Fármacos moduladores da função gastrointestinal Flashcards
Inibidores da bomba de protões (IBP)
Farmacos
Omeprazol (pró-fármaco)
Lansoprazol (pró-fármaco)
Pantoprazol (pró-fármaco)
Rabeprazol (pró-fármaco)
Omeprazol (pró-fármaco)
Lansoprazol (pró-fármaco)
Pantoprazol (pró-fármaco)
Rabeprazol (pró-fármaco)
Mecanismo
Absorção para a circulação sistémica
→ Acumulação em compartimentos acidificados (canalículos das células parietais)
→ Conversão na sua forma reativa, tornando-se uma sulfenamida
→ Ligação covalente da sulfenamida com os grupos sulfidril de cisteínas da bomba H+/K+ ATPase (ligação dissulfeto)
→ Inibição irreversível da bomba.
Omeprazol (pró-fármaco)
Lansoprazol (pró-fármaco)
Pantoprazol (pró-fármaco)
Rabeprazol (pró-fármaco)
Ação
A secreção de ácido recomeça apenas depois de novas moléculas da bomba serem sintetizadas e inseridas na membrana luminal, proporcionando uma supressão prolongada (de até 24 a 48 horas) da secreção de ácido.
Os IBPs inibem o passo final da produção de ácido, independentemente do estímulo fisiológico.
Antagonistas dos recetores H2
Farmacos
Cimetidina
Ranitidina
Famotidina
Nizatidina
Cimetidina
Ranitidina
Famotidina
Nizatidina
Inibem competitivamente o recetor H2 nas células parietais e suprimem a secreção ácida basal (volume, acidez, pepsina) de modo dependente da dose.
Reduzem a ação estimulante sobre a secreção gástrica induzida por histamina ou seus agonistas (betazol), pelo vago, pela gastrina e pentagastrina e por estímulos mecânicos e químicos.
A redução da acidez gástrica provoca um aumento compensador da secreção de gastrina.
Inibem bem a secreção ácida noturna (histamina) mas têm ação modesta na secreção ácida desencadeada pelos alimentos (gastrina e acetilcolina).
Fármacos que modulam a acidez gástrica temos ainda sem nada na tabela
Antagonistas muscarínicos (M1 e M3)
Análogos das prostaglandinas
Misoprostol
Misoprostol
Efeito redutor da produção de HCl:
Efeito redutor da produção de HCl: Ligação dos fármacos aos recetores Gi
→ Inibição da adenilato ciclase
→ Diminuição cAMP
→ Diminuição da atividade da bomba de protões
→ Diminuição da produção de HCl.
Misoprostol
Efeito citoprotetor
Aumento da produção de mucina, aumento da produção de HCO3‐ e aumento do fluxo sanguíneo da mucosa.
Sucralfato
Em pH < 4 sofre extensivamente cross-linking formando um polímero viscoso com propriedades adesivas
→ Aderência às células epiteliais, criando uma barreira que permanece até 6h após uma dose única, evitando a hidrólise das proteínas celulares pela pepsina.
Estimula também a produção local de prostaglandinas e EGF.
Compostos de bismuto
Salicilato de bismuto
Salicilato de bismuto
Mecanismo não totalmente estabelecido, mas:
Os bismutos formam camadas protetoras (contra o ácido e pepsina) nas úlceras e erosões. Eles também estimulam a síntese de prostaglandinas, muco e a secreção de HCO3‐.
Efeito antibacteriano: efeito bactericida e neutralizador de enterotoxinas.
Reduzem a frequência de defecação e a fluidez/liquidez das fezes devido à inibição de prostaglandinas intestinais e inibição da secreção de cloro.
Antiácidos
Bicarbonato de sódio
Carbonato de cálcio
Hidróxido de alumínio
Hidróxido de magnésio
Bicarbonato de sódio
Carbonato de cálcio
Hidróxido de alumínio
Hidróxido de magnésio
Os antiácidos reagem com o ácido clorídrico gástrico
→ Forma-se água e um sal
→ Redução da acidez intragástrica.
Antagonistas dos recetores de dopamina
Metoclopramida
Domperidona
Macrólidos
Metoclopramida
Domperidona
Macrólidos
Bloqueio dos recetores D2 (proteína Gi)
→ Libertação de acetilcolina pelos neurónios motores mioentéricos
→ Efeito pró-cinético.
Inibição dos recetores D2 na zona de gatilho quimiorecetora
→ Diminuição de náuseas e vómitos.
Metoclopramida
A metoclopramida tem mecanismos de ação complexos: Agonismo 5HT4, antagonismo 5HT3 (vago e central) e possivelmente sensibilização de recetores muscarínicos no músculo liso, para além do antagonismo D2.
Domperidona
atua como antagonista dos recetores D2, não interferindo com outros neurotransmissores.
Macrólidos
são uma classe de antibióticos que estimula diretamente os recetores da motilina nas células musculares lisas gastrointestinais.
Laxantes e catárticos
Lactulose
Sorbitol
Manitol
Agentes que diminuem a motilidade e a secreção intestinal
Loperamida
Difenoxilato e difenoxina
Octreotido (e lanreotida)
Loperamida
Difenoxilato e difenoxina
Octreotido (e lanreotida)
Agonistas opioides: Atuam sobre os recetores μ e δ dos nervos pré-sinápticos colinérgicos dos plexos mioentéricos e da submucosa
→ Diminuição da libertação de acetilcolina
→ Diminuição do peristaltismo
→ Aumento do tempo de trânsito intestinal.
Nos enterócitos aumentam a absorção de água (recetores μ e δ) e diminuem a secreção (recetores δ).
Octreotido (e lanreotida)
- > Inibe a secreção de várias hormonas e neurotransmissores, incluindo a gastrina, colecistocinina, glucagon, hormona do crescimento, insulina, secretina, polipéptido pancreático, VIP e 5‐HT;
- > reduz a secreção de fluido intestinal e a secreção pancreática;
- > retarda a motilidade gastrointestinal
- > inibe a contração da vesícula biliar;
- > reduz o fluxo sanguíneo portal e esplâncnico.
Resinas sequestradoras de sais biliares
Colestiramina
Colestipol
Colesevelam
Colestiramina
Colestipol
Colesevelam
Diminuição da recirculação enteropática
→ Excesso de sais biliares que chegam ao cólon
→ Estimulação da secreção de eletrólitos e água.
Expansores de volume e agentes higroscópicos
Carboximetilcelulose
Policarbofil de cálcio
Carboximetilcelulose
Policarbofil de cálcio
Absorvem água → Aumentam o volume das fezes e diminuem a fluidez das fezes.
Também adsorvem toxinas bacterianas e sais biliares.
Compostos com bismuto
Bismuto
Bismuto
Efeitos antissecretórios, anti‐inflamatórios e antimicrobianos.
Antiespasmódicos
Escopolamina
Butilescopolamina
Metaescopolamina
Diciclomina
Escopolamina
Butilescopolamina
Metaescopolamina
Diciclomina
Inibidores dos recetores colinérgicos muscarínicos no plexo mioentérico e no músculo liso.
Antagonistas 5HT3
Ondansetrom
Ondansetrom
Inibem a ação da serotonina sobre os recetores 5HT3 abundantes a nível central e periférico em estruturas implicadas na náusea e vómito.
Antagonistas dos recetores de dopamina
Cloropromazina
Cloropromazina
Mecanismo de ação complexo envolvendo antagonismo do recetor D2 na zona de gatilho quimiorrecetora e ação anticolinérgica e anti-histamínica
Antagonistas H1
Hidroxizina
Prometazina
Hidroxizina
Prometazina
Atuam como antimiméticos no vestíbulo e no tronco cerebral.
Antagonistas muscarínicos
Escopolamina
Canabinoides
Tetra-hidrocanabinol (THC)
Dronabinol
Tetra-hidrocanabinol (THC)
Dronabinol
Mecanismo antiemético não totalmente esclarecido, mas:
• Ativação de recetores CB1 no centro do vómito;
• Ação a nível das células enterocromafins.
Podem ser utilizados em terapia combinada com fenotiazina no vómito induzido por quimioterapia.
Antagonistas NK1
Aprepitant
Aprepitant
A náusea e o vómito induzidos por quimioterapia caracterizam-se por duas fases: uma fase aguda que ocorre universalmente (nas 24h após a quimioterapia) e uma fase tardia que afeta apenas alguns pacientes (nos dias 2 a 5). Os antagonistas dos recetores NK1 têm efeitos antieméticos na fase tardia.
Usados com dexametasona e antagonistas 5‐HT3.
Corticosteroides
Dexametasona
Dexametasona
Possível supressão da inflamação peri-tumoral e diminuição da produção de prostaglandinas a nível central.
Benzodiazepinas
Lorazepam
Alprazolam
Lorazepam
Alprazolam
Antieméticos fracos, mas possuem efeitos sedativos, amnésicos e ansiolíticos que são úteis na redução da componente antecipatória da náusea e vómito
Anti-flatulência
Simeticone
Carvão ativado
Simeticone
Capacidade de colapsar bolhas de gás formando uma camada fina na sua superfície
→ Agente anti-espuma.
Carvão ativado
Elevada capacidade de adsorção dos gases intestinais.