HIV Flashcards

1
Q

CRIANÇA COM PAROTIDITE - QUAL DOENÇA DEVE SEMPRE SER DESCARTADA?

A

INFECÇÃO POR HIV!!

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2
Q

HIV:

QUAL O SUBTIPO MAIS COMUM NO BRASIL?

A
  • Agentes: HIV-1 e HIV-2 (retrovírus).
  • SUBTIPO MAIS COMUM NO BR = HIV-1, grupo M, subtipo B
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3
Q

QUAL O CICLO DO VÍRUS HIV, DESDE A MANEIRA COMO ENTRA NA CÉLULA ATÉ A FORMAÇÃO DE NOVOS VÍRUS?

QUAL A PRINCIPAL CÉLULA INVADIDA PELO VÍRUS?

A

Vírus possui envoltório lipídico, o qual possui 2 estruturas para a invasão celular: glicoproteína gp120, que atua na ligação do vírus na célula, e a glicoproteína gp41, que atua na inserção do vírus no citoplasma celular (princip. LINFÓCITOS T CD4+) → transcriptase reversa transforma RNA viral em DNA → integrase enxerta DNA do vírus ao da célula hospedeira → proteínas do vírus são formadas → ação de proteases → novos vírus.

O CD4 invadido pode ter 2 desfechos:

1 - O linfócito permanece vivo, servindo como reservatório viral, o que impede a cura da infecção;

2 - O linfócito morre.

O resultado, ao longo dos anos, é a queda progressiva na contagem de células CD4. Como ele é essencial para a resposta imune, o hospedeiro passa a desenvolver infecções e neoplasias que jamais teria se não fosse a ação pelo vírus, surgindo então a síndrome de imunodeficiência adquirida (aids).

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4
Q

QUAIS AS 3 PRINCIPAIS ENZIMAS QUE O VÍRUS DO HIV POSSUI, PARA AJUDÁ-LO NO PROCESSO DE REPLICAÇÃO VIRAL?

A
  1. TRANSCRIPTASE REVERSA
  2. INTEGRASE
  3. PROTEASE
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5
Q

CASO O PACIENTE NÃO SEJA TRATADO, QUAIS OS 3 POSSÍVEIS CURSOS DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA NAS CRIANÇAS, CONSIDERANDO TRANSMISSÃO PERINATAL?

A
  1. PROGRESSÃO RÁPIDA - em 20 a 30% das crianças não tratadas. Apresentam evolução rápida da doença, com manifestações graves no 1º ano de vida. Se não tratadas, podem evoluir para óbito nos primeiro 4 anos de idade.
  2. PROGRESSÃO NORMAL - 70-80%. Evolução mais incidiosa. Os sintomas parecem na idade escolar / adolescência. Apresentam tempo médio de sobrevida de 10 anos.
  3. PROGRESSÃO LENTA - < 5%. Essas, mesmo não sendo tratadas, evoluem com progressão lenta tanto laboratorial quanto no aparecimento de alterações clínicas. Podem apresentar CD4 normal.
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6
Q

HIV: INDEPENDENTE DA VELOCIDADE DE ACOMETIMENTO DO PACIENTE PELA DOENÇA, QUAL O QUADRO CLÍNICO, CASO O VÍRUS NÃO SEJA COMBATIDO E SIGA A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA?

(3 FASES)

A
  1. INFECÇÃO AGUDA (intensa replicação viral + queda importante do CD4): SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA = FEBRE, ADENOPATIA, RASH CUTÂNEO, MIALGIA, FARINGITE. A maioria dos sintomas desaparece em 3-4 semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. A presença de manifestações mais intensas e prolongadas (> 14 dias) pode estar associada à progressão mais rápida da doença.
  2. LATÊNCIA CLÍNICA: ******AUMENTO DAS PARÓTIDAS/PAROTIDITE***** + LINFADENOPATIA GENERALIZADA. Fora isso, o paciente permanece assintomático por um longo período de, em média, 10 ANOS. Pode haver anemia/leucopenia/plaquetopenia discretas. Diag dif: linfadenopatias proliferativas, TB ganglionar.
  3. FASE SINTOMÁTICA/AIDS: INFECÇÕES OPORTUNISTAS, NEOPLASIAS

Essas fases não são características em crianças pequenas, quando possuem progressão rápida da doença ou quando diagnosticadas e tratadas precocemente.

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7
Q

DENTRO DA FASE SINTOMÁTICA DA DOENÇA/AIDS, O MINISTÉRIO DA SAÚDE SEPARA AS CRIANÇAS ACOMETIDAS EM 4 GRUPOS, DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS APRESENTADOS. QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS QUE CARACTERIZAM CADA GRUPO (PARA CRIANÇAS < 13 ANOS):

  1. ASSINTOMÁTICAS (GRUPO N)
  2. SINAIS E SINTOMAS LEVES (GRUPO A)
  3. SINAIS E SINTOMAS MODERADOS (GRUPO B)
  4. SINAIS E SINTOMAS GRAVES (GRUPO C)
A
  1. ASSINTOMÁTICAS (GRUPO N) - nenhum sintoma ou com apenas 1 sintoma inespecífico do grupo A
  2. SINAIS E SINTOMAS LEVES (GRUPO A) - INFECÇÕES RECORRENTES DE VIA AÉREA SUPERIOR (INCLUSIVE SINUSITE, OTITE) + AUMENTOS (LINFADENOMEGALIA, HEPATOESPLENOMEGALIA, AUMENTO DAS PARÓTIDAS) + CANDIDÍASE ORAL COM DURAÇÃO < 2 MESES + DERMATITE PERSISTENTE;
  3. SINAIS E SINTOMAS MODERADOS (GRUPO B) - CANDIDÍASE ORAL COM DURAÇÃO DE 2 MESES OU MAIS, ALTERAÇÃO HEMATOLÓGICA (ANEMIA/LEUCOPENIA/PLAQUETOPENIA) > 30 DIAS, FEBRE PERSISTENTE > 30 DIAS, HERPES ZOSTER OU HERPES SIMPLES RECORRENTE, INFECÇÕES BACTERIANAS, TUBERCULOSE, VARICELA DISSEMINADA OU CRÔNICA, DIARREIA CRÔNICA OU RECORRENTE;
  4. SINAIS E SINTOMAS GRAVES (GRUPO C) - INFECÇÕES BACTERIANAS GRAVES/MÚLTIPLAS/RECORRENTES, CANDIDÍASE EM ESÔFAGO/TRAQUEIA/BRONQUIOS/PULMÃO, SARCOMA DE KAPOSI, LIFOMA, TB DISSEMINADA OU EXTRAPULMONAR, PNEUMONIA POR PNEUMOCSTIS JIROVECI, LEMP
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8
Q

HIV: QUAIS AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DE ACORDO COM A CONTAGEM DE CÉLULAS CD4?

  • > 350 CÉLULAS
  • 200 A 300 CÉLULAS
A
  • > 350 CÉLULAS = INFECÇÕES BACTERIANAS (princip. respiratórias), TUBERCULOSE
  • 200 A 300 CÉLULAS = SINTOMAS CONSTITUCIONAIS (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), DIARREIA CRÔNICA, CEFALEIA, ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS, INFECÇÕES BACTERIANAS COM RESPOSTA TARDIA AO ATB, REATIVAÇÃO DE INFECÇÕES ANTERIORES, LESÕES ORAIS (LEUCOPLASIA PILOSA, CANDIDÍASE ORAL), HERPES-ZOSTER.

A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystis jiroveci. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como a leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids.

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9
Q
  • QUAL A PRINCIPAL DOENÇA OPORTUNISTA EM CRIANÇA HIV+?
  • QUAL A TRÍADE CLÍNICA?
  • QUAL O TRATAMENTO?
A

PNEUMOCISTOSE!

  • Epidemiologia: pico de incidência entre 3-6 meses, geralmente em crianças sem diagnóstico prévio da infecção pelo HIV. A mortalidade é de 100% em pacientes < 1 ano.
  • Manifestações clínicas: FEBRE ALTA DE INÍCIO AGUDO + TAQUIDISPNEIA + HIPOXEMIA.
  • Laboratório: aumento do LDH (lactato desidrogenase).
  • Tratamento: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA, 15-20 mg/kg/dia do componente trimetoprima, 6/6 horas, VIA ENDOVENOSA, por 21 dias. Associar prednisona nos casos de doença moderada ou grave.
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10
Q

HIV - COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO:

  • ATÉ 18 MESES e nos casos de INFECÇÃO AGUDA
  • APÓS 18 MESES
A
  • ATÉ 18 MESES e INFECÇÃO AGUDA: métodos moleculares = CARGA VIRAL
  • APÓS 18 MESES: SOROLOGIA
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11
Q

QUAL A INTERPRETAÇÃO DE UM RN COM ANTICORPOS POSITIVOS PARA HIV?

A

SÃO ANTICORPOS DE PROVÁVEL ORIGEM MATERNA! NÃO É POSSÍVEL REALIZAR O DIAGNÓSTICO DE HIV NAS CRIANÇAS < 18 MESES COM BASE NA SOROLOGIA!

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12
Q

QUAL UMA POSSÍVEL SITUAÇÃO EM QUE A SOROLOGIA PODE AJUDAR NA INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DE CRIANÇA < 18 MESES DE VIDA?

A

EM UMA CRIANÇA DE < 18 MESES COM CARGA VIRAL POSITIVA E SEM HISTÓRIA PRÉVIA MATERNA, A SOROLOGIA POSITIVA PARA HIV NA CRIANÇA PODE INDICAR QUE A MÃE TAMBÉM POSSUI ANTICORPO CONTRA O VÍRUS HIV, OU SEJA, ERA INFECTADA PELO VÍRUS E A TRANSMISSÃO PARA A CRIANÇA FOI POR VIA VERTICAL!

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13
Q

QUANDO HÁ RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV, QUANDO DEVEMOS COLETAR A PRIMEIRA CARGA VIRAL E DE ONDE?

A
  • QUANDO: AO NASCIMENTO! O ideal é que a amostra seja coletada antes do início da profilaxia com antirretrovirais, mas sem que este início seja retardado, ou seja, ainda na sala de parto!
  • DE ONDE: SANGUE PERIFÉRICO. NÃO COLETAR DO CORDÃO UMBILICAL!!
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14
Q

QUAL UMA CONTRAINDICAÇÃO PARA A COLETA DO EXAME DE CARGA VIRAL?

A

PESO < 2.500g

O volume relativo de sangue para a avaliação da CV-HIV é elevado e, por isso, tal exame não deve ser solicitado nas crianças com peso abaixo de 2.500 g.

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15
Q

QUAL A CONDUTA, CASO O PRIMEIRO EXAME (AO NASCIMENTO) INDIQUE CARGA VIRAL INDETECTÁVEL?

A

1º exame com CV indetectável -> COLETAR 2ª AMOSTRA COM 14 DIAS DE VIDA - Se CV indetectável novamente, realizar nova coletas de CV-HIV com 2 e com 8 semanas após o término da profilaxia.

Ou seja: se CV sempre indetectável, coletar: AO NASCIMENTO (e iniciar a profilaxia) + COM 2 SEMANAS DE VIDA + 6 SEMANAS DE VIDA + 12 SEMANAS DE VIDA.

Considerando tempo de profilaxia = 6 meses

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16
Q

QUAL A CONDUTA CASO ALGUMA CARGA VIRAL VENHA COM RESULTADO POSITIVO / DETECTÁVEL?

A

COLETAR NOVA CARGA VIRAL IMEDIATAMENTE, INDEPENDENTE DO VALOR!

17
Q

EM UM PACIENTE COM TODAS AS CARGAS VIRAIS DE SEGUIMENTO NEGATIVAS, QUANDO COLETAR A SOROLOGIA PARA HIV?

O QUE FAZER, CASO A SOROLOGIA SEJA POSITIVA?

A

AOS 12 MESES DE VIDA!

SE SOROLOGIA POSITIVA (ANTI-HIV REAGENTE), REPETIR EXAME COM 18 MESES!

18
Q

QUANDO A CRIANÇA É CONSIDERADA INFECTADA?

(2 SITUAÇÕES)

A
  • 2 CARGAS VIRAIS DETECTÁVEIS > 5.000 CÓPIAS/ML
  • DNA PRÓ-VIRAL POSITIVO
19
Q

QUANDO ESTÁ INDICADA A COLETA DO DNA PRÓ-VIRAL? (3 SITUAÇÕES)

A

EM 3 SITUAÇÕES:

  • CRIANÇAS COM CV DETECTÁVEL, PORÉM COM < 5.000 CÓPIAS/ML
  • CRIANÇAS COM CV DISCORDANTE (1ª AMOSTRA DETECTÁVEL E SEGUNDA INDETECTÁVEL)
  • CRIANÇAS COM PESO < 2500G

O DNA PRÓ-VIRAL possui alta especificidade desde o nascimento!

O volume relativo de sangue para a avaliação da CV-HIV é elevado e, por isso, tal exame não deve ser solicitado nas crianças com peso abaixo de 2.500g!

20
Q

QUANDO A INFECÇÃO É CONFIRMADA, QUAL A CONDUTA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO?

A

SOLICITAR GENOTIPAGEM DO VÍRUS!

Deve ser solicitada antes do início do tratamento, o qual deve ocorrer mesmo antes do resultado desta avaliação!

Nas situações em que ocorre alguma dificuldade na elucidação diagnóstica, é possível iniciarmos o tratamento enquanto aguardamos novos resultados da CV-HIV ou DNA pró-viral.

21
Q

QUAIS OS 3 CRITÉRIOS PARA QUE POSSAMOS EXCLUIR O DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO POR HIV NA CRIANÇA?

A

3 CRITÉRIOS PARA EXCLUIR O DIAGNÓSTICO:

  • Pelo menos 2 CV-HIV indetectáveis obtidas após a suspensão da profilaxia antirretroviral (uma 2 semanas após e a outra 8 semanas após o término)
  • Boas condições clínicas, bom desenvolvimento neuropsicomotor e sem evidência de deficit imunológico;
  • Sorologia anti-HIV não reagente realizada depois de 12 meses de idade. Se não tiver ocorrido a SORORREVERSÃO nesta idade, aguardar até os 18 meses para nova coleta de anti-HIV (pode ser ainda resquício de anticorpo materno).
22
Q

QUAL A CONDUTA PARA AS CRIANÇAS QUE RECEBERAM ALEITAMENTO MATERNO?

(4 CONDUTAS PRINCIPAIS)

A

SIMULTANEAMENTE:

INTERROMPER AMAMENTAÇÃO IMEDIATAMENTE + COLETAR CARGA VIRAL + INICIAR PROFILAXIA (PEP) + REALIZAR INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA

Recomenda-se medir a CV em 2 semanas e 6 semanas após o início da PEP, além das demais idades de recomendação.

Caso CV detectável, solicitar nova CV - se 2 CV > 5.000 cópias/ml = CRIANÇA INFECTADA

23
Q

COMO FAZER O DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS A PARTIR DOS 18 MESES DE VIDA?

(5 OPÇÕES DE FLUXOGRAMAS)

A
  • 2 TESTES RÁPIDOS de amostras de SANGUE - obtidos em sequencia (polpa digital ou punção venosa). O resultado sai em 30 min - indicação: campanhas, locais com maior densidade de população de risco e pouca densidade tecnológica. Após a confirmação de “amostra reagente”, o indivíduo deve ser encaminhado para coleta de CV!
  • 2 TESTES RÁPIDOS, sendo o primeiro de FLUIDO ORAL e o segundo de amostra de SANGUE. Mesma indicação dos testes anteriores. Após a confirmação de “amostra reagente”, o indivíduo deve ser encaminhado para coleta de CV!
  • TESTE DE IMUNOENSAIO DE 4ªG + CARGA VIRAL (TESTE MOLECULAR - confirmatório/complementar) - É o fluxograma que permite o diagnóstico mais precoce da infecção pelo HIV. O imunoensaio detecta, além de anticorpos contra o HIV, antígenos virais (p24). Assim, a janela diagnóstica é mais curta que a dos ensaios de gerações inferiores. AMOSTRA REAGENTE NO IMUNOENSAIO E POSITIVA NO TESTE MOLECULAR = INFECÇÃO POR HIV. Se amostra reagente no IE, mas negativa no teste molecular -> infecção pelo HIV-2, infecção com CV abaixo do limite de detecção ou pessoas em tratamento.
  • TESTE DE IMUNOENSAIO DE 3ªG + CARVA VIRAL (TESTE MOLECULAR) para confirmação/complementação
  • TESTE DE IMUNOENSAIO DE 3ªG + WESTERN BLOT / IMUNOBLOT / IMUNOBLOT RÁPIDO para complementação/confirmação - desvantagens: custo alto e não detecta precocemente.
24
Q

QUEM SÃO OS CONTROLADORES DE ELITE?

A

SÃO PESSOAS COM CAPACIDADE DE CONTROLAR O HIV ESPONTANEAMENTE, SEM O USO DA TARV!

Essas pessoas possuem uma imunidade celular altamente efetiva contra o HIV. Em geral, tais pacientes não evoluem para a síndrome de imunodeficiência adquirida e passam a vida inteira sem tratamento. Representam cerca de 1% da população.

25
Q

QUAL AS INDICAÇÕES PARA QUE SEJA INICIADA A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL?

QUAL O OBJETIVO PRINCIPAL DA TARV?

A

INDICAÇÃO: TODA PESSOA INFECTADA!

OBJETIVO PRINCIPAL = CARGA VIRAL INDETECTÁVEL!

Outros objetivos: Reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida; Propiciar crescimento e desenvolvimento adequados; Preservar, melhorar ou reconstituir o funcionamento do sistema imunológico, reduzindo a ocorrência de complicações infecciosas e não infecciosas; Proporcionar supressão máxima e prolongada da replicação do HIV, reduzindo o risco de resistência aos ARV; Reduzir o processo inflamatório; Diminuir o reservatório viral.

26
Q

QUAL EXAMES MÍNIMOS DEVEM SER SOLICITADOS ANTES DE INICIAR A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL?

(3)

A
  1. CARGA VIRAL
  2. CD4 - crianças < 6 anos: avaliar o percentual do CD4 com relação ao esperado para a idade e realizar a classificação imunológica. A interpretação deve ser cuidadosa, lembrando que flutuações transitórias podem ocorrer devido a doenças comuns na infância, imunizações e métodos laboratoriais.
  3. GENOTIPAGEM - A maioria das crianças com aquisição vertical do HIV tem histórico de exposição aos ARV na vida intrauterina, perinatal e/ou pós-natal com altas taxas de resistência transmitida, principalmente para zidovudina (AZT) e nevirapina (NVP). A genotipagem pré-tratamento, portanto, está recomendada a todas as crianças e adolescentes para definição do melhor “combo” de ARV. Não se deve aguardar o resultado da genotipagem para o início da TARV – o esquema pode ser modificado quando o exame estiver pronto.
27
Q

QUANDO INICIAR O TRATAMENTO?

A

AO DIAGNÓSTICO!

  • Coletar os exames necessários antes de iniciar o tratamento!
  • Lembre que a TARV não é emergência – o paciente ou responsável deve estar motivado a fornecer/realizar o tratamento por toda a vida – uma vez iniciada, jamais deve ser interrompida!

Porque iniciar o tratamento o quanto antes?

  • A manutenção da replicação viral acarreta inflamação persistente e desenvolvimento de doença cardiovascular, renal e hepática, além de certas malignidades;
  • Pessoas com carga viral indetectável não transmitem o vírus (indetectável = intransmissível)

Antes do início do tratamento ou troca da terapia:

  • Promover adesão satisfatória em curto e longo prazo e monitorá-la sistematicamente.
  • Buscar o menor impacto possível sobre o bem-estar, a rotina diária e a qualidade de vida da Pessoa Vivendo com HIV (PVHIV)
  • Escolha de esquemas potentes, com atividade farmacológica conhecida em crianças e adolescentes, dose adequada segundo critérios de peso corporal, superfície corpórea e idade, boa palatabilidade, boa tolerância e a menor toxicidade possível.
  • Avaliar o efeito do tratamento e a presença de coinfecções ou comorbidades como tuberculose, hepatites B ou C, doenças renais ou hepáticas crônicas e interações medicamentosas.
  • Promover a integração dos pais, cuidadores ou demais pessoas envolvidas no tratamento.
28
Q

CASO A CRIANÇA SEJA INFECTADA E SEJA INICIADO O TRATAMENTO, EM QUANTO TEMPO DEVE SER COLETADA NOVA CARGA VIRAL?

A

EM 6 SEMANAS APÓS O INÍCIO OU TROCA DA TARV!

  • Se não houver queda maior que 1 log da CV-HIV basal, solicitar nova CV em 4 semanas.
  • Se CV indetectável + CD4 normal + paciente aderente por no mínimo 2 ANOS, pode-se monitorar a CV a cada 6 meses.
29
Q

QUAL O ESQUEMA INICIAL DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA AS CRIANÇAS?

A

2 INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA + 3º ARV DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA

  • A associação preferencial de ITRN inclui AZT (Zidovudina) + 3TC (Lamivudina), ABC (Abacavir) + 3TC (Lamivudina) ou TDF (Tenofovir) + 3TC (Lamivudina), conforme a faixa etária.
  • Os Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos são a melhora escolha devido à sua barreira genética, segurança e eficácia.
  • 3º ARV:
    • ATÉ 12 ANOS: RALTEGRAVIR
    • > 12 ANOS: DOLUTEGRAVIR
  • Como o esquema com Raltergravir granulado é ainda novo no país, a substituição do esquema com NEVIRAPINA para o esquema atual deverá ser feita desde haja boa adesão do paciente à TARV anterior e CV indetectável nos útimos 6 meses.*
  • Nas crianças em uso de Nevirapina e com CV detectável, solicitar genotipagem e avaliar a troca para LPV/r. Para as crianças com boa adesão ao esquema contendo LPV/r, não há necessidade de substituição.*
30
Q

O QUE DEVE SER AVALIADO DURANTE A MONITORIZAÇÃO DOS PACIENTES EM USO DE TARV?

A
  1. Eficácia da TARV
  2. Adesão
  3. Tolerabilidade
  4. Efeitos adversos
  5. Afecções associadas à síndrome de recuperação imunológica

Nos usuários aderentes, com CV indetectável e CD4 normal para a idade por, no mínimo, 2 anos, o monitoramento da contagem de CD4 e da CV-HIV poderá ser SEMESTRAL!

31
Q

QUAIS DEVEM SER OS CUIDADOS AO NASCIMENTO DE UM RN FILHO DE MÃE HIV+, AINDA NA SALA DE PARTO?

A
  • Clampeamento imediato do cordão;
  • Banho;
  • Se necessário, realizar a apiração das vias aéreas de forma delicada.
  • Orientar a não amamentação - inibir a lactação com medicamento (cabergolina), orientar a mãe para substituir o leite materno por fórmula infantil até seis meses de idade. O aleitamento misto também é contraindicado.
32
Q

COMO REALIZAR A PROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL EM RN DE BAIXO RISCO E EM RN DE ALTO RISCO PARA A INFECÇÃO?

A

RN DE BAIXO RISCO: apenas AZT por 4 semanas - iniciar na sala de parto ou nas primeiras 4h de vida.

RN DE ALTO RISCO:

  • > 37 semanas: AZT + 3TC + RAL - os três por 28 dias.
  • 34-37 semanas: AZT + 3TC (ambos por 28 dias) + NVP (por 14 dias).
  • < 34 semanas: apenas AZT.
33
Q

ALÉM DA PROFILAXIA COM ANTIRRETROVIRAIS, QUAL OUTRA PROFILAXIA DEVE SER PRESCRITA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA?

  • QUAL MEDICAÇÃO DEVE SER UTILIZADA PARA ESSA PROFILAXIA?
  • QUANDO INICIAR A PROFILAXIA?
  • QUANDO SUSPENDER A PROFILAXIA? (3 CRITÉRIOS PARA A SUSPENSÃO)
A

PROFILAXIA PARA PNEUMONIA POR PNEUMOCYSTIS JIROVECI!

MEDICAÇÃO: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIM

QUANDO INICIAR: A PARTIR DE 4 SEMANAS DE VIDA

  • Crianças de 4 semanas a 1 ano: indicada até a definição do diagnóstico. Se diagnóstico descartado, suspender a profilaxia! Se criança infectada, manter profilaxia!
  • Crianças > 1 ano: se criança infectada, a profilaxia está indicada de acordo com o CD4: se CD4 < 200 céls ou < 25% para a idade

Obs: não está indicada antes de 4 semanas de vida

QUANDO SUSPENDER: QUANDO A INFECÇÃO POR HIV FOR PRESUMIVELMENTE DESCARTADA, OU SEJA:

  • CRIANÇA NÃO ESTÁ SENDO AMAMENTADA
  • 2 CV-HIV NEGATIVAS APÓS TÉRMINO DA PROFILAXIA ARV
  • EM BOM ESTADO GERAL/ SEM SINAIS DE IMUNODEFICIÊNCIA

Nesse caso, para excluir o diagnóstico, falta apenas constatar uma sorologia negativa para HIV a partir dos 12 meses de vida, sendo necessário manter a investigação para exclusão definitiva do diagnóstico, porém já pode ser suspensa a ATBprofilaxia para PNEUMOCISTOSE!

34
Q

COMO CLASSIFICAR O RN EM BAIXO RISCO (3 CRITÉRIOS) E ALTO RISCO PARA A INFECÇÃO PELO HIV?

A

BAIXO RISCO: os 3 critérios devem estar presentes!

  • Mãe em uso de TARV desde a primeira metade da gestação
  • + CV indetectável a partir da 28ª semana (3º trimestre)
  • + Sem falha na adesão à TARV.

ALTO RISCO: demais situações.

35
Q

O QUE É A PEP?

  • QUAL O SEU OBJETIVO?
  • QUANDO DEVE SER INICIADA E POR QUANTO TEMPO DEVE SER REALIZADA?
  • QUAL A INDICAÇÃO? (4 PERGUNTAS)
A
  • PEP = PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO
  • Objetivo: EVITAR A INFECÇÃO, MESMO APÓS A EXPOSIÇÃO AO VÍRUS, ATRAVÉS DO USO DE ARV.
  • Deve ser iniciada em ATÉ 72 HORAS APÓS A EXPOSIÇÃO e MANTIDA POR 4 SEMANAS!
  • Indicação: quando TODAS as respostas foram SIM:
    1. O tipo de material biológico é de risco* para transmissão do HIV?
    2. O tipo de exposição é de risco* para transmissão do HIV?
    3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento é menor que 72h?
    4. A pessoa exposta é não reagente* para o HIV no momento do atendimento?​ Se o Teste rápido for reagente, a PEP não está indicada!!

A indicação da PEP depende apenas do status da pessoa EXPOSTA, não sendo obrigatório saber o status sorológico da pessoa fonte.

36
Q

QUAL SÃO OS MATERIAIS BIOLÓGICOS CONSIDERADOS DE RISCO PARA INFECÇÃO PELO HIV?

QUAIS AS EXPOSIÇÕES CONSIDERADAS DE RISCO?

A
  • Materiais biológicos de risco: SANGUE, SÊMEN, FLUIDOS VAGINAIS, LÍQUIDOS DE SEROSAS (PERITÔNIO, PERICÁRDIO E PLEURA), LÍQUIDO AMNIÓTICO
  • Exposição de risco: PERCUTÂNEA (lesões causadas por agulhas ou outros instrumentos perfuro-cortantes) ou MEMBRANAS MUCOSAS (exposição sexual desprotegida, respingo em olhos, nariz e boca)
37
Q

CASO SEJA POSSÍVEL CONHECER O STATUS SOROLÓGICO DA PESSOA-FONTE (POR TESTES RÁPIDOS), QUAL A CONDUTA NOS SEGUINTES CASOS:

  • PESSOA-FONTE COM TR REAGENTE
  • PESSOA-FONTE COM TR NÃO REAGENTE
A
  • Pessoa-fonte com TR reagente: a PEP está indicada para a pessoa-exposta
  • Pessoa-fonte com TR não reagente: a PEP não está indicada a princípio, porém poderá ser indicada se a pessoa-fonte tiver histórico de exposição de risco nos últimos 30 dias (pode estar na janela imunológica!); se forem feitos testes de fluidos orais, considera-se um período de janela imunológica de 90 dias.
38
Q

QUAIS OS ANTIRRETROVIRAIS INDICADOS NA PEP?

** AQUI ESTÃO INCLUÍDAS AS CRIANÇAS QUE FORAM AMAMENTADAS!! **

A

ANTIRRETROVIRAIS PEP:

Até 12 anos: AZT + 3TC + RAL

> 12 anos: seguir esquema dos adultos