Hemorragia Na 2 Metade Flashcards

1
Q

Placenta prévia, qual a sua definição?

A

É a implantação parcial ou total da placenta no segmento inferior do útero

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2
Q

Achado da placenta prévia na USG e a resolução

A

Achado comum na USG entre 16 e 20 semanas. 90% desses achados normalizarão até o termo, devido à teoria da migração placentária (a medida que o corpo uterino vai subindo a placenta acompanha, importante porque o diagnóstico correto é dado após 26 semana

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3
Q

Classificação da placenta prévia

A

 Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo
 Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo
 Parcial: atinge o orifício interno do colo e recobre-o não completamente
 Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo do
útero. É um indicação absoluta de cesariana.

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4
Q

Fatores d risco para placenta prévia

A

 Cesariana prévia —> principal fator de risco: cicatriz uterina
 Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem)
 Multiparidade
 Intervalo interpartal curto
 Tabagismo
 Gemelaridade

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5
Q

Qual o quadro clínico da paciente com placenta prévia?

A

Hemorragia: indolor, de cor vermelho rutilante, intermitente, de intensidade variável, autolimitada e sem causa aparente.

o Sangramento indolor
o Cor vermelho-vivo
o Autolimitado e intermitente
o Final do segundo e início do terceiro trimestre
o Presença de sangramento sentinela

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6
Q

Exame físico da paciente com placenta prévia

A

 Aferição dos sinais vitais da gestante
 Exame obstétrico cuidadoso com:
o Palpação abdominal (frequente achado de apresentação anômala)
o Medida da altura uterina
o Ausculta dos batimentos cardíacos fetais
o Exame especular: para evidenciar a origem e a quantidade do sangramento

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7
Q

Se suspeitar de placenta prévia o que fazer primeiro exame especular ou toque?

A
  • exame especular: para evidenciar a origem e a quantidade do sangramento.
  • O exame de toque NAO deve ser realizado na suspeita de inserção baixa de placenta, até que se tenha conhecimento da exata localização placentária.

pode deslocar a placenta e levar a maiores sangramentos

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8
Q

Tipos de acertos o placentário

A

 Placenta acreta: quando a placenta se adere apenas o miométrio, não promovendo invasão
 Placenta increta: acomete o miométrio
 Placenta percreta: ultrapassa o miométrio e acomete a serosa do útero
podendo invadir até mesmo bexiga ou intestino

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9
Q

RM pode ser feita na gestante?

A

principalmente no final da gestação, em torno de36 semanas, para avallar o grau de invasao na parede uterina, o comprometimento ou nao dos outros orgaos e, assim, programar melhor o parto

principalmente em placentas posteriores, porém os resultados não são superiores aos da USG transvaginal. Ela apresenta a vantagem de não ser examinador dependente, porém a pouca acessibilidade ao exame limite a sua indicação.

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10
Q

Fatores de risco para acretismo placentário

A

 Idade materna avançada: maior que 35 anos
 Mulheres submetidas a cirurgias uterinas – cicatrizes no corpo do útero
 Mulheres que já realizaram curetagem
 Posição da placenta: placenta baixa ou prévia > menor vascularização do
miométrio
 Anormalidades uterinas: miomatose, útero septado ou bicorno

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11
Q

US na placenta prévia

A

o Seguro e simples para o diagnóstico da localização placentária e a sua
posição em relação ao OI do colo do útero
o Via abdominal ou via transvaginal (de maneira cuidadosa, não introduzindo mais do que três centímetros do transdutor na vagina e este não deve atingir o colo)

O ecoddopler obstétrico deve ser realizado para diagnosticar acretismo placentário sempre que uma placenta prévia for diagnosticada e também nos casos de implantação anterior baixa sobre a área de cicatriz de cesáreas anteriores

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12
Q

Tratamento do acrestismo placentário

A

baseia-se no diagnóstico precoce (USG) e planejamento operatório > parto com 36 semanas. Dependendo do grau de acretismo, a histerectomia deve ser indicada: increta e percreta.

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13
Q

Do que depende a conduta da placenta prévia

A

 Vai depender de alguns aspectos:
o Quantidade do sangramento e condição hemodinâmica materna
o Idade gestacional

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14
Q

Conduta da placenta prévia na gestação pré termo

A
  • sem sangramento ativo » conduta expectante
  • abstinênciasexual
  • us o de corticoterapia até 34 semanas » aceleração da maturidade
    pulmonar. Betametasona 12 mg IM ou Dexametasona 10 mg IM
  • suplementação de ferro » evitar anemia
  • constante monitoração dos níveis de hematócrito e hemoglobina
  • gestantes Rh-negativo » uso de imunoglobulina anti-D quando ela
    apresentar sangramento
  • sangramento ativo » avaliar a condição hemodinâmica » só internar se
    excessivo
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15
Q

Conduta da placenta prévia na gestação a termo

A

 o parto deve ser realizado » A via de parto é baseada no julgamento clínico,
auxiliado pela informação ultrassonográfica » placenta prévia marginal de menor grau, com borda fina e apresentação cefálica encaixada, pressionando a borda placentária, o parto vaginal pode ser permitido;
 na placenta prévia centro-total a cesariana é indicação absoluta, devendo ser realizada com programação planejada;
 solicitar exames: - Hematócrito e hemoglobina;
- Tipagem sanguínea ABO Rh
- Coagulograma (a coagulopatia é condição rara)
 gestantes Rh-negativo » uso de imunoglobulina anti-D;
 em todos os casos a disponibilidade imediata de sangue deve ser mandatória.

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16
Q

Diagnóstico diferencial para placenta prévia

A

descolamento prematuro de placenta, rotura uterina, rotura de vasa prévia

17
Q

Definição do descolamento prematuro da placenta

A

É a separação completa ou parcial da placenta normalmente implantada, antes do nascimento do feto, em gravidez acima de 20 semanas.

18
Q

Fatores de risco para DPP

A

 Hipertensão (gestacional, preexistente)
 RPMO
 Cesariana prévia
 Tabagismo
 Idade materna avançada
 Uso de drogas (álcool, cocaína e crack)
 Condições que causem sobredistensão uterina (polihidrãmnio, gestação
gemelar)
 Trauma (automobilístico, trauma abdominal direto)
 DPP em gestação anterior
 Amniocentese, cordocentese

19
Q

Quadro clínico da DPP

A

 Dor abdominal (varia de leve desconforto até dor intensa), associada ou não a sangramento vaginal
 Placenta posterior > dor lombar
 Trabalho de parto > persistência da dor entre as contrações
 Sangramento: hemorragia exteriorizada (vermelho rutilante ou vinhoso),
hemoâmnio, sangramento retroplacentário oculto em 20% dos casos ->
apoplexia útero-placentária ou útero de Courvelaire
 A coagulopatia pode estar presente devido ao consumo dos fatores de
coagulação pelo coágulo passou
 Hipertonia uterina
 Sofrimento fetal: diagnosticado pela cardiotocografia ou ausculta fetal
 Sinais de hipovolemia materna: taquicardia, hipotensão, palidez cutâneo-
mucosa, sudorese e oligúria

20
Q

Exame físico para DPP

A

 ABCDE da reanimação: vias aéreas pérvias, padrões de respiração e circulação
 Sinais vitais: observar a taquicardia e alterações posturais da pressão
 Exame obstétrico: medida da altura uterina, BCF, hipertonia uterina
 Monitoração fetal: padrão não tranquilizador na CTG
 Palpação abdominal: contrações tetânicas

21
Q

Diagnóstico de DPP

A

É eminentemente clínico com anamnese + exame físico: sangramento vaginal, dor abdominal e hipertonia uterina, com história de síndrome hipertensiva, traumatismo abdominal ou outro fator de risco. A sintomatologia gradual se faz em algumas horas, relacionada a área de descolamento placentário e a intensidade da hemorragia oculta.

A ultrassonografia pode mostrar hematoma retroplacentário (20%) e também é importante para diagnóstico diferencial.

22
Q

Classificação da DPP

A

 GRAU 1 – Leve (DPP crônico): sangramento vaginal, ausência de dor ou hipertonia, feto vivo sem sinais de sofrimento
 GRAU 2 – Intermediário: sangramento vaginal, dor e hipertonia, feto vivo em sofrimento
 GRAU 3- Grave&raquo_space; Grau 2 associado a óbito fetal. Subdividida em 3a (sem coagulopatia) e 3B com coagulopatia

23
Q

Conduta do DPP

A

 No grau 1: diagnóstico geralmente é feito no pós-parto, portanto, não houve repercussões maternas ou fetais.

 No grau 2: o parto vaginal é possível se iminente, com feto vivo e mãe estável. O TP deve estar em franco progresso. A amniotomia deve ser realizada para diminui a pressão intrauterina diminuindo também tanto o sangramento quanto a passagem da tromboplastina. Se a evolução do TIP não for rápida e favorável, se houver instabilidade materna ou sofrimento fetal procedemos com cesárea.

 No grau 3: o parto vaginal é aconselhável. Deve-se adotar os mesmos cuidados de monitoração hemodinâmica e coagulação materna.

24
Q

Quais exames devem ser solicitamos para a gestante com diagnóstico de DPP?

A

hemograma completo, tipagem sanguínea ABO Rh, coagulograma, exames de rotina para doença hipertensiva se apropriado.

25
Ruptura uterina, definição
Complicação grave em obstetrícia sendo uma importante causa de morbimortalidade materna.
26
Classificação da rótula uterina
É classificada em completa quando há total rotura da parede uterina, sendo uma urgência obstétrica, levando a risco de vida tanto da mãe quanto do feto incompleta, onde o peritônio visceral permanece intacto, geralmente não é complicada, podendo permanecer assintomática após um parto vaginal.
27
Fatores de risco para rotura uterina
 cicatriz uterina (cesariana)  curetagem uterina com perfuração  miomectomia  acretismo placentário  trauma abdominal  anomalias uterinas  hiperdistensão uterina  uso inapropriado de ocitocina.
28
Quadro clínico do paciente com rotura uterina
• Deterioração do padrão dos batimentos cardíacos fetais; • Gestante queixa de dor aguda, de forte intensidade; • Sangramento vaginal; • Parada das contrações; • Subida da apresentação ao toque vaginal » “útero em ampulheta”; • Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno; • Taquicardia importante e hipotensão grave.
29
Conduta em casos de rotura uterina
• Estabilidade hemodinâmica: ABCDE da reanimação: vias aéreas pérvias – fornecer O2 em máscara, puncionar dois acessos venosos calibrosos com SF a 0,9% • Laparotomia imediatamente com anestesia geral