Epistaxes Flashcards
Quais as características epidemiológicas das epistaxes?
- acomete 60% durante a vida
- 6% precisam de tratamento médico
- bimodal: ates do 10 anos e entre 45-65 anos
Quais as causas?
rinossinusites, coagulopatias, Rendu-Osler-Weber, drogas (cocaína), medicamentos (ACO, gingko biloba), tabagismo, traumas, cirurgias nasais, neoplasias (nasoangiofibroma), perfuração septal
O que é a snd de Rendu-Osler-Weber?
- telangiectasia hemorrágica hereditária
- doença autossômica dominante
- epistaxe ocorre em 95% dos casos
- transufusões ao longo da vida
- telangiectasias em lingua, labios mucosa de TGI.
Como fazer o topodiagnóstico das epistaxes?
- anterior: plexo de kiesselbach, area Little (palatina maior, esfenopalatina, etmoidal anterior, labial superior), pequena monta e mais comum
- posterior: esfenopalatina, principal arteria da irrigação nasal, geralmente são graves em idosos e coagulopatas
- superior: arterias etmoidais anterior e superior, ramos da oftálmica, geralmente em etmoidectomias, fraturas de face, osteotomias de face.
S point: região que a etmoidal anterior vai ao septo, parte etmoidal alta, perto da cabeça da concha média
Como fazer a abordagem da epistaxes?
- estabilização do paciente (ATLS - ABCDE)
- fazer a história do sangramento, comorbidades, medicamentos e fazer o topodiagnóstico
- exames: hemoglobina e provas de coagulacão
- ácido tranexâmico
Como fazer o tratamento ?
- cauterização química com ATA ou nitrato de prata. Somente sangramentos anteriores de pequena monta. Não fazer áreas extensas e dos dois lados na mesma topografia pelo risco de perfuracão
- cauterização elétrica: sangramento após a química
- Tamponamento anterior: falha na cauterização, sangramento difuso, deixa por 48h, apresenta falha de 25%
- Tamponamento posterior: falha do anterior, sangramento posterior.
Quais as complicacões do tamponamento?
reflexo vagal, dor, otite, sinusite, epífora, hipoxia, snd do choque tóxico estafilocócico por estafilo que contamina o material
Quando indicar embolização? Quais os riscos?
- Somente em casos refratários ou paciente sem condições clínicas para cirurgia, tem 90% de sucesso
- amaurose, necrose, dor facial, paralisia facial, trismo, AVEi
Quando indicar cirurgia?
Sangramentos refratários, graves, profusos, falha do tampão
Quais as técnicas?
- ligadura de esfenopalatina: mais empregada, primeira linha, 90% de sucesso.
- cauterização da etmoidal anterior: sangramento anterior ou falha da esfeno. Acesso externo via Lynch, etmoidectomia, atras do recesso frontal, superiormente a bula
- ligadura de artéria maxilar: geralmente em tumores tipo nasoangiofibroma.
- ligadura de carótida externa via cervicotomia em refratariedade.