorragia e contagem de plaquetas NORMAIS;

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8
Q

Diagnostico de Hemofilais:

A

determinação específica da actividade coagulante dos FVIII ou FIX

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9
Q

Objectivo do tratamento profilático da hemofilia:

Consiste em:

A

Manutenção do factor em défice em níveis ≈ ≥ 1% ou numa base regular
Infusões regulares de FVIII (3 dias/semana)
Infusões regulares FIX (2 dias/semana)

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10
Q

LIMITAÇÕES IMPORTANTES do tratamento profilático da hemofilia:

A

Custos elevados;
Dificuldade de acesso às veias periféricas;
Riscos infecciosos e trombóticos potenciais;

Mas e altamente recomendado

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11
Q

Na hemofilia que fármacos preferir para controlo álgido:

A

EVICÇÃO DE FÁRMACOS QUE DEPRIMAM A FUNÇÃO PLAQUETÁRIA
Evitar AAS ou fármacos com ASS na sua composição;
Preferir ibuprofeno ou propoxifeno para controlo álgico;

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12
Q

Factor VIII e IX administrados, quais as semividas, doses e aumento esperado?

A

FVIII 1U (100mg/mL) / mL de plasma normal
1U/ Kg  níveis plasmáticos em 2%
8-12h (injecção 2X dia) Semivida

FIX  1U (5ug/mL) / mL de plasma normal 
Pós infusão apenas 50% do valor previsto é recuperado 
Semivida  ≈ 24h (injecção 1X dia)
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13
Q

O que contém o crioprecepitado que ainda e usado nos países em desenvolvimento para o tratamento das hemofilias?

A

Fibrinogénio + FvW + FVIII

Enriquecido em FVIII – 80 IU de factor VIII por bolsa

Pelo risco de transmissão de infecção deve ser evitado quando os concentrados de factores estão disponíveis.

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14
Q

Profilaxia cirúrgica de doentes com hemofilia:

A

Níveis de factor 100% durante 7-10 dias, posteriormente adaptado.

Cx oral – reposição de factor 1-3 dias + antifibrinolíticos orais.

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15
Q

Tratamento de hemorragias sérias em doentes com hemofilia:

A

SNC, Retroperitoneo, espaço orofaríngeo.

Níveis de factor 50-100% durante 7-10 dias.

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16
Q

Tratamento de hemartroses graves em doentes com hemofilia:

A

Doses adicionais para manter os níveis de 15-25% por 2 ou 3 dias especialmente se os episódios afectam uma articulação alvo.

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17
Q

Tratamento de hemorragia leves em doentes com hemofilia:

A

Hematroses não complicadas ou hematomas superficiais.

Níveis de Factor 30-50%.

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18
Q

HEMATOMAS VOLUMOSOS, HEMORRAGIAS MUSCULARES, tratamento de reposição nos doentes com hemofilia:

A

Nível de factor 50% ou > se Ø de melhoria dos sintomas clínicos. Pode ser requerida reposição durante 1 ou > semanas.

19
Q

DDAVP é um análogo sintético de:

Que efeito tem?

A

Vasopressina
promove aumentos transitórios de FVIII e FvW mas NÃO DE FIX, libertação pelas células endoteliais;

Doentes com HEMOFILIA A, LEVE A MODERADA, devem ser testados para a resposta à DDAVP;

20
Q

Doses repetidas de DDAVP resultam em:

Ineficaz quando:

A

taquifilaxia, uma vez que o mecanismo é o aumento da libertação, não síntese de novo;
>3 doses consecutivas – torna-se ineficaz.

21
Q

complicação major do tx da hemofilia:

Prevalência estimada:

A

formação de ALOANTICORPOS para o FVIII ou FIX (Inibidores)

FVIII 5 a 10% de todos os casos, 20% casos graves de hemofilia A;
FIX apenas em 3-5% de todos os doentes com hemofilia B;

22
Q

Situações de alto risco para a formação de inibidores no tratamento da hemofilia: (4)

A

1| deficiência grave do factor (80% de todos os casos de inibidores); 2| História familiar;
3| Ascendência Africana;
4| Mutações com grandes delecções ou rearranjos;

23
Q

TESTE PARA CONFIRMAR A PRESENÇA DE UM INIBIDOR nos doentes com Hemofilia:

A

aPTT (mistura 1:1):
Maioria dos hemofílicos - mistura 1:1 corrige aPTT;
Na presença de inibidor a mistura 1:1 não corrige aPTT (inibidor neutraliza a actividade anticoagulante do factor FVIII do plasma normal);

24
Q

Ensaio de Bethesda o que é?

A

TESTE PARA A ESPECIFICIDADE E TÍTULO DO INIBIDOR
1Unidade Bethesda equivale à quantidade de atc necessária para neutralizar 50% dos FVIII ou FIX presentes no plasma normal após 2h de incubação a 37ºC.

25
Q

Os inibidores AUMENTAM A MORBI-MORTALIDADE nos doentes hemofílicos.
O tratamento tem 2 objectivos:

A

1| Controlar os episódios hemorrágicos agudos;

2| Erradicação do inibidor;

26
Q

Tratamento de respondedores altos a Inibidores, nos doentes com hemofilia: (>10UB)

A

Títulos de inibidor > 10UB
Não respondem aos concentrados de FVIII ou FIX .
Concentrado de complexo pró-trombínico (FII, VII, IX e X)
Factor VII activado recombinante (FVIIa) > sucesso t

27
Q

Tratamento de respondedores baixos a Inibidores, nos doentes com hemofilia: (<5UB)

A

Respondem bem a altas doses de FVIII humano ou suíno (50 -100 U/Kg);
Com Ø ou aumento mínimo dos títulos de inibidor

28
Q

TRATAMENTO | ERRADICAÇÃO DOS INIBIDORES nos doentes com Hemofilia:

A

1| IMUNOSSUPRESSÃO isolada INEFICAZ;
2| INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA é a estratégia MAIS EFECTIVA;
Infusão diária do factor em défice até ao desaparecimento do inibidor; Tipicamente requer períodos > 1 ano, taxa de sucesso ≈ 60%;
3| RITUXIMAB (anti-CD20) + FVIII
Pode diminuir os títulos de inibidor, mas ERRADICAÇÃO SUSTENTADA É INCOMUM. (Pode requerer 2 ou 3 infusões semanais de concentrado FVIII)

29
Q

Esperança média de vida num doente com HEMOFILIA GRAVE

E HEMOFILIA LEVE a MODERADA?

A

é apenas ≈ 10 anos inferior àquela da população geral;

EMV ≈ da população masculina sem coagulopatia;

30
Q

doença coronária nos doentes hemofílicos:

A

hipocoagulabilidade subjacente provavelmente fornece um efeito protector contra formação de trombos mas não previne a ateroesclerose;

31
Q

DURANTE A GRAVIDEZ e após o parto como se encontram os níveis de factores VIII e IX em portadores de hemofilia:

A

Aumentam gradualmente até ao parto;
FVIII aumenta 2 a 3X quando comparados com não grávidas;
FIX aumenta de forma menos pronunciada;

APÓS PARTO queda rápida do aumento dos factores de coagulação maternos induzido pela gravidez;

32
Q

Risco hemorrágico eminente pós parto em portadores de hemofilia que pode ser prevenido por:

A

Infusão de concentrado de factor para níveis 50-70%
3 dias se parto vaginal
5 dias se cesariana;
Em casos leves recomendado usar DDAV e antifibrinolíticos

33
Q

ALTO RISCO HEMORRÁGICO em doentes com deficiência do factor XI:

A

Doentes com níveis < 10% do normal de FXI

FENÓTIPO NEM SEMPRE se CORRELACIONA com a actividade coagulante residual do FXI.

34
Q

Formação de inibidores em doentes com deficiência de factor XI:

A

ocorre em 10% dos doentes com deficiência grave em terapia de reposição

35
Q

DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS RAROS,

Assintomaticos vs. Potencialmente fatais:

A

Assintomáticos: Disfibrinogenemia, Deficiência de FVII

Potencialmente fatais: Deficiência FX, Deficiência de FXIII

36
Q

CAUSAS MAIS COMUNS de CID:

A

1| Sépsis bacteriana;
2| Distúrbios malignos (tumores sólidos ou Leucemia promielocítica aguda);
3| Causas obstétricas;

37
Q

Falência multiorganica na CID., quais os órgãos + afectados:

A
"Real FCP"
Rins
Fígado
Cérebro
Pulmões
38
Q

citocinas pro-inflamatórias com um papel central na mediação dos defeitos da coagulação e nos sintomas associados (SRIS).

A

IL-6 e TNF-α

39
Q

Achado mais comum da CID.:

A

HEMORRAGIA

Na CID CRÓNICA os sintomas hemorrágicos SÃO DISCRETOS e restritos à PELE e MUCOSAS

40
Q

Investigação laboratorial de CID:

A
aPTT     
PT     
TT     
Produtos de degradação da fibrina (PDF)     
Contagem de plaquetas e eritrócitos     
Esfregaço sanguíneo   

Repetidos após 6-8h (Uma anomalia inicial leve pode mudar dramaticamente nos doentes com CID grave)

41
Q

TESTE MAIS SENSÍVEL PARA CID

A

PDF

CID improvável se PDF normais

42
Q

CID, diagnostico diferencial com DISTÚRBIOS MICROANGIOPÁTICOS:

A

No segundo:

Não há consumo de FC ou hiperfibrinólise, aPTT e PT NORMAIS

43
Q

Dx de deficiência de vitamina K:

A

Dipaumento do PT achado + COMUM e + PRECOCE (diminuição F II, VII, IX e X);
FVII tem a semivida mais curta pelo que o aumento do PT surge antes do aumento do aPTT.

44
Q

DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO-DOENÇA HEPÁTICA, os níveis de fibrinogenio só estão diminuídos em 4 situações:

A

Hepatite fulminante;
Cirrose descompensada;
Hepatopatia avançada;
CID

45
Q

Aumento TT ✚ FIBRINOGÉNIO NORMAL ✚ PDF NORMAIS, e sugestivo de:

A

DISFIBRINOGENEMIA

46
Q

Inibidores adquiridos, qual o mais comum:

A

FVIII é o alvo mais comum (trombina, FV, FIX, FX, FXI tb reportados);