HPIM 109 - Leucemias Mieloides Aguda E Cronica Flashcards

0
Q

Classificação da OMS LMA considera:

A
  1. Manifestações clínicas
  2. Alt moleculares e alt citogenéticas
  3. Morfologia
  4. Pouco relevante a citoquímica
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1
Q

Principal causa de LMA associada à terapêutica:

A

Os fármacos utilizados no tratamento do cancro.
Agentes Alquilantes (cisplatina, carboplatina, clorambucilo, ciclofosfamida, etc)
• 4-6 anos após a exposição. Cromossoma 5 e 7
Inibidores da topoisomerase II (etoposídeo, etc)
• 1-3 anos após a exposição. Cromossoma 11

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2
Q

LMA com 20 a 30% de blastos (pela classificação da OMS) pode beneficiar com:

A

terapêutica para S. mielodisplásico (decitabina ou 5-azacitidina)

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3
Q

Diagnóstico de leucemia independentemente do nº de blastos em que alterações cromossomicas:

A

LMA com t(8;21)(q22;q22);RUNX1/RUNX1T1
LMA com inv(16)(p13.1q22) ou t(16;16)(p13.1;q22); CBFB/MYH11
LMA com t(15;17)(q22;q12); PML/RARA

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4
Q

Imunofenótipo na LMa importante para:

A

Obtida por citometria de fluxo

  • distinguir a LMA da LLA
  • identificar alguns tipos de LMA
  • -Leucemia megacarioblástica aguda CD41 e/ou CD61 nas plaquetas
    • LMA minimamente diferenciada CD 13 e/ou CD 117 (morfologia imatura e nenhuma reacção citoquímica específica da linhagem)
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5
Q

A classificação da OMS é a primeira a incorporar:

A

informações genéticas (cromossomicas e moleculares)

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6
Q

LMA core binding factor:

A

Rearranjo t(8;21)(q22;q22) ou inv(16)(p13q22) OU
Produtos de fusão RUNX1-RUNX1T1 e CBFB-MYH11
(Bom prognóstico)

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7
Q

informação prognóstica pré-tratamento mais importante na LMA:

A

Análise cromossómica da célula leucémica

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8
Q

MO com eosinófilos anormais, análise cromossomica de LMA:

A

Inv (16)

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9
Q

alt cromossómicas estão associadas a manifestações clínicas específicas:

  • Jovens
  • Idosos
A
  • t(8;21) e t(15;17)

- del(5q) e del(7q)

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10
Q

gene fusão PML-RARA -> proteína quimérica Pml/Rarα, como actua?

A

Suprime transcrição génica e bloqueia a diferenciação das células

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11
Q

Função de FLT3:

A

codifica receptor tirosina cinase importante no desenvolvimento de linhagens mielóide e linfóide

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12
Q

% dos adultos com LMA que apresentam mutações ativadoras FLT3 provocadas por DIT (são as mais freq das mutações FLT3)

A

30%

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13
Q

Mutações de genes envolvidos em vias metabólicas associadas a LMA:

A
  • IDH1 - Desidrogénase do isocitrato tipo 1 (NADP+), solúvel
  • IDH2 - Desidrogénase do isocitrato tipo 2 (NADP+), mitocondrial
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14
Q

Alteração cromossomica de LMA associada a características Monocíticas:

A

t(9,11)

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15
Q

% De doentes que apresenta sintomas ≤ 3 meses antes da LMA ser diagnosticada:

A

Quase metade

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16
Q

Sarcoma Mieloide na LMA é raro mas pode estar presente com as seguintes alterações cromossomicas:

A
Monossomia 7; 
trissomia 8; 
rearranjo MLL; 
inv(16); 
trissomia 4; 
t(8;21)
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17
Q

Hemorragia GI significativa
Hemorragia intrapulmonar
Hemorragia intracraniana
+ típicas de que LMA:

A

LPA

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18
Q

Hemorragia associada a coagulopatia, + frequente em que LMA:

A

LMA monocítica

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19
Q

Infiltração gengivas, tecidos moles, pele ou meninges pelos blastos + comum em que LMA:

A

LMA monocítica e Alt cromossomicas 11q23

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20
Q

Anemia na LMA explicada por:

A

Diminuição da eritropoiese (diminuição do nº reticulócitos)
Diminuição sobrevida GR (destruição acelerada)
Perda de sangue

21
Q

Leucócitos na LMA:

A

A contagem mediana à apresentação é de 15.000/µL
Mas …. 25-40% < 5.000/µL
20% >100.000/µL

N = 4.000-11.000/µL

22
Q

Plaquetas na LMA:

A

75% dos doentes – plaquetas < 100.000/µL
25% dos doentes – plaquetas < 25.000/µL

N = 140.000 a 450.000/µL
Morfológicas (grandes e com formas bizarras)
Funcionais (granulação anormal, perturbações da adesão e agregação)

23
Q

Mínimos a avaliar de marcadores citogenéticos e moleculares na LMA:

A

pelo menos NMP1 e CEBPA e FLT3-DIT!!

24
Ácido úrico na LMA:
Na apresentação: - 50% - elevação ligeira a moderada - 10% - elevação acentuada Precipitação renal e consequente nefropatia é rara, mas grave. Como QT pode agravar, iniciar alopurinol e hidratação abundante no momento do diagnóstico.
25
Performance status como factor prognóstico de LMA:
– influencia, INDependentemente da idade, a capacidade de sobreviver à terapia de indução e, desse modo, responder ao tratamento.
26
Anomalias cromossomas no momento do diagnóstico: - Prognóstico muito favorável (85% cura) - Prognóstico bom (55% cura) - Prognóstico moderadamente favorável 40% cura - Prognóstico muito reservado
t(15;17) t(8;21) e inv(16) Sem alterações citogenéticas Cariótipo complexo, t(6;9), inv(3) ou inv(7)
27
Critérios de remissão completa (RC) na LMA:
SANGUE • Neutrófilos ≥1.000/µL • Plaquetas ≥ 100.000/µL • Ausência de blastos circulantes (embora possa haver durante a regeneração da MO, devem desaparecer em exames sucessivos) MEDULA ÓSSEA • MO deve conter < 5% de blastos • Ausência de bastonetes de Auer • Ausência de leucemia extramedular
28
Como actua a citarabina?
Interfere na síntese do DNA (antimetabolito específico da fase S do ciclo celular)
29
Como actuam as Antraciclinas e quais são usadas?
Inibem topoisomerase II 2 opções: Daunorrubicina = a + usada Idarrubicina = é no mínimo tão eficaz como a dauno em doentes jovens
30
Altas doses de Citarabina+ antraciclina, efeitos adversos:
1. > Mielosupressão 2. Toxicidade pulmonar 3. Toxicidade cerebelosa significativa e, por vezes, irreversível (todos os doentes tratados com altas doses devem ser vigiados - função cerebelosa deve ser avaliada antes de cada dose. Se toxicidade deve ser suspensa)
31
Papel da decitabina nos idosos com LMA:
induz transcrição de genes supressores tumorais silenciados na LMA efeito surge em doses muito inferiores às necessárias para o efeito citotóxico em baixa dose, permite atingir RC's em idosos, mesmo com cariótipos desfavoráveis
32
Taxa de cura/sobrevida sem doença (LMA) com TCT alogénico:
1ª remissão: 55-60% 2ª remissão ou 1ª recidiva 30-35% Sem RC: 15-20%
33
Anomalias moleculares com bom prognóstico na LMA:
NPM1 e CEBPA
34
Possível LMA sem células leucémicas no sangue?
Pode, mas em menos de 5%!
35
Tratamento de suporte, Transfusões na LMA:
Plaquetas Objetivo: >10.000/µL nível mais elevado se: ebre, CID, hemorragia activa GV's Hb >8g/dL, na ausência de hemorragia activa, CID ou ICC (REMEMBER que a Hb não faz parte dos critérios de RC!!!!)
36
AB e antifúngicos na terapêutica de suporte da LMA, uma vez instituídos, devem ser mantidos até:
Que os doentes não estejam neutropénicos, independentemente de ter sido encontrada uma fonte específica para a febre
37
V/F Sobrevida livre de doença a longo prazo é aproximadamente a mesma (30-50%) com HSCT alogénico na 1ª recidiva ou na 2ª RC de LMA.
Verdadeiro
38
Síndrome da diferenciação da LPA, tratamento com tretinoina na LPA. Consiste em:
- Primeiras 3 semanas de tratamento - Febre, dispneia, dor torácica, infiltrados pulmonares, derrames pleural e pericárdico, hipoxemia 10% associados a mortalidade
39
Trióxido de arsénio no tratamento de LPA, risco de:
Síndrome de diferenciação da LPA (sobretudo durante tx indução ou resgate após recidiva) Prolongamento intervalo QT -> arritmias
40
O diagnóstico de LMC é estabelecido pela identificação de:
uma expansão clonal de cél estaminal hematopoiética com translocação recíproca entre os cromossomas 9 e 22 Resulta na fusão sequencial (head-to-tail) do gene BCR (cromossoma 22q11) com o gene ABL1 (cromossoma 9q34)
41
2 tipos de Proteína de fusão bcr/abl:
P210 – mais comum | P230 (raro) - evolução mais lenta
42
% de doentes recém diagnosticados que se apresentam com | doença acelerada ou LMC na fase blástica:
< 10 a 15%
43
Achado físico mais comum da LMC:
ESPLENOMEGALIA mínima a moderada.
44
Plaquetas ao diagnostico de LMC:
quase sempre elevadas ao diagnóstico | O contrário de LMA!!!!
45
Critérios de Aceleração da doença LMC:
1) Graus crescentes de anemia, não relacionada com hemorragia ou tratamento 2) Evolução clonal citogenética 3) 10-20% blastos no sangue ou MO 4) ≥20% basófilos no sangue ou MO 5) Plaquetas < 100.000/µl
46
Crise blastica na LMC:
Definida como Leucemia aguda - ≥ 20% blastos no sangue ou MO células blásticas podem ser classificadas como mielóides, linfóides, eritróides ou indiferenciadas, com base nas caract morfológicas, citoquímicas e imunológicas Neutrófilos hiposegmentados (anomalia de Pelger-Huet)
47
Remissão hematológica completa na LMC, critérios:
* Leucócitos ˂10.000/μL, com morfologia normal * Hemoglobina e plaquetas dentro dos valores de referência * Desaparecimento da esplenomegalia
48
Remissão citogenética na LMC é dada por:
``` (% de metafases com t(9;22) na MO • Mínima – 66-95% • Minor – 36-85% • Parcial – 1-35% • Completa - ausência - RC Molecular major ```
49
Mutações no domínio cínase da tirosina, responsável por 50% das resistências ao imatinib em fase crónica! quais são as mutações:
- E255K/V e Y253F/H – resistência ao nilotinib - X299L e F317L – resistência ao dasatinib - T315l – resistência ao imatinib, nilotinib e dasatinib