HIV Flashcards

1
Q

O HIV é vírus de DNA ou RNA? Quais os tipos?

A

É um vírus de RNA fita simples
HIV 1 = M, N, P e O. M = major, mais comum. Pandemia
HIV 2 = A-G. Predomina na África

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2
Q

Como é a transmissão do HIV? Quais FR? Quais fluidos contem o vírus? Qual risco em acidente percutâneo? Como é, qual principal fator de risco e qual a taxa de transmissão vertical?

A
  • Principal forma é sexual. Sexo heterossexual é mais comum, mas homossexual (anal) tem mais risco. Homem tem mais risco de transmitir pra mulher que vice versa.
  • FR = uso de ACO, DST.
  • Proteção = circunsição
  • Fluidos que transmitem: sangue, sêmen, secreção vaginal, líquido de serosas, leite materno
  • Fluidos que NÃO transmitem = vômito, urina, fezes, catarro, saliva
  • Se tiver sangue pode transmitir
  • Vertical pode ser na gestação, parto (maior) ou aleitamento. 15-45% no total. CV é fator + importante. Com TARV <1%
  • acidente percutâneo risco é 0,3%
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3
Q

Quais proteínas/enzimas/material do HIV?

A
3 principais enzimas:
-Transcriptase reversa
-Integrase
-Protease
GP de membrana = gp120, gp 41. CCR5 (+ comum) e CXCR4
*antígeno p24 = capsídeo
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4
Q

Como é o processo de infecção e replicação do HIV?

A

O vírus se liga pelo GP120 e GP41 a membrana das células -> expõe receptores pra CCR5 e CXCR4. Vírus penetra -> transcriptase reversa forma DNA viral a partir do RNA -> integrase integra ao núcleo da célula hospedeira -> protease forma o RNA do novo vírus e o RNA mensangeiro pra formar as novas enzimas -> vírus saí e leva pedaço da membrana consigo
*célula precisa estar ativada para ser infectada

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5
Q

Qual alvo do HIV? Que característica não permite que o sistema imune consiga deter a infecção?

A

Células com CD4 = linf T CD4; macrófagos/monócitos e células dendríticas
-Baixa fidelidade da transcriptase reversa = alto número de mutações. Quando sistema imune produz resposta já não é mais efetivo

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6
Q

O que a ativação imune constante causa?

O que também contribui para

A

Causa estado inflamatório intenso e constante, com aterosclerose acelerada, maior risco de doença renal, DM, doença cardiovascularm neoplasias, osteopenia = envelhecimento precoce
Também aumentam os fenômenos autoimunes pois há ativação de linf B, hipergamaglobulinemia. Estímulo inflamatório com destruição do GALT também aumenta translocação bacteriana e contribui para quadro inflamatório

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7
Q

Qual mecanismo causa morte celular no HIV?

A
  • As células hospedeiras são destruídas na saída do vírus = citopático direto
  • As células hospedeiras infectadas são reconhecidas pelo sistema imune e destruídas
  • Anergia = apoptose
  • Disfunção celular pela hiperativação inflamatória etc
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8
Q

Como é a história natural do HIV? (as 3 etapas, período, CD4 e carga viral)

A
  • Fase aguda = síndrome retroviral aguda. Carga viral tá muito alta. Geralmente primeiros 30 dias (período da soroconversão)
  • carga viral positiva com 10 dias
  • Fase “assintomática”. Começa a partir do setpoint, carga viral vai aumentando progressivamente e CD4 caindo. Dura em média 10 anos. (portanto não há latência virológica, apenas clínica)
  • AIDS = sintomática, começa quando CD4<200, geralmente paciente morre em 1 ano e 4 meses
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9
Q

Quais os sintomas na fase aguda do HIV (sínd retroviral aguda)?

A

Síndrome mononucleose like = febre, adenomegalia, cefaleia, mialgia, faringoamigdalite, rash…

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10
Q

Qual o quadro na fase assintomática do HIV?

A

Geralmente assintomático. Pode ter linfonodomegalia generalizada persistente (2 ou + cadeias extrainguinais > 3 meses). Pode ter plaquetopenia, anemia normo normo, leucopenia

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11
Q

Qual fator indica progressão mais rápida da doença?

A

Set point alto (alta carga viral) após fase retroviral aguda

*magnitude do pico viral inicial não é fator prognóstico

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12
Q

O que são controladores de elite?

A

Controladores de elite conseguem manter a carga viral indetectável mesmo sem TARV

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13
Q

O que é a transativação heteróloga?

A

Qualquer infecção ou vacina, ao causar estímulo ao sistema imune aumenta o número de células ativadas e consequentemente alvos do HIV = piora infecção

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14
Q

O que é a síndrome de reconstituição imune?

A

Aumento do CD4 com tratamento pode levar a ativação de doenças latentes ou efeitos autoimunes ou piora de doença prévia. Quanto mais baixo CD4 prévio maiores as chances. Sinais e sintomas aparecem 4-8 semanas após TARV e temos que excluir toxicidade da droga e falha terapêutica

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15
Q

Qual a definição de AIDS?

A

AIDS: infecção pelo HIV + CD4<200 e/ou:

  • TB extrapulmonar
  • LEMP (vírus JC), CMV fora de fígado, baço ou linfonodo
  • Candidíase esofageana ou vias aéras; pneumocistose; criptococose extrapulmonar; histoplasmose disseminada…
  • CA cervical invasivo, linfoma não hodgkin (primário SNC), sarcoma de kaposi (HHV8)
  • Neurotoxoplasmose, Chagas agudo
  • > =2 pneumonias/ano, herpes mucocutâneo ou visceral >1 mês…
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16
Q

Até quantos meses de vida não utilizamos anticorpos para diagnosticar AIDS?

A

18 meses

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17
Q

Como diagnosticar AIDS até os 18 meses de vida?

A

Não adianta fazer sorologia, pode ser anticorpo da mãe. Vamos fazer biologia molecular, dosando carga viral = RNA. Se criança tá fazendo profilaxia com TARV esperar 2 semanas.
Se + -> repetir imediatamente
Se - -> repetir em 4 semanas
Se os dois resultados positivos com CV>5000 fazer sorologia com 18 meses.
Se dois resultados negativos descartar
Se CV + mas <5000, pesquisar DNA pró-viral, CD4 e clínica.
Se discordantes, fazer terceiro teste

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18
Q

Como diagnosticar AIDS após os 18 meses de vida?

A

Detectar anticorpo = imunoensaio = pode ser sorologia ou teste rápido (pronto em 30 min, preferimos em situação de risco ou pressa). Têm alta S.
Se resultado positivo, confirmar com teste + específico = PCR viral.
Se ambos positivos = confirma.
Se sorologia - = descarta
Se sorologia - mas alta suspeição = repetir em 30 dias
Se resultados da sorologia e do PCR discordante, ou PCR <5000 cópias, fazer teste ainda mais específico = imunoblot ou western-blot
*janela pra detectar anticorpo é 15 dias
*imunológico + mas PCR negativo pode ser controlador de elite

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19
Q

Quais exames devemos pedir ao diagnóstico de AIDS?

A

Perfil hepático, perfil lipídico, função renal, glicemia
Sorologias para toxoplasmose, chagas se endêmico, sífilis, HTLV, hepatites, hemograma, EAS
teste tuberculínico (será repetido anualmente e sempre que houver reconstituição imune. Tratar forma latente se PPD>=5mm)
calcular escore de frahmingham
CD4, CV
Rx tórax
Avaliação neurocognitiva 6-12 meses

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20
Q

Qual frequência das consultas, dosagem de CD4 e CV?

A
  • Consultas semestrais
  • Dosar CV em toda consulta e 8 semanas após troca TARV
  • Dosar CD4 toda consulta (semestral); exceto se CV indetectável, >6 meses de TARV e CD4 > 350 nas duas últimas dosagens = não precisa
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21
Q

Como é a vacinação na AIDS/infecção pelo HIV? Hepatite B fica como? E BCG?

A

Se CD4 >350 = normal
Se CD4 <200 = não vacinar com agente vivo atenuado
200-350 = avaliar caso a caso
-HepB = 4 doses, doses dobradas. Dosar anti-HBs anualmente e se precisar fazer reforço
-BCG = fazer nas primeiras 12h. Se passar do tempo, avaliar imunodeficiência

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22
Q

Quais neoplasias “normais” além das da imunodepressão tem incidência aumentada na AIDS?

A

CA pulmão, canal anal, fígado e Linfoma de Hodgkin

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23
Q

Para quem a genotipagem é indicada? Tem alto VPP ou VPN?

A
  • Gestantes
  • Falha virológica >500 cópias com >6meses TARV
  • Coinfecção HIV/TB
  • Pessoas infectadas sabidamente por alguém em uso de TARV
  • Crianças e adolescentes
  • Alto VPP
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24
Q

Qual método contraceptivo é CI? Como lidar com casair sorodiscordantes que querem gestar?

A
  • Diafragma com espermicida é contraindicado
  • Se mulher HIV + e quer gestar = fazer autoinseminação do sêmen. Usar camisinha sempre
  • Se homem HIV + e quer gestar = não usar camisinha apenas durante período fértil. Mulher faz PrEP.
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25
Q

Qual quadro e TTO do HIV-2?

A

Quadro mais arrastado porém com maior mortalidade

TTO = TDF, 3TC, DRV/r (radunacivir/ritonavir)

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26
Q

Quais os princípios gerais do tratamento da AIDS? Pra quem fazer? até quando manter? Qual a meta? Com quantas drogas começar?

A
  • Fazer tratamento para todos
  • Começou não para mais
  • Pelo menos 3 drogas
  • Meta é CV indetectável em 6 meses = “intransmissível”
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27
Q

O que é falha virológica, falha clínica e falha imunológica?

A

Falha virológica é CV detectável >6 meses com TARV. Confirmar com 4 semanas
Falha clínica é presença de sintomas
Falha imunológica é aumento em <30% do CD4 após 1 ano de TARV

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28
Q

Como conduzir gestante com HIV? Qual indicação de parto, tratamento, profilaxia, aleitamento?

A
  • Todas devem fazer genotipagem
  • Todas com TARV
  • Esquema preferencial é Tenofovir, lamivudina e raltegravir
  • Se CV indetectável com TARV via de parto é escolha obstétrica
  • > 1000 de CV = cesárea
  • Fazer profilaxia com AZT (zidovudina) durante trabalho de parto e também para RN
  • Mães que estão com carga viral >1000, má adesão, CV desconhecida, com outra IST etc = bebê recebe nevirapina
  • Aleitamento é CI (inclusive cruzado)
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29
Q

Quais as classes de tratamento para HIV?

A
  • Inibidor de transcriptase reversa
  • Inibidor de integrase
  • Inibidor de protease
  • Novos
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30
Q

Quais os inibidores de transcriptase reversa? E seus efeitos colaterais

A
  • TDF = Tenofovir. Colateral = renal e perda de massa óssea. CI se TFG < 60
  • 3TC = Lamivudina. Poucos colaterias
  • EFZ = Efavirenz. Colaterais = neuropsiquiátricos, rash (costuma melhorar com anti-histamínico)
  • AZT = zidovudina = mielotoxicidade
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31
Q

Quais os inibidores de integrase?

A
DTG = Dolutegravir = colateral cefaleia, costuma melhorar com 4 semanas; intolerância GI
RAL = Raltegravir = seriar perfil hepático
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32
Q

Quais os inbidores de protease? Em que contexto usar?

A

ATV/r = atazanavir/r = droga de resgate após falha

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33
Q

Qual esquema padrão para maioria dos pacientes? O que fazer se intolerância a uma das drogas?

A

TDF + 3TC + DTG = tenofovir, lamivudina e dolutegravir
Se intolerância ao TDF (DRC, ClCr <60) -> Fazer ABC (abacavir) se a pesquisa para HLAB5701 for negativa. Se for positiva, fazer AZT

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34
Q

Qual esquema padrão para gestantes?

A

Tenofovir + lamivudina + raltegravir

35
Q

Qual esquema padrão para TB?

A

Tenofovir + lamivudina + efavirenz ou

Tenofovir + lamivudina + dolutegravir em doses dobradas

36
Q

Até quando podemos fazer a PEP? Qual esquema indicado? Se intolerância, qual opção?

A

Até 72h
Esquema: tenofovir, lamivudina e dolutegravir por 28 dias. Opção é atazanavir no lugar do dolutegravir se cefaleia muito intensa

37
Q

Em que situações vale a pena fazer a PEP? Quando devemos repetir o exame sorológico?

A

Exposta soronegativa e agressor positivo ou sem status sorológico
Repetir com 30 e 90 dias

38
Q

Para quem é indicado fazer a PrEP?

A

Avaliar individualmente:

  • Profissionais do sexo
  • Trans
  • Homens que fazem sexo com homens
  • Casais sorodiscordantes
  • maior risco se faz muito uso de PEP, outras DSTs etc
39
Q

Qual esquema da PrEP? Quais cuidados temos que tomar com esses pacientes? Em quanto tempo eles estão protegidos

A

Tenofovir + entricitabina
-Protegidos para sexo anal em 7 dias e vaginal em 20
Consultas clínicas + teste rápido trimestral
-Se for suspender, cuidado com possível flare de hep B (tenofovir também trata Hep B)

40
Q

A

A

A

41
Q

Qual a principal causa de pneumonia no paciente com AIDS? e de pneumonia bacteriana?

A

Causa mais comum de pneumonia é pneumocistis jirovecii

Causa mais comum bacteriana é pneumococo

42
Q

Qual CD4 esperamos em pacientes com pneumocistose? Qual condição normalmente associada?

A

CD4 < 200

Presença de candidíase

43
Q

Qual agente da pneumocistose?

A

Pneumocistis jirovecii

44
Q

Qual quadro da pneumocistose? Lab? Imagem?

A
  • Quadro de pneumonia arrastada, com febre, perda de peso, tosse seca, dor retroesternal, dispneia. Exame físico costuma ser discreto.
  • Lab = Aumento de LDH significativo (>500). Pode ter leucocitose discreta com desvio à esquerda
  • Hipoxemia (pO2<70) chama muito atenção; alcalose respiratória pela taquipneia
  • Imagem: infiltrado bilateral intersticial difuso. Pode ter pneumatoceles. Não costuma ter adenopatia hilar ou derrame pleural
45
Q

Como diagnosticar pneumocistose?

A

Pesquisar no escarro ou lavado broncoalveolar com coloração metenamina/Grocott ou giemsa

46
Q

Como tratar pneumocistose?

A

Bactrim 21 dias VO ou IV se grave +/- corticoide se PaO2 <70 pra reduzir inflamação

47
Q

Quando e como fazer profilaxia para pneumocistose?

A

Fazer profilaxia com bactrim se:

  • CD4<200
  • Presença de candida
  • Febre >2 semanas de origem indeterminada
  • profilaxia secundária também com bactrim
48
Q

Qual ddx diferencial de penumocistose, qual diferenças? Como diagnosticar? Quando tratar?

A

TB pode ocorrer com qualquer CD4, geralmente é apical exceto se CD4 baixo (pode ter manifestações atípicas). Se PT>=5mm ou contato com paciente, tratamos infecção latente com isoniazida por 9 meses + piridoxina (vit B6) pra previnir neuropatia.
-Diagnóstico é com baciloscopia/teste rápido + cultura

49
Q

Na TB, como coordenar o TTO com a TARV?

A

No geral, começamos TARV 8 semanas depois do início da TB (evitar ativação heteróloga). Se o CD4 <50 ou sinais de imunossupressão intensa, começar TARV 2 semanas depois. Se TB na forma de meninge, começar após 8 semanas porque reativação seria muito brutal
*Se já usava TARV acredito que mantém

50
Q

Quais principais manifestações neurológicas na AIDS?

A
  • Meningite = neurocriptococose
  • Encefalite Focal = Neurotoxoplasmose > linf 1 SNC > LEMP
  • Encefalite difusa = complexo demencial da AIDS
51
Q

Qual principal causa de meningite na AIDS? Qual CD4 esperado?

A

Neurocriptococose, geralmente com CD4 <100

52
Q

Qual quadro da neurocriptococose?

A

Sinais meníngeos podem não ser muito significativos. Febre, dor de cabeça holocraniana pelo aumento da HIC, náuseas, vômitos, paralisia 6 par
-Pode ter forma pulmonar do criptococo

53
Q

Como diagnosticar neurocriptococose?

A

No exame do LCR, pressão de abertura vai estar elevada (>70-80), aumento das proteínas, redução da glicose, pleocitose linfocítica (mononuclear).
Pesquisar criptococo com tinta nanquim; cultura; pode pesquisar antíngeno no LCR ou na hemocultura
*aumento da pressão liquórica é por antígenos obstruindo drenagem

54
Q

Como tratar neurocriptococose?

A

Tratamento de indução com anfotericina B e de consolidação e manutenção com Fluconazol
+ punção de alívio lombar se P>25mmH20 = retirar 20-30ml diariamente

55
Q

Qual profilaxia da neurocriptococose?

A

Profilaxia com fluconazol se CD4<100

56
Q

Qual quadro da neurotoxoplasmose? Qual CD4 esperado?

A

Quadro de lesões neurológicas focais, como hemiparesia. Convulsão, cefaleia, febre. CD4<100

57
Q

Qual aparência na imagem da neurotoxoplasmose?

A

Na imagem nós temos lesões hipodensas (escuras) circundadas por áreas de alta captação de contraste (claras) = reforço anelar, principalmente em núcleos da base. Costumam ser múltiplas
-Edema perilesional

58
Q

Como tratar neurotoxo?

A

Tratamos neurotoxoplasmose com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico por pelo menos 6 semanas
*corticoide se edema cerebral importante (desvio de linha média)

59
Q

Qual profilaxia da neurotoxo? Qual indicação

A
  • Profilaxia primária é com bactrim. Indicada pra todo mundo com IgG + pra toxoplasmose e CD4<100.
  • Profilaxia secundária é com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico
  • Pra quem é IgG negativo, evitar contaminação pelo contato com fezes de gato, alimentos crus etc
60
Q

Quais principais causas de encefalite focal na AIDS em ordem de prevalência?

A

Neurotoxoplasmose > linf 1 SNC > LEMP

61
Q

Qual quadro e quando suspeitar de linfoma primário do SNC?

A

Suspeitamos de linfoma primário quando tratamos para neurotoxoplasmose e não observamos melhora em 14 dias. Quadro é parecido.

62
Q

Como diagnosticar linfoma primário do SNC? Qual conduta? Qual CD4 esperado?

A
  • CD4 <50, PCR + para EBV no LCR é altamente sugestivo

- Na imagem, temos lesões hipodensas em menor quantidade (1-3). Biópsia é diagnóstico definitivo. Conduta é RT paliativa

63
Q

Qual quadro da leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)?

A

Quadro de déficits neurológicos focais progressivos (tipo sucessivos AVCs).

64
Q

Qual agente da LEMP?

A

Vírus JC

65
Q

Como diagnosticar LEMP? Como tratar?

A

Hiperintensidade em T2 na RM (nesse corte líquor fica branco). Na TC não capta contraste
PCR líquor
-TTO com TARV mas não costuma regredir se já instalado

66
Q

Qual quadro da encefalopatia pelo HIV/complexo demencial da AIDS? E na imagem?

A

Quadro de alterações cognitivas, comportamentais e motoras

Na imagem, cérebro atrofiado com sulcos profundos, tipo idoso

67
Q

Como tratar complexo demencial da AIDS?

A

Tratamos com TARV, mas não costuma reverter as alterações que já ocorreram

68
Q

Quais são as micobactérias atípicas? Qual quadro? E dx?

A

Micobacterias do complexo aviarium = MAC. Quadro inespecífico, com febre, sudorese, perda de peso, linfadenopatia, dor abdominal, diarreia, hepatoesplenomegalia…
Hemocultura + em 85% dos casos

69
Q

Como tratar e qual profilaxia das micobactérias atípicas?

A

TTO com claritomicina (macrolídeo) + etambutol por mais de 1 ano
Profilaxia com azitromicina se CD4 <50

70
Q

Quais alterações cardiovasculares mais comuns na AIDS?

A

Doença coronariana obstrutiva é a mais comum. Cardiomiopatia direta etc

71
Q

Quais alterações no esôfago mais comuns na AIDS?

A
  • Candida
  • CMV = lesões grandes. Células com olhos de coruja. Inclusão intranuclear/citoplasmática. TTO com ganciclovir
  • Herpes = lesões pequenas e múltipas. TTO com aciclovir
  • sarcoma de kaposi e linfoma
72
Q

Quais alterações na orofaringe mais comuns na AIDS?

A
  • Candida = placa branca, removível, não dolorosa. TTO com nistatina tópica ou fluconazol sistêmico
  • Leucoplasia pilosa = não é pré-neoplásica. Não é removível. Relação com EBV
  • Úlcera aftosa = muito dolorosa. Anestésico tópico e talidomida
73
Q

Quais tipos de neoplasia comuns no paciente imunossupresso na AIDS?

A
  • Linfoma não hodgkin = primário do SNC, grandes celulas B, Burkitt
  • Sarcoma de Kaposi
  • cervical invasivo
74
Q

Qual agente relacionado ao sarcoma de Kaposi? Qual quadro?

A

HHV8 = herpes virus associado ao sarcoma de kaposi
Quadro de infiltração principalmente em pele (geralmente áreas expostas), linfonodos e pulmões e TGI. Dx com bx e tto com tarv

75
Q

Quais lesões renais podem ocorrer na AIDS?

A

GESF. Rim pode ficar aumentado

76
Q

Quais lesões genitourinárias podem acontecer na AIDS?

A

Forma mais comum da sífilis é secundária (condyloma lata)

77
Q

Como é o rastreio de CA de colo de útero nos pacientes com HIV?

A

Semestral no primeiro ano e depois anual (colpocitologia)
Se CD4 <200 sempre semestral
Qualquer alteração -> biópsia

78
Q

Qual profilaxia de doença as crianças expostas verticalmente ao HIV devem fazer?

A

Zidovudina (AZT)

79
Q

Como é a incidência e mortalidade no BR e no mundo?

A

No mundo homens = mulheres
No BR, tem caído incidência no SUL e sudeste, mas aumentado no NO/NE.
Tem aumentado incidência em jovens gays (homens)

80
Q

A velocidade de surgimento de AIDS nas crianças é maior ou menor?

A

Maior

81
Q

Qual principal causa de morte na AIDS?

A

TB (pacientes tb tem 30x + chances de ter)

82
Q

Quais fungos são comuns na AIDS?

A

Paracoccidiodomicose (+ comum), criptococose e histoplasmose

*aspergillus não é comum a menos que neutropenia. Candida também não

83
Q

Qual quadro de reativação de chagas? Como dx?

A

Meningoencefalite aguda. Dx procurando tripomastigota em sangue ou líquor

84
Q

Quais alterações oculares no HIV?

A

Retinopatia não infecciosa

Retinite por CMV = perda visual progressiva, indolor, CD4 <50, bilateral inicialmente assimétrica.