Hepatites Virais II Flashcards

1
Q

O que significa se o paciente tem antígeno E presente?

A

Que o paciente tem uma carga viral extremamente alta

Se não tá reagente, não necessariamente é baixa

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2
Q

Qual é o tipo de vírus da hepatite B?

A

Vírus DNA

Ele fica no DNA e pode ser ativado em momentos de imunossupressão severa, mesmo se a hepatite B tiver resolvida

Pode ser reativada, desenvolver para hepatite B aguda grave e desenvolver para óbito

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3
Q

Como é a transmissão da hepatite B?

A

Principalmente sexual e vertical -> HBeAg - tem risco de transmissão vertical de 2 a 5%, mas se HBeAg +: risco de transmissão é de 80 a 90%

Horizontal: secreções corporais, secreções de feridas (mais em crianças)

Transfusão de sangue, odontológicos: risco pequeno

Uso de drogas IV

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4
Q

Quais são os marcadores clássicos do vírus B?

A

Sorológicos diretos

Sorológicos indiretos

Molecular

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5
Q

Quais são os marcadores sorológicos diretos do vírus B?

A

HBsAg (antígeno de superfície, define presença da infecção tanto taguda quanto crônica)

HBeAg (denota replicação viral)

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6
Q

Quais são os marcadores sorológicos indiretos da hepatite B?

A

Anticorpo anti HBs (infecção resolvida)

Anticorpo anti HBc IgM (presente na infecção aguda)

Anticorpo anti HBc IgG (presnete no contato prévio)

Anticorpo Anti HBe (tenta bloquear a replicação)

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7
Q

Em qual hepatite é necessário fazer exame molecular para diagnóstico?

A

Hepatite C

Na B pode fazer para guiar o tratamento

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8
Q

O que é o HBsAg?

A

Antígeno de superfície- se tem esse, tem hepatite B

1° marcador da infecção

Desaparece em até 24 semanas na hepatite aguda e persiste na cronificação

Ou seja, define se é crônica ou não. Se for, vai ter HBsAg por mais de 6 meses

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9
Q

O que é o anti HBc IgM?

A

Indica infecção recente

Permanece até 32 semanas do contato inicial

Pode voltar a ser positivo na reativação

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10
Q

O que é o Anti HBc IgG?

A

Anticorpo marcador de contato prévio com a infecção

Fica pra sempre

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11
Q

O que é o HBeAg?

A

Antígeno que determina presença de replicação e alta infectividade

Se tá presente mais de 3 meses indica crônificação

Está ausente em mutações, pois

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12
Q

O que é o Anti HBe?

A

Aparece após o desaparecimento do AgHBe

No término da fase de replicação viral (MO pode aprender a se replicar mesmo com esse anti HBe)

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13
Q

O que é o Anti HBs?

A

Cura da infecção (mas pode reativar)

Confere imunidade

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14
Q

Qual é a clínica dos pacientes com Hepatite B aguda?

A

70% dos casos subclínicos ou anictérico

Maioria tem sintomas inespecíficos

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15
Q

Como deve ser feito o acompanhamento do paciente com hepatite B AGUDA?

A

Ver se tem alguma evidência de que está evoluindo para hepatite grave ou fulminante. Se não tiver:

Repouso relativo

Abstinência alcoólica

Prevenção da transmissão (inclusive profilaxia do parceiro: vacina ou gamaglobulina para HBV se exposição menor que 7 dias

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16
Q

Qual é o tratamento do paciente com hepatite B aguda?

A

Não é recomendado, pois a maioria vai se resolver de forma espontânea

Feito somente se tiver insuficiência hepática aguda ou hepatite aguda prolongada

17
Q

Do que depende a cronificação do paciente com hepatite B?

A

Da idade em que o paciente entrou em contato com o vírus

Perinatal: 90% de chance de cronificação

Crianças de 3 a 5 anos: 30 a 50%

Adultos imunocompetentes: 2-6%

18
Q

O que deve ser feito no 6° mês quando se foi diagnosticado com hepatite B aguda?

A

Solicitar HBsAg e Anti-Hbs

Se HBsAg - e Anti-Hbs + = IMUNE, pode reativar

Se HBsAg - e Anti-Hbs - = Repetir anti-Hbs em 3 meses

HBsAg + = infecção crônica

19
Q

Quais são as fases de hepatite B crônica?

A

FASE 1: Infecção crônica HBeAg reagente - carga viral alta

FASE 2: Hepatite crônica HBeAg reagente

FASE 3: Infecção crônica HBeAg não reagente

FASE 4: Hepatite crônica HBeAg não reagente

FASE 5: HBsAg negativa

A diferença entre infecção e hepatite, é que na infecção não tem a doença e a hepatite tem inflamação

20
Q

O que acontece na fase 1 (Infecção crônica HBeAg reagente) da hepatite B?

A

“Alta replicação viral”

Tolerância do sistema imune

Sem evidência de agressão hepatocelular (transaminases normais ou próximas do normal)

Lesão ocorre quando sistema imune tentar responder, não ocorre aqui

21
Q

O que acontece na fase 2 (Hepatite crônica HBeAg reagente) da hepatite B?

A

“Imunorreação”

Esgotamento da tolerância imunológica

Replicação viral

Agressão aos hepatócitos e consequente elevação das transaminases

22
Q

O que acontece na fase 3 (infecção crônica HBeAg não reagente) da hepatite B?

A

“Portador inativo”

Níveis baixos ou indetectáveis de replicação viral

Normalização das transaminases

Soroconversão para anti-HBe

23
Q

O que acontece na fase 4 (hepatite crônica HBeAg não reagente) na hepatite B?

A

“Reativação”

Ocorre retorno da replicação viral

Aqui vai ter o anti-HBe presente, pois já foi formado anteriormente

Escape viral: depressão da atividade imunológica do hospedeiro; mutações virais ou em imunodeprimidos

24
Q

O que acontece na fase 5 (HBsAg negativo) da hepatite B?

A

“Resolvida”

Anti HBC IgG reagente

Com ou sem a presença de anti-HBs

25
CASO CLÍNICO Enzimas normais HBsAg reagente Anti-HBC IgG reagente Anti-HBe Reagente O que ele tem e em qual fase? O que fazer? Qual é a conduta?
HBsAg reagente = tem hepatite B Anti HBC IgG reagente = crônica Anti-HBe reagente = já havia uma carga viral alta antes Deve se pedir HBV - DNA quantitativo para carga viral (ver se precisa ou não de tratamento) Infecção crônica HBeAg não reagente (fase 3) - portador inativo CONDUTA: Observar; acompanhar a cada 3-6 meses com exames lab e HBV-DNA
26
CASO CLÍNICO HBsAg reagente Anti-HBC IgG reagente HBeAg reagente O que ele tem? O que fazer? Conduta?
HBsAg reagente = hepatite B Anti-HBC IgG reagente = Já teve antes, crônica HBeAg reagente = alta carga viral Infecção crônica HBeAg reagente (fase I), pois não tem a doença já que sistema imune não ta tentando lutar "imunotolerante" CONDUTA: Observar; acompanhar a cada 3-6 meses com exames lab e HBV-DNA HBeAg reagente > 30 anos = avaliar tratamento; se CV (carga viral) persistente elevada X risco CHC.
27
CASO CLÍNICO Transminases elevadas HBsAg reagente Anti-HBC IgG reagente HBeAg reagente O que ela tem? O que fazer? Conduta?
HBsAg reagente = Hepatite B Anti-HBC IgG reagente = Crônica HBeAg reagente = alta carga viral Transaminases elevada = lesão hepatocelular = corpo reagindo = hepatite Hepatite crônica HBeAg reagente = fase 2 "imunorreativa" Conduta = tem que tratar. Interferon 24 semanas-48 semanas ajuda a eliminar o vírus (minoria responde = faz conversão para Anti-HBe) 1x na semana faz interferon
28
Quais são as contra-indicações para uso de interferon no tratamento de hepatite B? Se contra indicação, faz antiviral
- Consumo atual de álcool e/ou drogas - Cardiopatia grave - Disfunção tireoidiana não controlada - Distúrbios psiquiátricos não tratados - Neoplasia recente - Insuficiência hepática - Antecedente de transplante, exceto hepático - Distúrbios hematológicos: anemia, leucopenia, plaquetopenia - Doença autoimune - Intolerância ao medicamento
29
CASO CLÍNICO ``` Transaminases elevadas HBsAg reagente Anti-HBC IgG reagente HBeAg não reagente Anti-HBe reagente ``` Qual é o diagnóstico? O que fazer? Conduta?
Transaminases elevadas: lesão hepática HBsAg reagente: hepatite B Anti-HBC IgG reagente: crônica HBeAg não reagente: carga viral pode ou não estar alta Anti-HBe reagente: carga viral esteve alta em algum momento Transminases alta indica lesão que indica hepatite e não infecção Hepatite crônica HBeAg não reagente (fase 4) : reativação "mutante" (pois o vírus aprende a se multiplicar mesmo com a presença do anticorpo) CONDUTA: precisa tratar pois senão irá fazer cirrose. Não adianta interferon pois o vírus já aprendeu a reproduzir. Antiviral (entecavir, tenovir). Tempo de tratamento indeterminado. Objetivo: redução da carga viral
30
Quais são as contra-indicações do tenofovir? Se contra-indicado, tratamento é com entecavir
Doença renal crônica Osteoporoses e outras doenças do metabolismo ósseo Terapia antirretroviral com didanosina Cirrose hepática (CI Relativa) Intolerância ao medicamento
31
CASO CLÍNICO HBsAg não reagente Anti-HBC IgG reagente Anti-HBS reagente HBeAg não reagente Anti-HBe reagente ] Qual é o diagnóstico? O que fazer? Conduta?
Anti-HBC IgG reagente = já teve hepatite B Anti-HBS reagente = curou HBeAg não reagente Anti-HBe reagente: Já teve carga viral alta Paciente curou de hepatite B, como já teve contato e foi severa, pode reativar Diagnóstico: imunidade adquirida por contato "infecção resolvida" fase 5 CONDUTA: nada. Não tem o vírus pois HBsAg negativo
32
CASO CLÍNICO HBsAg não reagente Anti-HBS reagente Resto não reagente Diagnóstico e conduta?
FOI VACINADO, pois só tem ANTI-HBS sem ter contato com HBsAg nem formado Anti-HBC IgG Vírus não tem como reativar, pois nunca passou pelo DNA dele
33
Quais são as indicações de tratamento para HBV (hepatite B)? Interferon não tem diferença entre si
HBeAg reagente e ALT >2X LSN (interferon) Adulto com mais de 30 anos com HBeAg reagente (interferon) HBeAg não reagnete, HBV-DNA > 2.000 UI/mL E ALT>2X (não deveria estar multiplicando, mas está) (antiviral) E outros critérios (antiviral): HF de CHC, manifestações extra-hepáticas, artrite, vasculites...
34
Como é feita a prevenção da hepatite B?
Triagem de contatos domiciliares Pré-natal Vacinação (resposta 90 a 95% em adultos imunocompetentes), todas crianças, contatos domiciliares, grupos de risco Imunoglobulina: pós-exposição, RN de mãe HBsAg Aleitamento materno não é contra-indicado Já faz sorologia na 1° consulta pré-natal
35
O que deve se observar na 1° consulta pré-natal se HBsAg +?
Se HBeAg + : risco de transmissão vertical de 80 a 90% Se HBeAg - : risco 2 a 15% No RN: Vai receber vacina (0, 1 e 6 meses) e imunoglobulina até 48 horas Se a carga viral materna for alta: tenofovir 300 mg da 28° a 34° semana gestação pra reduzir carva viral na hora do parto
36
Quais são as características da hepatite D (delta)?
Mais grave Vírus RNA É um vírus defectivo: precisa de ajuda da hepatite B para replicação (não tem hepatite delta sozinha) Endêmica da bacia amazônica 5% dos portadores de HBV tem Hepatite delta
37
Quais são as formas de transmissão da hepatite delta?
Mesmas da HBV: Sexual Parenteral Percutânea Perinatal - rara
38
Quais são as duas formas de apresentação da hepatite delta?
Coinfecção (simultânea HVB HVD) - Aguda/fulminante. Normalmente não evolui para forma crônica Superinfecção: infecção por HVD em portador crônico HBV- Cronicidade em 80%. Evolui para cirrose em 40%
39
Qual é o tratamento da hepatite delta?
Interferon Sorologia é o anti-HVD