HIV Flashcards
CRIANÇA COM PAROTIDITE - QUAL DOENÇA DEVE SEMPRE SER DESCARTADA?
INFECÇÃO POR HIV!!
HIV:
QUAL O SUBTIPO MAIS COMUM NO BRASIL?
- Agentes: HIV-1 e HIV-2 (retrovírus).
- SUBTIPO MAIS COMUM NO BR = HIV-1, grupo M, subtipo B
QUAL O CICLO DO VÍRUS HIV, DESDE A MANEIRA COMO ENTRA NA CÉLULA ATÉ A FORMAÇÃO DE NOVOS VÍRUS?
QUAL A PRINCIPAL CÉLULA INVADIDA PELO VÍRUS?
Vírus possui envoltório lipídico, o qual possui 2 estruturas para a invasão celular: glicoproteína gp120, que atua na ligação do vírus na célula, e a glicoproteína gp41, que atua na inserção do vírus no citoplasma celular (princip. LINFÓCITOS T CD4+) → transcriptase reversa transforma RNA viral em DNA → integrase enxerta DNA do vírus ao da célula hospedeira → proteínas do vírus são formadas → ação de proteases → novos vírus.
O CD4 invadido pode ter 2 desfechos:
1 - O linfócito permanece vivo, servindo como reservatório viral, o que impede a cura da infecção;
2 - O linfócito morre.
O resultado, ao longo dos anos, é a queda progressiva na contagem de células CD4. Como ele é essencial para a resposta imune, o hospedeiro passa a desenvolver infecções e neoplasias que jamais teria se não fosse a ação pelo vírus, surgindo então a síndrome de imunodeficiência adquirida (aids).
QUAIS AS 3 PRINCIPAIS ENZIMAS QUE O VÍRUS DO HIV POSSUI, PARA AJUDÁ-LO NO PROCESSO DE REPLICAÇÃO VIRAL?
- TRANSCRIPTASE REVERSA
- INTEGRASE
- PROTEASE
CASO O PACIENTE NÃO SEJA TRATADO, QUAIS OS 3 POSSÍVEIS CURSOS DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA NAS CRIANÇAS, CONSIDERANDO TRANSMISSÃO PERINATAL?
- PROGRESSÃO RÁPIDA - em 20 a 30% das crianças não tratadas. Apresentam evolução rápida da doença, com manifestações graves no 1º ano de vida. Se não tratadas, podem evoluir para óbito nos primeiro 4 anos de idade.
- PROGRESSÃO NORMAL - 70-80%. Evolução mais incidiosa. Os sintomas parecem na idade escolar / adolescência. Apresentam tempo médio de sobrevida de 10 anos.
- PROGRESSÃO LENTA - < 5%. Essas, mesmo não sendo tratadas, evoluem com progressão lenta tanto laboratorial quanto no aparecimento de alterações clínicas. Podem apresentar CD4 normal.
HIV: INDEPENDENTE DA VELOCIDADE DE ACOMETIMENTO DO PACIENTE PELA DOENÇA, QUAL O QUADRO CLÍNICO, CASO O VÍRUS NÃO SEJA COMBATIDO E SIGA A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA?
(3 FASES)
- INFECÇÃO AGUDA (intensa replicação viral + queda importante do CD4): SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA = FEBRE, ADENOPATIA, RASH CUTÂNEO, MIALGIA, FARINGITE. A maioria dos sintomas desaparece em 3-4 semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses. A presença de manifestações mais intensas e prolongadas (> 14 dias) pode estar associada à progressão mais rápida da doença.
- LATÊNCIA CLÍNICA: ******AUMENTO DAS PARÓTIDAS/PAROTIDITE***** + LINFADENOPATIA GENERALIZADA. Fora isso, o paciente permanece assintomático por um longo período de, em média, 10 ANOS. Pode haver anemia/leucopenia/plaquetopenia discretas. Diag dif: linfadenopatias proliferativas, TB ganglionar.
- FASE SINTOMÁTICA/AIDS: INFECÇÕES OPORTUNISTAS, NEOPLASIAS
Essas fases não são características em crianças pequenas, quando possuem progressão rápida da doença ou quando diagnosticadas e tratadas precocemente.
DENTRO DA FASE SINTOMÁTICA DA DOENÇA/AIDS, O MINISTÉRIO DA SAÚDE SEPARA AS CRIANÇAS ACOMETIDAS EM 4 GRUPOS, DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS APRESENTADOS. QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS QUE CARACTERIZAM CADA GRUPO (PARA CRIANÇAS < 13 ANOS):
- ASSINTOMÁTICAS (GRUPO N)
- SINAIS E SINTOMAS LEVES (GRUPO A)
- SINAIS E SINTOMAS MODERADOS (GRUPO B)
- SINAIS E SINTOMAS GRAVES (GRUPO C)
- ASSINTOMÁTICAS (GRUPO N) - nenhum sintoma ou com apenas 1 sintoma inespecífico do grupo A
- SINAIS E SINTOMAS LEVES (GRUPO A) - INFECÇÕES RECORRENTES DE VIA AÉREA SUPERIOR (INCLUSIVE SINUSITE, OTITE) + AUMENTOS (LINFADENOMEGALIA, HEPATOESPLENOMEGALIA, AUMENTO DAS PARÓTIDAS) + CANDIDÍASE ORAL COM DURAÇÃO < 2 MESES + DERMATITE PERSISTENTE;
- SINAIS E SINTOMAS MODERADOS (GRUPO B) - CANDIDÍASE ORAL COM DURAÇÃO DE 2 MESES OU MAIS, ALTERAÇÃO HEMATOLÓGICA (ANEMIA/LEUCOPENIA/PLAQUETOPENIA) > 30 DIAS, FEBRE PERSISTENTE > 30 DIAS, HERPES ZOSTER OU HERPES SIMPLES RECORRENTE, INFECÇÕES BACTERIANAS, TUBERCULOSE, VARICELA DISSEMINADA OU CRÔNICA, DIARREIA CRÔNICA OU RECORRENTE;
- SINAIS E SINTOMAS GRAVES (GRUPO C) - INFECÇÕES BACTERIANAS GRAVES/MÚLTIPLAS/RECORRENTES, CANDIDÍASE EM ESÔFAGO/TRAQUEIA/BRONQUIOS/PULMÃO, SARCOMA DE KAPOSI, LIFOMA, TB DISSEMINADA OU EXTRAPULMONAR, PNEUMONIA POR PNEUMOCSTIS JIROVECI, LEMP
HIV: QUAIS AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DE ACORDO COM A CONTAGEM DE CÉLULAS CD4?
- > 350 CÉLULAS
- 200 A 300 CÉLULAS
- > 350 CÉLULAS = INFECÇÕES BACTERIANAS (princip. respiratórias), TUBERCULOSE
- 200 A 300 CÉLULAS = SINTOMAS CONSTITUCIONAIS (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), DIARREIA CRÔNICA, CEFALEIA, ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS, INFECÇÕES BACTERIANAS COM RESPOSTA TARDIA AO ATB, REATIVAÇÃO DE INFECÇÕES ANTERIORES, LESÕES ORAIS (LEUCOPLASIA PILOSA, CANDIDÍASE ORAL), HERPES-ZOSTER.
A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystis jiroveci. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como a leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids.
- QUAL A PRINCIPAL DOENÇA OPORTUNISTA EM CRIANÇA HIV+?
- QUAL A TRÍADE CLÍNICA?
- QUAL O TRATAMENTO?
PNEUMOCISTOSE!
- Epidemiologia: pico de incidência entre 3-6 meses, geralmente em crianças sem diagnóstico prévio da infecção pelo HIV. A mortalidade é de 100% em pacientes < 1 ano.
- Manifestações clínicas: FEBRE ALTA DE INÍCIO AGUDO + TAQUIDISPNEIA + HIPOXEMIA.
- Laboratório: aumento do LDH (lactato desidrogenase).
- Tratamento: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA, 15-20 mg/kg/dia do componente trimetoprima, 6/6 horas, VIA ENDOVENOSA, por 21 dias. Associar prednisona nos casos de doença moderada ou grave.
HIV - COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO:
- ATÉ 18 MESES e nos casos de INFECÇÃO AGUDA
- APÓS 18 MESES
- ATÉ 18 MESES e INFECÇÃO AGUDA: métodos moleculares = CARGA VIRAL
- APÓS 18 MESES: SOROLOGIA
QUAL A INTERPRETAÇÃO DE UM RN COM ANTICORPOS POSITIVOS PARA HIV?
SÃO ANTICORPOS DE PROVÁVEL ORIGEM MATERNA! NÃO É POSSÍVEL REALIZAR O DIAGNÓSTICO DE HIV NAS CRIANÇAS < 18 MESES COM BASE NA SOROLOGIA!
QUAL UMA POSSÍVEL SITUAÇÃO EM QUE A SOROLOGIA PODE AJUDAR NA INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DE CRIANÇA < 18 MESES DE VIDA?
EM UMA CRIANÇA DE < 18 MESES COM CARGA VIRAL POSITIVA E SEM HISTÓRIA PRÉVIA MATERNA, A SOROLOGIA POSITIVA PARA HIV NA CRIANÇA PODE INDICAR QUE A MÃE TAMBÉM POSSUI ANTICORPO CONTRA O VÍRUS HIV, OU SEJA, ERA INFECTADA PELO VÍRUS E A TRANSMISSÃO PARA A CRIANÇA FOI POR VIA VERTICAL!
QUANDO HÁ RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV, QUANDO DEVEMOS COLETAR A PRIMEIRA CARGA VIRAL E DE ONDE?
- QUANDO: AO NASCIMENTO! O ideal é que a amostra seja coletada antes do início da profilaxia com antirretrovirais, mas sem que este início seja retardado, ou seja, ainda na sala de parto!
- DE ONDE: SANGUE PERIFÉRICO. NÃO COLETAR DO CORDÃO UMBILICAL!!
QUAL UMA CONTRAINDICAÇÃO PARA A COLETA DO EXAME DE CARGA VIRAL?
PESO < 2.500g
O volume relativo de sangue para a avaliação da CV-HIV é elevado e, por isso, tal exame não deve ser solicitado nas crianças com peso abaixo de 2.500 g.
QUAL A CONDUTA, CASO O PRIMEIRO EXAME (AO NASCIMENTO) INDIQUE CARGA VIRAL INDETECTÁVEL?
1º exame com CV indetectável -> COLETAR 2ª AMOSTRA COM 14 DIAS DE VIDA - Se CV indetectável novamente, realizar nova coletas de CV-HIV com 2 e com 8 semanas após o término da profilaxia.
Ou seja: se CV sempre indetectável, coletar: AO NASCIMENTO (e iniciar a profilaxia) + COM 2 SEMANAS DE VIDA + 6 SEMANAS DE VIDA + 12 SEMANAS DE VIDA.
Considerando tempo de profilaxia = 6 meses