GIN 2 - Oncologia I (mama e ovário) Flashcards

1
Q

Causas de mastalgia cíclica X acíclica
e condutas

A

Cíclica: fase lútea e bilateral
- AFBM: mastalgia + adensamento + cistos
Se grave, usar tamoxifeno
(vitamina E sem evidências)

Acíclica: mastite, abscesso, esteatonecrose

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2
Q

Eczema areolar X Doença de Paget

A

Eczema areolar: BENIGNO
- Descamação bilateral pruriginosa
- Não destrói papila
- Melhora com CTC

Paget: MALIGNO
- Descamação unilateral
- Destrói papila
- Não responde a CTC
- Biopsiar

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3
Q

3 tipos de derrames papilares e seu significado

A

Lácteo → Hiperprolactinemia

Multicolor (verde/amarelo/marrom) → AFBM, ectasia ductal (dilatação dos ductos)

Sanguinolento → PAPILOMA INTRADUCTAL ou Câncer. Na gestação, é fisiológico!

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4
Q

Quando investigar um derrame papilar? E qual a conduta?

A

Espontâneo
Uniductal
Unilateral
Água de rocha, sanguinolento

CONDUTA: ressecar ducto + HP

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5
Q

Sinais de nódulo maligno no USG

A

Misto, heterogêneo
Mal delimitado
Sombra acústica

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6
Q

Sinais sugestivos de malignidade na PAAF e conduta

A
  • > 2 recidivas
  • Sanguinolento
  • Massa residual
  • Nódulo sólido

Conduta → MMG / USG / BX

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6
Q

Sinais sugestivos de benigidade na PAAF e conduta

A
  • Amarelo esverdeado
  • Desaparece após PAAF
    Conduta → Complementar com imagem
    < 40 anos = USG
    > 40 anos = MMG
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7
Q

Paciente com nódulo palpável, qual a primeira conduta?

A

PAAF

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8
Q

Quando que a PAAF é terapêutica?

A

Macrocisto sintomático

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9
Q

Indicações de USG X RNM

A

Indicações de USG: BIRADS-0, sólido x cístico, avaliação de nódulo em jovem e gestante

Indicações de RNM (↑ sensibilidade para mama): múltiplas cirurgias, BIRADS-0, jovens de ↑ risco
- Desvantagens da RNM: Não mostra lesões < 2mm ou microcalcificação

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10
Q

Fatores de risco para câncer de mama (risco usual e alto risco)

A

Risco usual:
* Ser mulher!
* Idade > 40 anos
* História familiar (1º grau → mãe, irmã)
* Nuliparidade / Menacme longo

Alto risco
* Mutação BRCA 1 e 2
* Hiperplasias atípicas
* Ca in situ

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11
Q

Rastreio com mamografia (MS x FEBRASGO)
- Se tem parente de 1º grau com Ca
- Se tem mutações BRCA

A

MS: bienal 50-69 anos
FEBRASGO: Anual a partir dos 40

Se tem parente de 1º grau → Iniciar rastreamento 10 anos antes do diagnóstico do parente

Mutações BRCA 1 ou 2 → Rastrear a partir dos 30 anos

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12
Q

CLASSIFICAÇÃO BI-RADS E CONDUTA

A

BI-RADS 0: Inconclusiva (ex.: densa) = USG / RNM

BI-RADS 1: Nenhuma alteração = Repetir de acordo com a idade

BI-RADS 2: Alterações benignas
(calcificação, prótese de silicone) = Repetir de acordo com idade

BI-RADS 3: Provável benigna = Repetir em 6 meses

BI-RADS 4/5: Suspeita / Altamente suspeita
(espiculado, microcalcificação agrupada) = Biópsia para histopatológico

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13
Q

Local mais comumente acometido no Ca de mama?

A

Quadrante superior externo/lateral (↑ tecido mamário)

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14
Q

Como realizar histopatológico em
- Nódulo
- Microcalcificações
- Tumor grande
- Tumor pequeno

A

Nódulo = core biopsy com agulha grossa
Microcalcificações = mamotomia
Tumor grande: = bx incisional
Tumor pequeno = bx excisional

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15
Q

Lesões benignas da mama (4)

A

Fibroadenoma: sólida + comum!
- Paciente jovem
- Retirar se grande (> 3,5 cm) ou após 35 anos
- Se calcificado → tipo “pipoca”

Tumor Filodes: Crescimento rápido

Esteatonecrose: Nódulo após trauma

AFBM: Adensamento + Cisto + Mastalgia cíclica

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16
Q

Lesões malignas da mama (carcinomas)

A

↑ Risco: Ductal / lobular in situ e Hiperplasia atípica

Ductal infiltrante: invasor + comum! (tipo não especial)

Lobular infiltrante: tendência a bilateralidade

Ca inflamatório: localmente avançado, casca de laranja

Paget: Faz DDX com eczema. Destrói papila.

17
Q

Imunohistoquímica do ca de mama

A

Luminal A: RH + / HER2 - / Ki67 < 14% = bom prognóstico

Mau prognóstico: Todos com RH -
Luminal B: RH - / HER 2 - / Ki67 > 14%
Triplo negativo
HER2+

18
Q

O que significa o Ki-67?
O que significa ter RH negativo?

A

Altos níveis de Ki-67 (fator de proliferação tumoral) indicam ↑ chances de recidiva

Quando a mama perde o receptor, quer dizer que ela já foi tão alterada que não responde à hormônio

19
Q

TRATAMENTO: Cirurgia na mama (conservadora x radical)

A

Conservadora → Tumor < 20% da mama ou in situ
- Setorectomia (poupa pele)
- Quadrantectomia (tira pele junto)
*** Obrigatório fazer RT no pós-operatório

Radical = Mastectomia

20
Q

TRATAMENTO: Linfadenectomia

A

Sempre que for câncer, precisa fazer esvaziamento!
* Linfonodo axilar palpável → Esvaziamento radical (Complic: Escápula alada)

  • Linfonodo não palpável → BLS → Se negativo → Esvaziamento conservador
21
Q

TRATAMENTO: QT adjuvante

A

Indicações:
* Tumores > 1 cm
* Linfonodo +
* HER2 +
* RH -

QT neoadjuvante:
Antes da cirurgia para ↓ tumor!
(Ca localmente avançado ou prognóstico ruim)

22
Q

TRATAMENTO: RT adjuvante

A
  • Cirurgia conservadora (tumores pequenos)
  • Tumores > 4 cm
23
Q

TRATAMENTO: Hormonioterapia

A

Quando RE +
- Tamoxifeno (jovem) OU
- inibidor aromatase (pós-menopausa)

24
Q

TRATAMENTO: Terapia alvo dirigida

A

Superexpressão de HER2 (pior prognóstico) → Trastuzumabe

25
Q

Ca de mama na gestação:
- BLS
- Pode operar?
- Pode fazer RT ou QT?

A
  • Durante a gestação até 1 ano após o parto
  • Pode fazer linfonodo sentinela com tecnécio (não pode fazer corante azul patente)
  • Limitação para cirurgia conservadora (não pode fazer RT no 1º trimestre)
  • Pode fazer quimioterapia!
26
Q

Ca de ovário: fatores de PROTEÇÃO (4)

A

Amamentação
ACO****
Salpingooforectomia profilática (se BRCA)
Laqueadura tubária

27
Q

Ca ovário: Como é feita a SUSPEITA e o DIAGNÓSTICO

A

Suspeita: clínica + USTV
Confirmação: HP

28
Q

Mnemônico SUSPEITA para lesões de risco

A

S Sólida
U USG doppler ↓ IR (< 0,4)
S Septada (espesso)
P Papilas (especialmente > 4)
E Espessamento de parede
I Irregular
T Tamanho > 8 ou 10cm
A Ascite / Antes e Após menacne

29
Q

O CA-125 pode ser usado no diagnóstico de Ca de ovário?

A

NÃO!
É um marcador epitelial inespecífico (DIP, mioma, gestação), que pode estar normal no início do câncer de ovário. É utilizado no seguimento pós-tratamento!

30
Q

Tumores benignos NÃO NEOPLÁSICOS de ovário

A
  • Cistos funcionais (folicular / corpo lúteo)
  • Endometriomas
  • Abscesso
31
Q

Tumores benignos NEOPLÁSICOS de ovário

A
  • Teratoma benigno (↑ risco de torção)
  • Cistoadenoma
  • Fibromas → Síndrome de Meigs:
    Tumor ovariano benigno + ascite + derrame pleural
32
Q

Características do cisto folicular

A
  • 1º mais comum
  • Regressão espontânea
  • Prevenção de novos cistos com ACO
33
Q

Características do corpo lúteo hemorrágico

A
  • 2º mais comum
  • Paciente com sangramento
  • USG: Sangue no folículo
  • Doppler: Halo/anel de fogo
  • Analgesia + Expectante
  • Hemorragia intensa e instabilidade → Cirurgia
34
Q

Clínica e conduta da torção anexial

A

Paciente em MAC + Dor em fossa ilíaca + massa palpável (+ comum FID) → LAPAROSCOPIA

35
Q

Conduta geral para tumores benignos do ovário

A

OoforoPLASTIA (preservação do ovário)

36
Q

Tumores malignos do ovário (4)

A

Epiteliais:
- Adenocarcinoma seroso → MAIS COMUM DE TODOS
- Adenocarcinoma mucinoso: associado ao pseudomixoma peritoneal
- Células claras: pior prognóstico

Germinativos (adolescentes)
- Disgerminoma: germinativo maligno + comum / ↑ BCG

Cordão sexual
- Androblastoma → produtor de androgênio (virilização)

Tumor de Krukenberg
- Metástase TGI no ovário (células em anel de sinete)

37
Q

Tratamento dos tumores malignos de ovário

A

Laparotomia para diagnóstico, estadiamento e tratamento

1º passo: lavado + inventário da cavidade + excisão tumor principal + biópsia de congelamento

2º passo: Se maligno → Completar estadiamento: Biópsias peritoneais, Histerectomia total + Salpingooforectomia bilateral, Omentectomia infracólica, Ressecção implantes e linfonodos pélvicos + para-aórticos

38
Q

Paciente com Ca de ovário com desejo de gestar

A

Se for paciente jovem com desejo de gestar e o tumor for restrito ao ovário (1A) ou germinativo maligno, podemos fazer apenas Salpingo-ooforectomia unilateral. Após gestação repensar finalizar estadiamento cirúrgico.

39
Q

Indicação de salpingectomia redutora de risco

A

Mulheres com prole definida e risco habitual de desenvolverem câncer de ovário podem fazer salpingectomia redutora de risco quando submetidas a cirurgias abdominais/pélvicas.

40
Q

Quando realizar QT adjuvante?

A

TODAS AS PACIENTES, EXCETO:
* 1A
* 1B (bilateral)
* Moderadamente diferenciado (G2)
* Bem diferenciado (G1)