Hipertireoidismo Flashcards

1
Q

Hipertireoidismo
Tipos

A

Primário: TSH baixo e T4 alto (Graves, bócio nodular tóxico)
Secundário (central): TSH alto e T4 alto (tumor produtor de TSH)

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2
Q

Causas de hipertireoidismo
8

A
  1. Doença de Graves (mais comum)
  2. Bócio uni e multinodular (mais comum)
  3. Tireoidites (tireotoxicose causando hipertireoidismo transitório)
  4. Secreção inapropriada de TSH (TSHoma)
  5. Excesso de produção de hCG (semelhante a TSH)
  6. Tireotoxicose iodo-induzida
  7. Tireotoxicose induzida por amiodarona
  8. Tireotoxicose factícia
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3
Q

Doença de Graves é…

A

umas doença autoimune, ou seja, precisa ter predisposição genética e fatores ambientais.

Mais comum em mulheres, mas os casos em homens são mais graves.

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4
Q

Fisiopatologia da Doença de Graves

A

APCs reconhecem o epitélio folicular como estranho, estimulando os linfócitos B a produzirem anticorpos TRAB contra a tireoide (perda da tolerância imunológica).
TRAB = anticorpo estimuladores da tireoide contra o receptor de TSH
Ocorre uma hipertrofia e hiperperfusão dos folículos.

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5
Q

Ciclo vicioso da Doença de Graves

A

T3 e T4 aumentados desregulam resposta imune, gerando Autoimunidade (APCs, Linfócitos T Helper, linfócitos B).
Essa desregulação imune gerará IL 1, TNF alfa, Interferon gama e TRAB piorando o hipertireoidismo.
E vice-versa.

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6
Q

Fatores de risco para Doença de Graves

A

Fatores ambientais
Ação dos agentes infecciosos (bactérias e vírus como Hepatite C, Influenza B, etc)
Iodo e drogas
Radiação
Tabagismo
Lítio e Selênio
Estresse

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7
Q

Quadro clínico de Doença de Graves

A

Orbitopatia
Mixedema pré-tibial (fibroblastos + TRAB, edema e processo inflamatório)
Acropatia de Graves (TRAB estimula processo proliferativo do periósteo das falanges)

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8
Q

Sinais e sintomas de hipertireoidismo

A

Sistêmicos: emagrecimento, hipertermia e intolerância ao calor
Respiratórios: taquipneia e dispneia
Digestivos: hiperfagia e hiperdefecação
Endócrinas: amenorreia, irregularidade menstrual, infertilidade, ginecomastia e aumento difuso da tireoide
Neurológicas: tremor, hiperreflexia e paralisia periódica
Psiquiátricas: nervosismo, insônia, ansiedade, dificuldade de concentração, irritabilidade e labilidade emocional
Esqueléticas: miopatia e osteoporose
Tegumentares: pele quente e úmida, eritema palmar e mixedema pré-tibial

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9
Q

Quadro clínico de hipertireoidismo nos idosos

A

Sintomas cardíacos menos evidentes
Neurológicos
Psiquiátricos
Perda de peso

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10
Q

Quadro clínico de hipertireoidismo nas crianças e adolescentes

A

Diagnóstico mais difícil
Baixo rendimento escolar
Distúrbio de comportamento
Diminuição da velocidade de crescimento

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11
Q

Orbitopatia de Graves: fatores desencadeantes
Fatores endógenos e exógenos

A

Endógenos: genético, idade avançada e sexo masculino
Exógenos: tabagismo, hiper/hipotireoidismo e radioiodoterapia

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12
Q

CAS (escore de atividade clínica) da orbitopatia de Graves
De 0 a 7

A

Cada critério abaixo pontua 1 ponto:
- Dor retro-ocular espontânea
- Dor com movimentação ocular
- Eritema palpebral
- Edema palpebral
- Hiperemia conjuntivas
- Quemose: edema das conjuntivas
- Edema de carúncula

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13
Q

Classificação de NOSPECS na orbitopatia de Graves

A

Avalia severidade da orbitopatia
Classe 0: sem sinais ou sintomas
Classe 1: somente sinais (retração palpebral e olhar fixo)
Classe 2: envolvimento de tecido mole (edema de conjuntiva e palpebral, hiperemia conjuntival)
Classe 3: proptose
Classe 4: envolvimento da musculatura extraoculares (diplopia)
Classe 5: envolvimento da córnea (lagoftalmo)
Classe 6: perda visual (n. óptico)

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14
Q

Diagnóstico de Doença de Graves e Hipertireoidismo no geral

A

Em Graves: dosar TRAB + cintilografia com iodo 123 (brilhante, hipercaptante, glândula quente)

TSH suprimido, T3 e T4 livres aumentados e tireoide aumentada difusamente e ultravascularizada no ultrassom

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15
Q

Tratamento de Hipertireoidismo

A

Para taquicardia: antagonistas beta-adrenérgico (propanolol, atenolol) ou bloqueadores de canal de cálcio

Para a Doença de Graves: droga antitereoidiana, tireoidectomia e iodo radioativo

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16
Q

Drogas antitiroidianas

A

Inibir TPO, assim, diminui T3 e T4, diminuindo também a autoimunidade (ação imunomoduladora) .
Metimazol é a primeira escolha, tem maior meia vida
Propiltiuracil para grávidas ou planejamento de gravidez ou crise tireotóxica (inibe conversão periférica do T3 em T4)

17
Q

Efeitos colaterais das drogas antitiroidianas

A

Frequente: erupções cutâneas, urticaria, artralgia
Raro: agranulocitose
Muito raro: anemia aplástica, hepatite medicamentosa (PTU) e hepatite colestático (Metimazol)

18
Q

Tireodectomia total no Hipertireoidismo

A

Modalidade eficaz na resolução do hipertireoidismo, mas pode gerar hipotireoidismo e hipoparatireoidismo. (pode ter lesão do nervo laríngeo recorrente)

Indicações: pacientes que desejam engravidar, pacientes com captações baixas (uso de medicações iodadas, amiodarona), nódulos tireoidianas frios com suspeita de carcinoma e grandes bócios com sintomas compressivos.

19
Q

Iodo radioativo como tratamento do Hipertireoidismo

A

É seguro e pode ser usado ambulatoriamente.
Iodo131 destrói a dupla fita de DNA matando as células da tireoide e expondo o antígeno na circulação, ou seja, pico de TRAB e somente depois decai.

Pode piorar orbitopatia.
TRAB passa através da placenta para o bebê gerando hipertireoidismo neonatal.
Pode causar dor, náuseas, crises tireotóxicas e hipocalcemia transitória.