Flash facts - Epidemiologia Analítica e Aplicada a clínica. Flashcards
Define a capacidade que um teste tem de detectar os verdadeiros positivos nos indivíduos verdadeiramente doentes:
a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo
A sensibilidade
Define a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiros negativos nos indivíduos verdadeiramente sadios:
a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo
A especificidade
Define a proporção de indivíduos verdadeiramente positivos em relação aos diagnosticados positivos pelo teste:
a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo
Valor Preditivo Positivo
A curva ROC (Receiver Operator Characteristic) é a forma de representar a relação entre a:
sensibilidade (eixo vertical-ordenadas) e a especificidade (eixo horizontal-abscissas) de um teste diagnóstico.
O que acontece com a sensibilidade de um teste quando reduzimos o seu ponto de corte?
Gera um aumento na sensibilidade do teste (e também uma redução da especificidade).
Se diminuirmos o ponto de corte da glicemia de jejum para 90 mg/dl, o que ocorrerá?
Praticamente todos os verdadeiro-positivos serão detectados no exame. Muito provavelmente não passará nenhum paciente diabético pelo exame sem que o mesmo apresente resultado positivo.
Corresponde ao valor exatamente central de uma sequência numérica:
a) Mediana
b) Média
c) Moda
Mediana
Corresponde à média aritmética dos valores da sequência numérica, ou seja, ao somatório de todos os valores dividido pelo número de valores na sequência:
a) Mediana
b) Média
c) Moda
Média
Corresponde ao valor que mais se repete em uma sequência numérica:
a) Mediana
b) Média
c) Moda
Moda
O Odds Ratio (ou razão de chances ou razão dos produtos cruzados) responde a seguinte pergunta:
“quantas vezes mais chances os indivíduos expostos têm de vir a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?”
Qual a fórmula do OR?
(axd)/(bxc).
Os valores preditivos de um teste diagnóstico dependem, essencialmente, de três fatores:
- sensibilidade;
- especificidade;
- prevalência da doença.
“quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos virem a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?” é o Risco________.
Risco Relativo (RR)
Risco Relativo (RR):
O que é?
corresponde à razão entre os riscos ou incidências cumulativas dos indivíduos expostos e a dos não expostos.
(é uma medida de associação, também conhecida por razão de riscos)
Se RR < 1:
- existirá a possibilidade de o fator ser de proteção, já que a exposição ao mesmo diminui o risco de surgimento do efeito.
Se RR = 1
- identificaremos que o estudo não apresentou relação de associação entre fator e efeito.
Se RR > 1:
- existirá a possibilidade de o fator
ser de risco, já que a exposição ao mesmo
aumentou o risco de surgimento do efeito.
Probabilidade Pré-teste
Definição:
Probabilidade de o indivíduo ter a doença antes da realização do teste diagnóstico.
Especificidade
Definição:
É a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiro-negativos nos indivíduos verdadeiramente sadios (Ou seja, mede a probabilidade de um teste dar negativo na ausência de doença).
Quando um teste é específico, raramente cometerá
o erro de dizer que os não doentes (sadios) são doentes (baixo índice de falso-positivos).
Mas está sujeito a encontrar falso-negativos, ou seja, indivíduos com teste negativo, mas que apresentam a doença.
Quando um teste é específico, raramente cometerá
o erro de dizer que os não doentes (sadios)
são doentes (baixo índice de falso-positivos).
Mas está sujeito a encontrar……………………….
falso-negativos (ou seja, indivíduos com teste negativo, mas que apresentam a doença).
Utilizamos um teste mais específico possível quando:
- Quando queremos confirmar uma doença.
- A doença é importante, mas difícil de tratar
ou incurável; - Quando o fato de saber que não se tem a doença tem importância sanitária e psicológica.
- Quando os resultados falso-positivos podem provocar traumas psicológicos, econômicos ou sociais.
Especificidade
Cálculo:
Especificidade………………..= d/(b+d) = VN/(VN+FP)
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011 HOSPITAL CENTRAL DA POLÍCIA MILITAR – HCPM
É desejável que um teste diagnóstico seja simultaneamente altamente sensível e altamente
específico. Contudo, geralmente, isso não é
possível, havendo um contrabalanço entre
sensibilidade e especificidade. A Especificidade
do teste deve ser priorizada sobre a sensibilidade
quando o objetivo do teste é realizar:
a) O rastreamento de doadores de sangue.
b) O diagnóstico de sífilis na gestante.
c) O rastreamento do câncer de colo do útero.
d) A seleção de pacientes que serão submetidos a um segundo teste.
e) A confirmação diagnóstica de uma doença letal e incurável.
Resposta letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009 CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO
A escolha de um teste diagnóstico de uma doença considerada estigmatizante e cujo tratamento
envolve o uso de drogas com intensos efeitos adversos deverá levar em consideração o seguinte parâmetro:
a) Poucos falso-negativos.
b) Alta sensibilidade.
c) Alta especificidade.
d) Baixa sensibilidade.
e) Poucos verdadeiro-positivos.
Para a situação da questão devemos utilizar os testes altamente específicos, pois são os possuem poucos resultados falso-positivos, ou seja, pouca chance de tratar e levar à efeitos colaterais em quem não tem a doença.
Resposta letra C.
V ou F?
A sensibilidade e a especificidade do teste não são
influenciadas pela prevalência.
VERDADEIRO
Sensibilidade
Definição:
É a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiro-positivos nos indivíduos verdadeiramente doentes. (Ou seja, expressa a probabilidade de um teste ser positivo na presença de doença).
Quando um teste é sensível, raramente deixa de
encontrar pessoas com a doença (baixo índice
de falso-negativos). Mas está sujeito a encontrar
falso-positivos, ou seja, indivíduos com teste
positivo, mas que não apresentam a doença.
Sensibilidade
Quando um teste é sensível, raramente deixa de
encontrar pessoas com a doença (baixo índice
de falso-negativos). Mas está sujeito a encontrar
…………………….
falso-positivos (ou seja, indivíduos com teste
positivo, mas que não apresentam a doença.)
Quando escolher um teste sensível?
- Em triagens diagnósticas
- A doença é muito grave (e não pode passar despercebida);
- A doença é tratável (existe chance de cura);
- Os resultados errados (falsos) não provocam
traumas psicológico, econômico ou social para
o indivíduo; - Triagem em bancos de sangue;
- Outras triagens diagnósticas.
Sensibilidade
Cálculo:
Sensibilidade…………………= a/(a+c) = VP/(VP+FN)
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017 UERJ
Para o rastreamento de uma doença, na atenção
primária à saúde, deve-se utilizar um teste
diagnóstico com:
a) Alta sensibilidade.
b) Alta especificidade.
c) Valor preditivo negativo.
d) Razão de verossimilhança < 1.
Para rastreamento ou triagem, precisamos de um exame muito sensível, pois é um exame que contém poucos falso-negativos.
Resposta letra A.
Valor Preditivo
Definição:
É o valor preditivo do teste, ou seja, sua capacidade
de predizer a doença ou a ausência dela, a
partir de seus resultados positivos e negativos, respectivamente. Sendo assim, o valor preditivo pode ser positivo ou negativo. As suas interpretações podem ser obtidas nas seguintes perguntas:
Se o valor preditivo expressa a probabilidade
pós-teste, quem é a probabilidade pré-teste?
A probabilidade pré-teste é a própria prevalência da doença ou agravo, pois representa a probabilidade de ter a doença antes do resultado do exame ser conhecido, antes da aplicação do teste.
Dado que o teste diagnóstico foi negativo, qual
é a probabilidade de não se ter a doença?
Corresponde a qual VP?
– VALOR PREDITIVO NEGATIVO.
Dado que o teste diagnóstico foi positivo, qual
é a probabilidade de se ter a doença?
Corresponde a qual VP?
‒ VALOR PREDITIVO POSITIVO.
Maior prevalência ………………….. o VPP e …………..
VPN
maior; menor
Menor prevalência ……………… o VPP e …………………
o VPN
menor; maior
Valor Preditivo Positivo
Definição:
proporção de indivíduos verdadeiramente positivos (doentes), entre aqueles com diagnóstico positivo
realizado pelo teste. Observe que o teste já foi aplicado. Então, o VPP mede a probabilidade de ter a doença dado que o teste foi positivo.
ou
Probabilidade pós-teste positiva (ter a doença confirmada pelo teste) é o valor preditivo positivo;
Valor Preditivo Positivo
Cálculo:
Valor Preditivo Positivo…..= a/(a+b) = VP/(VP+FP)
Valor Preditivo Negativo
O que significa?
proporção de indivíduos verdadeiramente negativos (não doentes), entre aqueles com diagnóstico negativo realizado pelo teste. Aqui o teste também já foi aplicado. O que queremos saber (e o que o VPN nos indica) é qual a probabilidade de NÃO ter a doença, dado que o resultado do teste foi negativo.
ou
Probabilidade pós-teste negativa (ter a doença afastada pelo teste) é o valor preditivo negativo;
<strong>Valor Preditivo Negativo</strong>
Cálculos:
d/(c+d) ou VN/(VN+FN)
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
Depois de ouvir a queixa, a história, os antecedentes
pessoais e familiares de um paciente, e
também fazer o exame físico, você estima que
a probabilidade de que ele tenha certa doença
grave é de 50%. Você solicita um exame laboratorial
com sensibilidade e especificidade de
95% para o diagnóstico dessa doença grave.
Se esse exame apresentar resultado positivo,
qual a probabilidade (em porcentagem) de
que ele seja portador daquela doença grave?
A questão solicita qual a probabilidade (em
porcentagem) de que o paciente seja portador
daquela doença grave, dado que o exame
apresente um resultado positivo. Ora, esse é
o conceito do VALOR PREDITIVO POSITIVO
(VPP), que expressa a probabilidade de um
paciente com o teste positivo ter a doença.
Para responder à questão, acompanhe a tabela
a seguir que foi elaborada com dados hipotéticos,
de modo a permitir o cálculo dos atributos
do teste de diagnóstico. Suponhamos uma população de 200 pessoas. A PREVALÊNCIA do
agravo, bem como a SENSIBILIDADE e a ESPECIFICIDADE do teste utilizado foram dadas,
com valores de 50%, 95% e 95%, respectivamente,
permitindo o conhecimento de todos os valores (também hipotéticos) das caselas. Conforme verificamos, a questão pede o VPP
= 95/100 = 95%.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008 ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ – ESPCE
A probabilidade pós-teste positivo é igual à (ao):
a) sensibilidade.
b) especificidade.
c) valor preditivo positivo.
d) valor preditivo negativo.
e) N.R.A.
Resposta: valor preditivo positivo, alternativa C.
Acurácia
Definição:
É a proporção de acertos de um teste, ou seja, o total (somatório) de VERDADEIRO-POSITIVOS E VERDADEIRO-NEGATIVOS em relação à amostra estudada.
Desejaremos uma elevada acurácia do teste
quando:
- A doença é importante, mas curável.
- Há possibilidade de consequências graves na identificação de falso-positivos e falso-negativos.
Acurácia
Cálculo:
(a+d)/N = (VP+VN)/N
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Seguia o curso de férias de epidemiologia clínica
para internos e, naquela tarde, a aula versava
sobre a importância dos testes diagnósticos
na prática médica. Vários conceitos teóricos
estavam sendo inculcados e, pouco antes do
intervalo, o professor projetou na tela a frase
“proporção de todos os resultados de um teste,
tanto positivos quanto negativos, que estejam
corretos ”, que bem exprime o conceito de:
a) Acurácia.
b) Magnitude.
c) Abrangência.
d) Valor preditivo.
Questão muito simples, pois a frase proferida pelo professor: “PROPORÇÃO DE TODOS OS RESULTADOS DE UM TESTE, TANTO POSITIVOS QUANTO NEGATIVOS, QUE ESTEJAM CORRETOS”, refere-se ao conceito de ACURÁCIA, que mede os ACERTOS DE UM TESTE, portanto, a alternativa “A” é a CORRETA.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Em um estudo de prevalência de amebíase
realizado no interior de Minas Gerais foi testada
uma técnica para diagnóstico laboratorial
desta parasitose. A técnica foi utilizada em 103
crianças com diagnóstico clínico de amebíase
e em 96 crianças que viviam nos mesmos
domicílios dos casos, porém sem sinais ou
sintomas clínicos de parasitose. Vinte crianças
com diagnóstico clínico de amebíase e quinze das crianças sem qualquer sintoma tiveram resultado positivo ao teste. A sensibilidade e especificidade do teste diagnóstico foram respectivamente:
a) 19,4% e 84,3%.
b) 57,1% e 19,4%.
c) 57,1% e 49,4%.
d) 84,3% e 19,4%.
e) 84,3% e 49,4%.
Organizando a tabela com os dados do teste, temos:
Realizando os cálculos:
Sensibilidade = 20/103 = 19,4%
Especificidade = 81/96 = 84,3%
Resposta letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA – UFSC
Você quer diagnosticar febre (temperatura igual
ou superior 37,8 graus) e está usando um termômetro
que, por um defeito, sempre marca
37,8 graus ou mais, indicando corretamente
as temperaturas acima desta. Assinale a alternativa
correta:
a) A sensibilidade deste termômetro é zero e a especificidade também é zero.
b) A sensibilidade deste termômetro é de zero e a especificidade é 100%.
c) A sensibilidade deste termômetro é de 50% e a especificidade é 50%.
d) A sensibilidade deste termômetro é de 75% e a especificidade é 25%.
e) A sensibilidade deste termômetro é de 100% e a especificidade é zero.
O termômetro vai indicar que todo mundo tem febre. Desta forma o termômetro só vai conseguir pegar os positivos, tanto verdadeiros, quanto falso-positivos. Agora, por outro lado, o termômetro não vai conseguir pegar ninguém sem febre, pois ele marca que todos têm febre, ou seja, não consegue nenhum negativo, tanto verdadeiros, quanto falso-negativos.
Desta forma teremos:
Sensibilidade = VP/(VP+FN), neste caso VP / (VP + 0) = VP /VP = 1 = 100%.
Especificidade VN/(VN+FP), neste caso 0 / (0 + FP) = 0 / FP = 0%.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Quatrocentos e cinquenta e três pacientes consecutivos
com diabetes mellitus participaram
de um estudo a fim de validar um novo teste
para detectar hipoglicemia. Foram obtidos 2
ml de sangue de cada paciente. Uma gota de
sangue foi colocada em uma tira e o nível de
glicose plasmática medido em um glicosímetro.
No restante da amostra foi realizada dosagem
comparativa de glicose plasmática pelo
método da glicose oxidase. A hipoglicemia foi
definida como glicose plasmática < 45 mg/dl.
Dos 392 pacientes que completaram o estudo
e foram incluídos na análise, trinta e oito (9,7%) foram considerados hipoglicêmicos pelo glicosímetro, mas apenas 25 (6,4%) pelo método laboratorial. O valor preditivo positivo do glicosímetro foi 65,8% e o negativo 99,7%.
A sensibilidade e a especificidade do glicosímetro
são, respectivamente:
a) 96,2 % e 96,4%.
b) 6,4 % e 3,3 %.
c) 64,2 % e 33,4 %.
d) 65,8 % e 99,7 %.
Vamos montar a tabela para a questão ficar
mais fácil:
VPP = 65,8% 65,8% de 38 pacientes positivos
são VP, então temos: VP = 25.
VPN = 99,7% 99,7% de 354 pacientes
negativos são VN, então temos:
VN = 353.
Vamos completar a tabela:
Agora podemos achar a resposta:
Sensibilidade = 25/26 = 0,962 = 96,2%
Especificidade = 353/366 = 0,964 = 96,4%
Resposta letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Na entrevista, foi submetido a um questionário
padronizado (CAGE) no teste de triagem de
alcoolismo, cuja sigla é formada pelas iniciais
em inglês de palavras-chave das seguintes perguntas:
Alguma vez o senhor sentiu que deveria
diminuir (Cut Down) a quantidade de bebida? /
As pessoas o aborrecem (Annoyed) com as
críticas que fazem? / O senhor se sente culpado
(Guilty) pela bebida? / O senhor costuma
beber pela manhã (Eye-opener) para diminuir
o nervosismo? Uma metanálise avaliou
a utilização do CAGE para detectar abuso e
dependência de álcool no nível da atenção
primária, sendo estimadas sensibilidade de
43% e 94% e especificidade de 70% e 97%,
respectivamente, para duas ou mais respostas
positivas. Isso significa que:
a) O número de respostas positivas influencia
negativamente as características intrínsecas
do teste.
b) 70 % dos que respondem positivamente a
três perguntas são dependentes do uso de
álcool.
c) 43 % dos que respondem positivamente a
três perguntas não são dependentes do uso
de álcool.
d) Se o paciente responder positivamente a
somente uma pergunta, ele tem a probabilidade
de 6% de ser dependente do álcool.
Vamos analisar as informações antes de
responder a questão:
Temos: abuso sensibilidade de 43% e
especificidade de 70%
dependência sensibilidade de 94%
e especificidade de 97%
Como as alternativas são sobre a dependência,
vamos criar a tabela de validação dos
testes diagnósticos para a resposta:
Letra A: incorreta, pois quanto mais respostas
positivas, mais influência positiva o teste terá
(aumentará os números de positivos, aumentando
a sensibilidade);
Letra B: incorreta, pois 94% dos que respondem
duas ou mais perguntas positivamente
são dependentes;
Letra C: incorreta, pois 3% dos que respondem
duas ou mais perguntas positivamente não
são dependentes;
Letra D: correta, pois 6% dos pacientes que
respondem positivamente a uma pergunta
serão dependentes do álcool.
Resposta letra D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÂNIA – UFG
Durante um inquérito sorológico para a avaliação
de infecção pregressa pelo vírus da
dengue, foi perguntado aos participantes se
eles já haviam adquirido a doença anteriormente.
As respostas foram comparadas com
o padrão-ouro para a detecção de infecção
prévia, conforme mostra a tabela a seguir.
De acordo com os dados apresentados
a) A sensibilidade da resposta foi de 39,4%.
b) A especificidade da resposta teste foi de
29,1%.
c) O valor preditivo positivo da resposta foi de
87,5%.
d) O valor preditivo negativo da resposta foi
de 70,7%.
Vamos às alternativas:
Letra A: a sensibilidade = 350 / 1200 = 0,29 =
29%. Alternativa incorreta;
Letra B: a especificidade = 120 / 170 = 0,70 =
70%. Alternativa incorreta;
Letra C: o VPP = 350 / 400 = 0,875 = 87,5%.
Alternativa correta;
Letra D: o VPN = 120 / 970 = 0,12 = 12%. Alternativa
incorreta.
Resposta letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO – UFPE
Com o objetivo de identificar fatores clínicos,
bioquímicos e ultrassonográficos preditivos de
coledocolitíase, no período pré-operatório, de
doentes portadores de litíase vesicular, Campos
et al. estudaram prospectivamente 148
doentes com diagnóstico ultrassonográfico
de litíase vesicular, submetidos à colecistectomia
eletiva, internados no Departamento de
Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).
Todos os doentes foram submetidos a colangiografia
(padrão-ouro), pré ou intraoperatória,
que detectou uma prevalência de 15,54% de
coledocolitíase. Em relação a um fator estudado
“icterícia na internação”, verificou-se que
em 136 pacientes este sinal estava ausente.
Onze pacientes apresentaram “icterícia na
internação” e tiveram diagnóstico de coledocolitíase.
Considerando os dados do estudo
e sabendo-se que houve uma associação entre
“icterícia na internação” e coledocolitíase
(p < 0,05), é correto afirmar que:
a) A ausência de “icterícia na internação” é um
critério válido para descartar o diagnóstico de
coledocolitíase.
b) A sensibilidade do sinal “icterícia na internação”
é de aproximadamente 92%.
c) A acurácia do sinal “icterícia na internação”
para detecção de coledocolitíase é de aproximadamente
91%.
d) Em 4 indivíduos sem coledocolitíase, o sinal
“icterícia na internação” estava presente.
Vamos montar a tabela de validação dos testes
diagnósticos:
Prevalência de coledocolitíase = 15,54%, ou seja, de 148 pessoas com colelitíase, 23 apresentavam
coledocolitíase.
Letra A: incorreta, pois o critério icterícia propicia
muitos falso-negativos, fazendo com que
a sensibilidade do exame seja baixa (47,8%);
Letra B: incorreta, pois a sensibilidade foi de
47,8%;
Letra C: correta, pois a acurácia = (11 + 124)
/ 148 = 91,21%;
Letra D: incorreta, pois em apenas um aconteceu
esse fato.
Resposta letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO
DA USP
Considere que um teste diagnóstico com sensibilidade
de 90% e especificidade de 80% será
utilizado no rastreamento de uma doença em
duas populações distintas. Sabe-se que na população
A a taxa de prevalência da doença é
de 5% e na população B, de 10%. Pode-se afirmar
que o valor preditivo positivo do teste seja:
a) Maior na população B.
b) Maior na população A.
c) O mesmo nas duas populações.
d) Igual à sensibilidade, nas duas populações.
Trata-se de uma questão conceitual. Sabemos
que a sensibilidade (capacidade que o teste tem de encontrar resultados positivos
dentre os verdadeiro-positivos) e a especificidade
(capacidade que o teste tem de encontrar
resultados negativos dentre os verdadeiro-
-negativos) são características inerentes de
cada teste e não variam com a prevalência
das doenças. Já os valores preditivos, tanto o
positivo quanto o negativo (também chamados
de probabilidade pós-teste), variam de acordo
com a prevalência. Em uma população que
existe maior prevalência de uma doença, a
chance do resultado positivo ser verdadeiro-
-positivo é maior quando comparado com
outra população de prevalência menor. É
aquele velho exemplo: em um convento, a
chance de um resultado anti-HIV positivo é
muito pequeno; entretanto, quando aplicado
em usuários de drogas endovenosas, a chance
de um resultado positivo aumenta. Portanto,
ao aplicar o teste em uma população com
prevalência de 5 % e em outra com prevalência
de 10%, o valor preditivo positivo será
maior na população com maior prevalência da
doença. Resposta letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO – UFES
Em ciências, não existem certezas, mas sim
probabilidades. A conclusão científica depende
do deslocamento da observação dentro de
um contínuo de probabilidade, caminhando-se
em direção à probabilidade de 100%, o que
confirma a existência da condição sob estudo,
ou em direção à probabilidade zero, o que
descarta tal condição. Em pesquisas clínicas
e epidemiológicas, esse deslocamento é obtido
por meio dos testes diagnósticos. Para a
correta interpretação do resultado dos testes
diagnósticos, é preciso conhecer sua sensibilidade,
especificidade e valores preditivos.
Assinale a alternativa correta:
a) A sensibilidade reflete o percentual de recursos
positivos corretamente detectados pelo
teste e, quanto maior, melhor para confirmar
a presença da condição.
b) A especificidade reflete o percentual de resultados
negativos corretamente detectados pelo
teste, e quando maior, melhor para confirmar
a presença da condição.
c) O valor preditivo negativo é tanto maior
quanto maior for a prevalência da condição
na população sob estudo.
d) O valor preditivo positivo tem valores maiores
naqueles casos em que a probabilidade
pré-teste é baixa.
e) O valor preditivo positivo é diretamente proporcional
à sensibilidade do teste, contribuindo
para os eu valor diagnóstico.
Na opção A, o autor coloca o conceito de
valor preditivo positivo e não de sensibilidade.
Opção B correta: mais específico, menos falso-
-positivo (confio muito no resultado positivo do
teste específico e posso confirmar a doença).
Por outro lado, sabemos que a prevalência
(pré-teste) influi no valor preditivo (pós-teste).
Se a prevalência é alta, temos mais doentes
e a chance de um teste positivo confirmar a doença (VP+) é maior, item D incorreto. O inverso
serve para o (VP -), item C incorreto. Por
último, quanto mais sensível um teste, melhor
seu (VP-), e não (VP+) como está na opção E.
O raciocínio é: se o teste detecta o máximo de
doentes, quando ele chega às minhas mãos
negativo, maior a chance de o paciente não
ter a doença.
Resposta letra B.
Curva ROC
O que significa?
Receiver Operator Characteristic ou curva ROC é a forma de representar a relação entre a sensibilidade e a especificidade de um teste diagnóstico. Para ser construída é criado um diagrama que representa a sensibilidade e a especificidade de teste. Veja o exemplo da figura a seguir para entender melhor.
Observe a figura.
Qual é o teste de maior acurácia, o teste A ou B?
O teste A, pois possibilita maior valor de sensibilidade
para um maior valor de especificidade (ponto 1).
Outra maneira de definir o teste com maior acurácia é através da área sob a curva.
O teste com maior área sob a curva é o teste
com maior acurácia.
• No ponto dois, o teste A tem uma baixa especificidade
e uma grande sensibilidade.
• No ponto três, o teste A tem uma baixa sensibilidade e uma grande especificidade.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO – UERJ
Uma forma de expressar graficamente a relação
entre a sensibilidade e a especificidade
de testes diagnósticos é através da construção
da curva ROC (receiver operator characteristic).
Com base nos exames (A) e (B) representados
pelos gráficos (VER IMAGEM),
é correto afirmar que o exame:
a) (A) apresenta elevada sensibilidade e baixa
especificidade.
b) (B) apresenta elevada sensibilidade e baixa
especificidade.
c) (B) apresenta maior poder de discriminar
doentes e não-doentes.
d) (A) apresenta maior poder de discriminar
doentes e não-doentes.
Tranquila, não é? A única resposta correta é a letra D, pois a área abaixo da curva é muito maior no exame A do que no exame B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL
SÃO PAULO – UNIFESP
Um estudo mostra a comparação de duas curvas
ROC (Receiving Operating Characteristic)
para o diagnóstico de diabetes mellitus. Qual
dos testes indicados você escolheria para usar
na prática diária?
a) O teste cuja curva seja mais próxima de 50%.
b) O teste cuja curva mais se aproxime do
canto superior direito.
c) O teste cuja curva mais se aproxime da
diagonal do gráfico.
d) O teste cuja curva tenha sido construída
levando-se em consideração quanto tempo
cada indivíduo participou do estudo.
e) O teste cuja área em baixo da curva seja
maior.
O teste com maior área sob a curva é o teste com maior acurácia, ou seja, com maior quantidade de acertos.
Resposta letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE DE CAMPINAS – UNICAMP
O gráfico abaixo mostra curvas do tipo Receiver
Operator Characteristic (ROC) sobre o
desempenho de dois testes diagnósticos A e
B. Assinale a alternativa correta:
a) O teste A é mais sensível, porém menos
específico que B.
b) A taxa de falso-positivos aumenta com o aumento
da sensibilidade para ambos os testes.
c) O ponto de corte de escolha para estabelecer
parâmetro de normalidade de um teste
diagnóstico é o de maior sensibilidade possível.
d) A acurácia do teste diagnóstico B é maior que
a do A, pois se aproxima da diagonal do gráfico.
e) a menor área abaixo das curvas expressa
a melhor performance da especificidade do
teste diagnóstico.
Primeiramente, 1 - especificidade? Uma
outra forma de representar o eixo horizontal é
através de 1 – especificidade, que significa a
taxa de falso-positivos e, como você percebeu,
diferentemente da curva anterior à questão,
quando se utiliza essa nomenclatura o eixo
possui valores crescentes e não decrescentes
como na especificidade. Mas não se preocupe
que isso não vai alterar o seu raciocínio. Voltemos
às alternativas da questão:
Afirmativa A: incorreta, pois o teste A é capaz
de ser mais sensível e pelo menos de igual
especificidade do que B.
Afirmativa B: correta, pois quanto maior a
sensibilidade, maior a capacidade de qualquer
teste achar falso-positivo. E você pode
perceber isso através da curva, pois quanto
mais sensível fica o teste A, mais falso-positivos
ele acha (aumenta o 1 – especificidade).
Afirmativa C: incorreta, pois o padrão para estabelecer
a normalidade (verdadeiro-negativos)
é o teste com maior especificidade possível.
Afirmativa D: incorreta, o teste de maior acurácia
na curva ROC é aquele que consegue maior
valor da sensibilidade para uma maior especificidade,
ou o teste que tem a maior área sob a sua
curva. Nesse caso, quem consegue é o teste A.
Afirmativa E: incorreta, a maior área abaixo dessas
curvas expressa o melhor, e não o pior desempenho
da especificidade do teste diagnóstico.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
Muitos estudos têm aplicado a Curva R.O.C. (Receiver-Operating Characteristic curve) que
consiste de um gráfico com determinação de razões de verossimilhança para vários níveis em consideração. Assinale abaixo os elementos representados nos eixos “X” e “Y”, respectivamente:
a) Eixo “X” a proporção de falso-negativos e eixo “Y” a sensibilidade.
b) Eixo “X” a proporção de verdadeiro-positivos e eixo “Y” a sensibilidade.
c) Eixo “X” a proporção de falso-negativos e eixo “Y” a especificidade.
d) Eixo “X” a proporção de verdadeiramente negativos e eixo “Y” a especificidade.
e) Eixo “X” a proporção de falso-positivos e eixo “Y” a sensibilidade.
Para fixar: curva ROC é a forma de representar a relação entre a sensibilidade e especificidade de um teste diagnóstico. Para ser construída é criado um diagrama que represente a sensibilidade e a especificidade.
No eixo Y (vertical) temos a sensibilidade; enquanto que no eixo X (horizontal) temos 1 – especificidade, que significa a taxa ou proporção de falso-positivos.
Resposta letra E.
Razões de Verossimilhança
O que são?
São uma outra forma de descrever o desempenho de um teste diagnóstico.
Elas resumem o mesmo tipo de informação que a sensibilidade/especificidade e podem ser usadas para calcular a probabilidade de doença depois de um teste positivo ou negativo.
Uma vez que as razões de verossimilhança são expressões em chances, para entendê-las é necessário, primeiro, distinguir chances de probabilidade.
Probabilidade: é usada para expressar sensibilidade, especificidade e valor preditivo; é a proporção de pessoas nas quais uma determinada característica (tal como o teste positivo) está presente.
Chances: é a RAZÃO de duas probabilidades.
Razões de verossimilhança
Calculo:
Probabilidade de um resultado do teste em
pessoas com a doença, dividida pela probabilidade
do resultado do teste em pessoas sem a doença.
(as razões de verossimilhança expressam quantas vezes mais provável (ou menos) se encontra um resultado de um teste em pessoas doentes comparadas com as não doentes).
Razão de Verossimilhança de um resultado de Teste Positivo (RVP)
Quanto ______ a RVP, ______ o teste.
maior; melhor
**Razão de Verossimilhança de um resultado de Teste Positivo (RVP)**
Cálculo:
RVP = (sensibilidade) / (1 - especificidade)
Ou (a / a+c) / (b / b+d)
- Quanto maior a RVP, melhor o teste.
- Para ser considerado um bom teste a RVP deve ser muito maior que 1.
V ou F?
Para ser considerado um bom teste a RVP deve ser muito maior que 1.
Verdadeiro.
**Razão de Verossimilhança de um resultado de Teste Negativo (RVN)**
RVN = (1 - sensibilidade) / (especificidade)
Ou
RVN = (c / a+c) / (d / d+b)
- Quanto menor a RVN, melhor o teste.
- Quanto mais perto de 0, melhor será o teste.
- Um resultado negativo é mais provável de ser um resultado verdadeiro negativo (especificidade) do que um falso-negativo (1 -sensibilidade).
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE PORTO
ALEGRE – UFCSPA
Em relação à razão da probabilidade (ou razão
de verossimilhança), considere as assertivas
abaixo.
I - É uma forma alternativa de descrever o desempenho
de um teste diagnóstico.
II - É utilizada para resumir os resultados de
sensibilidade e especificidade.
III - É definida como probabilidade de um determinado
resultado de um teste diagnóstico
em pessoas com a doença dividida pela probabilidade
do resultado do teste em pessoas
sem a doença.
Quais são as corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) A penas I e III.
e) I, II e III.
Afirmativa I: correta, pois calculam a probabilidade
da doença após um teste positivo ou
negativo.
Afirmativa II: correta e conceitual; elas resumem
a mesma informação que a sensibilidade
e a especificidade.
Afirmativa III: correta, representa a definição
conceitual de razão de verossimilhança.
Resposta letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – RS
Em um estudo sobre um teste diagnóstico,
dividiu-se a proporção de testes negativos
em pessoas comprovadamente doentes pela
de verdadeiro-negativos. O valor resultante é
conhecido como:
a) Especificidade.
b) Valor preditivo negativo.
c) Razão de verossimilhança negativa.
d) Sensibilidade.
e) Taxa de falso-negativos.
Estamos frente à razão de verossimilhança
negativa, que expressa qual é a probabilidade de um resultado negativo do teste em pessoas
doentes comparado com não doentes.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE – UFF
A razão da probabilidade de um teste ser positivo
em doente, contra a probabilidade de o mesmo
teste ser positivo em não doente, define:
a) Sensibilidade.
b) Razão de prevalências.
c) Valor preditivo de um teste positivo.
d) Razão de falso-negativos.
e) Razão de verossimilhança de um teste
positivo.
Razão de probabilidade é igual à razão de
verossimilhança. São as razões de chances.
Expressam quantas vezes mais provável (ou
menos) se encontra um resultado de um teste
em pessoas doentes comparadas com as
não doentes. A razão de probabilidade de um
teste ser positivo em doente, contra a probabilidade
de o mesmo ser positivo em não
doente é conhecida como razão de verossimilhança
de um teste positivo. Já a razão de
probabilidade de um teste ser negativo no
paciente doente, contra a probabilidade de
o mesmo ser negativo em um paciente não
doente é conhecida como razão de verossimilhança
de um teste negativo. Resposta
letra E.
T estes em paralelo
é a realização de vários testes diagnósticos ao mesmo tempo, sendo o resultado positivo de qualquer teste considerado diagnóstico. Desta forma
criamos uma maneira de aumentar a sensibilidade
do exame, mas infelizmente diminuiremos a especificidade. São utilizados quando é necessária uma avaliação rápida, como nos pacientes hospitalizados e nas salas de emergência.
Testes em série
é a realização de testes consecutivos, ou seja, um de cada vez. Neste caso, todos os testes precisam ter o resultado positivo para confirmar o diagnóstico. Se um dos exames for negativo, o teste é suspenso. Desta forma, criamos uma maneira de aumentar a especificidade do exame, mas, infelizmente, diminuiremos a sensibilidade. São utilizados em situações em que não há necessidade de uma rápida avaliação, sendo particularmente
úteis quando o clínico não dispuser de nenhum
exame com boa especificidade.
Testes em paralelo
- sensibilidade ALTA
- valor preditivo negativo ALTO
- especificidade BAIXA
- valor preditivo positivo BAIXO
Testes em série
- sensibilidade BAIXA
- valor preditivo negativo BAIXO
- especificidade ALTA
- valor preditivo positivo ALTO
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2014
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE – RS
A solicitação de múltiplos testes diagnósticos
em paralelo é comum para os pacientes hospitalizados,
para os em situações de emergência
ou para os ambulatoriais que não podem,
por diferentes motivos, retornar para
nova avaliação. Esse procedimento.
a) Não altera a sensibilidade em relação à de
cada teste individual.
b) Não altera a especificidade em relação à
de cada teste individual.
c) Diminui o valor preditivo negativo a valores
abaixo dos de cada teste individual.
d) Aumenta a especificidade a valores acima
dos de cada teste individual.
e) Aumenta a sensibilidade a valores acima
dos de cada teste individual.
Nos testes em paralelo, eles são realizados
ao mesmo tempo. Dessa forma, aumentamos
a sensibilidade, visto que teremos
muitos exames realizados simultaneamente.
Qualquer resultado positivo sela o diagnóstico.
Já os testes em série, realizamos um exame
de cada vez. Somente partimos para o
outro exame, se o primeiro for positivo. Para
selar o diagnóstico, todos precisam ser positivos;
caso um seja negativo, interrompemos
os testes. Com isso aumentamos a especificidade!
Logo, melhor resposta, item E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL CENTRAL DA POLÍCIA
MILITAR – HCPM
Testes diagnósticos são ditos em paralelo
quando são realizados simultaneamente, considerando
como evidência de doença se qualquer
resultado for positivo. Quando comparada
à utilização de cada um dos testes isoladamente, a realização de dois testes diagnósticos
em paralelo:
a) Aumenta a especificidade.
b) Não modifica a especificidade.
c) aumenta a sensibilidade.
d) Aumenta o valor preditivo positivo.
e) Reduz o valor preditivo negativo.
Teste em paralelo aumenta a sensibilidade.
Resposta letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
RIO DE JANEIRO – UERJ
Sobre a utilização de testes diagnósticos múltiplos,
é correto afirmar que a aplicação
de testes em:
a) Série é mais indicada no início da investigação
diagnóstica e aumenta a capacidade de diagnosticar
doentes anteriormente não detectados.
b) Série aumenta a sensibilidade e o valor
preditivo positivo da estratégia diagnóstica,
mas diminui a especificidade.
c) Paralelo aumenta a sensibilidade da estratégia
diagnóstica e é indicada quando a doença
é letal.
d) Paralelo aumenta a especificidade e o valor
preditivo negativo, mas diminui a sensibilidade.
Vamos pelas alternativas:
Letra A incorreta, pois testes em série aumentam
a especificidade do exame, achando os
verdadeiro-negativos.
Letra B incorreta, pois aumentam a especificidade
e o valor preditivo positivo, diminuindo a sensibilidade.
Letra C correta e autoexplicativa (é só voltar
no texto anterior).
Letra D incorreta, pois paralelo diminui a especificidade
e aumenta a sensibilidade.
Resposta letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUC – RS
Assinale a alternativa correta, considerando
as propriedades de um teste-diagnóstico:
a) Um teste sensível raramente classificará de
forma errônea as pessoas como sendo portadoras
da doença quando, na verdade, não são.
b) Um teste específico raramente deixará de
diagnosticar portadores da doença.
c) Um teste altamente sensível é muito útil
para o clínico quando o resultado é negativo.
d) Os testes específicos são úteis nos estágios
iniciais de um processo diagnóstico, quando diversas
possibilidades estão sendo consideradas.
e) Os testes com bom poder discriminatório
concentram-se no canto inferior direito da curva
ROC (receiver operator characteristic).
Pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois um teste sensível poder
ter grande número de falso-positivo. Um teste sensível tem pouco falso negativo. Quando ele
der negativo pode confiar;
Letra B: incorreta, quem faz isso é o teste
sensível. O teste específico pode ter muito
falso negativo;
Letra C: correta. Vide justificativa da alternativa
A;
Letra D: incorreta, para estágios iniciais o ideal
é o teste sensível, pois temos mais confiança
no resultado negativo, o que vai afastar as
doenças em dúvida;
Letra E: incorreta, pois os testes de maior
acurácia são os que ficam no canto superior
esquerdo.
Portanto, resposta letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO
PARANÁ – AMP
Em relação ao estudo de validação de um teste
diagnóstico é correto afirmar:
a) A sensibilidade de um teste é a capacidade
do teste acertar em indivíduos sem a
doença em questão.
b) Os testes altamente sensíveis são utilizados
no rastreamento de doenças e apresentam
poucos resultados falso-positivos.
c) Utiliza-se um teste específico quando o
ônus de um diagnóstico errôneo é alto e o
mesmo apresenta poucos resultados falsonegativos.
d) O valor preditivo positivo de um teste diagnóstico
é influenciado pela prevalência da
doença na população testada.
e) A especificidade é a capacidade de o teste
acertar em indivíduos com a doença.
Vamos analisar as alternativas sobre testes
diagnósticos:
Letra A – Falsa. A sensibilidade é a capacidade
de um teste ser positivo na presença de
doença, ou seja, entre os indivíduos doentes.
Letra B – Falsa. Os testes altamente sensíveis
são úteis no rastreamento pelo seu alto
valor preditivo negativo. Ou seja, quando esses
testes resultam em negativo, a probabilidade
de o indivíduo não estar doente é alta.
Mas podem dar muitos falso-positivos (apesar
de poucos falso-negativos).
Letra C – Falsa. Um teste específico é utilizado
na confirmação de doenças porque o seu
valor preditivo positivo é alto, ou seja, quando
ele dá positivo, a probabilidade de que o indivíduo
tenha a doença é alta. Mas podem dar
muitos falso-negativos.
Letra D – Verdadeira. Os valores preditivos
(negativos ou positivos) são influenciados
pela prevalência da doença, pela sensibilidade
e especificidade do teste. Já a sensibilidade
e a especificidade de um teste NÃO são
influenciadas pela prevalência.
Letra E – Falsa. Essa é a descrição da sensibilidade.
A especificidade é a capacidade
de um teste dar negativo NA AUSÊNCIA DE
DOENÇA.
Resposta: D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE – UFF
Para testar pacientes posteriores com queixas
respiratórias, colegas do médico em apreço
sugeriram a adoção do teste rápido para
detecção de influenza. Novamente o médico
recorreu à literatura (UVEKI et al, 2009) e
verificou que: O teste rápido (QuickVue) foi
comparado à reação de PCR. A sensibilidade
do teste foi 27% enquanto a especificidade
foi 97%.
Assim, ele concluiu que o teste:
a) É útil apenas se for usado em populações
com baixa prevalência da doença, para evitar
o excesso de falso-positivo.
b) Tem poucos falso-negativos, por isso seu
valor preditivo é alto.
c) É adequado para triagem, já que tem poucos
falso-positivos.
d) É adequado para unidades básicas de saúde,
mas não para hospital, pois tem muitos
falso-negativos e baixo valor preditivo positivo.
e) É útil para confirmar a doença, com poucos
falso-positivos, mas não é adequado para
triagem.
Questão para analisar a sensibilidade e a
especificidade dos testes diagnósticos. Vamos
pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois a sensibilidade e especificidade
de um teste não dependem da
prevalência da doença na população. São
propriedades intrínsecas do teste;
Letra B: incorreta, pois com a sensibilidade
baixa existirão muitos falsos-negativos;
Letra C: incorreta, pois tem sensibilidade baixa,
não servindo para triagem;
Letra D: incorreta, pois a especificidade é alta,
tendo um alto VPP;
Letra E: correta, pois tem baixa sensibilidade
(ruim para triagem) e alta especificidade (bom
para confirmar).
Resposta letra E.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – PR
Para o clínico, é um dilema determinar se
o paciente tem a doença ou não, dados os
resultados de um teste. O valor preditivo é a
probabilidade de ter a doença após o resultado
do teste ser conhecido. Esse valor pode
responder à pergunta: “Se o resultado de teste
do meu paciente for positivo (ou negativo),
qual é a probabilidade de ele ter (ou não ter)
a doença?”
Tendo em vista seu conhecimento a respeito
de valor preditivo, é INCORRETO afirmar:
a) Quanto mais sensível for um teste, maior
será seu valor preditivo negativo, ou seja,
mais confiante o clínico pode ficar de que um
resultado de teste negativo descarte a doença
que está sendo pesquisada.
b) Quanto mais específico for o teste, maior
será o valor preditivo positivo, ou seja, mais
confiante o clínico pode ficar de que um teste positivo confirme ou feche um diagnóstico que
está sendo pesquisado.
c) O valor preditivo é influenciado pela prevalência,
sendo assim, ele depende do contexto
em que o teste é utilizado.
d) Os resultados negativos, mesmo para um
teste muito sensível, quando aplicados a pacientes
com alta probabilidade de ter a doença,
serão, em grande parte, falso-negativos.
e) O valor preditivo de um teste não é uma propriedade
de teste por si só. Ele é determinado
pela sensibilidade e especificidade do teste e
pela incidência da doença na população que
está sendo testada.
Essa questão é respondida por um único
detalhe. Não é a incidência que determina o
valor preditivo, mas a prevalência. Este trecho
torna a opção E incorreta. As demais opções
estão corretas.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Carlos, 65 anos, relata que seu irmão faleceu
recentemente de dissecção aguda de aorta
e pergunta ao médico se pode ter a mesma
doença e se deve fazer exames. Nega
hipertensão, diabetes ou cirurgias prévias.
Uma metanálise reviu estudos para avaliar a
acurácia da história clínica, do exame físico e
da radiografia de tórax no diagnóstico de dissecção
aguda da aorta torácica. Alguns dos
resultados encontrados foram:
(1) dor torácica intensa de início súbito mostrou
sensibilidade de 84%;
(2) o sopro diastólico mostrou razão de verossimilhança
positiva de 1,4;
(3) a sensibilidade de radiografia de tórax
anormal foi de 90%.
Pode-se afirmar que:
a) A presença do sopro diastólico altera muito
a probabilidade pré-teste de dissecção.
b) A probabilidade de haver sopro diastólico
nos pacientes com dissecção de aorta é 1,4
vezes maior do que naqueles sem dissecção.
c) Utilizando-se como critério diagnóstico dor
torácica intensa de início súbito, 16 pacientes
em 100 seriam falso-positivos.
d) A probabilidade de um paciente com radiografia
de tórax anormal ter dissecção de aorta
é de 90%.
Vamos às alternativas:
Letra A: incorreta, a probabilidade pré-teste =
prevalência, e na questão não é fornecida a
prevalência entre sobro sistólico e a dissecção;
Letra B: correta, pois a razão de verossimilhança
positiva expressa quantas vezes mais
provável se encontra um resultado de um teste
em pessoas doentes comparadas com as não
doentes.
Letra C: incorreta, pois não temos o valor da
especificidade levando em consideração dor
torácica intensa. Nessa situação, em uma tabela
hipotética teríamos:
Falso-negativo = 16, e não falso-positivo.
Letra D: incorreta, pois o conceito exposto
expresso na alternativa representa o valor
preditivo positivo e não a sensibilidade.
Resposta letra B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA – UFSC
O PPD é considerado como positivo a partir de
10 mm de eritema e enduração. O chefe do departamento
de doenças infecciosas decide que
a prova só será considerada positiva a partir dos
12 mm. Assinale a alternativa que expressa corretamente
o efeito desse novo ponto de corte sobre
a sensibilidade e especificidade desse teste.
a) Diminuição da sensibilidade e diminuição
da especificidade.
b) Diminuição da sensibilidade e aumento da
especificidade.
c) Aumento da sensibilidade e diminuição da
especificidade.
d) Aumento da sensibilidade e aumento da
especificidade.
e) Este novo ponto de corte não afeta os valores
de sensibilidade e especificidade.
No momento que aumentamos o ponto de
corte de um exame, diminuímos a quantidade
de resultados positivos, ou seja, diminuímos
a quantidade de falsos e verdadeiro-positivos.
Diminuindo a quantidade de verdadeiro-positivos
diminuímos a sensibilidade.
E quanto à especificidade? Quando você aumenta
o ponto de corte, aumenta a quantidade
de resultados negativos diagnosticados pelo
teste, ou seja, aumenta a quantidade de falso-
-negativos e de verdadeiro-negativos. Aumentando
a quantidade de verdadeiro-negativos,
aumentamos a especificidade do teste.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
RIBEIRÃO PRETO – USP – RP
Em pesquisa hipotética, realizada para estabelecer
o valor de um metabólito como teste
diagnóstico para determinada doença, através
de amostras de urina, acordou-se que o ponto
de corte ideal para considerar a dosagem
do mesmo, como resultado positivo, seria de
65 mg/dl (correspondente à letra X na figura
abaixo). Esse nível mostrou sensibilidade de
92% e especificidade de 99%.
Se esse ponto de corte for aumentado para
80 mg/dl, a sensibilidade irá:
a) Diminuir.
b) Aumentar.
c) Não sofrer alterações.
d) Aumentará se a prevalência da doença
for alta.
No momento que aumentamos o ponto
de corte de um exame, diminuímos a quantidade
de resultados positivos, ou seja,
diminuímos a quantidade de falsos e verdadeiro-
positivos. Diminuindo a quantidade
de verdadeiro-positivos diminuímos a sensibilidade.
Resposta letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – BA
Realizou-se um estudo para avaliação de
exame de glicemia em jejum para o diagnóstico
de Diabetes Mellitus, obtendo-se o
seguinte resultado:
Com bases nas informações, pode-se concluir
que a sensibilidade do exame é de:
a) 20%.
b) 60%.
c) 75%.
d) 82%.
e) 90%.
Cuidado com esta tabela!!! Ela nos fornece
os seguintes valores: falso-positivos,
falso-negativos, verdadeiro-negativos e verdadeiro-
positivos. Não é a tabela que estamos
acostumados; mesmo assim, a questão
não traz dificuldades. A sensibilidade =
verdadeiro-positivos / (verdadeiro-positivos
+ falso-negativos). Na questão: sensibilidade
= 60 / (60 + 40) = 60/100 = 0,60 = 60%.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO – UFES
Os testes diagnósticos, definidos em sua concepção
mais ampla como todos aqueles procedimentos
que visam a detectar, na população,
uma condição de interesse, baseiam-se nos
conceitos de sensibilidade, especificidade e
valores de predição. Em relação a estes conceitos,
podemos afirmar:
a) Sensibilidade é a capacidade de detectar
corretamente aqueles que não têm a condição
de interesse.
b) Especificidade é a capacidade de detectar
corretamente aqueles que têm a condição de
interesse.
c) A sensibilidade é uma propriedade de teste
útil para excluir a presença da condição de
interesse.
d) A especificidade é uma propriedade do
teste útil para excluir a presença da condição
de interesse.
e) Ao contrário da sensibilidade e da especificidade,
que dependem da frequência de ocorrência,
os valores de predição são intrínsecos
ao teste.
O exame mais sensível dá muito resultado
positivo (tanto falsos quanto verdadeiro-negativos)
e poucos resultados falso-negativos.
Portanto, acreditamos mais nos resultados
negativos deste exame. É um exame
mais útil para excluir a doença do que para
confirmá-la. O exame mais específico dá
muito resultado negativo (tanto falsos quanto
verdadeiro-negativos) e poucos resultados
falso-positivos. Portanto, acreditamos mais
nos resultados positivos deste exame. É um
exame mais útil para confirmar a doença.
Resposta letra C.
Desenhos epidemiológicos
Classificação:
- Desenhos epidemiológicos DESCRITIVOS e
- Desenhos epidemiológicos ANALÍTICOS.
Estudos descritivos
Definição e vantagem.
Investigam a frequência e distribuição de um agravo à saúde na população segundo as características da própria população, tais como, sexo, raça, idade, estado civil, classe social, manifestações clinicolaboratoriais, distribuição geográfica e tempo de ocorrência.
Exemplos: relato de casos, série de casos, estudos transversais e ecológicos.
Estudos analíticos
Definição:
São os estudos que testam hipóteses, investigam a associação entre fatores de risco e um agravo à saúde.
Permitem calcular medidas de associação como risco relativo, odds ratio.
Exemplos: caso-controle, coorte e ensaios clínicos.
Diferença entre estudo Descritivo e Analítico.
No descritivo, como o próprio nome diz, eles descrevem informações sobre a distribuição das doenças e suas características. A grande vantagem dele é de se barato e permitem formular hipóteses, mas não confirmam, pois não as testam. Alguns exemplos são: relato de casos, série de casos, estudos transversais e ecológicos.
No analítico, testamos as hipóteses, apresentando uma análise e não mais apenas uma descrição de um fato ocorrido. Em geral, investigam a relação entre fatores de risco e ocorrência de doenças. Alguns exemplos são: estudo de caso-controle, coorte, ensaios clínicos.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
HOSPITAL SANTA GENOVEVA – HSG
Marque a resposta incorreta:
a) nos estudos epidemiológicos é importante -
além de responder as questões tradicionais:
Quem? Quando? E Onde? - subsidiar a caracterização
do evento com as questões: Que?
Por Quê? E daí?
b) Os principais objetivos dos estudos descritivos
são: análise de tendência, planejamento
e levantamento de hipóteses.
c) uma das vantagens dos estudos descritivos
é a utilização de dados secundários, obtidos
por meio de uma investigação, o que os torna
menos dispendiosos.
d) nos estudos descritivos não existe grupo de
comparação, portanto, ao contrário dos estudos
analíticos, eles não avaliam a associação
entre exposição e efeito.
e) os estudos de prevalência são exemplos
de estudos descritivos.
A única alternativa incorreta é a letra C, pois
os estudos descritivos não realizam investigação,
eles somente descrevem os achados. Os
estudos que analisam para observar a relação
causa-efeito são os ANALÍTICOS.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –
USP – RIBEIRÃO PRETO
Relatos de casos, estudos ecológicos e
relatos de série de casos são modelos de
estudos epidemiológicos que têm em comum
a seguinte característica:
a) prestam-se a testar hipóteses de associação
entre fatores de risco e a doença.
b) permitem cálculo de medidas de associação,
como o risco e a doença.
c) permitem calcular unicamente o odds ratio.
d) são de natureza descritiva.
Como você acabou de ver acima, a única
alternativa correta é a letra D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
HOSPITAL DE URGÊNCIA DE
GOIÂNIA – HUGO
Com relação à epidemiologia descritiva:
a) em estudos descritivos, é possível identificar
fatores de risco para a ocorrência de
determinados agravos.
b) os resultados de estudos descritivos não
permitem formular hipóteses causais.
c) as características de pessoa, tempo e lugar,
dos eventos estudados, não podem ser
de imediato aplicadas no planejamento das
ações de assistência à saúde das populações.
d) os principais objetivos dos estudos descritivos
são: análise de tendência, planejamento
e levantamento de hipóteses.
e) uma das vantagens dos estudos descritivos
é a utilização de dados primários, obtidos
por meio de uma investigação, o que os torna
muito dispendiosos.
Letra A: incorreta, quem faz isso são os
estudos analíticos;
Letra B: incorreta, pois permitem formular hipóteses;
Letra C: incorreta, pois os eventos estudados podem
ser aplicados de imediato no planejamento;
Letra D: correta, pois permite a análise de
tendência, planejamento e LEVANTAMENTO
de hipóteses, mas tome cuidado, pois ele não
testa hipóteses.
Letra E: incorreta, pois são pouco dispendiosos,
só fazem um levantamento da situação.
Estudo Individuado
Definição:
pesquisa indivíduo por indivíduo
Estudo Agregado
Definição:
pesquisa toda a população de uma vez
Estudo observacional
Definição:
é aquele tipo de estudo em que não existe nenhuma manipulação do fator em estudo, existe apenas a livre observação entre as variáveis.
Estudo de intervenção (experimental)
Definição:
existe a manipulação por parte dos pesquisadores/
investigadores, seja com a introdução de um medicamento, uma nova vacina…
Estudo longitudinal (ou serial):
Quando tem acompanhamento da população ou dos indivíduos ao longo de meses, anos, décadas
Estudo transversal (ou seccional ou instantâneo)
Definição:
reflete uma situação pontual, como por exemplo, a prevalência de tuberculose no ano de 2008.
Estudos longitudinais PROSPECTIVOS.
Definição:
Quando acompanhamos os indivíduos do fator de risco até o agravo.
Estudos longitudinais RETROSPECTIVOS.
Definição:
Quando acompanhamos os indivíduos a partir do agravo para o fator de risco.