Hipertireoidismo Flashcards
Hipertireoidismo
Tipos
Primário: TSH baixo e T4 alto (Graves, bócio nodular tóxico)
Secundário (central): TSH alto e T4 alto (tumor produtor de TSH)
Causas de hipertireoidismo
8
- Doença de Graves (mais comum)
- Bócio uni e multinodular (mais comum)
- Tireoidites (tireotoxicose causando hipertireoidismo transitório)
- Secreção inapropriada de TSH (TSHoma)
- Excesso de produção de hCG (semelhante a TSH)
- Tireotoxicose iodo-induzida
- Tireotoxicose induzida por amiodarona
- Tireotoxicose factícia
Doença de Graves é…
umas doença autoimune, ou seja, precisa ter predisposição genética e fatores ambientais.
Mais comum em mulheres, mas os casos em homens são mais graves.
Fisiopatologia da Doença de Graves
APCs reconhecem o epitélio folicular como estranho, estimulando os linfócitos B a produzirem anticorpos TRAB contra a tireoide (perda da tolerância imunológica).
TRAB = anticorpo estimuladores da tireoide contra o receptor de TSH
Ocorre uma hipertrofia e hiperperfusão dos folículos.
Ciclo vicioso da Doença de Graves
T3 e T4 aumentados desregulam resposta imune, gerando Autoimunidade (APCs, Linfócitos T Helper, linfócitos B).
Essa desregulação imune gerará IL 1, TNF alfa, Interferon gama e TRAB piorando o hipertireoidismo.
E vice-versa.
Fatores de risco para Doença de Graves
Fatores ambientais
Ação dos agentes infecciosos (bactérias e vírus como Hepatite C, Influenza B, etc)
Iodo e drogas
Radiação
Tabagismo
Lítio e Selênio
Estresse
Quadro clínico de Doença de Graves
Orbitopatia
Mixedema pré-tibial (fibroblastos + TRAB, edema e processo inflamatório)
Acropatia de Graves (TRAB estimula processo proliferativo do periósteo das falanges)
Sinais e sintomas de hipertireoidismo
Sistêmicos: emagrecimento, hipertermia e intolerância ao calor
Respiratórios: taquipneia e dispneia
Digestivos: hiperfagia e hiperdefecação
Endócrinas: amenorreia, irregularidade menstrual, infertilidade, ginecomastia e aumento difuso da tireoide
Neurológicas: tremor, hiperreflexia e paralisia periódica
Psiquiátricas: nervosismo, insônia, ansiedade, dificuldade de concentração, irritabilidade e labilidade emocional
Esqueléticas: miopatia e osteoporose
Tegumentares: pele quente e úmida, eritema palmar e mixedema pré-tibial
Quadro clínico de hipertireoidismo nos idosos
Sintomas cardíacos menos evidentes
Neurológicos
Psiquiátricos
Perda de peso
Quadro clínico de hipertireoidismo nas crianças e adolescentes
Diagnóstico mais difícil
Baixo rendimento escolar
Distúrbio de comportamento
Diminuição da velocidade de crescimento
Orbitopatia de Graves: fatores desencadeantes
Fatores endógenos e exógenos
Endógenos: genético, idade avançada e sexo masculino
Exógenos: tabagismo, hiper/hipotireoidismo e radioiodoterapia
CAS (escore de atividade clínica) da orbitopatia de Graves
De 0 a 7
Cada critério abaixo pontua 1 ponto:
- Dor retro-ocular espontânea
- Dor com movimentação ocular
- Eritema palpebral
- Edema palpebral
- Hiperemia conjuntivas
- Quemose: edema das conjuntivas
- Edema de carúncula
Classificação de NOSPECS na orbitopatia de Graves
Avalia severidade da orbitopatia
Classe 0: sem sinais ou sintomas
Classe 1: somente sinais (retração palpebral e olhar fixo)
Classe 2: envolvimento de tecido mole (edema de conjuntiva e palpebral, hiperemia conjuntival)
Classe 3: proptose
Classe 4: envolvimento da musculatura extraoculares (diplopia)
Classe 5: envolvimento da córnea (lagoftalmo)
Classe 6: perda visual (n. óptico)
Diagnóstico de Doença de Graves e Hipertireoidismo no geral
Em Graves: dosar TRAB + cintilografia com iodo 123 (brilhante, hipercaptante, glândula quente)
TSH suprimido, T3 e T4 livres aumentados e tireoide aumentada difusamente e ultravascularizada no ultrassom
Tratamento de Hipertireoidismo
Para taquicardia: antagonistas beta-adrenérgico (propanolol, atenolol) ou bloqueadores de canal de cálcio
Para a Doença de Graves: droga antitereoidiana, tireoidectomia e iodo radioativo