Epilepsia Flashcards
O diagnóstico de epilepsia é realizado quando há duas ou mais crises epilépticas com intervalo de pelo menos 1 mês. V ou F?
F
Duas ou mais crises epilépticas com intervalo maior do que 24 horas.
Paciente, masculino, 58 anos, trazido pelo SAMU com história de cefaleia, confusão mental e crise convulsiva há cerca de 1 hora em seu domicílio. No momento, com cefaleia persistente, apresentando os seguintes sinais vitais: PAS 215 mmHg, PAD 120 mmHg, FC 93 bpm, FR 18 irpm, Glicemia Capilar 83 mg/dL, Sat. O2 97% em ar ambiente. No exame físico, sem déficits neurológicos focais, consciente e orientado, Escala de Coma de Glasgow = 15, pupilas isofotorreagentes. Ausculta respiratória: murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca: Bulhas cardíacas normofonéticas, ritmo cardíaco regular. A abordagem mais adequada, no departamento de emergência, deste caso deve incluir:
A) exame de fundo de olho.
B) monitorização multiparâmetros, oxigenoterapia suplementar com intubação traqueal.
C) infusão de noradrenalina e furosemida endovenosa.
D) glicose a 50% 40 mL.
E) fenitoína 30-45 mg/kg endovenoso.
A
Paciente com cefaleia persistente e pressão arterial elevada devemos suspeitar de hipertensão intracraniana idiopática, devendo ser realizado o exame de fundo de olho para verificar a presença do papiledema.
A diferenciação entre sincope verdadeira e convulsões de origem epiléptica exige uma história detalhada do episódio de perda de consciência. Que informação (ões) da história clínica, dentre as abaixo, aponta(m) tratar-se mais provavelmente de um quadro sincopal, e não de um de origem neurológica?
Mioclonia assimétrica, que ocorre após perda de consciência.
Quadros de síncope podem se apresentar com poucas mioclonias, normalmente assimétricas, irregulares e assíncronas e que se iniciam após a perda da consciência.
Paciente de 65 anos, masculino, diabético, interna com quadro de fraqueza, mialgia e febre de 38,5oC. Na admissão foi relatada crise tônico-clônica generalizada, escala de coma de Glasgow=14 (abertura ocular ao chamado verbal), pupilas isofotorreagentes, sem déficits motores, glicemia capilar de 110mg/dL. PA: 150/80 mmHg, frequência cardíaca de 110 bpm. Sem antecedentes de epilepsia.
A investigação inicial para a crise convulsiva desse paciente deve incluir tomografia de crânio, eletrocardiograma, Na, Ca, Mg, ureia e líquor. V ou F?
V
A TC de crânio permite avaliar a possibilidade de AVCh, AVCi, hematomas, edemas e até uma massa focal. O ECG para perceber um ataque hipóxico-isquêmico como IAM que pode levar a uma má perfusão cerebral e crise. Avaliar Ca, Mg, Na e ureia permite avaliar distúrbios metabólicos e renais que cursam com esse quadro e podem levar à primeira crise. O líquor permite descartar uma infecção e sangramentos no SNC.
Mulher, 20 anos de idade, estava companhada da mãe no metrô quando apresentou perda da consciência, seguida de rigidez muscular, abalos musculares difusos e perda esfincteriana. A equipe do metrô iniciou rapidamente os primeiros-socorros, colocando algo macio sob a cabeça da paciente até cessarem os abalos, que duraram cerca de um minuto. A mãe ficou bastante assustada e relatou que a paciente era portadora de diabetes mellitus tipo 1. Nega outras comorbidades. Nunca havia apresentado quadro semelhante. Neste momento, a paciente encontrase ainda inconsciente, com ventilação espontânea. Indique a principal conduta que deve ser tomada nesse momento.
A) Auxiliar a ventilação através de dispositivo bolsaválvula-máscara.
B) Colocar água com açúcar ou líquido adocicado sob a língua da paciente.
C) Colocar a paciente lateralizada em posição de recuperação.
D) Encaminhar a paciente para o Pronto Socorro.
C
Alternativa A: INCORRETA. A paciente apresenta ventilação espontânea, de modo que não é necessário ventilação através de dispositivo bolsa-válvula-máscara.
Alternativa B: INCORRETA. Neste momento a paciente ainda encontra-se inconsciente, de modo que não se deve colocar alimentos ou líquidos na sua boca pelo risco de broncoaspiração.
Alternativa C: CORRETA. A posição lateral de segurança deve ser utilizada nas pessoas inconscientes que mantêm a ventilação, prevenindo a obstrução das vias aéreas superiores e permitindo uma melhor ventilação.
Alternativa D: INCORRETA. A paciente permanece inconsciente, devendo ser acionado o serviço móvel de urgência (SAMU).
Causa mais comum de epilepsia focal no adulto.
Epilepsia do lobo temporal por esclerose mesial temporal, que é uma degeneração/perda de neurônios na região mesial do lobo temporal.
Quando iniciar antiepilépticos após primeira crise?
Se houver alteração em exame de imagem ou EEG.
Se a crise ocorrer durante o sono ou se sinal focal no exame físico (chance muito alta de recorrência).
O EEG é um exame com alta sensibilidade e especificidade para a investigação de crise epiléptica. V ou F?
F
Tem baixa sensibilidade, e, por isso, é recomendado que se realize de forma seriada.
Exame de imagem mais adequado na investigação de crise epiléptica.
RNM.
O eletroencefalograma interictal de rotina em pacientes com crises epiléticas focais está frequentemente anormal. V ou F?
F
As crises focais com manifestações discognitivas podem manifestar-se com alterações na sensibilidade somática, no equilíbrio ou na função autonômica. V ou F?
V
As crises de ausência típicas estão associadas a um grupo de epilepsias geneticamente determinadas que começam em geral na infância ou início da adolescência. V ou F?
V
As crises tônico-clônicas de início generalizado são o tipo mais comum de crise epilética nos distúrbios metabólicos. V ou F?
V
As crises focais sem manifestações discognitivas podem causar sintomas motores, sensoriais, autonômicos ou psíquicos sem comprometimento da cognição. V ou F?
V
Um paciente de 20 anos sabidamente epiléptico é trazido ao serviço de emergência pelos familiares, que informam a ocorrência de uma crise motora generalizada no domicílio, que cedeu há cerca de 10 minutos no carro, vindo para o hospital. Ao exame, o paciente está levemente confuso, “acha que reconhece o hospital e os familiares”, e relata fraqueza no membro superior direito, a qual realmente é notada ao exame clínico. A hipótese mais provável para explicar o déficit motor vigente é:
Paresia focal transitória após crise epiléptica.
O paciente apresentou uma paresia em membro superior direito após a crise. Esse quadro é sugestivo de paralisia pós-ictal (““paralisia de Todd”), em que ocorre uma paresia focal transitória após o término de uma crise epiléptica.