Flash facts - Epidemiologia Analítica e Aplicada a clínica. Flashcards

1
Q

Define a capacidade que um teste tem de detectar os verdadeiros positivos nos indivíduos verdadeiramente doentes:

a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo

A

A sensibilidade

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2
Q

Define a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiros negativos nos indivíduos verdadeiramente sadios:

a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo

A

A especificidade

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3
Q

Define a proporção de indivíduos verdadeiramente positivos em relação aos diagnosticados positivos pelo teste:

a) A sensibilidade
b) A especificidade
c) Valor Preditivo Positivo

A

Valor Preditivo Positivo

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4
Q

A curva ROC (Receiver Operator Characteristic) é a forma de representar a relação entre a:

A

sensibilidade (eixo vertical-ordenadas) e a especificidade (eixo horizontal-abscissas) de um teste diagnóstico.

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5
Q

O que acontece com a sensibilidade de um teste quando reduzimos o seu ponto de corte?

A

Gera um aumento na sensibilidade do teste (e também uma redução da especificidade).

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6
Q

Se diminuirmos o ponto de corte da glicemia de jejum para 90 mg/dl, o que ocorrerá?

A

Praticamente todos os verdadeiro-positivos serão detectados no exame. Muito provavelmente não passará nenhum paciente diabético pelo exame sem que o mesmo apresente resultado positivo.

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7
Q

Corresponde ao valor exatamente central de uma sequência numérica:

a) Mediana
b) Média
c) Moda

A

Mediana

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8
Q

Corresponde à média aritmética dos valores da sequência numérica, ou seja, ao somatório de todos os valores dividido pelo número de valores na sequência:

a) Mediana
b) Média
c) Moda

A

Média

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9
Q

Corresponde ao valor que mais se repete em uma sequência numérica:

a) Mediana
b) Média
c) Moda

A

Moda

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10
Q

O Odds Ratio (ou razão de chances ou razão dos produtos cruzados) responde a seguinte pergunta:

A

“quantas vezes mais chances os indivíduos expostos têm de vir a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?”

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11
Q

Qual a fórmula do OR?

A

(axd)/(bxc).

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12
Q

Os valores preditivos de um teste diagnóstico dependem, essencialmente, de três fatores:

A
  • sensibilidade;
  • especificidade;
  • prevalência da doença.
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13
Q

“quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos virem a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?” é o Risco________.

A

Risco Relativo (RR)

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14
Q

Risco Relativo (RR):

O que é?

A

corresponde à razão entre os riscos ou incidências cumulativas dos indivíduos expostos e a dos não expostos.

(é uma medida de associação, também conhecida por razão de riscos)

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15
Q

Se RR < 1:

A
  • existirá a possibilidade de o fator ser de proteção, já que a exposição ao mesmo diminui o risco de surgimento do efeito.
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16
Q

Se RR = 1

A
  • identificaremos que o estudo não apresentou relação de associação entre fator e efeito.
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17
Q

Se RR > 1:

A
  • existirá a possibilidade de o fator
    ser de risco, já que a exposição ao mesmo
    aumentou o risco de surgimento do efeito.
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18
Q

Probabilidade Pré-teste

Definição:

A

Probabilidade de o indivíduo ter a doença antes da realização do teste diagnóstico.

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19
Q

Especificidade

Definição:

A

É a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiro-negativos nos indivíduos verdadeiramente sadios (Ou seja, mede a probabilidade de um teste dar negativo na ausência de doença).

Quando um teste é específico, raramente cometerá
o erro de dizer que os não doentes (sadios) são doentes (baixo índice de falso-positivos).
Mas está sujeito a encontrar falso-negativos, ou seja, indivíduos com teste negativo, mas que apresentam a doença.

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20
Q

Quando um teste é específico, raramente cometerá
o erro de dizer que os não doentes (sadios)
são doentes (baixo índice de falso-positivos).
Mas está sujeito a encontrar……………………….

A

falso-negativos (ou seja, indivíduos com teste negativo, mas que apresentam a doença).

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21
Q

Utilizamos um teste mais específico possível quando:

A
  • Quando queremos confirmar uma doença.
  • A doença é importante, mas difícil de tratar
    ou incurável;
  • Quando o fato de saber que não se tem a doença tem importância sanitária e psicológica.
  • Quando os resultados falso-positivos podem provocar traumas psicológicos, econômicos ou sociais.
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22
Q

Especificidade

Cálculo:

A

Especificidade………………..= d/(b+d) = VN/(VN+FP)

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23
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011 HOSPITAL CENTRAL DA POLÍCIA MILITAR – HCPM

É desejável que um teste diagnóstico seja simultaneamente altamente sensível e altamente
específico. Contudo, geralmente, isso não é
possível, havendo um contrabalanço entre
sensibilidade e especificidade. A Especificidade
do teste deve ser priorizada sobre a sensibilidade
quando o objetivo do teste é realizar:

a) O rastreamento de doadores de sangue.
b) O diagnóstico de sífilis na gestante.
c) O rastreamento do câncer de colo do útero.
d) A seleção de pacientes que serão submetidos a um segundo teste.
e) A confirmação diagnóstica de uma doença letal e incurável.

A

Resposta letra E.

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24
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009 CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO

A escolha de um teste diagnóstico de uma doença considerada estigmatizante e cujo tratamento
envolve o uso de drogas com intensos efeitos adversos deverá levar em consideração o seguinte parâmetro:

a) Poucos falso-negativos.
b) Alta sensibilidade.
c) Alta especificidade.
d) Baixa sensibilidade.
e) Poucos verdadeiro-positivos.

A

Para a situação da questão devemos utilizar os testes altamente específicos, pois são os possuem poucos resultados falso-positivos, ou seja, pouca chance de tratar e levar à efeitos colaterais em quem não tem a doença.

Resposta letra C.

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25
Q

V ou F?

A sensibilidade e a especificidade do teste não são
influenciadas pela prevalência.

A

VERDADEIRO

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26
Q

Sensibilidade

Definição:

A

É a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiro-positivos nos indivíduos verdadeiramente doentes. (Ou seja, expressa a probabilidade de um teste ser positivo na presença de doença).

Quando um teste é sensível, raramente deixa de
encontrar pessoas com a doença (baixo índice
de falso-negativos). Mas está sujeito a encontrar
falso-positivos, ou seja, indivíduos com teste
positivo, mas que não apresentam a doença.

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27
Q

Sensibilidade

Quando um teste é sensível, raramente deixa de
encontrar pessoas com a doença (baixo índice
de falso-negativos). Mas está sujeito a encontrar
…………………….

A

falso-positivos (ou seja, indivíduos com teste
positivo, mas que não apresentam a doença.)

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28
Q

Quando escolher um teste sensível?

A
  • Em triagens diagnósticas
  • A doença é muito grave (e não pode passar despercebida);
  • A doença é tratável (existe chance de cura);
  • Os resultados errados (falsos) não provocam
    traumas
    psicológico, econômico ou social para
    o indivíduo;
  • Triagem em bancos de sangue;
  • Outras triagens diagnósticas.
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29
Q

Sensibilidade

Cálculo:

A

Sensibilidade…………………= a/(a+c) = VP/(VP+FN)

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30
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017 UERJ

Para o rastreamento de uma doença, na atenção
primária à saúde, deve-se utilizar um teste
diagnóstico com:

a) Alta sensibilidade.
b) Alta especificidade.
c) Valor preditivo negativo.
d) Razão de verossimilhança < 1.

A

Para rastreamento ou triagem, precisamos de um exame muito sensível, pois é um exame que contém poucos falso-negativos.

Resposta letra A.

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31
Q

Valor Preditivo

Definição:

A

É o valor preditivo do teste, ou seja, sua capacidade
de predizer a doença ou a ausência dela, a
partir de seus resultados positivos e negativos, respectivamente. Sendo assim, o valor preditivo pode ser positivo ou negativo. As suas interpretações podem ser obtidas nas seguintes perguntas:

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32
Q

Se o valor preditivo expressa a probabilidade
pós-teste, quem é a probabilidade pré-teste?

A

A probabilidade pré-teste é a própria prevalência da doença ou agravo, pois representa a probabilidade de ter a doença antes do resultado do exame ser conhecido, antes da aplicação do teste.

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33
Q

Dado que o teste diagnóstico foi negativo, qual
é a probabilidade de não se ter a doença?

Corresponde a qual VP?

A

– VALOR PREDITIVO NEGATIVO.

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34
Q

Dado que o teste diagnóstico foi positivo, qual
é a probabilidade de se ter a doença?

Corresponde a qual VP?

A

‒ VALOR PREDITIVO POSITIVO.

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35
Q

Maior prevalência ………………….. o VPP e …………..
VPN

A

maior; menor

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36
Q

Menor prevalência ……………… o VPP e …………………
o VPN

A

menor; maior

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37
Q

Valor Preditivo Positivo

Definição:

A

proporção de indivíduos verdadeiramente positivos (doentes), entre aqueles com diagnóstico positivo
realizado pelo teste. Observe que o teste já foi aplicado. Então, o VPP mede a probabilidade de ter a doença dado que o teste foi positivo.

ou

Probabilidade pós-teste positiva (ter a doença confirmada pelo teste) é o valor preditivo positivo;

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38
Q

Valor Preditivo Positivo

Cálculo:

A

Valor Preditivo Positivo…..= a/(a+b) = VP/(VP+FP)

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39
Q

Valor Preditivo Negativo

O que significa?

A

proporção de indivíduos verdadeiramente negativos (não doentes), entre aqueles com diagnóstico negativo realizado pelo teste. Aqui o teste também já foi aplicado. O que queremos saber (e o que o VPN nos indica) é qual a probabilidade de NÃO ter a doença, dado que o resultado do teste foi negativo.

ou

Probabilidade pós-teste negativa (ter a doença afastada pelo teste) é o valor preditivo negativo;

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40
Q

<strong>Valor Preditivo Negativo</strong>

Cálculos:

A

d/(c+d) ou VN/(VN+FN)

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41
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
Depois de ouvir a queixa, a história, os antecedentes
pessoais e familiares de um paciente, e
também fazer o exame físico, você estima que
a probabilidade de que ele tenha certa doença
grave é de 50%. Você solicita um exame laboratorial
com sensibilidade e especificidade de
95% para o diagnóstico dessa doença grave.
Se esse exame apresentar resultado positivo,
qual a probabilidade (em porcentagem) de
que ele seja portador daquela doença grave?

A

A questão solicita qual a probabilidade (em
porcentagem) de que o paciente seja portador
daquela doença grave, dado que o exame
apresente um resultado positivo. Ora, esse é
o conceito do VALOR PREDITIVO POSITIVO
(VPP), que expressa a probabilidade de um
paciente com o teste positivo ter a doença.
Para responder à questão, acompanhe a tabela
a seguir que foi elaborada com dados hipotéticos,
de modo a permitir o cálculo dos atributos
do teste de diagnóstico. Suponhamos uma população de 200 pessoas. A PREVALÊNCIA do
agravo, bem como a SENSIBILIDADE e a ESPECIFICIDADE do teste utilizado foram dadas,
com valores de 50%, 95% e 95%, respectivamente,
permitindo o conhecimento de todos os valores (também hipotéticos) das caselas. Conforme verificamos, a questão pede o VPP
= 95/100 = 95%.

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42
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008 ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ – ESPCE

A probabilidade pós-teste positivo é igual à (ao):

a) sensibilidade.
b) especificidade.
c) valor preditivo positivo.
d) valor preditivo negativo.
e) N.R.A.

A

Resposta: valor preditivo positivo, alternativa C.

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43
Q

Acurácia

Definição:

A

É a proporção de acertos de um teste, ou seja, o total (somatório) de VERDADEIRO-POSITIVOS E VERDADEIRO-NEGATIVOS em relação à amostra estudada.

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44
Q

Desejaremos uma elevada acurácia do teste
quando:

A
  • A doença é importante, mas curável.
  • Há possibilidade de consequências graves na identificação de falso-positivos e falso-negativos.
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45
Q

Acurácia

Cálculo:

A

(a+d)/N = (VP+VN)/N

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46
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Seguia o curso de férias de epidemiologia clínica
para internos e, naquela tarde, a aula versava
sobre a importância dos testes diagnósticos
na prática médica. Vários conceitos teóricos
estavam sendo inculcados e, pouco antes do
intervalo, o professor projetou na tela a frase
“proporção de todos os resultados de um teste,
tanto positivos quanto negativos, que estejam
corretos ”, que bem exprime o conceito de:

a) Acurácia.
b) Magnitude.
c) Abrangência.
d) Valor preditivo.

A

Questão muito simples, pois a frase proferida pelo professor: “PROPORÇÃO DE TODOS OS RESULTADOS DE UM TESTE, TANTO POSITIVOS QUANTO NEGATIVOS, QUE ESTEJAM CORRETOS”, refere-se ao conceito de ACURÁCIA, que mede os ACERTOS DE UM TESTE, portanto, a alternativa “A” é a CORRETA.

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47
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Em um estudo de prevalência de amebíase
realizado no interior de Minas Gerais foi testada
uma técnica para diagnóstico laboratorial
desta parasitose. A técnica foi utilizada em 103
crianças com diagnóstico clínico de amebíase
e em 96 crianças que viviam nos mesmos
domicílios dos casos, porém sem sinais ou
sintomas clínicos de parasitose. Vinte crianças
com diagnóstico clínico de amebíase e quinze das crianças sem qualquer sintoma tiveram resultado positivo ao teste. A sensibilidade e especificidade do teste diagnóstico foram respectivamente:

a) 19,4% e 84,3%.
b) 57,1% e 19,4%.
c) 57,1% e 49,4%.
d) 84,3% e 19,4%.
e) 84,3% e 49,4%.

A

Organizando a tabela com os dados do teste, temos:

Realizando os cálculos:
Sensibilidade = 20/103 = 19,4%
Especificidade = 81/96 = 84,3%

Resposta letra A.

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48
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA – UFSC
Você quer diagnosticar febre (temperatura igual
ou superior 37,8 graus) e está usando um termômetro
que, por um defeito, sempre marca
37,8 graus ou mais, indicando corretamente
as temperaturas acima desta. Assinale a alternativa
correta:
a) A sensibilidade deste termômetro é zero e a especificidade também é zero.
b) A sensibilidade deste termômetro é de zero e a especificidade é 100%.
c) A sensibilidade deste termômetro é de 50% e a especificidade é 50%.
d) A sensibilidade deste termômetro é de 75% e a especificidade é 25%.
e) A sensibilidade deste termômetro é de 100% e a especificidade é zero.

A

O termômetro vai indicar que todo mundo tem febre. Desta forma o termômetro só vai conseguir pegar os positivos, tanto verdadeiros, quanto falso-positivos. Agora, por outro lado, o termômetro não vai conseguir pegar ninguém sem febre, pois ele marca que todos têm febre, ou seja, não consegue nenhum negativo, tanto verdadeiros, quanto falso-negativos.

Desta forma teremos:
Sensibilidade = VP/(VP+FN), neste caso VP / (VP + 0) = VP /VP = 1 = 100%.
Especificidade VN/(VN+FP), neste caso 0 / (0 + FP) = 0 / FP = 0%.

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49
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Quatrocentos e cinquenta e três pacientes consecutivos
com diabetes mellitus participaram
de um estudo a fim de validar um novo teste
para detectar hipoglicemia. Foram obtidos 2
ml de sangue de cada paciente. Uma gota de
sangue foi colocada em uma tira e o nível de
glicose plasmática medido em um glicosímetro.
No restante da amostra foi realizada dosagem
comparativa de glicose plasmática pelo
método da glicose oxidase. A hipoglicemia foi
definida como glicose plasmática < 45 mg/dl.

Dos 392 pacientes que completaram o estudo
e foram incluídos na análise, trinta e oito (9,7%) foram considerados hipoglicêmicos pelo glicosímetro, mas apenas 25 (6,4%) pelo método laboratorial. O valor preditivo positivo do glicosímetro foi 65,8% e o negativo 99,7%.
A sensibilidade e a especificidade do glicosímetro
são, respectivamente:

a) 96,2 % e 96,4%.
b) 6,4 % e 3,3 %.
c) 64,2 % e 33,4 %.
d) 65,8 % e 99,7 %.

A

Vamos montar a tabela para a questão ficar
mais fácil:

VPP = 65,8%  65,8% de 38 pacientes positivos
são VP, então temos: VP = 25.
VPN = 99,7% 99,7% de 354 pacientes
negativos são VN, então temos:
VN = 353.
Vamos completar a tabela:
Agora podemos achar a resposta:
Sensibilidade = 25/26 = 0,962 = 96,2%
Especificidade = 353/366 = 0,964 = 96,4%
Resposta letra A.

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50
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Na entrevista, foi submetido a um questionário
padronizado (CAGE) no teste de triagem de
alcoolismo, cuja sigla é formada pelas iniciais
em inglês de palavras-chave das seguintes perguntas:
Alguma vez o senhor sentiu que deveria
diminuir (Cut Down) a quantidade de bebida? /
As pessoas o aborrecem (Annoyed) com as
críticas que fazem? / O senhor se sente culpado
(Guilty) pela bebida? / O senhor costuma
beber pela manhã (Eye-opener) para diminuir
o nervosismo? Uma metanálise avaliou
a utilização do CAGE para detectar abuso e
dependência de álcool no nível da atenção
primária, sendo estimadas sensibilidade de
43% e 94% e especificidade de 70% e 97%,
respectivamente, para duas ou mais respostas
positivas. Isso significa que:
a) O número de respostas positivas influencia
negativamente as características intrínsecas
do teste.
b) 70 % dos que respondem positivamente a
três perguntas são dependentes do uso de
álcool.
c) 43 % dos que respondem positivamente a
três perguntas não são dependentes do uso
de álcool.
d) Se o paciente responder positivamente a
somente uma pergunta, ele tem a probabilidade
de 6% de ser dependente do álcool.

A

Vamos analisar as informações antes de
responder a questão:
Temos: abuso  sensibilidade de 43% e
especificidade de 70%
dependência  sensibilidade de 94%
e especificidade de 97%
Como as alternativas são sobre a dependência,
vamos criar a tabela de validação dos
testes diagnósticos para a resposta:

Letra A: incorreta, pois quanto mais respostas
positivas, mais influência positiva o teste terá
(aumentará os números de positivos, aumentando
a sensibilidade);
Letra B: incorreta, pois 94% dos que respondem
duas ou mais perguntas positivamente
são dependentes;
Letra C: incorreta, pois 3% dos que respondem
duas ou mais perguntas positivamente não
são dependentes;
Letra D: correta, pois 6% dos pacientes que
respondem positivamente a uma pergunta
serão dependentes do álcool.
Resposta letra D.

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51
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÂNIA – UFG
Durante um inquérito sorológico para a avaliação
de infecção pregressa pelo vírus da
dengue, foi perguntado aos participantes se
eles já haviam adquirido a doença anteriormente.
As respostas foram comparadas com
o padrão-ouro para a detecção de infecção
prévia, conforme mostra a tabela a seguir.

De acordo com os dados apresentados
a) A sensibilidade da resposta foi de 39,4%.
b) A especificidade da resposta teste foi de
29,1%.
c) O valor preditivo positivo da resposta foi de
87,5%.
d) O valor preditivo negativo da resposta foi
de 70,7%.

A

Vamos às alternativas:
Letra A: a sensibilidade = 350 / 1200 = 0,29 =
29%. Alternativa incorreta;
Letra B: a especificidade = 120 / 170 = 0,70 =
70%. Alternativa incorreta;
Letra C: o VPP = 350 / 400 = 0,875 = 87,5%.
Alternativa correta;
Letra D: o VPN = 120 / 970 = 0,12 = 12%. Alternativa
incorreta.

Resposta letra C.

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52
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO – UFPE
Com o objetivo de identificar fatores clínicos,
bioquímicos e ultrassonográficos preditivos de

coledocolitíase, no período pré-operatório, de
doentes portadores de litíase vesicular, Campos
et al. estudaram prospectivamente 148
doentes com diagnóstico ultrassonográfico
de litíase vesicular, submetidos à colecistectomia
eletiva, internados no Departamento de
Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).
Todos os doentes foram submetidos a colangiografia
(padrão-ouro), pré ou intraoperatória,
que detectou uma prevalência de 15,54% de
coledocolitíase. Em relação a um fator estudado
“icterícia na internação”, verificou-se que
em 136 pacientes este sinal estava ausente.
Onze pacientes apresentaram “icterícia na
internação” e tiveram diagnóstico de coledocolitíase.
Considerando os dados do estudo
e sabendo-se que houve uma associação entre
“icterícia na internação” e coledocolitíase
(p < 0,05), é correto afirmar que:
a) A ausência de “icterícia na internação” é um
critério válido para descartar o diagnóstico de
coledocolitíase.
b) A sensibilidade do sinal “icterícia na internação”
é de aproximadamente 92%.
c) A acurácia do sinal “icterícia na internação”
para detecção de coledocolitíase é de aproximadamente
91%.
d) Em 4 indivíduos sem coledocolitíase, o sinal
“icterícia na internação” estava presente.

A

Vamos montar a tabela de validação dos testes
diagnósticos:

Prevalência de coledocolitíase = 15,54%, ou seja, de 148 pessoas com colelitíase, 23 apresentavam
coledocolitíase.

Letra A: incorreta, pois o critério icterícia propicia
muitos falso-negativos, fazendo com que
a sensibilidade do exame seja baixa (47,8%);
Letra B: incorreta, pois a sensibilidade foi de
47,8%;
Letra C: correta, pois a acurácia = (11 + 124)
/ 148 = 91,21%;
Letra D: incorreta, pois em apenas um aconteceu
esse fato.
Resposta letra C.

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53
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO
DA USP
Considere que um teste diagnóstico com sensibilidade
de 90% e especificidade de 80% será
utilizado no rastreamento de uma doença em
duas populações distintas. Sabe-se que na população
A a taxa de prevalência da doença é
de 5% e na população B, de 10%. Pode-se afirmar
que o valor preditivo positivo do teste seja:
a) Maior na população B.
b) Maior na população A.
c) O mesmo nas duas populações.
d) Igual à sensibilidade, nas duas populações.

A

Trata-se de uma questão conceitual. Sabemos
que a sensibilidade (capacidade que o teste tem de encontrar resultados positivos
dentre os verdadeiro-positivos) e a especificidade
(capacidade que o teste tem de encontrar
resultados negativos dentre os verdadeiro-
-negativos) são características inerentes de
cada teste e não variam com a prevalência
das doenças. Já os valores preditivos, tanto o
positivo quanto o negativo (também chamados
de probabilidade pós-teste), variam de acordo
com a prevalência. Em uma população que
existe maior prevalência de uma doença, a
chance do resultado positivo ser verdadeiro-
-positivo é maior quando comparado com
outra população de prevalência menor. É
aquele velho exemplo: em um convento, a
chance de um resultado anti-HIV positivo é
muito pequeno; entretanto, quando aplicado
em usuários de drogas endovenosas, a chance
de um resultado positivo aumenta. Portanto,
ao aplicar o teste em uma população com
prevalência de 5 % e em outra com prevalência
de 10%, o valor preditivo positivo será
maior na população com maior prevalência da
doença. Resposta letra A.

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54
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO – UFES
Em ciências, não existem certezas, mas sim
probabilidades. A conclusão científica depende
do deslocamento da observação dentro de
um contínuo de probabilidade, caminhando-se
em direção à probabilidade de 100%, o que
confirma a existência da condição sob estudo,
ou em direção à probabilidade zero, o que
descarta tal condição. Em pesquisas clínicas
e epidemiológicas, esse deslocamento é obtido
por meio dos testes diagnósticos. Para a
correta interpretação do resultado dos testes
diagnósticos, é preciso conhecer sua sensibilidade,
especificidade e valores preditivos.
Assinale a alternativa correta:
a) A sensibilidade reflete o percentual de recursos
positivos corretamente detectados pelo
teste e, quanto maior, melhor para confirmar
a presença da condição.
b) A especificidade reflete o percentual de resultados
negativos corretamente detectados pelo
teste, e quando maior, melhor para confirmar
a presença da condição.
c) O valor preditivo negativo é tanto maior
quanto maior for a prevalência da condição
na população sob estudo.
d) O valor preditivo positivo tem valores maiores
naqueles casos em que a probabilidade
pré-teste é baixa.
e) O valor preditivo positivo é diretamente proporcional
à sensibilidade do teste, contribuindo
para os eu valor diagnóstico.

A

Na opção A, o autor coloca o conceito de
valor preditivo positivo e não de sensibilidade.
Opção B correta: mais específico, menos falso-
-positivo (confio muito no resultado positivo do
teste específico e posso confirmar a doença).
Por outro lado, sabemos que a prevalência
(pré-teste) influi no valor preditivo (pós-teste).
Se a prevalência é alta, temos mais doentes
e a chance de um teste positivo confirmar a doença (VP+) é maior, item D incorreto. O inverso
serve para o (VP -), item C incorreto. Por
último, quanto mais sensível um teste, melhor
seu (VP-), e não (VP+) como está na opção E.
O raciocínio é: se o teste detecta o máximo de
doentes, quando ele chega às minhas mãos
negativo, maior a chance de o paciente não
ter a doença.

Resposta letra B.

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55
Q

Curva ROC

O que significa?

A

Receiver Operator Characteristic ou curva ROC é a forma de representar a relação entre a sensibilidade e a especificidade de um teste diagnóstico. Para ser construída é criado um diagrama que representa a sensibilidade e a especificidade de teste. Veja o exemplo da figura a seguir para entender melhor.

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56
Q

Observe a figura.

Qual é o teste de maior acurácia, o teste A ou B?

A

O teste A, pois possibilita maior valor de sensibilidade
para um maior valor de especificidade (ponto 1).

Outra maneira de definir o teste com maior acurácia é através da área sob a curva.

O teste com maior área sob a curva é o teste
com maior acurácia.

• No ponto dois, o teste A tem uma baixa especificidade
e uma grande sensibilidade.
• No ponto três, o teste A tem uma baixa sensibilidade e uma grande especificidade.

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57
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO – UERJ
Uma forma de expressar graficamente a relação
entre a sensibilidade e a especificidade
de testes diagnósticos é através da construção
da curva ROC (receiver operator characteristic).
Com base nos exames (A) e (B) representados
pelos gráficos (VER IMAGEM),
é correto afirmar que o exame:

a) (A) apresenta elevada sensibilidade e baixa
especificidade.
b) (B) apresenta elevada sensibilidade e baixa
especificidade.
c) (B) apresenta maior poder de discriminar
doentes e não-doentes.
d) (A) apresenta maior poder de discriminar
doentes e não-doentes.

A

Tranquila, não é? A única resposta correta é a letra D, pois a área abaixo da curva é muito maior no exame A do que no exame B.

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58
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL
SÃO PAULO – UNIFESP
Um estudo mostra a comparação de duas curvas
ROC (Receiving Operating Characteristic)
para o diagnóstico de diabetes mellitus. Qual
dos testes indicados você escolheria para usar
na prática diária?
a) O teste cuja curva seja mais próxima de 50%.
b) O teste cuja curva mais se aproxime do
canto superior direito.
c) O teste cuja curva mais se aproxime da
diagonal do gráfico.
d) O teste cuja curva tenha sido construída
levando-se em consideração quanto tempo
cada indivíduo participou do estudo.
e) O teste cuja área em baixo da curva seja
maior.

A

O teste com maior área sob a curva é o teste com maior acurácia, ou seja, com maior quantidade de acertos.

Resposta letra E.

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59
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE DE CAMPINAS – UNICAMP
O gráfico abaixo mostra curvas do tipo Receiver
Operator Characteristic (ROC) sobre o
desempenho de dois testes diagnósticos A e
B. Assinale a alternativa correta:
a) O teste A é mais sensível, porém menos
específico que B.
b) A taxa de falso-positivos aumenta com o aumento
da sensibilidade para ambos os testes.
c) O ponto de corte de escolha para estabelecer
parâmetro de normalidade de um teste
diagnóstico é o de maior sensibilidade possível.
d) A acurácia do teste diagnóstico B é maior que
a do A, pois se aproxima da diagonal do gráfico.
e) a menor área abaixo das curvas expressa
a melhor performance da especificidade do
teste diagnóstico.

A

Primeiramente, 1 - especificidade? Uma
outra forma de representar o eixo horizontal é
através de 1 – especificidade, que significa a
taxa de falso-positivos e, como você percebeu,
diferentemente da curva anterior à questão,
quando se utiliza essa nomenclatura o eixo
possui valores crescentes e não decrescentes
como na especificidade. Mas não se preocupe
que isso não vai alterar o seu raciocínio. Voltemos
às alternativas da questão:
Afirmativa A: incorreta, pois o teste A é capaz
de ser mais sensível e pelo menos de igual
especificidade do que B.
Afirmativa B: correta, pois quanto maior a
sensibilidade, maior a capacidade de qualquer
teste achar falso-positivo. E você pode
perceber isso através da curva, pois quanto
mais sensível fica o teste A, mais falso-positivos
ele acha (aumenta o 1 – especificidade).
Afirmativa C: incorreta, pois o padrão para estabelecer
a normalidade (verdadeiro-negativos)
é o teste com maior especificidade possível.
Afirmativa D: incorreta, o teste de maior acurácia
na curva ROC é aquele que consegue maior
valor da sensibilidade para uma maior especificidade,
ou o teste que tem a maior área sob a sua
curva. Nesse caso, quem consegue é o teste A.
Afirmativa E: incorreta, a maior área abaixo dessas
curvas expressa o melhor, e não o pior desempenho
da especificidade do teste diagnóstico.

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60
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
Muitos estudos têm aplicado a Curva R.O.C. (Receiver-Operating Characteristic curve) que
consiste de um gráfico com determinação de razões de verossimilhança para vários níveis em consideração. Assinale abaixo os elementos representados nos eixos “X” e “Y”, respectivamente:

a) Eixo “X” a proporção de falso-negativos e eixo “Y” a sensibilidade.
b) Eixo “X” a proporção de verdadeiro-positivos e eixo “Y” a sensibilidade.
c) Eixo “X” a proporção de falso-negativos e eixo “Y” a especificidade.
d) Eixo “X” a proporção de verdadeiramente negativos e eixo “Y” a especificidade.
e) Eixo “X” a proporção de falso-positivos e eixo “Y” a sensibilidade.

A

Para fixar: curva ROC é a forma de representar a relação entre a sensibilidade e especificidade de um teste diagnóstico. Para ser construída é criado um diagrama que represente a sensibilidade e a especificidade.

No eixo Y (vertical) temos a sensibilidade; enquanto que no eixo X (horizontal) temos 1 – especificidade, que significa a taxa ou proporção de falso-positivos.

Resposta letra E.

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61
Q

Razões de Verossimilhança

O que são?

A

São uma outra forma de descrever o desempenho de um teste diagnóstico.

Elas resumem o mesmo tipo de informação que a sensibilidade/especificidade e podem ser usadas para calcular a probabilidade de doença depois de um teste positivo ou negativo.

Uma vez que as razões de verossimilhança são expressões em chances, para entendê-las é necessário, primeiro, distinguir chances de probabilidade.

Probabilidade: é usada para expressar sensibilidade, especificidade e valor preditivo; é a proporção de pessoas nas quais uma determinada característica (tal como o teste positivo) está presente.

Chances: é a RAZÃO de duas probabilidades.

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62
Q

Razões de verossimilhança

Calculo:

A

Probabilidade de um resultado do teste em
pessoas com a doença, dividida pela probabilidade
do resultado do teste em pessoas sem a doença.

(as razões de verossimilhança expressam quantas vezes mais provável (ou menos) se encontra um resultado de um teste em pessoas doentes comparadas com as não doentes).

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63
Q

Razão de Verossimilhança de um resultado de Teste Positivo (RVP)

Quanto ______ a RVP, ______ o teste.

A

maior; melhor

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64
Q
**Razão de Verossimilhança de um resultado de
Teste Positivo (RVP)**

Cálculo:

A

RVP = (sensibilidade) / (1 - especificidade)
Ou (a / a+c) / (b / b+d)

  • Quanto maior a RVP, melhor o teste.
  • Para ser considerado um bom teste a RVP deve ser muito maior que 1.
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65
Q

V ou F?

Para ser considerado um bom teste a RVP deve ser muito maior que 1.

A

Verdadeiro.

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66
Q
**Razão de Verossimilhança de um resultado de
Teste Negativo (RVN)**
A

RVN = (1 - sensibilidade) / (especificidade)
Ou
RVN = (c / a+c) / (d / d+b)

  • Quanto menor a RVN, melhor o teste.
  • Quanto mais perto de 0, melhor será o teste.
  • Um resultado negativo é mais provável de ser um resultado verdadeiro negativo (especificidade) do que um falso-negativo (1 -sensibilidade).
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67
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE PORTO
ALEGRE – UFCSPA
Em relação à razão da probabilidade (ou razão
de verossimilhança), considere as assertivas
abaixo.
I - É uma forma alternativa de descrever o desempenho
de um teste diagnóstico.
II - É utilizada para resumir os resultados de
sensibilidade e especificidade.
III - É definida como probabilidade de um determinado
resultado de um teste diagnóstico
em pessoas com a doença dividida pela probabilidade
do resultado do teste em pessoas
sem a doença.
Quais são as corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) A penas I e III.
e) I, II e III.

A

Afirmativa I: correta, pois calculam a probabilidade
da doença após um teste positivo ou
negativo.
Afirmativa II: correta e conceitual; elas resumem
a mesma informação que a sensibilidade
e a especificidade.
Afirmativa III: correta, representa a definição
conceitual de razão de verossimilhança.

Resposta letra E.

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68
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – RS
Em um estudo sobre um teste diagnóstico,
dividiu-se a proporção de testes negativos
em pessoas comprovadamente doentes pela
de verdadeiro-negativos. O valor resultante é
conhecido como:
a) Especificidade.
b) Valor preditivo negativo.
c) Razão de verossimilhança negativa.
d) Sensibilidade.
e) Taxa de falso-negativos.

A

Estamos frente à razão de verossimilhança
negativa, que expressa qual é a probabilidade de um resultado negativo do teste em pessoas
doentes comparado com não doentes.

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69
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE – UFF
A razão da probabilidade de um teste ser positivo
em doente, contra a probabilidade de o mesmo
teste ser positivo em não doente, define:
a) Sensibilidade.
b) Razão de prevalências.
c) Valor preditivo de um teste positivo.
d) Razão de falso-negativos.
e) Razão de verossimilhança de um teste
positivo.

A

Razão de probabilidade é igual à razão de
verossimilhança. São as razões de chances.
Expressam quantas vezes mais provável (ou
menos) se encontra um resultado de um teste
em pessoas doentes comparadas com as
não doentes. A razão de probabilidade de um
teste ser positivo em doente, contra a probabilidade
de o mesmo ser positivo em não
doente é conhecida como razão de verossimilhança
de um teste positivo. Já a razão de
probabilidade de um teste ser negativo no
paciente doente, contra a probabilidade de
o mesmo ser negativo em um paciente não
doente é conhecida como razão de verossimilhança
de um teste negativo. Resposta
letra E.

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70
Q

T estes em paralelo

A

é a realização de vários testes diagnósticos ao mesmo tempo, sendo o resultado positivo de qualquer teste considerado diagnóstico. Desta forma
criamos uma maneira de aumentar a sensibilidade
do exame, mas infelizmente diminuiremos a especificidade. São utilizados quando é necessária uma avaliação rápida, como nos pacientes hospitalizados e nas salas de emergência.

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71
Q

Testes em série

A

é a realização de testes consecutivos, ou seja, um de cada vez. Neste caso, todos os testes precisam ter o resultado positivo para confirmar o diagnóstico. Se um dos exames for negativo, o teste é suspenso. Desta forma, criamos uma maneira de aumentar a especificidade do exame, mas, infelizmente, diminuiremos a sensibilidade. São utilizados em situações em que não há necessidade de uma rápida avaliação, sendo particularmente
úteis quando o clínico não dispuser de nenhum
exame com boa especificidade.

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72
Q

Testes em paralelo

A
  • sensibilidade ALTA
  • valor preditivo negativo ALTO
  • especificidade BAIXA
  • valor preditivo positivo BAIXO
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73
Q

Testes em série

A
  • sensibilidade BAIXA
  • valor preditivo negativo BAIXO
  • especificidade ALTA
  • valor preditivo positivo ALTO
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74
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2014
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE – RS
A solicitação de múltiplos testes diagnósticos
em paralelo é comum para os pacientes hospitalizados,
para os em situações de emergência
ou para os ambulatoriais que não podem,
por diferentes motivos, retornar para
nova avaliação. Esse procedimento.
a) Não altera a sensibilidade em relação à de
cada teste individual.
b) Não altera a especificidade em relação à
de cada teste individual.
c) Diminui o valor preditivo negativo a valores
abaixo dos de cada teste individual.
d) Aumenta a especificidade a valores acima
dos de cada teste individual.
e) Aumenta a sensibilidade a valores acima
dos de cada teste individual.

A

Nos testes em paralelo, eles são realizados
ao mesmo tempo. Dessa forma, aumentamos
a sensibilidade, visto que teremos
muitos exames realizados simultaneamente.
Qualquer resultado positivo sela o diagnóstico.
Já os testes em série, realizamos um exame
de cada vez. Somente partimos para o
outro exame, se o primeiro for positivo. Para
selar o diagnóstico, todos precisam ser positivos;
caso um seja negativo, interrompemos
os testes. Com isso aumentamos a especificidade!
Logo, melhor resposta, item E.

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75
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL CENTRAL DA POLÍCIA
MILITAR – HCPM
Testes diagnósticos são ditos em paralelo
quando são realizados simultaneamente, considerando
como evidência de doença se qualquer
resultado for positivo. Quando comparada
à utilização de cada um dos testes isoladamente, a realização de dois testes diagnósticos
em paralelo:
a) Aumenta a especificidade.
b) Não modifica a especificidade.
c) aumenta a sensibilidade.
d) Aumenta o valor preditivo positivo.
e) Reduz o valor preditivo negativo.

A

Teste em paralelo aumenta a sensibilidade.

Resposta letra C.

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76
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
RIO DE JANEIRO – UERJ
Sobre a utilização de testes diagnósticos múltiplos,
é correto afirmar que a aplicação
de testes em:
a) Série é mais indicada no início da investigação
diagnóstica e aumenta a capacidade de diagnosticar
doentes anteriormente não detectados.
b) Série aumenta a sensibilidade e o valor
preditivo positivo da estratégia diagnóstica,
mas diminui a especificidade.
c) Paralelo aumenta a sensibilidade da estratégia
diagnóstica e é indicada quando a doença
é letal.
d) Paralelo aumenta a especificidade e o valor
preditivo negativo, mas diminui a sensibilidade.

A

Vamos pelas alternativas:
Letra A incorreta, pois testes em série aumentam
a especificidade do exame, achando os
verdadeiro-negativos.
Letra B incorreta, pois aumentam a especificidade
e o valor preditivo positivo, diminuindo a sensibilidade.
Letra C correta e autoexplicativa (é só voltar
no texto anterior).
Letra D incorreta, pois paralelo diminui a especificidade
e aumenta a sensibilidade.
Resposta letra C.

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77
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUC – RS
Assinale a alternativa correta, considerando
as propriedades de um teste-diagnóstico:
a) Um teste sensível raramente classificará de
forma errônea as pessoas como sendo portadoras
da doença quando, na verdade, não são.
b) Um teste específico raramente deixará de
diagnosticar portadores da doença.
c) Um teste altamente sensível é muito útil
para o clínico quando o resultado é negativo.
d) Os testes específicos são úteis nos estágios
iniciais de um processo diagnóstico, quando diversas
possibilidades estão sendo consideradas.
e) Os testes com bom poder discriminatório
concentram-se no canto inferior direito da curva
ROC (receiver operator characteristic).

A

Pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois um teste sensível poder
ter grande número de falso-positivo. Um teste sensível tem pouco falso negativo. Quando ele
der negativo pode confiar;
Letra B: incorreta, quem faz isso é o teste
sensível. O teste específico pode ter muito
falso negativo;
Letra C: correta. Vide justificativa da alternativa
A;
Letra D: incorreta, para estágios iniciais o ideal
é o teste sensível, pois temos mais confiança
no resultado negativo, o que vai afastar as
doenças em dúvida;
Letra E: incorreta, pois os testes de maior
acurácia são os que ficam no canto superior
esquerdo.
Portanto, resposta letra C.

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78
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO
PARANÁ – AMP
Em relação ao estudo de validação de um teste
diagnóstico é correto afirmar:
a) A sensibilidade de um teste é a capacidade
do teste acertar em indivíduos sem a
doença em questão.
b) Os testes altamente sensíveis são utilizados
no rastreamento de doenças e apresentam
poucos resultados falso-positivos.
c) Utiliza-se um teste específico quando o
ônus de um diagnóstico errôneo é alto e o
mesmo apresenta poucos resultados falsonegativos.
d) O valor preditivo positivo de um teste diagnóstico
é influenciado pela prevalência da
doença na população testada.
e) A especificidade é a capacidade de o teste
acertar em indivíduos com a doença.

A

Vamos analisar as alternativas sobre testes
diagnósticos:
Letra A – Falsa. A sensibilidade é a capacidade
de um teste ser positivo na presença de
doença, ou seja, entre os indivíduos doentes.
Letra B – Falsa. Os testes altamente sensíveis
são úteis no rastreamento pelo seu alto
valor preditivo negativo. Ou seja, quando esses
testes resultam em negativo, a probabilidade
de o indivíduo não estar doente é alta.
Mas podem dar muitos falso-positivos (apesar
de poucos falso-negativos).
Letra C – Falsa. Um teste específico é utilizado
na confirmação de doenças porque o seu
valor preditivo positivo é alto, ou seja, quando
ele dá positivo, a probabilidade de que o indivíduo
tenha a doença é alta. Mas podem dar
muitos falso-negativos.
Letra D – Verdadeira. Os valores preditivos
(negativos ou positivos) são influenciados
pela prevalência da doença, pela sensibilidade
e especificidade do teste. Já a sensibilidade
e a especificidade de um teste NÃO são
influenciadas pela prevalência.
Letra E – Falsa. Essa é a descrição da sensibilidade.
A especificidade é a capacidade
de um teste dar negativo NA AUSÊNCIA DE
DOENÇA.
Resposta: D.

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79
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE – UFF
Para testar pacientes posteriores com queixas
respiratórias, colegas do médico em apreço
sugeriram a adoção do teste rápido para
detecção de influenza. Novamente o médico
recorreu à literatura (UVEKI et al, 2009) e
verificou que: O teste rápido (QuickVue) foi
comparado à reação de PCR. A sensibilidade
do teste foi 27% enquanto a especificidade
foi 97%.
Assim, ele concluiu que o teste:
a) É útil apenas se for usado em populações
com baixa prevalência da doença, para evitar
o excesso de falso-positivo.
b) Tem poucos falso-negativos, por isso seu
valor preditivo é alto.
c) É adequado para triagem, já que tem poucos
falso-positivos.
d) É adequado para unidades básicas de saúde,
mas não para hospital, pois tem muitos
falso-negativos e baixo valor preditivo positivo.
e) É útil para confirmar a doença, com poucos
falso-positivos, mas não é adequado para
triagem.

A

Questão para analisar a sensibilidade e a
especificidade dos testes diagnósticos. Vamos
pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois a sensibilidade e especificidade
de um teste não dependem da
prevalência da doença na população. São
propriedades intrínsecas do teste;
Letra B: incorreta, pois com a sensibilidade
baixa existirão muitos falsos-negativos;
Letra C: incorreta, pois tem sensibilidade baixa,
não servindo para triagem;
Letra D: incorreta, pois a especificidade é alta,
tendo um alto VPP;
Letra E: correta, pois tem baixa sensibilidade
(ruim para triagem) e alta especificidade (bom
para confirmar).
Resposta letra E.

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80
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – PR
Para o clínico, é um dilema determinar se
o paciente tem a doença ou não, dados os
resultados de um teste. O valor preditivo é a
probabilidade de ter a doença após o resultado
do teste ser conhecido. Esse valor pode
responder à pergunta: “Se o resultado de teste
do meu paciente for positivo (ou negativo),
qual é a probabilidade de ele ter (ou não ter)
a doença?”
Tendo em vista seu conhecimento a respeito
de valor preditivo, é INCORRETO afirmar:
a) Quanto mais sensível for um teste, maior
será seu valor preditivo negativo, ou seja,
mais confiante o clínico pode ficar de que um
resultado de teste negativo descarte a doença
que está sendo pesquisada.
b) Quanto mais específico for o teste, maior
será o valor preditivo positivo, ou seja, mais
confiante o clínico pode ficar de que um teste positivo confirme ou feche um diagnóstico que
está sendo pesquisado.
c) O valor preditivo é influenciado pela prevalência,
sendo assim, ele depende do contexto
em que o teste é utilizado.
d) Os resultados negativos, mesmo para um
teste muito sensível, quando aplicados a pacientes
com alta probabilidade de ter a doença,
serão, em grande parte, falso-negativos.
e) O valor preditivo de um teste não é uma propriedade
de teste por si só. Ele é determinado
pela sensibilidade e especificidade do teste e
pela incidência da doença na população que
está sendo testada.

A

Essa questão é respondida por um único
detalhe. Não é a incidência que determina o
valor preditivo, mas a prevalência. Este trecho
torna a opção E incorreta. As demais opções
estão corretas.

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81
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Carlos, 65 anos, relata que seu irmão faleceu
recentemente de dissecção aguda de aorta
e pergunta ao médico se pode ter a mesma
doença e se deve fazer exames. Nega
hipertensão, diabetes ou cirurgias prévias.
Uma metanálise reviu estudos para avaliar a
acurácia da história clínica, do exame físico e
da radiografia de tórax no diagnóstico de dissecção
aguda da aorta torácica. Alguns dos
resultados encontrados foram:
(1) dor torácica intensa de início súbito mostrou
sensibilidade de 84%;
(2) o sopro diastólico mostrou razão de verossimilhança
positiva de 1,4;
(3) a sensibilidade de radiografia de tórax
anormal foi de 90%.

Pode-se afirmar que:
a) A presença do sopro diastólico altera muito
a probabilidade pré-teste de dissecção.
b) A probabilidade de haver sopro diastólico
nos pacientes com dissecção de aorta é 1,4
vezes maior do que naqueles sem dissecção.
c) Utilizando-se como critério diagnóstico dor
torácica intensa de início súbito, 16 pacientes
em 100 seriam falso-positivos.
d) A probabilidade de um paciente com radiografia
de tórax anormal ter dissecção de aorta
é de 90%.

A

Vamos às alternativas:
Letra A: incorreta, a probabilidade pré-teste =
prevalência, e na questão não é fornecida a
prevalência entre sobro sistólico e a dissecção;
Letra B: correta, pois a razão de verossimilhança
positiva expressa quantas vezes mais
provável se encontra um resultado de um teste
em pessoas doentes comparadas com as não
doentes.
Letra C: incorreta, pois não temos o valor da
especificidade levando em consideração dor
torácica intensa. Nessa situação, em uma tabela
hipotética teríamos:

Falso-negativo = 16, e não falso-positivo.
Letra D: incorreta, pois o conceito exposto
expresso na alternativa representa o valor
preditivo positivo e não a sensibilidade.
Resposta letra B.

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82
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA – UFSC
O PPD é considerado como positivo a partir de
10 mm de eritema e enduração. O chefe do departamento
de doenças infecciosas decide que
a prova só será considerada positiva a partir dos
12 mm. Assinale a alternativa que expressa corretamente
o efeito desse novo ponto de corte sobre
a sensibilidade e especificidade desse teste.
a) Diminuição da sensibilidade e diminuição
da especificidade.
b) Diminuição da sensibilidade e aumento da
especificidade.
c) Aumento da sensibilidade e diminuição da
especificidade.
d) Aumento da sensibilidade e aumento da
especificidade.
e) Este novo ponto de corte não afeta os valores
de sensibilidade e especificidade.

A

No momento que aumentamos o ponto de
corte de um exame, diminuímos a quantidade
de resultados positivos, ou seja, diminuímos
a quantidade de falsos e verdadeiro-positivos.
Diminuindo a quantidade de verdadeiro-positivos
diminuímos a sensibilidade.
E quanto à especificidade? Quando você aumenta
o ponto de corte, aumenta a quantidade
de resultados negativos diagnosticados pelo
teste, ou seja, aumenta a quantidade de falso-
-negativos e de verdadeiro-negativos. Aumentando
a quantidade de verdadeiro-negativos,
aumentamos a especificidade do teste.

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83
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
RIBEIRÃO PRETO – USP – RP
Em pesquisa hipotética, realizada para estabelecer
o valor de um metabólito como teste
diagnóstico para determinada doença, através
de amostras de urina, acordou-se que o ponto
de corte ideal para considerar a dosagem
do mesmo, como resultado positivo, seria de
65 mg/dl (correspondente à letra X na figura
abaixo). Esse nível mostrou sensibilidade de
92% e especificidade de 99%.

Se esse ponto de corte for aumentado para
80 mg/dl, a sensibilidade irá:
a) Diminuir.
b) Aumentar.
c) Não sofrer alterações.
d) Aumentará se a prevalência da doença
for alta.

A

No momento que aumentamos o ponto
de corte de um exame, diminuímos a quantidade
de resultados positivos, ou seja,
diminuímos a quantidade de falsos e verdadeiro-
positivos. Diminuindo a quantidade
de verdadeiro-positivos diminuímos a sensibilidade.
Resposta letra A.

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84
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – BA
Realizou-se um estudo para avaliação de
exame de glicemia em jejum para o diagnóstico
de Diabetes Mellitus, obtendo-se o
seguinte resultado:

Com bases nas informações, pode-se concluir
que a sensibilidade do exame é de:
a) 20%.
b) 60%.
c) 75%.
d) 82%.
e) 90%.

A

Cuidado com esta tabela!!! Ela nos fornece
os seguintes valores: falso-positivos,
falso-negativos, verdadeiro-negativos e verdadeiro-
positivos. Não é a tabela que estamos
acostumados; mesmo assim, a questão
não traz dificuldades. A sensibilidade =
verdadeiro-positivos / (verdadeiro-positivos
+ falso-negativos). Na questão: sensibilidade
= 60 / (60 + 40) = 60/100 = 0,60 = 60%.

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85
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO
SANTO – UFES
Os testes diagnósticos, definidos em sua concepção
mais ampla como todos aqueles procedimentos
que visam a detectar, na população,
uma condição de interesse, baseiam-se nos
conceitos de sensibilidade, especificidade e
valores de predição. Em relação a estes conceitos,
podemos afirmar:
a) Sensibilidade é a capacidade de detectar
corretamente aqueles que não têm a condição
de interesse.

b) Especificidade é a capacidade de detectar
corretamente aqueles que têm a condição de
interesse.
c) A sensibilidade é uma propriedade de teste
útil para excluir a presença da condição de
interesse.
d) A especificidade é uma propriedade do
teste útil para excluir a presença da condição
de interesse.
e) Ao contrário da sensibilidade e da especificidade,
que dependem da frequência de ocorrência,
os valores de predição são intrínsecos
ao teste.

A

O exame mais sensível dá muito resultado
positivo (tanto falsos quanto verdadeiro-negativos)
e poucos resultados falso-negativos.
Portanto, acreditamos mais nos resultados
negativos deste exame. É um exame
mais útil para excluir a doença do que para
confirmá-la. O exame mais específico dá
muito resultado negativo (tanto falsos quanto
verdadeiro-negativos) e poucos resultados
falso-positivos. Portanto, acreditamos mais
nos resultados positivos deste exame. É um
exame mais útil para confirmar a doença.
Resposta letra C.

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86
Q

Desenhos epidemiológicos

Classificação:

A
  • Desenhos epidemiológicos DESCRITIVOS e
  • Desenhos epidemiológicos ANALÍTICOS.
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87
Q

Estudos descritivos

Definição e vantagem.

A

Investigam a frequência e distribuição de um agravo à saúde na população segundo as características da própria população, tais como, sexo, raça, idade, estado civil, classe social, manifestações clinicolaboratoriais, distribuição geográfica e tempo de ocorrência.

Exemplos: relato de casos, série de casos, estudos transversais e ecológicos.

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88
Q

Estudos analíticos

Definição:

A

São os estudos que testam hipóteses, investigam a associação entre fatores de risco e um agravo à saúde.
Permitem calcular medidas de associação como risco relativo, odds ratio.

Exemplos: caso-controle, coorte e ensaios clínicos.

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89
Q

Diferença entre estudo Descritivo e Analítico.

A

No descritivo, como o próprio nome diz, eles descrevem informações sobre a distribuição das doenças e suas características. A grande vantagem dele é de se barato e permitem formular hipóteses, mas não confirmam, pois não as testam. Alguns exemplos são: relato de casos, série de casos, estudos transversais e ecológicos.

No analítico, testamos as hipóteses, apresentando uma análise e não mais apenas uma descrição de um fato ocorrido. Em geral, investigam a relação entre fatores de risco e ocorrência de doenças. Alguns exemplos são: estudo de caso-controle, coorte, ensaios clínicos.

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90
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
HOSPITAL SANTA GENOVEVA – HSG
Marque a resposta incorreta:
a) nos estudos epidemiológicos é importante -
além de responder as questões tradicionais:
Quem? Quando? E Onde? - subsidiar a caracterização
do evento com as questões: Que?
Por Quê? E daí?
b) Os principais objetivos dos estudos descritivos
são: análise de tendência, planejamento
e levantamento de hipóteses.
c) uma das vantagens dos estudos descritivos
é a utilização de dados secundários, obtidos
por meio de uma investigação, o que os torna
menos dispendiosos.
d) nos estudos descritivos não existe grupo de
comparação, portanto, ao contrário dos estudos
analíticos, eles não avaliam a associação
entre exposição e efeito.
e) os estudos de prevalência são exemplos
de estudos descritivos.

A

A única alternativa incorreta é a letra C, pois
os estudos descritivos não realizam investigação,
eles somente descrevem os achados. Os
estudos que analisam para observar a relação
causa-efeito são os ANALÍTICOS.

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91
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –
USP – RIBEIRÃO PRETO
Relatos de casos, estudos ecológicos e
relatos de série de casos são modelos de
estudos epidemiológicos que têm em comum
a seguinte característica:
a) prestam-se a testar hipóteses de associação
entre fatores de risco e a doença.
b) permitem cálculo de medidas de associação,
como o risco e a doença.

c) permitem calcular unicamente o odds ratio.
d) são de natureza descritiva.

A

Como você acabou de ver acima, a única
alternativa correta é a letra D.

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92
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
HOSPITAL DE URGÊNCIA DE
GOIÂNIA – HUGO
Com relação à epidemiologia descritiva:
a) em estudos descritivos, é possível identificar
fatores de risco para a ocorrência de
determinados agravos.
b) os resultados de estudos descritivos não
permitem formular hipóteses causais.
c) as características de pessoa, tempo e lugar,
dos eventos estudados, não podem ser
de imediato aplicadas no planejamento das
ações de assistência à saúde das populações.
d) os principais objetivos dos estudos descritivos
são: análise de tendência, planejamento
e levantamento de hipóteses.
e) uma das vantagens dos estudos descritivos
é a utilização de dados primários, obtidos
por meio de uma investigação, o que os torna
muito dispendiosos.

A

Letra A: incorreta, quem faz isso são os
estudos analíticos;
Letra B: incorreta, pois permitem formular hipóteses;
Letra C: incorreta, pois os eventos estudados podem
ser aplicados de imediato no planejamento;
Letra D: correta, pois permite a análise de
tendência, planejamento e LEVANTAMENTO
de hipóteses, mas tome cuidado, pois ele não
testa hipóteses.
Letra E: incorreta, pois são pouco dispendiosos,
só fazem um levantamento da situação.

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93
Q

Estudo Individuado

Definição:

A

pesquisa indivíduo por indivíduo

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94
Q

Estudo Agregado

Definição:

A

pesquisa toda a população de uma vez

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95
Q

Estudo observacional

Definição:

A

é aquele tipo de estudo em que não existe nenhuma manipulação do fator em estudo, existe apenas a livre observação entre as variáveis.

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96
Q

Estudo de intervenção (experimental)

Definição:

A

existe a manipulação por parte dos pesquisadores/
investigadores, seja com a introdução de um medicamento, uma nova vacina…

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97
Q

Estudo longitudinal (ou serial):

A

Quando tem acompanhamento da população ou dos indivíduos ao longo de meses, anos, décadas

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98
Q

Estudo transversal (ou seccional ou instantâneo)

Definição:

A

reflete uma situação pontual, como por exemplo, a prevalência de tuberculose no ano de 2008.

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99
Q

Estudos longitudinais PROSPECTIVOS.

Definição:

A

Quando acompanhamos os indivíduos do fator de risco até o agravo.

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100
Q

Estudos longitudinais RETROSPECTIVOS.

Definição:

A

Quando acompanhamos os indivíduos a partir do agravo para o fator de risco.

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101
Q

Estudo de intervenção igual a:

A

Ensaio clínico.

102
Q

Estudos Ecológicos

Definição + Desenho:

A

Estudos que abordam uma área geográfica bem delimitada (bairro, cidade), analisando comparativamente os indicadores de saúde (na maioria das vezes).

Desenho:
OBSERVACIONAL + AGREGADO+ TRANSVERSAL

103
Q

Estudos Ecológicos

Vantagens:

A
  • de fácil realização,
  • baixo custo,
  • análise simples
  • possuem a capacidade de GERAR HIPÓTESES.
104
Q

Estudos Ecológicos

Desvantagens:

A
  • geram hipóteses, mas não as confirmam;
  • baixo poder analítico,
  • vulneráveis à chamada falácia ecológica (viés ecológico).
  • Não determinam a incidência, mas somente a PREVALÊNCIA das doenças, pois é um estudo pontual (não sei se a doença já existia ou acabou de surgir).
  • Falácia ecológica
105
Q

Falácia ecológica.

o que é?

A

erro que ocorre ao se generalizar uma situação para toda a população, frequente nos estudos ecológicos,

106
Q

Estudos de Prevalência (ou Corte Transversal ou Seccional ou Transversal ou Inquéritos)

Definição e desenho:

A

São estudos caracterizados pelo desenho: INDIVIDUADO – OBSERVACIONAL – TRANSVERSAL.

São estudos que observam ao mesmo tempo o fator causal (fator de risco, exposição) e o efeito desse fator (agravo, desfecho, doença), não conseguindo pesquisar a etiologia, mas com grande capacidade de produzir hipóteses.

107
Q

Estudos de Prevalência (ou Corte Transversal ou Seccional ou Transversal ou Inquéritos)

Vantagens:

A
  • baixo custo,
  • análise simples,
  • alto poder descritivo
  • possuem a capacidade degerar hipóteses.
108
Q

Estudos de Prevalência (ou Corte Transversal ou Seccional ou Transversal ou Inquéritos)

Desvantagens:

A
  • não testam hipóteses,
  • baixo poder analítico,
  • vulnerabilidade de erro de seleção.
  • Não determina a incidência, somente a prevalência das doenças,
  • são estudos pontuais,
  • não se sabe a doença já existia ou se acabou de surgir.
109
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES

Com o objetivo de estudar a prevalência de
hipertensão arterial na população de indivíduos
maiores de 30 anos, residentes em Vitória,
um grupo de pesquisadores desenvolve um estudo que consistiu na aplicação de um questionário com perguntas fechadas que versavam sobre os seguintes dados: variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e estar ou não em tratamento para hipertensão arterial. Foi realizada amostragem probabilística para seleção da população de estudo. Além da avaliação da prevalência de hipertensão arterial, procedeu-se à análise da associação das variáveis demográficas,
socioeconômicas e comportamentais com a
presença de hipertensão arterial referida. Qual
foi o delineamento de estudo utilizado?

a) Caso-controle.
b) Coorte.
c) Ensaio clínico.
d) Transversal.
e) Ecológico.

A

O enunciado já dá a dica logo na primeira
linha do tipo de estudo epidemiológico de que
se trata a questão… O estudo que permite estudar a prevalência de uma doença é o chamado estudo de prevalência, ou estudo transversal, ou ainda estudo seccional (todos são sinônimos). O objetivo era avaliar a prevalência de hipertensão arterial na população de indivíduos maiores de 30 anos, residentes em Vitória. Para isso, os pesquisadores aplicaram um questionário que continha diversas
informações (variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e presença ou
não de tratamento para a doença). Isso é muito comum em estudos transversais, a aplicação de questionários. Como se trata de um estudo observacional e realizado em único momento no tempo, a aplicação de questionários se torna um recurso fácil, barato e que permite a coleta de uma ampla variedade de dados. Outras informações fornecidas pelo enunciado são: os pesquisadores realizaram amostragem probabilística para a seleção da população. Isso se refere apenas ao recurso estatístico utilizado para a seleção dos indivíduos. Não determina o tipo do estudo. Significa que cada indivíduo selecionado tinha
a mesma probabilidade de entrar no estudo, evitando o viés de seleção. Após a coleta de
todas as informações, os pesquisadores podem
proceder à avaliação da existência ou não de associação entre as variáveis. Desta forma, podem gerar hipóteses (que serão confirmadas por estudos longitudinais, como os de coorte). Vale lembrar que a diferença dos estudos transversais para os estudos ecológicos é que, nos primeiros, a informação obtida é em nível do INDIVÍDUO, ou seja, trata-se de um estudo INDIVIDUADO. No exemplo da questão, a escolha de variáveis como as demográficas (sexo, idade) e a presença ou não
de tratamento para a hipertensão, denotam a
disposição dos dados de forma individuada.
Já nos estudos ecológicos, que também são
estudos observacionais e transversais, os dados são agregados e a análise é feita em relação a uma grande área ou região, que não é o caso da questão.

Portanto, resposta certa: letra D.

110
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – PR
Em uma investigação realizada no Canadá,
usando-se estatísticas, constatou-se que
a mortalidade por cirrose hepática aumentou
rapidamente no período de 1921-1956.
Essa elevação manteve relação direta com
o aumento do consumo per capita de álcool
e inversamente proporcional ao preço de
bebidas alcoólicas, que decresceu no mesmo
período. Pergunta-se: Como poderia ser
classificada essa pesquisa?
a) Estudo coorte prospectivo.
b) Estudo transversal.
c) Estudo ecológico.
d) Estudo caso-controle.
e) Estudo de ensaio clínico randomizado.

A

Questão clássica de prova de residência!
Feita para gerar dúvida. Nessa questão são
apresentados dados PONTUAIS. É um retrato
da situação referente ao Canadá. Se
houvesse o acompanhamento, estaríamos
diante dos estudos Longitudinais (coorte,
caso-controle…), mas como não há, estamos
frente a um estudo Transversal (esse termo
serve para avaliar a referência temporal,
como para batizar estudo). Agora, qual transversal?
Ecológico ou Inquérito (transversal).
Quem vai responder isso é o tipo operativo,
agregado ou individual. O estudo em questão
analisa dados estatísticos, ou seja, os dados
populacionais. É um estudo agregado. Portanto,
é um estudo observacional, transversal,
agregado = ECOLÓGICO. Se fosse individuado,
cada indivíduo da população analisado,
estaríamos frente a um estudo transversal ou
inquérito. Resposta letra C.

111
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓ-
RIA – EMESCAM – ES
Uma pesquisa realizada na Suécia constatou
que a taxa de incidência por meningite por
Haemophilus influenzae entre 1956 e 1992
estava relacionada à taxa de amamentação
de uma determinada população. Os autores
observaram uma significativa correlação inversa
e um efeito protetor por até 10 anos.
Que estudo é este?
a) Transversal.
b) Caso-controle.
c) Estudo de intervenção.
d) Estudo ecológico.
e) Coorte.

A

Trata-se de um estudo observacional (sem
intervenção), agregado (determinada população),
transversal (retrato da situação, taxa
de amamentação e incidência de meningite),
observe que não há acompanhamento do
risco para o desfecho ou vice-versa, não é
longitudinal. Portanto, trata-se de um estudo
ecológico. Por que não a letra A (transversal)?
Por que o estudo seccional ou transversal
é considerado individuado e aqui temos
um agregado.

112
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
FUNDAÇÃO JOÃO GOULART –
HOSPITAIS MUNICIPAIS – FJG – RJ
Um grupo de estudantes de medicina deseja
avaliar a evolução da sífilis congênita no
Brasil. O grupo realiza um estudo, abrangendo
os anos de 1990 a 2005. Para tanto,
utilizam o Sistema Nacional de Notificação
de Agravos de Notificação Compulsória,
os dados de morbidade do DATASUS e os
censos demográficos do IBGE. Trata-se de
um estudo do tipo:
a) ecológico, pois trabalha com dados agregados.
b) coorte, pois acompanha a população ao
longo do tempo.
c) histórico, pois utiliza dados do passado.
d) aninhado, pois compara diferentes sistemas.

A

Vamos lá: esse estudo é observacional
(não há intervenção); é transversal, aqui foi
o que mais confundiu, pois o estudo abrangeu
de 1990 a 2005, mas percebam bem,
não houve acompanhamento de desfecho e
nem de fatores de risco. O que houve foi um
retrato da situação ano a ano para saber se
os números aumentaram ou diminuíram; e é
agregado, pois não se fez exame em cada
um dos indivíduos (não analisou indivíduo
por indivíduo), e sim pegaram o número total
de casos em um banco de dados. Portanto,
trata-se de um estudo ECOLÓGICO. Estudo
aninhado? É o estudo que mistura características
de dois estudos diferentes, por
exemplo, estudo de caso controle realizado
dentro de um estudo de coorte.

113
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO – UFPE
Em uma amostra aleatória de base populacional,
composta de 1.020 mulheres na faixa
etária entre 20 e 60 anos, Hartmann et al. conduziram,
entre março e novembro de 2003,
uma investigação sobre hipertensão arterial
(HA) na cidade de São Leopoldo (RS). Os
níveis de pressão arterial foram mensurados
durante uma única visita domiciliar, e questionários
padronizados, nos quais se incluíam
variáveis demográficas, socioeconômicas,
obstétricas, morbidades e hábitos de vida,
foram aplicados às mulheres. O desfecho
foi definido pela presença de níveis tensionais
iguais ou maiores que 140 x 90 mmHg
e/ou com medidas inferiores, mas com uso
de medicação anti-hipertensiva. Do total de
entrevistadas, 267 apresentavam HA e, após
controle dos fatores de confusão, verificouse
associação estatisticamente significante
(p < 0,05) entre HA e idade, cor da pele,
estado civil, história familiar de hipertensão
arterial, escolaridade e estado nutricional. O
desenho de estudo utilizado por Hartmann et
al. é classificado como:
a) Série de casos.
b) Caso-controle.
c) Coorte.
d) Corte transversal.

A

O estudo em questão não parte de fatores
de risco para doença e nem de doença para
fatores de risco, ele simplesmente “procura”
pessoas hipertensas, é um retrato da situação,
estudo transversal. Resposta letra D.

114
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA
USP – SP
Ao analisar as estatísticas nacionais de 39
países, um pesquisador observou forte correlação
entre consumo de dieta gordurosa (em
g/dia) e taxa de morte em mulheres/100.000,
ajustada pela idade. Os resultados são apresentados
no gráfico abaixo. Esse modelo de
estudo é classificado como: (ver imagem)

a) Coorte prospectivo.
b) Caso-controle.
c) Ecológico.
d) Transversal.

A

Questão clássica de prova de residência!
Feita para gerar dúvida. Nessa questão são
apresentados dados PONTUAIS, sem acompanhamento
e um retrato da situação referente
às populações. Se houvesse o acompanhamento,
estaríamos diante dos estudos Longitudinais
(coorte, caso-controle…), mas como
não há, estamos frente a um estudo Transversal
(esse termo serve para avaliar a referência
temporal, como para batizar o estudo). Agora,
qual transversal? Ecológico ou Inquérito
(transversal). Quem vai responder isso é o tipo
operativo, agregado ou individual. O estudo
em questão analisa os indicadores de saúde,
ou seja, os dados populacionais. É um estudo
agregado. Portanto, é um estudo observacional,
transversal, agregado = ECOLÓGICO. Se
fosse individuado a cada indivíduo da população
analisada, estaríamos frente a um estudo
transversal ou inquérito. Resposta letra C.

115
Q

Estudos de Coorte

Definição e desenho:

A

O estudo parte da observação de grupos comprovadamente expostos a um suposto fator de risco como causa de uma doença a ser detectada no futuro (análise prospectiva).

São capazes de abordar hipóteses etiológicas produzindo medidas de INCIDÊNCIAS e medidas diretas de risco.

Observa o surgimento da doença a partir dos riscos.

RISCO ==> DOENÇA (desfecho, consequência, agravo)

116
Q

Estudos de Coorte

Como é o seu desenho?

A

Desenho:
OBSERVACIONAL + INDIVIDUADO + LON-
GITUDINAL PROSPECTIVO.

Os estudos de coorte partem dos indivíduos sem a doença, divididos em expostos e não expostos (com e sem o fator de risco, exposição) e observam a ocorrência de doença, comparativamente, entre os grupos.

117
Q

Estudos de Coorte

Vantagens:

A
  • definem riscos,
  • confirmam as hipóteses etiológicas,
  • possuem menos chances de chegar a conclusões falsas;
  • podem ser planejados com exatidão;
  • os expostos e não expostos são conhecidos
  • previamente, antes de se saber os resultados;
  • a medição do risco não é influenciada
  • pela presença da enfermidade;
  • consistem no
  • melhor método para estudar a INCIDÊNCIA
  • e a HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS;
  • são especialmente úteis para doenças fatais.
118
Q

Estudos de Coorte

Desvantagens:

A
  • caros,
  • longos,
  • vulneráveis a perdas,
  • inapropriados para raras ou de longo período de incubação (pois demoram para ocorrer, o que torna o estudo mais dispendioso),
  • difíceis de serem reproduzidos.
119
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL NACIONAL DO CÂNCER – RJ
É um estudo no qual um conjunto de indivíduos
sem a doença de interesse é classificado
em grupos segundo o grau de exposição
a um possível fator de risco ou de prognóstico,
sendo então acompanhados para se
comparar a ocorrência da doença em cada
um desses grupos. Assinale a qual tipo de
estudo se refere:
a) Transversal. c) Ecológico.
b) Caso-controle. d) Coorte.

A

Questão tranquila… Separamos um grupo
sem a doença de interesse e avaliamos a
exposição ou não ao fator de risco. Ou seja,
começa pelo risco para avaliar o desfecho.
Estudo de coorte. Resposta letra D.

120
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO PAULO – SP
Em qual tipo de estudo epidemiológico observacional
os indivíduos são classificados - ou
selecionados - segundo sua condição de exposição
a um fator ou variável, sendo seguidos
para se avaliar a incidência de doença?

A

Trata-se de um estudo tipo observacional,
em que os indivíduos são acompanhados ao
longo de um período; portanto longitudinal. Nesse
caso, ‘’partimos’’ dos fatores de risco ‘’em
direção’’ a doença. Os fatores de risco podem,
inclusive, ser raros (uma vez que selecionaremos
pacientes com esses fatores desde o
início), entretanto, a doença não! Em resumo:
OBSERVACIONAL - LONGITUDINAL – INDIVIDUADO
– PROSPECTIVO = COORTE.
Resposta COORTE.

121
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
FACULDADE DE MEDICINA DE
CAMPOS – FMC
Para avaliar se determinantes conhecidos de
Diabetes Não insulinodependente podem ser
fatores de risco para Diabetes Gestacional,
Soloman et al. (JAMA1997; 278: 1078-83)
estudaram 14613 mulheres sem Diabetes
Gestacional prévio ou outro tipo de diabetes
e que relatassem uma gravidez de feto único.
Os fatores de risco estudados foram: idade,
Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gravídico,
história familiar de diabetes, tabagismo e
prática de exercícios físicos vigorosos. Qual
o delineamento do estudo:
a) Estudo de coorte.
b) Estudo seccional ou transversal.
c) Estudo caso-controle.
d) Estudo clínico randomizado.
e) Quase experimento.

A

Temos aqui uma questão que começa dos
fatores de risco (idade, Índice de Massa Corporal
(IMC) pré-gravídico, história familiar de
diabetes, tabagismo e prática de exercícios
físicos vigorosos) para no futuro avaliar o desfecho (diabetes). Dessa forma, temos um
estudo observacional (sem intervenção, só observa),
individuado (cada participante deve ser
avaliado), longitudinal prospectivo = ESTUDO
DE COORTE. Resposta letra A.

122
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
– UFSC
Assinale a alternativa que indica o estudo no
qual um conjunto de indivíduos sem a doença
de interesse é classificado em grupos segundo
o grau de exposição a um possível fator de
risco ou prognóstico, sendo acompanhados ao
longo do tempo para se comparar a ocorrência
da doença em cada grupo de exposição:
a) Estudo ecológico.
b) Estudo de coorte.
c) Estudo transversal.
d) Estudo caso-controle.
e) Estudo de intervenção.

A

Vamos lá: é um estudo observacional (não
houve intervenção, só observação dos acontecimentos),
longitudinal (acompanhados ao
longo do tempo), que parte do fator de risco
para a doença (risco  desfecho). Trata-se
de um estudo de coorte.

123
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE
CIÊNCIAS MÉDICAS DE PORTO
ALEGRE – RS
Qual o delineamento de escolha para estudos
de prognóstico?
a) estudo de coorte.
b) estudo de casos e controles.
c) estudo transversal.
d) estudo ecológico.
e) série de casos.

A

O prognóstico é o curso clínico ou a história
natural da doença, reflete como os pacientes
vão evoluir a partir de um fator de risco. Portanto,
os estudos prognósticos partem do risco
para avaliar o desfecho. O estudo melhor para
isso, então, são os estudos de coorte.
Resposta letra A.

124
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Um estudo para avaliar a prevalência do uso
de cocaína e de maconha no terceiro trimestre
de gravidez numa população de adolescentes
de um hospital público de São Paulo
usando análise do cabelo mostrou: 4,0% das
grávidas usaram maconha, 1,7% cocaína e
0,3%, as duas drogas. O acompanhamento
dessas gestantes mostrou incidência maior
de abortos entre as usuárias de drogas do
que entre as não usuárias. O acompanhamento
das gestantes caracteriza:
a) Estudo caso-controle.
b) Ensaio clínico não randomizado.
c) Estudo seccional.
d) Estudo de coortes.

A

O estudo acompanhou as gestantes usuárias
de drogas e identificou um aumento na
incidência de abortos nessas gestantes em
relação às gestantes não usuárias. É um estudo
observacional (não houve intervenção) +
longitudinal prospectivo (acompanhou as gestantes
até o parto), promovendo medidas de
incidência, só pode ser o estudo de coorte.
Resposta letra D.

125
Q

Existe estudo de coorte RETROSPECTIVO?

A

Sim, é o também chamado de coorte não
concorrente ou coorte histórica. Ele é caracterizado
pela seleção dos grupos de estudo
em algum lugar do passado (antes da
data inicial do estudo), com seus resultados
também buscados no passado. A diferença
para o de coorte concorrente ou prospectiva
(visto acima) é que, neste, o grupo de estudo
começará a ser observado com o início da
pesquisa, e os resultados acompanhados até
a data final da pesquisa.

Coorte não concorrente – Risco ==> Doença
(aconteceu antes do início da pesquisa)
Coorte concorrente – Risco ==> Doença
(acontecerá durante a pesquisa)

126
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO PAULO – UNIFESP
Em Florada da Serra, todas as crianças nascidas
no ano de 1989 foram avaliadas quanto
ao tipo de aleitamento recebido nos primeiros
6 meses de vida. Dez anos depois, estas
mesmas crianças tiveram seu coeficiente de
inteligência mensurado. Constatou-se que o
aleitamento materno exclusivo nos primeiros
6 meses de vida reduziu em seis vezes o risco
de deficiência intelectual nestas crianças,
uma década após. Qual foi o desenho de estudo
realizado nesta cidade?
a) Caso-controle.
b) Coorte.
c) Transversal.
d) Ensaio clínico.
e) Ecológico.

A

O estudo partiu do risco (aleitamento materno
ou não) para o desfecho (inteligência)
no decorrer do tempo. Portanto, estudo observacional
(não houve o uso de um medicamento,
por exemplo, só observou), individuado
(cada criança foi avaliada), longitudinal
(acompanhamento por uma década) e
prospectivo (saiu do risco para o desfecho).
Portanto, COORTE! Mas agora, tanto o risco,
quanto o desfecho, aconteceram antes
do inicio do estudo. Então estudo de coorte
histórica. Resposta letra B.

127
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
– UNICAMP – SP
Um pesquisador foi ao serviço de arquivo
médico de um hospital e identificou todas as
crianças que foram internadas entre 1973 e
1975 com diagnóstico de pneumonia e associou
esse evento com o risco dessas crianças
virem a desenvolver alteração nos testes respiratórios
realizados em 1999. TRATA-SE DE
UM ESTUDO DO TIPO:
a) Ecológico.
b) Caso-controle.
c) Coorte prospectivo.
d) Coorte histórica.

A

Vamos analisar o estudo: foram identificados
fatores de risco no passado – Internação
por pneumonia em 1973. A partir desse momento,
as crianças foram acompanhadas, e
esse fator de risco foi associado com a chance
de desenvolver alterações nos testes respiratórios
em 1999. Resumindo: INDIVIDUADO
(cada indivíduo foi analisado isoladamente) –
OBSERVACIONAL (não houve intervenções
por parte do investigador) – LONGITUDINAL
(existe o acompanhamento) – PROSPECTIVO
(parte do risco para o desfecho). Agora
atenção total: como o risco e o desfecho estão
no passado, antes do início do estudo, temos
o chamado estudo de COORTE HISTÓRICA.
Portanto, resposta LETRA D.

128
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA – UFSC
Um estudo em que um grupo de pessoas é
acompanhado por longo tempo durante o qual
sua exposição a vários fatores e suas características
de várias naturezas são avaliadas,
para serem correlacionadas com o surgimento
de desfechos ou doenças que aparecerão
durante o tempo de seguimento do grupo, é
um típico estudo de:
a) Coorte.
b) Caso-controle.
c) Ensaio clínico.
d) Experimental.
e) Transversal.

A

Questão fácil, que relata o desenho do
estudo e pede para identificá-lo. Estudo longitudinal
(acompanhamento de pessoas ao longo do tempo), que parte dos fatores de risco
(vários fatores) para avaliação do desfecho,
doenças (prospectivo), sem intervenção (ou
seja, observacional) = ESTUDO DE COORTE.
Resposta letra A.

129
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB
Oito horas após ter sido realizado um jantar,
noventa das trezentas pessoas que dele participaram
começaram a apresentar os primeiros
sintomas de diarreia, que foi posteriormente
confirmada. Houve suspeita de que a farofa
com ovos que havia sido servida estivesse
contaminada. Na investigação epidemiológica
desse surto, os pesquisadores iniciaram o
trabalho perguntando aos participantes quem
havia ou não ingerido a farofa e quem tinha
apresentado ou não diarreia. Duzentos participantes
disseram ter comido a farofa, dos quais
oitenta relataram ter apresentado diarreia.
Entre os que disseram não ter comido farofa,
dez afirmaram ter apresentado diarreia. Com
relação a essa situação hipotética, julgue o
item que se segue.

Trata-se de uma investigação epidemiológica
do tipo estudo de coorte histórica.
a) Certo .
b) Errado.

A

Vamos com calma classificar o estudo.
Ele é observacional (não há intervenção),
individuado (cada indivíduo foi entrevistado),
e agora entra a parte mais importante, que
gerou muitas dúvidas: o estudo parte do risco
(“… os pesquisadores iniciaram os trabalhos
perguntando aos participantes quem havia
ou não ingerido a farofa…”) para o desfecho
(“… apresentado ou não diarreia…”). A partir
desses dados, concluímos que se trata de um
estudo de coorte, porém, tanto o risco, quanto
o desfecho, aconteceram antes do início do
estudo, portanto, se trata de um estudo de
coorte histórica. Afirmativa correta.

130
Q

Estudos de Caso-Controle

Definição:

A

É um tipo de estudo epidemiológico que se inicia pelos doentes (CASOS), e identifica indivíduos comparáveis ao caso, sabidamente não doentes, os chamados CONTROLES.

É um estudo retrospectivo porque procura reconhecer a ocorrência da exposição a um suposto fator de risco no passado.

Observa os fatores de risco a partir da doença
Doença ==> Risco

131
Q

Estudos de Caso-Controle

Como é o seu desenho?

A

Dessenho:
INDIVIDUADO + OBSERVACIONAL + LONGITUDINAL + RETROSPECTIVO.

Como vimos, o estudo de caso-controle parte
da doença e irá buscar informações, NO PASSADO,
sobre a ocorrência da exposição. Inicialmente,
os indivíduos são alocados em dois
grupos com relação à presença de doença:
casos e controles. Da seguinte maneira:

132
Q

Estudos de Caso-Controle

Vantagens:

A
  • baratos,
  • rápidos,
  • fáceis de serem reproduzidos,
  • permitem acompanhar doenças raras ou de longo período de incubação (são apropriados para desfechos raros, pois já partem da doença),
  • permitem análise de vários fatores ao mesmo tempo.
133
Q

Estudos de Caso-Controle

Desvantagens:

A
  • dificuldade para formar grupo controle aceitável,
  • os prontuários e os exames com frequência estão incompletos (informação limitada),
  • não é conveniente quando o diagnóstico não é preciso,
  • estudo de uma única doença,
  • mais vulnerável a erros que coorte, devido à sua complexidade metodológica.
134
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS – BA
Com relação à metodologia epidemiológica, o
estudo observacional que se inicia com a seleção
de um grupo de pessoas portadoras de
uma doença ou condição específica e outro
grupo de pessoas que não sofreu dessa doença
ou condição é chamado de:

a) seccional.
b) transversal.
c) coorte.
d) ecológico.
e) caso-controle.

A

Pela descrição temos um estudo observacional
que parte dos casos e controles em direção à exposição sofrida, só pode ser estudo de caso-controle. Resposta: E.

135
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL
SÃO PAULO – UNIFESP
Assinale a alternativa que preenche corretamente
os espaços em branco do texto. “Você
planeja realizar um estudo de casos e controles
para verificar a influência do aleitamento

natural na incidência de apendicite aguda em
jovens de 15-24 anos de idade. O seu protocolo
contém informações sobre idade, sexo,
cor/raça, ocupação, estado conjugal, escolaridade,
história pessoal de amidalectomia
e história familiar de apendicectomia. Além
de questões sobre a exposição de interesse
principal, o seu questionário contém perguntas
sobre exposição pregressa a tabaco e bebidas
alcoólicas, bem como perguntas sobre
estresse, consumo pregresso de vegetais,
cafeína, anti-inflamatórios não hormonais,
vermífugos, laxativos e drogas consideradas
ilícitas. Nessas circunstâncias, os controles
deverão ser pessoas ______________ e sem
_________________ “.
a) De 15-24 anos de idade… aleitamento natural.
b) De 15-24 anos de idade… apendicectomia.
c) Com idade abaixo de 15 anos de idade…
qualquer cirurgia.
d) Completamente saudáveis… história familiar
de apendicectomia.
e) Sem apendicectomia… história familiar de
apendicectomia.

A

Os controles têm que ter as mesmas características
populacionais dos casos, porém
devem ser sadios. Pronto, acabou a questão.
Muito fácil. Se os casos são jovens de 15-24
anos com apendicite, cujo tratamento é sempre
apendicectomia, os controles serão jovens
de 15-24 anos sem apendicite, ou seja, sem
apendicectomia. Resposta letra B.

136
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA – UFSC
Assinale a alternativa que indica o estudo em
qual caso de uma doença de interesse são
identificados e classificados segundo grau de
exposição ao fator de risco ou prognóstico,
sendo comparados com uma amostra de indivíduos
saudáveis da base populacional que originou os casos:

a) Estudo ecológico.
b) Estudo de coorte.
c) Estudo transversal.
d) Estudo caso-controle.
e) Estudo de intervenção.

A

Questão sem maiores dificuldades. O estudo
usa uma amostra com o agravo (casos)
e compara com indivíduos sadios (controles).
Isso é igual a estudo de caso-controle.

137
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017
AMRIGS
Nos estudos __________, parte-se de dois
grupos de indivíduos, um com a doença e
outro sem ela, investigando se haviam estado
previamente expostos ao fator de risco. Assinale
a alternativa que preenche corretamente
a lacuna do trecho acima.
a) Experimentais.
b) Caso-controle.
c) Clínicos randomizados.
d) De coorte.
e) Descritivos.

A

Estudo que seleciona doentes e não doentes
(este como controle), voltando no passado
para avaliar a exposição ao risco, só pode ser
de caso-controle. Resposta letra B.

138
Q

Ensaio Clínico

Definição:

A

São estudos caracterizados pelo seguinte desenho:
INDIVIDUADO + INTERV ENÇÃO +
LONGITUDINAL PROSPECTIVO.
Comparam o efeito de uma intervenção (profilática
ou terapêutica) com controles (ex.:
placebo), no qual o investigador distribui o
fator de intervenção a ser analisado de forma
ALEATÓRIA pela técnica da RANDOMIZAÇÃO.
O fator de intervenção pode ser um
fármaco, uma técnica ou um procedimento.

139
Q

Ensaio Clínico

Como é seu desenho?

A

Nos ensaios clínicos clássicos, o fator de exposição é uma intervenção qualquer feita pelo investigador nos indivíduos sob investigação. Também pode ser chamado de estudo experimental. Para que as medidas de associação possam ser calculadas, é preciso haver um grupo de comparação, ou seja, um grupo que NÃO recebeu a intervenção (pode ter recebido outro medicamento, ou procedimento, ou placebo, etc.).

Reparem que o ensaio clínico é semelhante
ao Coorte, só que, aqui há intervenção!! No
coorte, o investigador somente observa, não
havendo manipulação. Pela semelhança,
alguns autores consideram o ensaio clínico
como um estudo de coorte de intervenção.

140
Q

Ensaio Clínico

Vantagens

A
  • consegue controlar os fatores de confusão;
  • é o melhor para testar medicamentos;
  • é insuperável nos aspectos teóricos e práticos para provar uma relação causal.
141
Q

Ensaio Clínico

Desvantagens:

A
  • problemas sociais,
  • éticos e legais decorrentes de sua natureza experimental;
  • são desenhos complexos;
  • caros;
  • demorados;
  • pouco eficazes para as doenças raras.
142
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE
DO SUL – AMRIGS – RS
Um estudo dividiu aleatoriamente 822 pacientes
com insuficiência cardíaca grave em dois
grupos: um recebeu espironolactona além do
tratamento convencional, enquanto o outro
recebeu placebo e tratamento convencional.

O desfecho clínico avaliado foi mortalidade.
Esse tipo de delineamento é:

a) Estudo de caso e controle.
b) Estudo de coorte.
c) Ensaio clínico randomizado.
d) Estudo ecológico.
e) Estudo transversal.

A

Questão clássica. Temos um estudo em que
dois grupos foram divididos de forma aleatória
(portanto, randomizada – você verá esse conceito
mais a frente) e uma intervenção foi feita:
uso de espironolactona ou placebo. O desenho
do estudo foi: INDIVIDUADO – INTERVENCIONISTA
– LONGITUDINAL. O tipo de estudo que
apresenta esse delineamento é o ensaio clínico
randomizado. Resposta letra C.

143
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA – UNESP
Trezentos pacientes portadores de diabetes
melito foram distribuídos por sorteio em dois
grupos iguais. O primeiro grupo recebeu uma
droga hipoglicemiante nova, enquanto os demais
permaneceram em uso do tratamento
padrão. Os grupos foram acompanhados durante
seis meses. Esse é um estudo do tipo:
a) Estudo ecológico.
b) Ensaio clínico aleatorizado.
c) Estudo transversal.
d) Estudo caso-controle.
e) Série de casos.

A
Trata-se de um estudo de intervenção (nova
droga), individuado (cada um recebe a nova
droga), longitudinal (acompanhou os efeitos
durante seis meses) = Ensaio Clínico. Como
os grupos foram distribuídos aleatoriamente
(sorteio), temos o ensaio clínico aleatorizado
ou randomizado (calma que mais a frente você
entenderá esse conceito).
144
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS
GERAIS – IPSEMG
Para a avaliação de um novo medicamento,
deve ser realizado obrigatoriamente:
a) Um estudo retrospectivo.
b) Um ensaio clínico.
c) Um estudo prospectivo.
d) Um estudo de prevalência.

A

Ao avaliar um novo medicamento, a melhor
proposta é utilizar um estudo intervencionista
do tipo ensaio clínico. Resposta letra B.

145
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÂNIA – UFG
Os estudos epidemiológicos mais eficazes
para determinar a eficácia de vacinas são os:
a) Descritivos. c) De prevalência.
b) Ecológicos. d) De ensaios clínicos.

A

Os estudos para avaliar a eficácia de uma
droga ou vacina são os estudos de intervenção,
que têm como exemplos o ensaio clínico.
Resposta letra D.

146
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS – SÃO
PAULO
O estudo que aloca sujeitos para receber suplementos
de óleo de peixe ou placebo e então
segue os grupos de tratamento e placebo
por vários anos para observar a incidência de
doença coronariana, corresponde ao seguinte
delineamento:
a) Estudo de coorte.
b) Ensaio clínico randomizado.
c) Estudo ecológico.
d) Estudo transversal.
e) Estudo de caso-controle.

A

Para ficar mais fácil e direto. O estudo quer
determinar a incidência. Quem faz isso? Ou
ensaio clínico ou coorte, pois são os estudos
longitudinais prospectivos. Agora, o estudo em
questão foi observacional ou de intervenção?
Como houve a introdução de uma nova droga
(óleo de peixe), o estudo é um exemplo de
ensaio clínico. Resposta letra B.

147
Q

Esse estudo tem que ser sempre randomizado?

A

Não. Existem três formas de ensaios clínicos:
1 – EXPERIMENTO NÃO CONTROLADO =>
não seleciona indivíduos. Fazem parte da experiência todos os que desejarem. Exemplo:
teste de vacinação na população.

2 – Experimentos em condições naturais (Ensaio
Acidental) => um fator ou agente aparece na população de forma natural ou circunstancial e, no decorrer do tempo, observam-se as características da doença provocada (mesma definição de coorte, a diferença foi a INTERVENÇÃO, mesmo que natural…).

3 – EXPERIMENTO EM CONDIÇÕES CONTROLADAS (ENSAIO CLÍNICO RANDO MIZADO)

148
Q

Estudo controlado

A

É um estudo que determina, de forma objetiva, a eficácia de uma intervenção sobre a saúde de uma população. O investigador elege quem será submetido à intervenção e quem servirá de controle. Uma nova terapia é comparada com a melhor terapia disponível até então ou com a ausência de terapia. Permite a comparação.

TEM DOIS GRUPOS: CONTROLE E EXPERIMENTO .

149
Q

Randomização

A

É o método usado em ensaios clínicos controlados
para distribuir os participantes ao acaso, de tal maneira que cada paciente tenha a mesma probabilidade de cair num ou noutro grupo, ou seja, de receber uma ou outra intervenção (ex.: droga ou placebo). Isso evita, por exemplo, que o investigador
coloque no grupo que vai testar a droga os
indivíduos com características clínicas melhores,
que terão maiores probabilidades de responder à terapêutica, reduzir o potencial de viés (erro) do estudo e evita o erro de seleção. Uma observação importante sobre a randomização, é que ela não somente equilibra os fatores que sabidamente afetam o prognóstico, mas também equilibra os
fatores desconhecidos, conseguindo evitar também o viés de confusão (confundimento).

150
Q

Pareamento

A

É outra forma de construção de grupos semelhantes.
Para cada indivíduo de um grupo, seleciona-
se um ou mais indivíduos com as mesmas
características (exceto a que está sendo investigada)
para o grupo comparação. Os indivíduos
de ambos os grupos são pareados em relação
às demais características (ex.: demográficas,
socioeconômicas), exceto o fator que está sendo
investigado (exposição). Evita o viés de seleção.

151
Q

Estratificação

A

É um método para controlar o viés de seleção
que compara os resultados dentro de subgrupos
(ex.: estratificação por sexo) com possibilidades
de desfecho iguais. Esse método é escolhido
quando se verifica que a análise dentro de
subgrupos evita a ocorrência de viés no resultado,
diferentemente do que seria observado
na análise do conjunto desse subgrupo.

152
Q

Mascaramento (cegamento)

Simples-cego:

A

somente os participantes desconhecem a qual grupo pertencem.

153
Q

Duplo-cego:

A

nem os participantes nem os
médicos assistentes sabem quem pertence
a qual grupo.

154
Q

Triplo-cego:

A

além dos participantes e dos
médicos assistentes, outros profissionais que
analisarão os dados também desconhecem
quem pertence aos grupos.

155
Q

Aberto:

A

é aquele em que todos os envolvidos, os participantes e os médicos assistentes, têm conhecimento da alocação dos grupos.

156
Q

O que é o estudo do tipo crossover?

A

É um tipo especial de ensaio clínico em que
todos os pacientes recebem os dois tratamentos.
Por exemplo, pacientes com depressão
entraram num estudo randomizado para
comparar fluoxetina com placebo. Após oito
semanas de estudo, os grupos trocaram de
droga. As vantagens desse estudo é que os
pacientes servem como seus próprios controles.
Consequentemente, são necessários
menos indivíduos do que nos ensaios clínicos
convencionais (tamanho menor da amostra).
Nesse tipo de estudo é interessante também
que os pacientes e pesquisadores se mantenham
mascarados (cegos).

157
Q

Validade interna

A

Indica-se os resultados de uma pesquisa são
verdadeiros para o grupo de indivíduos que foi
analisado no estudo. Depende da qualidade
na coleta dos dados, da escolha do desenho
apropriado e da análise adequada dos resultados.
Ou seja, depende basicamente da
qualidade metodológica da pesquisa.

158
Q

Validade externa

A

Avalia-se os resultados encontrados na população
do estudo se aplicam a outros grupos
de indivíduos não participantes do estudo, ou
seja, se esses achados podem ser extrapolados
para outras populações.

159
Q

Além do efeito específico da intervenção
(por exemplo, o uso de droga para determinada patologia), esses estudos podem apresentar
outros efeitos, chamados não específicos, que podem ser de dois tipos:

A

EFEITO HAWTHORNE (mudança de comportamento devido ao fato de estar sendo observado).

EFEITO PLAC EBO (efeito causado devido à aplicação de uma intervenção semelhante à droga terapêutica).

160
Q

Mudança de comportamento devido ao fato de estar sendo observado, corresponde a:

a) Efeito PLACEBO
b) Efeito HAWTHORNE

A

Efeito HAWTHORNE

161
Q

Efeito causado devido à aplicação de uma intervenção semelhante à droga terapêutica, corresponde a:

a) Efeito HAWTHORNE
b) Efeito PLACEBO

A

Efeito PLACEBO

162
Q

Efeito HAWTHORNE

Definição:

A

=> mudança de comportamento devido ao fato de estar sendo observado.

Por exemplo, só de participar de um estudo sobre uma nova droga para diabetes, o paciente começa fazer dieta.

163
Q

Efeito PLACEBO

Definição:

A

efeito causado devido à aplicação de uma intervenção semelhante à droga terapêutica.

164
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA – RJ
Dois pesquisadores decidiram estudar o impacto
da prescrição de progesterona vaginal
na prevenção do parto prematuro entre gestantes
adolescentes assistidas em unidades
básicas de saúde (UBS) da cidade do Rio de Janeiro. Para essa finalidade, desenvolveram
uma pesquisa na qual as gestantes que procuraram
assistência na UBS de Copacabana não
receberam a medicação, enquanto aquelas
assistidas na UBS Engenho da Rainha receberam
a droga. Em relação ao delineamento
do estudo, assinale a opção CORRETA.
a) Trata-se de um estudo observacional,
randomizado.
b) Trata-se de um estudo experimental, não
aleatório.
c) Trata-se de um estudo observacional, não
randomizado.
d) Trata-se de um estudo experimental, duplocego
e randomizado.

A

Vamos classificar o estudo primeiro. É de
intervenção (impacto na prescrição de progesterona),
longitudinal (gestantes para avaliar
no futuro a presença ou não de parto prematuro),
prospectivo (medicamento ou não para
o desfecho do parto) e individuado, pois cada
gestante será avaliada individualmente quanto
ao uso do medicamento. Portanto, é um ensaio
clínico! Até aí tudo bem, mas a resposta deve
ser a letra B ou a letra D?
Muito bem, randomizado não é, pois a seleção
não foi aleatória. Quem ia na UBS de Copacabana
não recebia, quem ia na Engenho da
Rainha recebia. Além disso, também não era
duplo cego, pois os pesquisadores sabiam que
ia ou não fazer o medicamento.

Resposta letra B.

165
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO
DE CURITIBA – HUEC
A validade externa de um estudo diz respeito:
a) À ausência de erro sistemático.
b) Ao controle do erro aleatório.
c) À possibilidade de generalização do teste.
d) Ao rigor da avaliação pelo Instituto de
Pesquisa.
e) As alternativas “a” e “b” estão corretas.

A

Questão direta: como visto acima, a validade
externa é capacidade de generalização do
resultado do estudo para outras populações.
Resposta letra C.

166
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ – ICC
Designa os pacientes aos grupos de modo
que cada paciente tenha igual chance de
cair em um grupo ou outro”. Essa descrição
aplica-se à (ao):
a) Randomização. d) Estratificação.
b) Restrição. e) Ajustamento.
c) Emparelhamento.

A

Questão sem maiores dificuldades… A maneira
na qual os pacientes são alocados nos
grupos de estudos, em que cada um tem probabilidade
igual de ser alocada em cada um
dos grupos é a RANDOMIZAÇÃO.

167
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO
RIO GRANDE DO SUL – AMRIGS – RS
Numere a coluna de baixo de acordo com a
de cima, associando os métodos para controle
de vieses de seleção.
(1) Randomização. (4) Ajuste simples.
(2) Pareamento. (5) Ajuste multivariável.
(3) Estratificação.
( ) Compara taxas dentro de subgrupos com
probabilidades de desfechos semelhantes.
Aplica-se durante a fase de análise do estudo.
( ) Determina as diferenças em um grande número
de fatores relacionados aos desfechos,
utilizando técnicas de modelamento matemático.
( ) Aloca os pacientes para os grupos de uma
forma que possibilite a cada paciente uma probabilidade
igual de ficar em um, ou outro grupo.
( ) Determina matematicamente as taxas brutas
de uma, ou de algumas características,
de forma que um peso idêntico seja atribuído
para estratos de risco semelhantes. Aplica-se
durante a fase de análise do estudo.
( ) Seleciona, para cada paciente em um grupo,
um ou mais pacientes com as mesmas
características, para constituir um grupo de
comparação.
a) 3 - 5 - 2 - 4 - 1.
b) 3 - 5 - 1 - 4 - 2.
c) 4 - 5 - 2 - 3 - 1.
d) 5 - 4 - 1 - 3 - 2.
e) 3 - 4 - 1 - 5 - 2.

A

Vamos às comparações e aproveite para
memorizar novos conceitos:
1) Randomização  Aloca os pacientes para
os grupos de uma forma que possibilite a cada
paciente uma probabilidade igual de ficar em
um, ou outro grupo.
(2) Pareamento  Seleciona, para cada paciente
em um grupo, um ou mais pacientes
com as mesmas características, para constituir
um grupo de comparação.
(3) Estratificação  Compara taxas dentro de
subgrupos com probabilidades de desfechos
semelhantes. Aplica-se durante a fase de análise
do estudo.
(4) Ajuste simples  Determina matematicamente
as taxas brutas de uma, ou de algumas
características, de forma que um peso idêntico
seja atribuído para estratos de risco semelhantes.
Aplica-se durante a fase de análise
do estudo.
(5) Ajuste multivariável  Determina as diferenças
em um grande número de fatores relacionados
aos desfechos, utilizando técnicas
de modelamento matemático.
Resposta letra B.

168
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Os objetivos da randomização são:
a) Garantir a distribuição homogênea de características
prognósticas entre os grupos
comparados.

b) Evitar perdas seletivas de acompanhamento
que levem a resultados enviesados.
c) Evitar que indivíduos sem critérios de elegibilidade
sejam incluídos num dos grupos de
tratamento.
d) Garantir que os pacientes alocados em
diferentes grupos de tratamento recebam a
mesma qualidade de assistência.

A

A randomização aloca os pacientes para os
grupos de uma forma que possibilite a cada
paciente uma probabilidade igual de ficar em
um ou outro grupo. Tem objetivo de distribuição
homogênea e equilibra as variáveis que sabidamente
afetam o prognóstico. Resposta letra A.

169
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
O estudo “Which anticonvulsant for women with
eclampsia? Evidence from the Collaborative
Eclampsia Trial“ (MAGPIE Trial) publicado no
Lancet em 1995, comparou a eficácia do sulfato
de magnésio com a do diazepam e da fenitoína
no tratamento da eclampsia em 10.141 mulheres
de 175 hospitais em 33 países. O desfecho
principal de interesse do estudo era óbito. A
avaliação da causa do óbito foi realizada por
revisores que desconheciam o grupo de tratamento
aos quais as mulheres que faleceram
pertenciam. Complete as lacunas:
Esta estratégia é chamada de_____e tem
como finalidade evitar que os revisores sejam
influenciados _______:
a) Mascaramento / ao classificar a exposição.
b) Confundimento / pelos fatores prognósticos
ao classificar a causa do óbito.
c) Mascaramento / ao classificar a causa do
óbito.
d) Confundimento / pelos fatores diagnósticos
ao classificar a causa do óbito.

A

Esta questão analisa dois conceitos e suas
aplicações: o mascaramento e o confundimento.
O mascaramento (cegamento) é uma
tentativa de evitar que os participantes ou
investigadores do estudo saibam qual tratamento
está sendo administrado, para que
não influenciem as respostas clínicas e as
avaliações. O mascaramento evita alguns
tipos de viés que podem afetar as respostas
aos tratamentos. Chama-se unicego, quando
somente os pacientes do estudo não sabem
qual o tratamento que estão recebendo. Duplo-
cego, quando nem os pacientes nem os
investigadores estão conscientes de qual
tratamento cada paciente está recebendo.
O estudo ainda pode ser triplo-cego, quando
também o pesquisador que faz a análise dos
resultados se mantém “cego”.

O confundimento ocorre quando a associação
entre o fator em estudo e a doença está
distorcida pela presença de um terceiro fator,
que está tanto associado à exposição quanto,
independentemente, ao risco de desenvolver
a doença. Por exemplo, num estudo sobre fatores
de risco para osteoporose do quadril, a
ingestão de chá (fator em estudo) mostrou-se associada à diminuição da taxa de fratura
(desfecho clínico). Possivelmente, a presença
de fluoreto e a de fitoestrógeno no chá sejam
fatores de confusão, pois estão tanto associados
ao fator em estudo (chá) quanto ao risco
de desenvolvimento de fratura de quadril.
Já lembramos os conceitos, vamos à questão:
“…A avaliação da causa do óbito foi realizada
por revisores que desconheciam o grupo de
tratamento aos quais as mulheres que faleceram
pertenciam…”.
Descobrimos que o estudo está sobre a estratégia
do mascaramento, mas para qual
finalidade para os revisores?
O desfecho não era o óbito?
Então para evitar que os revisores sejam
influenciados a classificar a causa do óbito.
Resposta letra C.

170
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE –
SES RJ
Sobre ensaios clínicos com mascaramento, é
correto afirmar que:
a) Condições graves e desfecho fatal não devem
ser trabalhados com ensaios cegos.
b) O ensaio é simples-cego, quando apenas
os pacientes participantes conhecem a distribuição
dos grupos.
c) A melhor maneira de proteção contra vícios
das ideias preconcebidas do investigador e do
participante é realizar o ensaio duplo-cego.
d) Nos estudos triplo-cegos, os patrocinadores
ou financiadores da pesquisa intencionalmente
ignoram a posição dos participantes no ensaio.

A

Mais uma questão a respeito de mascaramento.
Vamos pelas alternativas:
Letra A: condições graves ou desfechos fatais
podem ser trabalhados com mascaramento.
Alternativa incorreta.
Letra B: o ensaio simples-cego é quando apenas
os pacientes participantes desconhecem a
distribuição dos grupos, alternativa incorreta.
Letra C: certa, pois nem os participantes, e
nem os investigadores conhecem as formações
dos grupos.
Letra D: nos estudos triplo-cegos, além dos
participantes e dos investigadores, os analistas
dos dados também desconhecem os
grupos. Alternativa incorreta.
Resposta letra C.

171
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO
CEARÁ – ESPCE
A randomização é o procedimento que garante:
a) O mascaramento num ensaio clínico.
b) Chances iguais de aderência ao tratamento.
c) Um equilíbrio nos resultados.

d) O mesmo número de pacientes nos grupos
de um ensaio clínico.
e) Chances iguais para cada indivíduo receber
um ou outro tratamento.

A

Vamos relembrar: randomização é método
usado em ensaios clínicos controlados para
garantir a distribuição dos participantes ao
acaso, de tal maneira que cada paciente tenha
a mesma probabilidade de cair num ou noutro
grupo, ou seja, de receber uma ou outra intervenção
(ex.: droga ou placebo).
Resposta letra E.

172
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE –
SES – SC
Dentre os diversos tipos de estudos epidemiológicos,
assinale a alternativa correta em relação
ao que produz melhor evidência científica:
a) Estudo de coorte.
b) Estudo ecológico.
c) Estudo caso-controle.
d) Estudo de série de casos.
e) Ensaio clínico randomizado.

A

Hoje em dia, se considera o ensaio clínico
randomizado, duplo-cego, como o método que
produz a melhor evidência científica. Ele é o
método padrão de avaliação das intervenções
terapêuticas. É este o método que confere
a melhor evidência de eficácia de um determinado
tratamento e é, hoje, obrigatório ter
este tipo de estudo como base para justificar
a utilização de qualquer tratamento.
Resposta letra E.

173
Q

Efetividade

Significado:

A

quando uma intervenção específica funciona em
condições habituais.

174
Q

Eficácia

Significado:

A

quando uma intervenção específica funciona em condições ideais.

175
Q

Eficiência

Significado:

A

quando uma intervenção específica funciona em condições habituais, mesmo levando em consideração os custos e os riscos.

176
Q

Análise “intention to treat”

Significado:

A

é a inclusão, na análise, de todos os pacientes que iniciaram o tratamento, mesmo que esses pacientes não completem o tratamento durante o estudo.

177
Q

Metanálise

Definição:

A

É um tipo de estudo que foge das classificações
anteriores (individuado ou agregado, observacional
ou de intervenção).

A metanálise é um tipo de estudo que avalia os resultados de estudos originais sobre determinado tema.

É uma revisão de estudos sobre um tema de interesse, por isso também é conhecida como revisão sistemática. É o tipo de estudo epidemiológico com maior grau na hierarquia de evidência.

178
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
SECRETARIA DE ESTADO DE
SAÚDE – SES – DISTRITO FEDERAL
Revisões sistemáticas de agentes antiplaquetários
para prevenção de doenças cardiovasculares
combinam ensaios clínicos
usando os dados individuais dos pacientes.
Uma vantagem dessa abordagem (metanálise)
seria que:
a) É mais eficiente para o pesquisador.
b) É possível obter estimativas mais precisas do
efeito em subgrupos importantes de pacientes.
c) As falhas no delineamento do estudo podem
ser superadas.
d) Não é necessário escolher entre modelos
de efeito fixo e de efeitos aleatórios ao se
combinar os dados.
e) A presença de viés de publicação é menos
provável.

A

Vamos aproveitar a questão e fazer uma
grande revisão sobre o tema:
Letra A: incorreta, pois pode ser ou não mais
eficiente, depende de como a metanálise for
planejada e qual o assunto a ser pesquisado.
Se não existem muitos estudos sobre um
determinado evento, mas você tem um ensaio
clínico de grande valor, não será eficiente
fazer uma metanálise, podendo até confundir
alguns resultados.
Letra B: correta - Qual é a grande vantagem
da metanálise? Pequenos estudos isoladamente
podem não ter poder estatístico simplesmente
porque contêm um pequeno número
de pacientes. Mas quando eu seleciono

vários estudos com características semelhantes
eu triplico, quadriplico o número de pacientes.
Imaginem que eu quero testar uma
droga apenas em idosos diabéticos com úlcera
venosa. Minha população é de idosos
em geral. Qual será o número de pacientes
que eu consigo com este perfil? Baixo! Mas
imagine agora que eu selecione 30 estudos
com idosos. Minha população com aquele
perfil vai aumentar? Certamente! Com isso,
alguns subgrupos que num teste único estariam
em pequeno número (ex.: idosos diabéticos
com úlcera venosa), estes passam a
ocorrer num número maior e, aí sim, conseguiremos
estimativas mais precisas do efeito.
Letra C: incorreta, pois pode possuir falhas
que não são superadas.
Letra D: incorreta, pois é necessário escolher
modelos diferentes, pois se não o seu estudo
será tendencioso.
Letra E: incorreta - o viés de publicação (isto
é, o fato das publicações só conterem trabalhos
com resultados positivos) é o principal
problema das metanálises, porque na hora de
selecionar os estudos, onde estão aqueles em
que o resultado foi negativo…

179
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
INSTITUTO JOSÉ FROTA – IJF – CE
É uma análise estatística que sumariza as
medidas de efeito de diversos estudos em
uma única medida de efeito. Essa análise, ao
juntar dados de vários estudos com número
insuficiente de pacientes arrolados, isto é, sem
o carimbo “p < 0,05”, ganha poder estatístico
para detectar diferenças clinicamente importantes”.
Está se falando de:
a) Metanálise.
b) Análise secundária.
c) Análise terciária.
d) Análise crítica.

A

Questão sem problemas, o conceito exposto
trata-se de metanálise.

180
Q

Risco Relativo (RR)

Definição:

A

quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos virem a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?

181
Q

Odds Ratio (OR):

A

Os indivíduos expostos possuem quantas vezes mais chances de desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos?

Não entendi!!!

Como vou saber qual usar na prova? Continue o
estudo que a sua dúvida será respondida.

182
Q

Razão de Prevalências (RP):

A

quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos virem a desenvolver a doença em relação aos
indivíduos não expostos?

De novo? Calma…

183
Q

Risco Atribuível ao Fator (RAF) :

A

de todos os casos da doença nos expostos, quais
foram os casos exclusivamente relacionados
ao fator estudado?

184
Q

Risco Atribuível na População (RAP%):

A

de todos os casos da doença na população, quais
foram os casos exclusivamente relacionados
ao fator estudado?

Representa a proporção da doença que poderia ser eliminada da população caso fosse removida a exposição.

185
Q

Redução do Risco Relativo (RRR):

A

qual foi a redução de morte nos pacientes de
experimento?

186
Q

Redução Absoluta do Risco (RAR):

A

de cada 100 pacientes tratados nos dois grupos, o
que recebeu o novo tratamento teve quantos eventos a menos do que o grupo que recebeu placebo?

187
Q

Número Necessário ao Tratamento (NNT):

A

é necessário tratar quantos doentes para
evitar um evento?

188
Q

Erro ao acaso (aleatório)

A

 É o erro presente em todos os estudos e
observações. Não se pode esperar que o
estudo realizado em amostras populacionais
represente a verdade absoluta de situações
ideais, ou seja, a verdade da população, uma
vez que uma amostra da população tem, obviamente,
características diferentes de toda
a população. E é justamente essa diferença
que determina o erro aleatório, que, portanto,
deve ser obrigatoriamente estimado em
todos os estudos.

189
Q

Erro ao acaso (aleatório)

como medir?

A

Através de medidas como o valor p e os intervalos
de confiança.
Sobre intervalo de confiança, mais para frente
falaremos sobre ele, vamos ficar primeiro com
o valor p.

190
Q

O que é o valor p?

A

O p é nome para o acaso… e ele existe (acabamos
de ver acima)… Então, já que ele existe,
vamos respeitá-lo e dar um valor a ele…

Com isso, dizemos assim:

  • se o p for menor que 0,05 (erramos pouco), podemos confiar no estudo (estatisticamente significativo);
  • se o p for maior que 0,05 (erramos muito), não confiamos (estatisticamente não significativo)…
191
Q

Temos que ter um p menor que ……………. para dizer que o estudo foi significativamente significante.

A

0,05 (5/100)

192
Q

Erros sistemáticos (Vieses ou Vícios)

De seleção:

A

quando grupos de comparação são diferentes (selecionamos pacientes graves de um lado e saudáveis do outro lado => os graves, independente do efeito da droga, vão morrer mais…).

193
Q

De aferição:

A

quando as variáveis são medidas
de formas diferentes entre os grupos
de indivíduos (utilizar uma balança descalibrada
em um dos grupos).

194
Q

De confundimento:

A

quando uma terceira variável está associada à exposição e independente da exposição, e é um fator
de risco para a doença (quem toma café infarta mais… na verdade não é o café o fator de risco para o IAM, mas as pessoas que bebem café fumam mais – o café gerou uma confusão…).

195
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO
RIO GRANDE DO SUL – AMRIGS – RS
Em relação ao viés em pesquisas clínicas,
analise as assertivas abaixo, conforme descrito
por Fletcher (2006):
I. O viés de seleção ocorre quando são
feitas comparações entre grupos de pacientes
que diferem em outros determinantes
do desfecho, além do que está
sendo estudado.
II. O viés de aferição ocorre quando os
métodos de aferição são iguais entre os
grupos de pacientes.
III. O viés de confusão ocorre quando dois
fatores estão associados e seus efeitos
não se confundem.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

A

Depois do que você acabou de ver, ficou fácil, não é? Resposta letra A.

196
Q

Quando não cometemos erro aleatório,
dizemos que o estudo é:

A

CONFIÁVEL, PRECISO!

197
Q

Quando não cometemos erro sistemático,
dizemos que o estudo é

A

VÁLIDO, tem ACURÁCIA!.

198
Q

Erros tipo I e tipo II

Tipo I ou erro alfa

A

– consiste em uma conclusão FALSO-POSITIVA . Exemplo: dizer que um novo tratamento é mais eficaz,
quando na verdade não o é.

199
Q

Tipo II ou erro beta

A

– é o inverso do erro tipo I, aqui consiste de uma conclusão FALSO-NEGATIVA .

Exemplo: dizer que um novo medicamento não resolveu, quando na verdade ele resolveu.

200
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA – PUC – RS
Para investigar a associação entre o uso de
cocaína durante a gestação e baixo peso ao
nascer foram estudados 20.000 nascimentos
hospitalares ocorridos em uma cidade no ano
de 2010, através da revisão dos prontuários
das parturientes e seus bebês.
Considerando o objetivo principal do estudo,
as variáveis álcool e fumo, também estudadas,
podem ser consideradas como:
a) Fatores de exposição.
b) Fatores de confusão.
c) Fatores de aferição.
d) Fatores de risco relativo.
e) Desfechos alternativos.

A

Nesse estudo, cada um dos fatores de exposição
pode ser explorado como a exposição
principal de interesse, ou como fatores
que podem CONFUNDIR ou MODIFICAR a
associação entre a exposição principal e o
desfecho. O enunciado pede para considerarmos
o OBJETIVO PRINCIPAL DO ESTUDO,
que é verificar a associação entre o uso de
cocaína durante a gestação e o baixo peso ao
nascer, onde a exposição principal é o USO
DE COCAÍNA. Partindo desse princípio, outras
exposições estudadas, como o álcool e o
fumo, são consideradas potenciais FATORES
DE CONFUSÃO, visto que podem confundir
ou modificar a associação entre a exposição
principal e o desfecho. A letra “B”, portanto,
está CORRETA. Agora, para quem teve dúvida,
se no enunciado não houvesse o trecho
“Considerando o objetivo principal do estudo”,
poderíamos também considerar certa a letra
“A”, pois álcool e fumo poderiam tranquilamente
ser estudados como variáveis exploratórias,
ou fatores de exposição. Mas, no caso,
o enunciado estabeleceu como a principal variável
exploratória o uso de cocaína na gestação.
“Fatores de aferição” (alternativa “C”) são
fatores que medem algum atributo, como por
exemplo, lazer e transporte como “fatores de
aferição” da qualidade de vida. Não é um termo
muito comum em epidemiologia. “Fatores
de risco relativo” (alternativa “D”) também não
é um termo adequado: o correto seria “fatores
de risco”. “Desfechos alternativos” (alternativa
“E”) seriam outros “desfechos” a serem avaliados
no estudo, além do baixo peso ao nascer.
As variáveis apresentadas – fumo e álcool
– não cabem nessa definição. As alternativas
“C”, “D” e “E” trazem termos que não condizem
com classificações, definições ou conceitos
das variáveis apresentadas, portanto, estão
incorretas. A alternativa “B” é a CORRETA
para essa questão.

201
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO
RIO GRANDE DO SUL – AMRIGS – RS
Um ensaio clínico é delineado para comparar
a efetividade de um novo tratamento quimioterápico
padronizado para neoplasia de intestino.
Não houve diferença na sobrevida em 5
anos, apesar de se saber, pelo resultado de

outros estudos, que o novo tratamento é superior.
A falha na detecção do benefício nesse
pequeno estudo é devida a:
a) Viés de confusão. d) Erro tipo I.
b) Efeito Hawthorne. e) Erro tipo II.
c) Mascaramento.

A

Ao concluir que não existe associação,
quando na verdade outros estudos já mostraram
que existe, estamos cometendo um erro
tipo II, ou seja, uma associação falso-negativa.
Portanto, resposta letra E.

202
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE – RS
Num estudo de coorte para avaliar a associação
entre terapia de reposição hormonal e
risco de desenvolver doença artéria coronariana
aterosclerótica, constatou-se que alto
nível socioeconômico está associado a ambos.
Neste sentido, alto nível socioeconômico é um:
a) Fator prognóstico. d) Viés de seleção.
b) Fator de confusão. e) Viés de lembrança.
c) Viés de aferição.

A

Este é o erro de confusão, pois ocorre quando
a associação entre o fator de risco em estudo
e a doença está distorcida pela presença
de um terceiro fator (no caso da questão, o alto
nível socioeconômico), que está tanto associado
à exposição (reposição hormonal), quanto
ao risco de desenvolver a doença (doença
arterial coronariana). Resposta letra B.

203
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL
PAULISTA – UNESP
Um estudo randomizado que compara a eficácia
de duas drogas mostrou uma diferença
entre as duas (com um p < 0,05). Na realidade,
as duas drogas não são diferentes. Isso é um
exemplo de:
a) Erro tipo I. d) Erro β.
b) Erro tipo II. e) Viés do respondente.
c) Viés de seleção.

A

O estudo mostra que existe uma diferença,
ele foi positivo. Porém, na realidade, não existia
diferença, passamos então a ver que na
realidade o resultado anterior foi falso-positivo.
E quando se chega a um resultado falso-positivo,
temos o chamado erro do tipo I ou erro
alfa. Resposta letra A.

204
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – RJ
Um estudo de caso-controle mostrou que o
uso de tampões vaginais aumentava o risco
de síndrome do choque tóxico. Alguns investigadores
sugeriram que os resultados não
seriam válidos, pois mulheres que usavam
tampão e apresentavam sintomas da doença
procurariam assistência médica com mais
frequência do que mulheres com a doença,

que não usavam tampão. O viés a que os investigadores
se referem seria de:
a) Seleção. c) Interveniência.
b) Informação. d) Confundimento.

A

O problema da questão é a seleção dos
pacientes, pois selecionavam pacientes com
mais chance de procurar atendimento médico.
Resposta letra A.

205
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO
RIO GRANDE DO SUL – AMRIGS – RS
Em um estudo transversal para avaliar conforto
de adolescentes em falar sobre sexualidade
com o seu médico, 415 pacientes de uma clínica,
de 12 a 18 anos, foram convidados, por
telefone, a participar do estudo respondendo
a questionários antes e imediatamente após a
consulta. Foram entrevistados 228 adolescentes;
25% não compareceram, porque os pais
não permitiram; 9% porque o adolescente não
quis; 8% por problemas dos pesquisadores e
3%, por outros motivos.
Podemos identificar neste estudo:
a) Viés de seleção. d) Variação aleatória.
b) Viés de aferição. e) Variável dependente.
c) Viés de confusão.

A

O que ocorreu nesse estudo foi o viés de
seleção, pois os pacientes podem apresentar
muitas diferenças entre si, como sexo, motivo
que o levou à consulta médica, idade, cuidados
que recebem dos pais… Resposta letra A.

206
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA – GO
Numa prova de residência, como a do Hospital
Geral de Goiânia, os candidatos têm uma
pequena chance de acertar as respostas
quando desconhecem o conteúdo avaliado.
Este acerto casual é denominado:
a) Poder estatístico.
b) Erro tipo I (falso-positivo).
c) Erro tipo II (falso-negativo).
d) Viés de lembrança.
e) Viés de seleção.

A

Vamos aproveitar e repetir conceitos vistos
anteriormente. Em ciência, quando se diz
que algo é verdadeiro quando não é, isso
é chamado, genericamente, de erro tipo I,
um erro falso-positivo, ou erro alfa. Se algo
é dito ser falso quando é verdadeiro, isso é
chamado de erro tipo II, um erro falso-negativo,
ou um erro beta. Portanto o achado
de um resultado positivo, em um paciente
no qual a doença é ausente é chamado de
resultado falso-positivo e o achado de um
resultado negativo, em um paciente no qual
a doença está presente, é chamado de resultado
falso-negativo. Neste exemplo, acertar
quando na verdade não se sabia a resposta
verdadeira – fica a ideia de que se conhecia
a verdade – demonstra um erro tipo I (falso
-positivo). Resposta letra B.

207
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO
ALEGRE – HCPA – RS
Um ensaio clínico randomizado investigou
pacientes com diabetes melito tipo 2 de diagnóstico
recente que apresentavam glicemia
de jejum entre 110 mg/dl e 270 mg/dl. Após
10 anos de seguimento, 43,3% dos pacientes
do grupo controle e 29,8% do grupo que recebeu
metformina haviam sofrido uma complicação.
O número de pessoas que necessitariam
de tratamento para evitar um evento é:
a) 100/43, 3. d) 100/(43,3/13,5).
b) 100/29, 8. e) 100/(29,8/13,5).
c) 100/13, 5.

A

Questão simples. Para acertamos, basta
não esquecer as fórmulas. Vamos rever:
• Número Necessário a Tratar (NNT): 1 / Redução
Absoluta do Risco (RAR);
• Redução Absoluta do Risco (RAR): Incidência
no grupo controle – Incidência no grupo
tratamento.
Agora, vamos rever os dados da questão:
• Número de complicações no grupo controle:
43,3% => 43,3/100
• Número de complicações no grupo tratamento:
29,8% => 29,8/100
RAR: 43,3/100 – 29,8/100 = > 13,5/100
NNT: 1/ (13,5/100) => 100 / 13,5.
Portanto, resposta letra C.

208
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
CENTRO DE REABILITAÇÃO E
READAPTAÇÃO DR. HENRIQUE
SANTILLO – CRER – GO
Em estudo sobre a associação entre uso de
anticoncepcional oral (ACO) e câncer cervical
acompanhou-se 17.942 mulheres, na faixa
etária de 18 a 58 anos. Entre aquelas que não
faziam uso de ACO a incidência de câncer
cervical foi de 32/100.000 mulheres, ao passo
que entre aquelas que faziam uso contínuo
por mais de 4 anos, a incidência foi de
173/100.000 mulheres. A partir destes dados,
pode-se inferir que:
a) O “odds ratio” da associação é de 0,18.
b) O risco atribuível ao uso de ACO é de 81,5%.
c) O risco atribuível ao uso de ACO é de 17%.
d) O risco relativo de desenvolver câncer cervical
entre as usuárias de ACO é 5,41 em
relação às não usuárias.
e) O risco relativo de desenvolver câncer cervical
entre as usuárias de ACO é 141 em relação
às não usuárias.

A

Vamos pelas alternativas: Letra A: incorreta,
pois o OR é a relação dos produtos cruzados
e não temos os valores de a, b, c e d para
calculá-los; Letras B e C: RA = Ie – Ine, neste
caso, RA = 173 – 32 = 141, ou seja, de todos
os casos da doença nos expostos, 141 por
100.000 foram relacionados ao fator em estudo.
Afirmativa incorreta;Letras D e E: RR = Ie/
Ine = 173/32 = 5,4. Portanto, letra D correta e
letra E incorreta.

209
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG
O tabagismo é considerado um dos mais importantes
problemas de saúde pública, sendo
responsável por cinco milhões de mortes, ao
ano, no mundo. Em estudo observacional, bem
conduzido, verificou-se que entre os fumantes
que receberam orientação quanto a parar de
fumar, a interrupção do tabagismo foi 4,2 vezes
mais frequente quando realizada por médico ao
invés da família ou amigos (p < 0,001).
O tabagismo, entre os usuários de bebidas
alcoólicas, foi 2,2 vezes mais frequente que
entre as demais pessoas (IC95%: 0,74 - 2,58).
O Risco Atribuível Populacional para câncer de
pulmão foi 0,72 (IC95%: 0,63 - 0,78).
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) A associação entre tabagismo e usuários
de bebidas alcoólicas é significativa.
b) A eliminação total do fumo na região estudada
levaria à prevenção de 72% dos casos
de câncer de pulmão.
c) A orientação médica continua sendo uma
importante arma na luta contra o tabagismo.
d) O risco atribuível é considerado um indicador
do impacto: define o quanto a ocorrência de
determinado evento é devida ao fator estudado.

A

Essa questão explora o entendimento das
medidas de associação. Vamos analisar cada
um dos itens. De acordo com o enunciado, o
RAP (Risco Atribuível na População), dado que
representa a proporção da doença que poderia
ser eliminada da população caso fosse removida

a exposição, foi de 0,72. Isso está exatamente
de acordo com os itens B e D. Vimos também
que para um valor de p significativo, o aconselhamento
médico foi 4,2 vezes melhor que o
realizado por familiares, o que valida o item C.
No entanto, a opção A está errada. Apesar de
encontrarmos o tabagismo 2,2 vezes mais frequente
entre usuários de bebida alcoólica, o IC
definido pare esta análise inclui o valor 1, o que
quer dizer que ele inclui a ausência de relações.
Assim, não podemos dizer que a associação
entre essas duas variáveis seja significativa.
Portanto, resposta letra A.

210
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
RIO DE JANEIRO – UERJ
Num ensaio clínico randomizado, de 10 anos
de duração, que estudou a eficácia e a efetividade
de determinada intervenção, evidenciou-
se Redução de Risco Relativo (RRR) de
complicações da patologia de 0,32 (Intervalo
de Confiança = 95% - 0,13 - 0,47).
Neste caso, é INCORRETO afirmar que:
a) No grupo tratado, houve redução relativa
de complicações da ordem de 32%.
b) O Risco Relativo de complicações no grupo
tratado em relação ao não tratado foi de 68%.
c) O tratamento em questão não mostrou boa
eficácia ou efetividade, pois o RRR ficou abaixo
de 1.
d) Pode-se estimar a RRR, a partir da razão
entre a incidência de eventos nos tratados e
nos não-tratados.

A

Vamos às alternativas:
A – correta, pois 0,32 = 32%;
B – correta, pois RRR = 1 – RR? Neste caso:
0,32 = 1 – RR ? RR = 0,68 = 68%;
C – incorreta, pois houve benefício com o tratamento,
afinal de contas houve redução do
risco relativo.
D – correta, pois afinal de contas, o RRR = 1
– RR. Portanto, para calcularmos basta achar
o RR (risco relativo = incidência de eventos no
grupo nova droga ÷ incidência de eventos no
grupo não tratado).
Resposta letra C.

211
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
ESPÍRITO SANTO – UFES
No estudo a que nos referimos na questão anterior,
o risco de morte hospitalar entre aqueles
com hiponatremia apresentou odds ratio (OR)
de 1,13, com um intervalo de confiança de
95% (IC 95%) de 0,9 a 1,87. A esse respeito,
podemos afirmar:
a) A medida em questão traduz um risco 13
vezes maior de morte entre aqueles com hiponatremia,
com significância estatística.
b) A medida em questão traduz um risco 13%
maior de morte entre aqueles com hiponatremia,
porém sem significância estatística.
c) A medida em questão traduz um risco 13
vezes maior de morte entre aqueles com hiponatremia,
porém sem significância estatística.
d) A medida em questão traduz um risco 13%

maior de morte entre aqueles com hiponatremia,
com significância estatística.
e) A medida em questão demonstra o efeito
de proteção da hiponatremia sobre a morte
hospitalar por pneumonia.

A

Você percebeu que no intervalo de confiança
temos valores maiores e menores do que 1,
portanto não há significância estatística. Nesse
momento as alternativas A, D e E estão excluídas.
O que marcar? Letra B ou C? Vamos
lá: o OR foi de 1,13, isso indica um risco 1,13
vezes maior ou 13% maior.
Resposta letra B.

212
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –
USP – RIBEIRÃO PRETO
Com a finalidade de estudar possível associação
entre o consumo moderado de vinho
tinto e incidência de infarto do miocárdio, um
pesquisador realizou estudo caso-controle e
encontrou valor de odds ratio igual a 0,6 e intervalo
de confiança (95%) de 0,3 a 0,9, Com
base nesse resultado é possível afirmar-se que:
a) O consumo de vinho protege da ocorrência de
infarto, com significado estatístico no nível 5%.
b) O consumo de vinho eleva o risco de infarto,
porém, sem significado estatístico no
nível de 5%.
c) Não há evidências de associação entre as
variáveis, pois o odds ratio tem valor muito
abaixo de 5%.
d) Possível associação poderia ser testada apenas
com valor do risco relativo superior a 5%.

A

Com OR menor do que 1 o fator em questão
é de proteção (consumo de vinho). Como o intervalo
de confiança contém somente valores
abaixo de 1 e engloba o OR, o estudo tem significância
estatística, no caso de nível 5% (intervalo
de confiança de 95%). Resposta letra A.

213
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Um estudo conduzido por Gordin et al.
(1997) avaliou o uso da isoniazida em pacientes
HIV positivo para reduzir o risco de
tuberculose. A tabela abaixo apresenta o
número de casos com exame bacteriológico
positivo no grupo que fez uso de isoniazida
e no grupo placebo.

A eficácia (redução relativa do risco) da isoniazida
foi:
a) 43%. c) 30%.
b) 51%. d) 68%.

A

A redução relativa do risco é igual a 1 – risco
relativo.

Quem é o risco relativo? RR = incidência de
caso no experimento ÷ incidência de caso no
grupo controle

RR = (3/260) / (6/257) = 0,49
RRR = 1 – 0,49 = 0,51 = 51%.
214
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Um estudo conduzido por Gordin et al. (1997)
avaliou o uso da isoniazida em pacientes HIV
positivo para reduzir o risco de tuberculose. A
tabela abaixo apresenta o número de casos
com exame bacteriológico positivo no grupo
que fez uso de isoniazida e no grupo placebo.

Para evitar um caso de tuberculose, o número
necessário para tratar é:
a) 12.
b) 85.
c) 32.
d) 67.

A

O número necessário para tratar (NNT) = 1/
RAR (redução absoluta do risco). Quem é o
RAR (redução absoluta do risco)? RAR = incidência
de caso no controle - incidência de caso
no experimento  RAR = (6/257) - (3/260) =
0,012. RRR = 1 / 0,012, que é igual a aproximadamente
85 pacientes. Resposta letra B.

215
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
O estudo MRC CRASH é um ensaio clínico
randomizado controlado do efeito de corticosteroides
em pacientes que vão ao óbito após
traumatismo cranioencefálico (TCE). Nesse
estudo, 10.008 adultos, com TCE há menos
de 8 horas e escala de Glasgow de 14 ou menos
que receberam infusão de metilprednisolona
ou placebo por 48 horas. Após 6 meses
do estudo, os resultados obtidos foram:

Sendo o grupo placebo o grupo de referência,
o risco relativo é:
a) 0,90.
b) 1,15.
c) 1,20.
d) 0,95.

A

Risco Relativo = incidência de morte no
experimento ÷ incidência de morte no grupo
controle (grupo referência = placebo)

Risco relativo = (1248/5007) / (1075/5001) =
1,15 com significância estatística, pois o IC só
contém valores maiores do que 1 e o p < 0,05.
Resposta letra B.

216
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
O estudo MRC CRASH é um ensaio clínico
randomizado controlado do efeito de corticosteroides
em pacientes que vão ao óbito
após traumatismo cranioencefálico (TCE).
Nesse estudo, 10.008 adultos, com TCE
há menos de 8 horas e escala de Glasgow
de 14 ou menos que receberam infusão de
metilprednisolona ou placebo por 48 horas.
Após 6 meses do estudo, os resultados obtidos
foram:

Os resultados sugerem que o risco de morrer foi:
a) Maior no grupo que usou placebo do que
no grupo corticosteroides.
b) Igual nos dois grupos.
c) Impossível de ser diferenciado.
d) Maior no grupo que usou corticosteroides
do que no grupo placebo.

A

Quem te responde isso é o risco relativo.
Lembrando: RR = 1, sem significado; RR >
1 fator de risco; RR < 1 fator de proteção.
Como o risco relativo foi 1,15 (maior do que
1) com significância estatística, pois o IC só
contém valores maiores do que 1, e o p <
0,05, o fator em estudo foi de risco. Resposta
letra D.

217
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE – UFF
Dentre os resultados abaixo, aquele que
fornece ao leitor maiores informações sobre
significância estatística, tamanho da amostra
e força da associação é:
a) Erro alfa de 0,05 e valor de p < 0,001.
b) RR de 6,0 e valor de p < 0, 05.
c) RR de 3,2, com IC95% de 2,7 a 3,8.
d) OR de 4,0 com IC95% de 0,5 a 6,7.
e) Erro beta de 0,30 e OR maior do que 1.

A

A única resposta correta é a letra C. RR > 1
(no caso da questão 3,2), com todos os valores
do IC englobando o RR e maiores do que
1 (no caso, IC95% de 2,7 a 3,8).

218
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2008 HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA – GO
Em termos de saúde pública qual a medida
mais útil para avaliar o fator de risco em uma
população?

a) Prevalência.
b) Odds Ratio.
c) Risco atribuível.
d) Risco relativo.
e) Incidência de doença entre os expostos.

A

A medida mais útil para avaliar o fator de risco
em uma população é o risco atribuível populacional,
que nos responde a seguinte questão: “se
a população deixar de ser exposta a um fator,
teríamos uma redução de quanto no número de
casos relacionados a esse fator?” Lembrando
que o risco atribuível ao fator, também pode ser
utilizado para medir o risco em uma população.
Portanto, a resposta deve ser a letra C.

219
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
RIBEIRÃO PRETO – USP
Ao estudar uma possível associação entre o
uso intensivo de telefone celular e neoplasia
cerebral, os autores observaram um risco relativo
de 3,9 e um intervalo de confiança de
0,95 a 128,9. Este fato permite concluir que:
a) Indivíduos que utilizam intensamente celulares
têm um risco quase 4 vezes maior de
desenvolver neoplasia cerebral.
b) Não há associação entre a exposição e o
efeito, uma vez que o intervalo de confiança
engloba o valor do risco relativo.
c) A grande variação do intervalo de confiança
indica que a pesquisa foi realizada com um
pequeno tamanho amostral.
d) Há indícios de uma forte associação entre
as variáveis, com um risco que pode ser quase
130 vezes mais elevado entre os usuários.
e) Existe uma associação entre o uso de celular
e desenvolvimento de neoplasia cerebral, porém
ela é estatisticamente pouco significante.

A

Vamos às afirmativas:
Letra A: incorreta, pois apesar do risco relativo
ser de 3,9, mostrando que o fator é de risco,
o intervalo de confiança variou entre valores
menores e maiores do que 1 (em momentos
foi de proteção, em outros momentos não
teve associação, e em outros foi de risco),
portanto não houve significância estatística
para confirmar o RR.
Letra B: incorreta, pois se o intervalo de confiança
englobar o fator de risco há significância
estatística, porém nesse caso não foi aceito
porque o intervalo de confiança variou entre
valores menores e maiores do que 1.
Letra C: correta, pois pequenas amostras
nos dão grandes variações nos intervalos
de confiança.
Letra D: incorreta, é só lembrar do IC variando
entre valores menores e maiores do que 1.
Letra E: incorreta, pois com esse IC não há
significância estatística (olha ele aí de novo 
portanto, não se esqueça de achá-lo em todos
os estudos das provas, para dizer se há ou
não significância estatística).
Resposta letra C.
Medgrupo - Ciclo 2: M.E.D Preventiva

220
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO – UFRJ
Analise a tabela abaixo e assinale a afirmativa INCORRETA:

a) O risco de ter convulsão no grupo tratado
com diazepam é (2,08) duas vezes maior do
que no grupo tratado com sulfato de magnésio.
b) É possível afirmar que o sulfato de magnésio
é melhor do que o diazepam para reduzir tanto
o risco de morrer como o de ter convulsão.
c) Para se evitar uma crise convulsiva é necessário
tratar aproximadamente 7 mulheres
com sulfato de magnésio.
d) As mulheres tratadas com sulfato de magnésio
tiveram risco de ter convulsões 52% menor
do que as tratadas com diazepam.

A

O estudo da questão ao invés de comparar
uma droga com o placebo comparou duas
drogas (sulfato de magnésio e diazepam) em
relação a dois desfechos: óbitos e convulsões.
Vamos às afirmativas:
Letra A: correta, pois o risco de convulsão no
grupo tratado com diazepam é igual à incidência
de convulsões no grupo do diazepam
/ incidência convulsões do grupo do sulfato
de magnésio = (126 / 452) / (60/453) = aproximadamente
2.
Letra B: em relação à redução do risco de morrer,
você percebe que houve a redução do risco,
pois o RR é igual a 0,74, porém o intervalo de
confiança engloba valores menores do que 1 e
maiores do que 1 (tem momentos que reduziu e
momentos que aumentou o risco), portanto sem
significância estatística. Alternativa incorreta.
Mas vamos continuar: em relação a convulsões
o RR foi 0,48 com intervalo de confiança contendo
somente valores inferiores a 1, portanto
neste desfecho ele foi melhor do que o diazepam
(essa parte está correta).
Letra C: nessa afirmativa, ele quer avaliar o
NNT (numero de pacientes necessário a tratar
para evitar um evento). O NNT = 1 / redução
absoluta do risco, neste caso NNT = 1 / 0,147 =
aproximadamente 7 mulheres. Por que 0,147?
Porque o RAR da convulsão é de 14,7 por 100
mulheres, ou seja, 0,147 para cada mulher.
Alternativa correta.
Letra D: nessa afirmativa ele quer saber sobre
a redução do risco relativo, que é igual a 1 –
RR, neste caso 1 – 0,48 = 52%. Alternativa
correta.
Resposta letra B.

221
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2007 ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ – ESPCE
À medida que expressa a força da associação entre fator de risco e doença é o (a):
a) Risco absoluto.
b) Risco atribuível da população.
c) Risco atribuível.
d) Risco relativo.
e) Fração etiológica do risco.

A

O risco relativo é a razão da incidência da
doença entre os expostos e não expostos. Diz
quantas vezes mais (ou menos) os expostos
têm de desenvolver a doença quando comparados
com os não expostos. É a medida da
força de uma associação de estudos de coorte
e ensaio clínico. Quanto mais forte a associação,
maior o risco relativo. Resposta letra D.

222
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2006
FUNDAÇÃO ESCOLA DE
SERVIÇO PÚBLICO – FESP
Em um estudo realizado no País para verificar
a associação entre consumo de vodca e câncer de estômago, foram obtidos os resultados
expostos no quadro abaixo:

O Risco Relativo (RR) encontrado no estado
revela que:
a) O consumo de vodca é fator de proteção
no câncer de estômago.
b) Existe risco elevado de câncer de estômago
nos usuários de vodca.
c) Não há associação entre consumo de vodca
e câncer de estômago.
d) O consumo de vodca é fator de risco baixo
para câncer de estômago.

A

Risco Relativo é uma medida de associação.
É a razão entre os riscos ou incidências
cumulativas entre os indivíduos expostos e a
dos não expostos. Responda o seguinte:
“Quantas vezes é mais provável os indivíduos

expostos virem a desenvolver a doença em
relação aos não expostos?”
Como calcular?
RR = Ie/lne como assim? Veja o exemplo:

Ie = riscos dos expostos = 30/80
Ine = riscos dos não expostos = 270/720
RR = 0,375/0,375 = 1
Se
RR = 1 => não apresenta relação de causa e
efeito.
RR > 1 => existe a possibilidade do fator ser
de risco.
RR < 1 => existe a possibilidade de ser fator
protetor.

Então não há associação entre consumo de
vodka e câncer de estômago. Resposta letra C.

223
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2006
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE – HCPA – RS
A ingestão de alimentos ricos em ácido graxo
ômega-3 e ácido linoleico ou seus suplementos
tem sido associada a uma redução absoluta
de risco de 20% nos casos de infarto
não fatal em relação aos controles. Quantos
pacientes
deveriam aderir a esta modificação
na dieta (número que necessita de tratamento
– NNT) para prevenir a ocorrência de um caso
de infarto não fatal?
a) 2.
b) 5.
c) 10.
d) 20.
e) 80.

A

O número de pacientes que necessitam
de tratamento (NNT) é uma medida
de avaliação do benefício do tratamento.
Indica se o benefício pela nova terapia retribui
ao esforço e custo em sua aquisição
ou implantação. É calculada a partir da seguinte
fórmula: NNT = 100/RAR (redução
absoluta de risco). Neste caso 100/20 =
5. Resposta letra B.

224
Q

Fases dos Ensaios Clínicos

Fase I

A

é a fase de avaliar a segurança da droga em teste e não à eficácia.

Nessa fase o objetivo é determinar a dose que não causa efeitos colaterais sérios. Inclui um pequeno
número de pacientes sem grupo controle.

225
Q

Fases dos Ensaios Clínicos

Fase II:

A

é a fase inicial da investigação clínica do efeito do tratamento.

Fornece a relação entre a dose e eficácia. Ainda inclui um número pequeno de pacientes.

226
Q

Fases dos Ensaios Clínicos

Fase III:

A

avaliação em larga escala do tratamento.

Nessa fase o estudo é randomizado e pode fornecer evidências definitivas entre a eficácia e os efeitos colaterais.

É a fase da publicação em revistas médicas.

227
Q

Fases dos Ensaios Clínicos

Fase IV:

A

é a fase de vigilância pós-comercialização.

Mesmo após um medicamento ter sido aprovado para comercialização, ainda se mantém a vigilância para efeitos adversos e estudos adicionais, a respeito da morbidade e mortalidade.

228
Q

É a fase que avaliar a segurança da droga em teste e não à eficácia:

a) Fase I
b) Fase III
c) Fase II
d) Fase IV

A

Fase I

229
Q

É a fase de vigilância pós-comercialização.

a) Fase I
b) Fase IV
c) Fase II
d) Fase III

A

Fase IV

230
Q

É a fase inicial da investigação clínica do efeito do tratamento.

a) Fase I
b) Fase III
c) Fase II
d) Fase IV

A

Fase II

231
Q

É a fase de avaliação em larga escala do tratamento + fase em que o estudo é randomizado e pode fornecer evidências definitivas entre a eficácia e os efeitos colaterais + publicação em revistas médicas.

a) Fase I
b) Fase III
c) Fase II
d) Fase IV

A

Fase III

232
Q

Mediana

Definição:

A

é a medida que está no centro da amostra, dividindo os valores 50% maiores dos 50% menores;

233
Q

Mediana

Vantagens e Limitações:

A

Vantagens

  • Menos sensível a valores extremos que a média.

Limitações

  • Mais difícil de ser determinada para grande quantidade de dados.
234
Q

Moda

Definição:

A

é o valor que mais aparece na amostra.

235
Q

Moda

Vantagens e Limitações:

A

Vantagens

  • representa um valor típico.

Limitações

  • Não tem função em termo de cálculo.
236
Q

Média

Definição:

A

é a média aritmética dos valores encontrados.

Soma todos os valores da amostra e divide pela quantidade da amostra.

237
Q

Média

A

Vantagens

  • Reflete todos os valores da amostra.
  • Possui propriedades matemáticas definidas.

Limitações

  • É influenciada por valores extremos.
238
Q

Corresponde a medida que está no centro da amostra, dividindo os valores 50% maiores dos 50% menores:

a) Moda
b) Média
c) Mediana

A

Mediana

239
Q

Corresponde ao valor que mais aparece na amostra:

a) Média
b) Moda
c) Mediana

A

Moda

240
Q

Coresponde a média aritmética dos valores encontrados.

a) Moda
b) Mediana
c) Média

A

Média

241
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
INCA – RJ
Assinale a alternativa que corresponde a uma
medida de tendência central que não é sensível
à presença de valores extremos:
a) Média.
b) Especificidade.
c) Mediana.
d) Amplitude.

A

Vamos responder essa questão imaginando
que eu esteja selecionando glicemias dos
meus pacientes. São elas: 80; 84; 87; 88;
88; 100; 102; 106; 114; 120; e 121 mg/dl. A
média é simplesmente a média aritmética
entre eles (soma de todos/11). A mediana
é a medida de centro que divide os dados
em duas partes iguais, para a direita e para
a esquerda (no caso, 100). Ela não sofre
a influência de valores discrepantes. Se a
mediana é, como no nosso exemplo, 100,
qual é a diferença do número 101 para o
100.001 para a mediana? Nenhuma, pois os
dois estarão de qualquer forma à direita dela.
E para completar, a moda seria o valor que
aparece com mais frequência (88). Portanto,
resposta letra C.

242
Q

Sá estudos que investigam a frequência e distribuição de um agravo à saúde na população segundo as características da própria população, tais como, sexo, raça, idade, estado civil, classe social, manifestações clinicolaboratoriais, distribuição geográfica e tempo de ocorrência, estudos:

a) Analíticos
b) Descritivos
c) Agregado
d) Ecológico

A

Descritivos

243
Q

São os estudos que testam hipóteses, investigam a associação entre fatores de risco e um agravo à saúde e permitem calcular medidas de associação como risco relativo, odds ratio.

a) Descritivos
b) Analíticos
c) Agregado
d) Ecológico

A

Analíticos

244
Q

Estudo que pesquisam indivíduo por indivíduo:

a) Descritivos
c) Individuado
d) Agregado
d) Ecológico

A

Individuado

245
Q

Estudo pesquisa toda a população de uma vez:

a) Individuado
b) Agregado
c) Coorte
d) Caso-Controle

A

Agregado

246
Q

É aquele tipo de estudo em que não existe nenhuma manipulação do fator em estudo, existe apenas a livre observação entre as variáveis:

a) Descritivos
b) Analíticos
c) Observacional
d) Intervebcional

A

Observacional

247
Q

Estudo onde existe a manipulação por parte dos pesquisadores/ investigadores, seja com a introdução de um medicamento, uma nova vacina:

a) Descritivos
b) Analíticos
c) Observacional
d) Intervencional

A

Intervencional

248
Q

Estudos que abordam uma área geográfica bem delimitada (bairro, cidade), analisando comparativamente os indicadores de saúde (na maioria das vezes):

a) Ecológico
b) Prevalência
c) Coorte
d) Caso-Controle
e) Ensaio Clínico

A

Ecológico

249
Q

São estudos que observam ao mesmo tempo o fator causal (fator de risco, exposição) e o efeito desse fator (agravo, desfecho, doença), não conseguindo pesquisar a etiologia, mas com grande capacidade de produzir hipóteses.

a) Descritivos
b) Analíticos
c) Intervencional
d) Ecológico
e) Prevalência

A

Prevalência

250
Q

O estudo parte da observação de grupos comprovadamente expostos a um suposto fator de risco como causa de uma doença a ser detectada no futuro (análise prospectiva).

g) Ecológico
h) Prevalência

I) Coorte

k) Caso-Controle

L) Ensaio Clínico

A

Coorte

251
Q

É um tipo de estudo epidemiológico que se inicia pelos doentes, e identifica indivíduos comparáveis ao caso, sabidamente não doentes:

a) Ecológico
b) Prevalência
c) Coorte
d) Caso-Controle
e) Ensaio Clínico

A

Caso controle

252
Q

Estudos que omparam o efeito de uma intervenção com controles, no qual o investigador distribui o
fator de intervenção a ser analisado de forma
ALEATÓRIA:

a) Ecológico
b) Prevalência
c) Coorte
d) Caso-Controle
e) Ensaio Clínico

A

Ensaio Clínico