Hiperprolactinemia Flashcards
Controle da secreção de Prolactina
A prolactina é sintetizada e liberada pela hipófise anterior através do equilíbrio entre os fatores de inibição e de liberação da secreção de prolactina.
Quais são os fatores de inibição da secreção da Prolactina?
PIF
Dopamina é o principal inibidor da liberação da prolactina
Histamina
GABA
Quais são os fatores de secreção da Prolactina?
PRF
Serotonina
Encefalinas
Endorfinas
VIP, TRH
A hiperprolactinemia gera…
Lactação
Amenorreia
Causas fisiológicas de hiperprolactinemia
Gravidez
Lactação
Sono
Estresse
Estimulação mamilar
Neonatal
Causas não tumorais de hiperprolactinemia
Causa comum: medicamentos (anticoncepcional, antidepressivo, anti HAS, antipsicótico, estrógenos, opióides, cimetidina)
Relações sexuais
Cicatriz
Lesão da parede torácica (Herpes Zoster)
Hipotireoidismo primário (gera aumento de TRH)
Doença de Cushing
Hipofisite linfocítica
Doenças granulomatosas
Causas tumorais de hiperprolactinemia
Prolactinomas 79,6%
Tumor não funcionante (pseudo-prolactinoma) 14,3%
Tumores mistos (tumores em células progenitoras de prolactina e GH) 2,0%
Outros tumores 4,0%
Prolactinomas
- Causa mais comum de hiperPRL depois de drogas
- Forma mais comum de adenoma hipofisário funcionante
- Tumor oriundo das células produtoras de PRL
- Pode ser microprolactinoma (<1 cm, mais comum) ou macroprolactinoma (>1 cm)
- Neoplasia endócrina múltipla tipo I: adenoma hipofisário + tumor de paratireoide + tumor pancreático
- Comum em mulheres de 15 a 44 anos e homens de 45 a 75 anos
Tumor não funcionante (pseudo-prolactinoma)
São tumores, principalmente hipotalâmicos, que não secretam PRL, mas interrompem o fluxo do PIF através da haste hipofisária para a hipófise normal.
São mais agressivos que os prolactinomas.
Quadro clínico de Hiperprolactinemia
Mulheres
Alterações menstruais (aumento de prolactina gera diminuição de GnRH)
Infertilidade (hipogonadismo pela diminuição de gonadotrofinas)
Diminuição da libido
Galactorréia
Hirsutismo
Cefaleia
Perturbações visuais
Puberdade tardia
Quadro clínico de Hiperprolactinemia
Homens
Hipogonadismo (diminuição da GnRH)
Diminuição da testosterona: osteoporose, diminuição da libido, diminuição da massa muscular e diminuição de gametas
Impotência
Infertilidade
Diminuição do líquido seminal
Ginecomastia (raro)
Maior risco cardiovascular
Quadro clínico de Hiperprolactinemia
Pacientes com tumores de hipófise
Alteração visual: hemianopsia heterônima bitemporal (tumores hipofisários podem comprimir quiasma óptico)
Cefaleia pela distensão de meninges
Déficit de hormônios hipofisários (TSH, AcTH, LH/FSH e GH)
Atrofia dos nervos ópticos
Paralisia dos nervos cranianos (III, IV e VI)
Consequências da hiperPRL
HIPOESTROGENISMO
Osteoporose
Doença Arterial Coronariana
CRESCIMENTO TUMORAL
Perda visual
Pan-hipopituitarismo: déficit de todos hormônios hipofisários (TSH, AcTH, LH/FSH e GH)
Diagnóstico de Hiperprolactinemia
História clínica cuidadosa
Exame das mamas
Exames de imagem: ressonância magnética
Campimetria visual
Dosagem de prolactina sérica, de macroprolactina e de prolactina diluída
Dosagem de IGF1 (suspeita de tumor misto)
Dosagem de prolactina sérica por imunoensaio
Os níveis de PRL no soro refletem seguramente o tamanho do tumor.
PRL < que 100 ng/dL: causas não tumorais
PRL de 100 a 200 ng/dL: microprolactinomas
PRL > que 200 ng/dL: microprolactinomas
Falso positivo pela presença de MACROPROLACTINA (prolactina ligada ao IgG)
Falso negativo pelo EFEITO GANCHO: excesso de prolactina impede a correta ligação dos anticorpos com a prolactina (radioimuno ensaio – sanduíche) –> diluir a amostra!