Entrevistas e terapia psicológicas; Atuação do Psicólogo em Grupos Flashcards

1
Q

Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Abordagens Psicoterápicas
Psicoterapias

A
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2
Q

CONCEITO DE PSICOTERAPIA
1) O que faz com que um tratamento possa ser chamado de
Psicoterapia (tentativas de conceituação);
2) Elementos que se repetem em várias conceituações de Psicoterapia.

A
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3
Q

NECESSIDADE DE CONCEITUAR PSICOTERAPIA
* Avaliar a efetividade das psicoterapias;
* Criar condições para que se possa realizar uma fiscalização ética das
práticas.

A
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4
Q

O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO POSSA
SER DENOMINADO PSICOTERAPIA

A
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5
Q

PSICOTERAPIA É:
O tratamento, por meios psicológicos, de problemas de natureza
emocional, no qual uma pessoa treinada estabelece, deliberadamente,
uma relação profissional com o paciente com o objetivo de (1) remover,
(2) modificar ou (3) retardar os sintomas existentes, (4) mediar padrões
de comportamento perturbados e (5) promover o crescimento e
desenvolvimento positivos da personalidade.

A

Psicoterapias
Abordagens Atuais
Cordiolli

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6
Q

Psicoterapia é
(Wolberg)
1) Um tipo de tratamento
2) Realizado por meios psicológicos
3) Baseado em comunicação verbal e não verbal adequadas
4) Que irá tratar de problemas de natureza emocional

A

5) Problemas estes que se manifestam nos níveis intrapsíquico,
interpessoal, social e físico
6) E que é realizado por pessoa treinada
7) Que estabelece, deliberadamente, um relacionamento
profissional
8) Com um paciente
9) Com os objetivos de:
* Remover sintomas existentes;
* Modificar sintomas existentes;
* Retardar sintomas existentes;
* Prevenir padrões de comportamento
disfuncionais;
* Promover o crescimento e o desenvolvimento
de uma personalidade positiva.

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7
Q

PSICOTERAPIAS SÃO:
(CORDIOLLI)
Métodos de tratamento realizados por profissionais
treinados com o objetivo de reduzir ou remover um problema,
uma queixa ou um transtorno de um paciente ou cliente,
utilizando, para tal fim, meios psicológicos. São realizadas em um
contexto primariamente interpessoal, a relação terapêutica, e
utilizam comunicação verbal como principal recurso.
Caracterizam-se ainda, por serem atividades eminentemente
colaborativas entre paciente e terapeuta.

A

CRITÉRIOS PARA QUE UM “MODELO PSICOTERÁPICO” SEJA
CONSIDERADO CONSOLIDADO:
(Cordiolli)
1) Deve ser embasado em uma teoria abrangente, que ofereça
uma explicação coerente sobre origem, manutenção e forma de
eliminar os sintomas.
2) Os objetivos a que se propõe devem ser claramente
especificados.
3) Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica
proposta.
4) Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são
decorrentes das técnicas utilizadas e não de outros fatores.
5) Os resultados devem ser mantidos a longo prazo.
6) Deve apresentar uma relação custo/efetividade favorável na
comparação com outros modelos ou alternativas de tratamento.

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8
Q

PSICOTERAPIA É:
(Resolução CFP 010/00).
Prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um
processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza
através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas
psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional,
promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento
de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos”.

A
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9
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que será aplicado por

A

Pessoas com competência
acadêmica e técnica
Profissionais Treinados
Pessoas qualificadas

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10
Q

AGENTES DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA

A

Fatores Específicos
* Fatores inespecíficos

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11
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
PSICOTERAPIA É

A

Um tratamento
Que ocorre num contexto interpessoal
Dentro de uma relação
Profissional
Formal

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12
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que farão uso de

A

Meios psicológicos
Agentes psicológicos
Técnicas psicológicas
Intervenções psicológicas
Métodos psicológicos

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13
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
De natureza

A

Verbal
Principalmente Verbal
Verbal e Não verbal

De quem?
Do paciente
Do cliente

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14
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Tendo como base

A

Princípios Psicológicos
Um Corpo Teórico
Um Modelo Explicativo
Conceitos Sistematizados

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15
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que fornecem fundamentos
para

A

Um corpo Técnico
Técnicas
Um Conjunto de Sistemas Técnicos

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16
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que se inserem em

A

Um contexto social
Um modelo sociocultural no qual foi
originado
Um sistema de ideologias

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17
Q

Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
E que precisam ser

A

Científicas
Sistematizáveis
Comprováveis em sua efetividade

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18
Q

AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE JÉROME FRANK:
Eixo principal de estudos – a estrutura das relações de ajuda.

A
  1. Estabelecimento e manutenção de uma relação significativa entre paciente e
    terapeuta;
  2. Presença de uma quantidade significativa de esperança e confiança de que a
    psicoterapia atuará para alívio do sofrimento psíquico;
  3. Oferta de novas informações e, portanto, de novas possibilidades de
    aprendizagem;
  4. Facilitação de uma liberação emocional (catarse);
  5. Aumento das oportunidades de verificar as mudanças e os sucessos na
    prática;
  6. Aumento das sensações de domínio e autoeficácia;
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19
Q

AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE BANDURA:
Eixo principal de estudos – plano cognitivo
Fator inespecífico estudado: autoeficácia

A
  1. Resolução
    exitosa de um
    problema
  2. Reforço da
    confiança em
    sua autoeficácia
  3. Aumento da
    disposição para
    mudança

Intervenções que ensinam, ao paciente, novas formas de comportamento;
* Intervenções que incentivam o paciente a viver novas experiências;
* Intervenções que propiciam ao paciente sentir coisas novas;
* Intervenções que facilitam uma resposta emocional do paciente.

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20
Q

AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE KARASU:
Eixo principal de estudos – planos afetivo, cognitivo e comportamental

A
  1. Experiências afetivas: a terapia propiciaria um clima favorável para expressar
    e compartilhar emoções. A oportunidade de realizar uma catarse tornaria o
    paciente mais acessível e mais passível de ser influenciado pelo terapeuta, por
    meio da quebra de mecanismo de defesa e de resistências.
  2. Aumento das Habilidades cognitivas: por meio da aquisição e integração de
    novos padrões de pensamento e de percepção, o que promove um aumento
    do conhecimento e da compreensão de si.
  3. Regulação do Comportamento: em toda psicoterapia existiria certo nível de
    aprendizagem de controle de ações e hábitos que resultaria em mudanças de
    comportamento.
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21
Q

AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE CORDIOLLI:
Acrescenta ao modelo de Karasu os Fatores Sociais.

A

Fatores de Natureza
Cognitiva
Psicoeducação
Reestruturação
Cognitiva
Insight

Fatores de Natureza
Comportamental
Terapeuta como fonte de reforço
Aprendizagem em um sentido mais amplo
Extinção e Habituação
Técnicas comportamentais

Fatores Inerentes à Relação Terapêutica
(Experiências Afetivas)
O Vínculo Afetivo e a
Aliança de Trabalho
Identificação com a
Pessoa do Terapeuta
Apoio
Catarse

Fatores Sociais, Grupais ou
Sistêmicos
Situações de Grupo
Terapia interpessoal

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22
Q

VARIÁVEIS PREDITORAS DE
MUDANÇAS EM PSICOTERAPIA

A
  • Variáveis do Paciente
  • Variáveis do Terapeuta
  • Variáveis da Relação Terapêutica
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23
Q

Variáveis do
Paciente

A
    • DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
      A) Características da personalidade e estilo de funcionamento do paciente:
      * Habilidade para produzir associações, flexibilidade, sensibilidade ao ambiente,
      capacidade de aprofundar sentimentos, grau de integração do eu, força do eu,
      capacidade de suportar certa quantidade de stress e de ansiedade.
      * Capacidade de estabelecer um vínculo com o terapeuta e de firmar uma
      aliança terapêutica.
      * Pacientes que se veem de uma forma mais negativa no início da psicoterapia,
      mais distantes de um ideal, costumam experimentar melhoras mais
      significativas.
      B) Tipo de transtorno:
      * Pacientes com níveis de transtorno leves obtêm melhores resultados com a
      psicoterapia.
      C) Complexidade dos sintomas:
      * A severidade dos sintomas é preditora do resultado da psicoterapia – se há déficits
      cognitivos ou comportamentais graves, os resultados do processo serão menos
      satisfatórios.
      * Pacientes com sintomas circunscritos ou monossintomáticos se dão melhor com
      terapias orientadas para mudanças de comportamento. Já os multissintomáticos
      responderiam melhor a terapias de insight.
      D) História de vida:
      * Histórico de uso de substâncias psicoativas.
      * Rede de apoio social e afetiva.
      * Histórico de abuso sexual
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24
Q

Variáveis do
Paciente

A
  1. CRENÇAS E EXPECTATIVAS:
    * Expectativa no tratamento – duração, técnica…
    * Expectativa no terapeuta
    * Expectativa de cura;
    * Confiança.
  2. DISPOSIÇÃO PESSOAL;
  3. MOTIVAÇÃO;
  4. SOFRIMENTO PSÍQUICO;
  5. COMPROMETIMENTO
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25
Q

Variáveis do
Terapeuta

A
  1. Atitudes:
    A) Respeito pelo paciente:
    * Engloba uma escuta acolhedora, um incentivo a autoexploração, não criticar, não
    julgar, não reagir emocionalmente a provocações, criando um clima positivo a
    mudanças.
    B) Empatia:
    * Definida como o entendimento do ponto de vista do paciente e de sua visão de
    mundo.
    C) Calor Humano:
    * um conjunto de atitudes como aceitação, respeito, afirmação, apoio, compaixão,
    carinho e elogios por parte do terapeuta.
    D) Autenticidade:
    * Envolve tanto uma autoconsciência por parte do terapeuta quanto uma disposição
    para compartilhar essa consciência. Está relacionada com atitudes como coerência,
    transparência, sinceridade.
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26
Q

Variáveis do
Terapeuta

A
  1. Habilidades:
    * Aptidões e atitudes que o terapeuta deve levar em conta se possui ou se está
    disposto a desenvolver caso queira se dedicar a prática clínica:
    A) Interesse genuíno nas pessoas e em seu bem estar;
    B) Autoconhecimento;
    C) Compromisso ético;
    D) Atitudes que favorecem o relacionamento terapêutico:
    * Calor humano, cordialidade, autenticidade, empatia e aceitação positiva
    incondicional;
    E) Capacidades:
    * De compreender, ouvir, guiar, refletir, confrontar, interpretar, informar e
    resumir.
  2. Personalidade do Terapeuta:
    A) Maturidade da personalidade;
    B) Nível de autoconhecimento;
    C) Necessidades básicas;
    D) Postura ( mais ou menos dominante).
  3. Nível de ajuste emocional do terapeuta;
  4. Proximidade sociocultural;
  5. Experiência Clínica.
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27
Q

Variáveis da Relação
Terapêutica

A
  1. Sentimentos e atitudes dos participantes, e como eles se combinam na
    psicoterapia.
    * Sentimento de confiança e comprometimento de ambos os integrantes do par
    terapêutico.
  2. Natureza da interação paciente/terapeuta:
    * Pode ser do Tipo I (posição passiva do paciente) ou do Tipo II (posição
    colaborativa do paciente).
  3. Acordo quanto aos objetivos terapêuticos;
  4. Acordo quanto às tarefas e assuntos a serem abordados na terapia;
  5. Vínculo emocional entre paciente e terapeuta;
  6. Característica colaborativa da relação;
  7. Aliança Terapêutica
    A) Relações Transferenciais e Contratransferenciais:
    * Transferência: fenômeno de transferir para pessoas e situações do presente aspectos
    da vida psíquica ligados a pessoas e situações do passado.
    * Contratransferência: se refere às respostas psicológicas do terapeuta para o paciente,
    a todos os sentimentos conscientes ou inconscientes que o terapeuta experimenta na
    relação terapêutica (conceito totalístico de Heiman). Conjunto de respostas
    emocionais específicas despertadas no terapeuta pelas qualidades específicas de seu
    paciente (conceito específico).
    B) Relação Real:
    * Diz respeito à relação da pessoa real do paciente, com a pessoa real do terapeuta:
    preferências, jeito de vestir, de falar, contrato terapêutico, tratamento, férias.
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28
Q

Variáveis da Relação
Terapêutica

A

C) Aliança de Trabalho (Terapêutica):
* É a capacidade do paciente de estabelecer uma relação de trabalho com o
terapeuta em oposição a reações transferenciais regressivas e à resistência.
* A aliança terapêutica diria respeito à relação racional (e não-neurótica) do
paciente com o terapeuta.
* O ego racional é o ego da aliança terapêutica.

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29
Q

RELAÇÃO TERAPÊUTICA

A

Geralmente se mantém estável durante o tratamento;
* A capacidade de aliança terapeuta/paciente é, geralmente, estabelecida (ou
verificada) até a terceira sessão;
* As características do paciente geralmente são mais importantes do que as
características do terapeuta.

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30
Q

MODALIDADES DE PSICOTERAPIA

A

Classificação pela clientela foco do trabalho:
1. Terapia Individual;
2. Terapia Familiar;
3. Terapia de Casal;
4. Terapia de Grupo.

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31
Q

Terapia Individual:

A
  • Terapia com crianças;
  • Terapia com adolescentes
  • Terapia com adultos;
  • Terapia com idosos.
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32
Q

Terapia Familiar

A

Tratamento sistemático de famílias com padrões disfuncionais.
* A família é entendida como um sistema vivo, com leis próprias, parcialmente
aberto (pois interage com o meio) e que possui as capacidades de
morfogênese (muda com o passar do tempo) e homeostase (mantém a
estabilidade de seu funcionamento ao longo de seu ciclo vital).
* Sistema aqui deve ser entendido como um conjunto de elementos, direta ou
indiretamente relacionados, que funcionam como uma unidade em
determinado ambiente.

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33
Q

Enfoques Teóricos da Terapia Familiar

A
  1. Escola Psicodinâmica;
  2. Escola Transgeracional;
  3. Escola Existencial;
  4. Escola Comportamental;
  5. Escola Cognitivo-comportamental;
  6. Escola Estrutural;
  7. Escola Estratégica;
  8. Escola Comunicacional;
  9. Escola Narrativista;
  10. Escola Psico-educacional;
  11. Terapia Comunitária.
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34
Q

ESCOLA PSICODINÂMICA

A

Busca resgatar as histórias familiares e seus desdobramentos ao longo do
tempo, atribuindo importância ao processo de construção das relações
familiares, e não somente ao momento atual observado na família.
* Busca a interpretação e a releitura do sentido do sintoma na história familiar.
* Objetiva clarear as repetições de comportamentos passados e que ainda se
manifestam no presente.
* Interesse na trama inconsciente dos sentimentos, desejos e expectativas entre
os membros da família

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35
Q

ESCOLA TRANSGERACIONAL

A

O conceito de transmissão geracional trata dos processos de projeção familiar
repetidos de geração a geração.
* O que está em jogo é a transferência intergeracional e a transgeracional de
mitos familiares.
* Mito familiar é uma crença compartilhada e integrada ao cotidiano da família.
* O mito compõe a história da família, forma uma rede de eventos, papéis,
conteúdos e relações que destacam elementos e indicam formas “possíveis”
de narração da história.
* Três gerações são necessárias para a transmissão do mito.

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36
Q

ESCOLA EXISTENCIAL

A

Enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da
família e do terapeuta.

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37
Q

ESCOLA COMPORTAMENTAL

A

Privilegia as intervenções comportamentais destinadas a extinguir os
sintomas.

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38
Q

ESCOLA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A

Procura examinar o lugar das distorções cognitivas dos membros da família
que contribuem para a disfunção familiar.
* Busca alcançar mudanças comportamentais nos padrões familiares, por meio
da reestruturação cognitiva e da aquisição de habilidades de comunicação

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39
Q

ESCOLA ESTRUTURAL

A

Tem como objetivo a modificação da estrutura familiar.
* A estrutura familiar se manifesta na forma de organização da família, que se
compõe por padrões de relacionamento. Esses padrões podem ser funcionais
ou disfuncionais.
* Para haver mudança é necessário alterar a estrutura subjacente que mantém
o padrão disfuncional.

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40
Q

ESCOLA ESTRATÉGICA

A

Objetiva solucionar os problemas familiares a partir da identificação e
intervenção sobre as regras familiares que geram e mantêm esses problemas.
* Há regras familiares não expressas, que funcionam como premissas básicas
que governam a operação dos sistemas familiares.
* A maioria dessas regras funciona bem à família. Mas, quando uma regra
promove um tipo de solução ou comportamento rígido, ela pode passar a ser
fonte de problemas.
* A mudança buscada não é só no comportamento final (mudança de primeira
ordem), mas na regra/concepção que governa aquele comportamento
(mudança de segunda ordem);
* Intervenções estratégica (planejadas).

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41
Q

ESCOLA COMUNICACIONAL

A

Procura evidenciar os paradoxos da comunicação na família, de forma
centrada na solução de problemas.
* O método é o da observação direta da interação familiar, buscando a
modificação dos padrões de comunicação.

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42
Q

ESCOLA NARRATIVISTA

A

As ações e comportamentos dos sujeitos são efeitos concretos dos
significados que eles dão às suas experiências. E esses significados estão
expressos nas histórias que eles contam si (narrativas).
* Há, portanto, um sistema de significados no qual estamos imersos. É preciso
exteriorizar esses significados por meio de conversações desconstrutivas e
reconstrutivas.
* As narrativas presentes nas conversações encadeiam e dão sentido às
experiências vividas e podem oferecer outros sentidos, assim como outras
“verdades” podem ser construídas.

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43
Q

ESCOLA PSICOEDUCACIONAL

A

Trabalha com a orientação e entrega de informações à família sobre
transtornos que acometem um dos membros ou a família

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44
Q

TERAPIA COMUNITÁRIA

A

Surge da terapia familiar, a partir da compreensão de que a família está
inserida em um contexto comunitário que também funciona como um sistema
e que com ela faz trocas.
* Nasce de uma busca por adaptar métodos clínicos para o contexto de
comunidades de baixa renda;
* A TC é um espaço de diálogo e conversas, no qual histórias são reconstruídas
pela ativa participação de todos os presentes.
* A TC compreende os distúrbios das populações excluídas a partir de três
categorias: abandono, insegurança e baixa autoestima.

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45
Q

Indicações da Terapia Familiar

A

Doença física ou mental grave em adultos, gerando alto grau de disfunção
familiar (esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC, Pânico, agorafobia,
dependência química, transtornos alimentares…).
* Ruptura da harmonia familiar em razão de conflitos interpessoais entre seus
membros.
* Família enfrentando crise de transição que pode leva-la à ruptura (mudança
de papéis).
* Tratamento psicoterápico de criança ou adolescente e idosos.

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46
Q

Contra-Indicações da Terapia Familiar

A

Família nega a existência de problemas;
* Em alguns casos de paranóia;
* Situações nas quais um membro importante da família não poderá se fazer
presente;
* Tendência irreversível à ruptura familiar (separação);
* Crenças religiosas ou culturais que impeçam a intervenção na família
* Em situações em que algum dos membros possui segredos que não
permitirão que ele seja honesto na terapia.
* Quando a individuação de um ou mais membros pode ficar comprometida.
* Violência doméstica ou abuso sexual

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47
Q

Duração e Configuração das Sessões em Terapia Familiar:

A

As sessões tem duração mínima de uma hora, com frequência semanal, e
podem ser tanto com um membro da família, como com subsistemas
familiares ou com a família toda.

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48
Q

Duração Média da Terapia Familiar:

A

É de seis meses, a não ser em casos em que a família esteja gravemente
disfuncional, com a presença de membros com transtornos severos de
conduta, quando pode durar anos.

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49
Q

Terapia de Casal

A

Pode ser considerada como um caso especial de terapia familiar. Tem como
foco de trabalho a relação conjugal e os padrões disfuncionais que nela se
apresentam.
* É entendida como um sistema aberto/ semiaberto com leis próprias

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50
Q

Terapia de Casal

A

Escola Psicodinâmica;
* Escola Transgeracional;
* Escola Cognitivo-Comportamental;
* Escola Comunicacional.
* Escola Psicoeducacional.

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51
Q

Indicações da Terapia de Casal

A

Casal em crise aguda com envolvimento dos filhos no conflito;
* Relação tensa, com existência de conflitos repetitivos;
* Mudança de um dos cônjuges pela terapia individual;
* Um dos cônjuges tem psicopatologia severa;
* Quando, na terapia familiar, percebe-se que a origem dos conflitos está no
relacionamento do casal.

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52
Q

Contra-Indicações da Terapia de Casal

A

Quando um dos cônjuges não consegue controlar a agressividade ou tolerar a
ansiedade gerada pelos conflitos;
* Quando um dos cônjuges está fragilizado e começa a descompensar, passa-se
a terapia individual;
* Traços paranoicos de um dos membros;
* Existência de segredos que não podem ser compartilhados.

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53
Q

Duração e Configuração das Sessões em Terapia de Casal

A

As sessões tem duração mínima de uma hora, com frequência semanal, e, em
alguns momentos, serão com apenas um dos cônjuges.

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54
Q

Fatores Grupais:

A

Instilação da esperança: ver que outras pessoas que enfrentam os mesmos
problemas estão apresentando melhoras passa a fazer com que o sujeito tenha
confiança em sua própria melhora;
* Universalidade do Problema: perceber que compartilha do mesmo problema de
outras pessoas diminui o isolamento, a vergonha e o estigma associado aos
sintomas de muitos transtornos mentais.
* Compartilhamento de Informações: nos grupos, o terapeuta não é o único
responsável por transmitir informações sobre os sintomas que acometem o
paciente, ele recebe informações também de seus pares, que atravessam ou
atravessaram a mesma situação que ele

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55
Q

Fatores Grupais:

A

Altruísmo: O grupo estimula o desejo de ajudar aos outros.
* Socialização: lidar com um ambiente grupal favorece o desenvolvimento de
habilidades sociais.
* Comportamento Imitativo: imitação do comportamento saudável de outras
pessoas do grupo.
* Catarse: a identificação com as emoções dos outros membros do grupo
favorece a liberação e elaboração de emoções compartilhadas.
* Recapitulação Corretiva: Possibilidade de reviver e recapitular no grupo
padrões de comportamento semelhantes aos que apresenta em seu grupo
familiar primário, havendo a oportunidade de corrigi-los.

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56
Q

Fatores Grupais:

A

Fatores Existenciais: A abordagem dos grandes temas existenciais (doença,
morte, luto, isolamento) auxilia as pessoas a lidar com essas questões.
* Coesão Grupal: O sentido de pertencer a um grupo e ter afinidade com seus
membros facilita a aceitação dos demais e dos aspectos inaceitáveis de si
próprio, além de possibilitar o estabelecimento de relacionamentos mais
profundos com os outros.
* Aprendizagem Interpessoal: psicopatologias individuais, na interação com os
demais membros do grupo, podem ser identificadas e corrigidas.

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57
Q

Tipos de Grupos Terapêuticos:

A

A) Setting:
* Grupos Abertos/Grupos Fechados;
* Grupos dentro de instituições/ Grupos fora de instituições;
B) Duração:
* Grupos de duração limitada/Grupos de duração permanente;

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58
Q

c) Objetivos:

A

Modificação de aspectos do caráter;
* Treino de habilidades sociais;
* Manutenção do funcionamento psicossocial;
* Passagem de informações sobre transtornos e seus tratamentos;
* Busca de atingir uma meta determinada (por exemplo, parar de fumar);
* Compartilhamento de experiências sobre um problema específico (doença médica -
diabéticos, paraplégicos, perda de peso, dependência química etc…).

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59
Q

Enfoques Teóricos da Terapia de Grupo

A
  1. Orientação Psicodinâmica;
  2. Orientação Cognitivo-comportamental;
  3. Grupos de Apoio
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60
Q

ORIENTAÇÃO PSICODINÂMICA:

A
  • Busca melhorar o funcionamento do ego dos pacientes;
  • O terapeuta focaliza suas intervenções na análise dos fenômenos
    transferenciais e na interpretação das defesas e da resistência, que podem ser
    grupais.
  • O terapeuta utiliza-se de interpretações destinadas a assinalar diferentes
    fenômenos grupais (identificações, projeções, dissociações, racionalizações,
    fantasias inconscientes, manifestações transferenciais) e a forma como são
    manejados impulsos amorosos ou agressivos, com a finalidade de obtenção do
    insight sobre os aspectos inconscientes como fator de mudança.
  • Procura também auxiliar os participantes a compreender suas interações no
    grupo, como repetições de padrões primitivos de relacionamento familiar, e a
    mudar tais padrões.
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61
Q

ORIENTAÇÃO PSICODINÂMICA:

A

Os grupos de orientação psicanalítica podem seguir distintos enfoques:
* Psicanálise no grupo - na qual o psicanalista trabalha de forma muito
semelhante à da psicanálise individual;
* Psicanálise do grupo - na qual o grupo é visto como um todo e são trabalhados
os chamados supostos básicos de Bion (dependência, luta, fuga e
acasalamento);
* Psicanálise por meio do grupo - que enfoca as comunicações inconscientes ou
conscientes, verbais ou não-verbais dos participantes;
* Enfoque mais eclético.

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62
Q

INDICAÇÕES DE TERAPIA DE GRUPO PSICODINÂMICA:

A

Padrões de relacionamento interpessoal considerados desadaptativos;
* Aspectos do caráter desadaptativos;

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63
Q

ORIENTAÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:

A
  • Volta-se para o tratamento de problemas ou transtornos definidos: fobia social,
    transtorno do pânico, dor, transtorno obsessivo-compulsivo etc…
  • Têm objetivos claros;
  • Estrutura-se à semelhança das sessões da terapia individual, voltando-se para o
    tratamento de determinados problemas ou sintomas ou para o manejo de
    determinadas situações médicas.
  • Em tais grupos costuma haver a verificação inicial do humor ou dos sintomas, o
    uso da psicoeducação, de exercícios, de tarefas para casa e do estímulo ao
    registro e ao automonitoramento, além da aprendizagem social por meio da
    troca de experiências e de depoimentos.
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64
Q

Indicações psicoterapia de grupo Cognitivo comportamental:

A

Ansiedade ou fobia social;
* Transtorno obsessivo-compulsivo;
* Ansiedade generalizada;
* Insônia;
* Transtorno do pânico, como terapia complementar;
* Fobias específicas;
* Estresse pós-traumático;
* Dor crônica;
* Síndrome do intestino irritável;

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65
Q

GRUPOS DE AUTO-AJUDA:

A

Os grupos de auto-ajuda têm por objetivo prestar ajuda psicológica a
pacientes ou a familiares de pacientes que têm um problema ou situação em
comum, oferecendo apoio mútuo para superar sentimentos de angústia,
depressão e desadaptações provocadas pela doença;
* O objetivo é a difusão de informações sobre cuidados gerais e alternativas
para lidar com limitações ou complicações decorrentes da doença ou da
situação, fazendo uso dos recursos existentes na comunidade;
* Não é obrigatoriamente conduzido por psicoterapeuta.
* Utilizam psicoeducação, técnicas comportamentais, cognitivas,
aconselhamento, sugestão, catarse, depoimento de outros pacientes ou
familiares e fatores grupais.

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66
Q

Indicações para grupos de autoajuda:

A

Pacientes agudos internados em hospitais psiquiátricos: na preparação da
alta, no uso de medicações psiquiátricas, no acompanhamento de egressos;
* Em situações de crise ou estresse agudo (vítimas de desastres naturais) ou
em eventos vitais (luto, divórcio, aposentadoria, etc.).
* Manejo de condições médicas: diabete, obesidade, hipertensão, tabagismo,
transplante, preparação para cirurgia cardíaca, pós-infarto, colostomia,
mastectomia, próteses, uso de aparelhos médicos de reabilitação ou outras
amputações, transtornos alimentares, etc.
* Condições psiquiátricas: controle do peso e reeducação alimentar nos
transtornos alimentares, auxílio para cessar tabagismo, prevenção de
recaídas em drogaditos etc.

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67
Q

TÉCNICA DA PSICOTERAPIA DE GRUPO:

A

A técnica utilizada nos grupos é muito variada e depende do setting, dos
objetivos, da duração, da forma como é feito o agrupamento, de o grupo ser
aberto ou fechado e da orientação teórica que é seguida.

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68
Q

INDICAÇÕES PARA PSICOTERAPIA DE GRUPOS:

A

Ter uma história anterior de ser capaz de se envolver em grupos de forma
positiva;
* Capacidade de se revelar;
* Capacidade de se solidarizar e empatizar com os problemas de outras
pessoas.

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69
Q

CONTRAINDICAÇÕES PARA PSICOTERAPIA DE GRUPO:

A

Incompatibilidades com as normas do grupo;
* Pacientes que não toleram o setting grupal (fóbicos sociais);
* Incompatibilidade grave com um ou mais membros do grupo;
* Tendência a assumir um papel desviante dos demais membros do grupo;
* Ausência de controle de impulsos agressivos, fortes tendências destrutivas e de
expressar na conduta suas ansiedades (transtorno borderline, histriônico, antisocial);
* Ansiedade, depressão ou sintomas psicóticos graves (bipolar em fase aguda,
esquizofrênicos delirantes, ou com alucinações);
* Dificuldades sérias de empatizar ou de se expor (transtorno da personalidade
esquizotípica, narcísica ou paranóide);
* Incapacidade de estabelecer uma relação honesta, de laços afetivos e de lealdade
para com o grupo (personalidade anti-social).

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70
Q

FORMA DE CONDUÇÃO DAS SESSÕES

A
  • Diretivas: nesta modalidade, é o psicoterapeuta o responsável principal por
    descobrir, diagnosticar e tratar os problemas do cliente (que se posiciona
    como colaborador ativo do processo);
  • Não Diretivas: nesta modalidade, o paciente é o responsável pelo desenrolar
    do processo. Assim é o paciente quem deve fazer suas próprias descobertas,
    seguir o seu próprio caminho, encontrando as soluções que lhe são mais
    adequadas.
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71
Q

ABORDAGENS TEÓRICAS - CORDIOLLI

A
  1. Psicoterapias Psicodinâmicas (Baseadas na Teoria Psicanalítica);
  2. Psicoterapia Comportamental;
  3. Psicoterapia Cognitiva.
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72
Q

PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS

A

a. Psicanálise;
b. Psicoterapia de Orientação Analítica;
c. Psicoterapia de Apoio.

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73
Q

TERAPIAS EXPRESSIVAS

A

Buscam analisar as
defesas e a
transferência com
vistas a obter insights
sobre os conflitos
inconscientes.
PSICANÁLISE

74
Q

TERAPIAS SUPORTIVAS

A

Buscam o
fortalecimento das
defesas e a supressão
dos conflitos
inconscientes.
PSICOTERAPIAS DE
APOIO

75
Q

PSICANÁLISE E PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA *:

A

A) Objetivos em comum:
* Buscam mudanças essencialmente por meio do insight (ou seja, da percepção
de elementos inconscientes pela consciência) e da relação terapêutica
(transferência, contratransferência, identificação);
* Usam a interpretação para o alcance do insight.
* Buscam a Elaboração dos conflitos internos – ou seja, que o paciente adquira
domínio sobre seus conflitos internos e sobre emoções avassaladoras a eles
associadas.
* Buscam a reorganização da estrutura do caráter ou a modificação de traços de
personalidade desadaptativos em pacientes com transtornos leves ou
moderados da personalidade.

76
Q

PSICANÁLISE E PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA *:
B) Pré-requisitos que o paciente deve possuir:

A
  • Capacidade de se comunicar de forma honesta com o terapeuta –
    predominantemente por meio de palavras, e não por ações;
  • Existência de conflitos internos;
  • Razoável capacidade de introspecção e desejo de utilizá-la para aumentar a
    compreensão sobre si mesmo;
  • Capacidade de experimentar afetos intensos sem externalizá-los na sua
    conduta;
  • Capacidade de desenvolver um bom vínculo com o terapeuta e uma aliança
    terapêutica;
  • Capacidade de, junto com o terapeuta, estabelecer algumas metas (como, por
    exemplo, um melhor controle de impulsos, um melhor controle de condutas
    destrutivas).
77
Q

PSICANÁLISE E PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA *:
C) Indicações em comum:

A
  • Tratamento de problemas de natureza crônica cuja origem situa-se em
    dificuldades ocorridas na infância (em especial nas relações com os pais);
  • Tratamento de pessoas com traços ou transtornos da personalidade que
    causam prejuízo a suas relações interpessoais, familiares ou profissionais
    (transtornos de personalidade leves ou moderados);
  • Tratamento de problemas caracterológicos desadaptativos;
  • Atrasos ou lacunas em tarefas evolutivas (como, por exemplo, aquisição e
    consolidação de identidade própria, independência e autonomia);
  • Conflitos internos, predominantemente de natureza edípica, que interferem
    nas relações interpessoais atuais.
78
Q

PSICANÁLISE:

A
  • Posição neutra do analista (entendimento específico da contratransferência,
    recusa por escolher os rumos da análise, recusa pelo uso da sugestão);
  • Uso da Associação Livre;
  • Uso da Escuta Flutuante;
  • Uso do divã;
  • Realiza de três a cinco sessões por semana. Tal frequência favoreceria uma
    regressão por parte do paciente e o estabelecimento da relação transferencial.
  • Busca do insight por meio da interpretação da:
    ✓ Transferência;
    ✓ Das defesas (dos conflitos psíquicos).
79
Q

PSICANÁLISE - INDICAÇÕES:

A
  • Mais ambiciosos;
  • Boa motivação para efetuar mudanças mais profundas e mais amplas;
  • Interesse e capacidade para um trabalho introspectivo e para pensar
    psicologicamente;
  • Disposição de tempo e de recursos financeiros;
  • Ego razoavelmente preservado.
80
Q

PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA:

A
  • A posição do analista já não é tão neutra, pois ele elege questões chaves a serem
    trabalhadas na terapia. Faz também um uso de técnicas como esclarecimento,
    sugestão e reforço;
  • As associações não são tão livres como na psicanálise, pois habitualmente são
    dirigidas pelo terapeuta, buscando intervir em problemas delimitados;
  • Dentro da área selecionada (foco), o paciente é estimulado a explorar seus
    sentimentos, suas ideias e suas atitudes por meio de suas relações com figuras
    importantes de sua vida atual, do seu passado, e com o próprio terapeuta;
  • Sessão ocorre no face-a-face – sem uso do divã;
  • Realiza de uma a três sessões por semana. Assim, a transferência não se
    desenvolveria com a mesma intensidade, primitivismo e rapidez que na psicanálise;
  • A busca do insight se dá principalmente por meio da interpretação das
    ✓ Das defesas (dos conflitos psíquicos).
81
Q

PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA – INDICAÇÕES *:

A
  • Com desejo de tratar problemas mais focais, resolver conflitos delimitados ou
    circunstanciais;
  • Paciente com problemas mais graves, mas que, mesmo assim, mantém uma
    boa capacidade para trabalhar introspectivamente;
  • Que não tem motivação para efetuar mudanças mais profundas;
  • Que não tem disponibilidade de tempo e de recursos financeiros;
82
Q

PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA (PSICANÁLISE) –
CONTRAINDICAÇÕES **:

A
  • Quando há ausência de um ego razoavelmente integrado e cooperativo;
  • Na presença de problemas de natureza aguda, que exigem solução urgente;
  • Em transtornos mentais para os quais existem outros tratamentos efetivos de
    menor custo;
  • Para pacientes impulsivos que não toleram níveis, mesmo que pequenos, de
    frustração, como ocorre com pacientes borderline, altamente narcisistas e
    centrados em si mesmos ou voluntariosos;
  • Para pacientes com transtornos da personalidade que dificultam o
    estabelecimento de um vínculo (esquizóides, esquizotípicos, anti-sociais) e
    que dificilmente se enquadram dentro da estrutura do tratamento analítico;
83
Q

PSICOTERAPIAS DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA (PSICANÁLISE) -
CONTRAINDICAÇÕES:

A
  • Para pacientes com problemas agudos (psicoses, transtornos do humor e de
    ansiedade, etc.);
  • Para pacientes gravemente comprometidos e, portanto, sem condições
    cognitivas para trabalhar na busca de insight;
  • Para pacientes comprometidos cognitivamente (retardo mental, demência);
  • Para pacientes com pouca capacidade para introspecção (alexitimia) ou com
    pouca sofisticação psicológica;
  • Na ausência de motivação para uma terapia de insight ou de interesse em um
    trabalho introspectivo.
84
Q

PSICOTERAPIAS DE APOIO

A
  • Baseiam-se na teoria psicanalítica da personalidade e na teoria
    dinâmica do funcionamento psíquico;
  • Menos ambiciosa que a Psicanálise;
  • Expõe menos o paciente a situações de stress;
85
Q

INSIGHT:

A
  • Insight Intelectual: consciência da doença, porém, sem que isso leve
    a mudanças no curso do adoecimento;
  • Insight Emocional (Verdadeiro): o paciente adquire consciência, pela
    intui,cão de suas motivações e sentimentos mais profundos, e essa
    consciência tem como consequência mudanças em aspectos de sua
    personalidade e em padroes de comportamento. Para que o insight
    seja verdadeiro é preciso que ele seja acompanhado de emoções
    autênticas. E isso pode exigir o deparar-se com lembranças e
    sentimentos desagradáveis.
86
Q

INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS QUE LEVAM AO INSIGHT:

A
  • Observação: o terapeuta chama a atenção para um comportamento,
    uma sequência de comentários, um padrão de repetição, mas não
    tenta explicá-los. A observação tem o papel de preparar o terreno
    para a interpretação, para o insight e para a elaboração;
  • Confrontação: são tentativas de levar o paciente a se defrontar com
    algo que esteja evitando devido às emoções desagradáveis;
  • Interpretação: são explanações feitas pelo terapeuta propondo uma
    nova explicação para sintomas, emoções, pensamentos,
    comportamentos e moticvações. O objetivo é tornar consciêntes os
    conflitos inconscientes, desvelar os desejos, fantasias impulsos ou
    emoções recalcadas.
87
Q

PSICOTERAPIAS DE APOIO:

A

A) Objetivos:
* Redução e eliminação dos sintomas;
* Manutenção ou restabelecimento do n[ive de funcionamento
anterior a uma crise;
* Melhora da autoestima;
* Melhora da capacidade de lidar com os estresses internos e externos,
eventualmente por meio do afastamento das pressões ambientais ou
da adoção de medidas que visam ao alívio dos sintomas;
* Diminuição de déficts de funcionamento de Ego por meio do reforço
de defesas consideradas adaptativas;
* Desenvolvimento de capacidades de lidar com déficts provocados por
doenças físicas ou suas sequelas.

88
Q

PSICOTERAPIAS DE APOIO:

A

B) Estratégias:
* Mapear as principais áreas de dificuldades na vida do paciente;
* Não busca as causas dessas dificuldades, busca a resolução delas;
* Fortalecer as defesas adaptativas;
* Diminuir o uso de defesas imaturas ou mal adaptativas;
* Melhorar o equilíbrio entre impulsos e defesas;
* Sugestão de afastamento de situações demasiadamente estressoras;
* Proposta de reduzir a autocrítica quando demasiadamente severa;
* Melhorara o autocontrole sobre impulsos demasiadamente intensos
ou destrutivos.

89
Q

PSICOTERAPIAS DE APOIO:

A

C) Técnicas:
* Relação terapêutica de suporte
* Estabelecimento de bom vínculo e de transferência positiva. Aceita-se
manifestações transferenciais com algum grau de idealização e
dependência;
* Não se interpreta a transferência
* Estimulo a uma identificação introjetiva com o terapeuta;
* Terapeuta usa sua capacidade de avaliar a realidade, sua capacidade
de introspecção, sua percepção mais realista das potencialidades e
limites do paciente e sua capacidade de analisar os problemas e
visualizar alternativas para conduzir o paciente, assumindo a função
de ego auxiliar deste.
* Terapeuta adota uma postura ativa e se apresenta de forma mais real e
disponível do que na terapia de orientação analítica: responde questões,
dá sugestões, faz reasseguramentos e educa o paciente;
* Estilo conversional e focado nos problemas. Não se utiliza a livre
associação.
* Utilizam-se técnicas provenientes das abordagens comportamentais e
cognitivas: psicoeducação clarificação, aconselhamento, técnicas de
autocontrole e e de resolução dos problemas, treino de habilidades
exposição gradual, reforço correção de crenças disfuncionais, manejo
ambientais;
* Comum a associação com medicamentos;
* Comum o envolvimento de familiares no tratamento;
* Frequência das sessões pode ser desde diárias a mensais.
* Tempo do tratamento varia de dias a, eventualmente, anos
* Pode ser do longo prazo ou breve (também chamada intervenção em crise
ou terapia breve de apoio.

90
Q

PSICOTERAPIAS BREVES

A
  1. Psicoterapias de Longa Duração;
  2. Psicoterapias Breves.
91
Q

A) CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • O que distingue uma Psicoterapia Breve de uma psicoterapia de longa duração
    não é sua brevidade no tempo (as psicoterapias breves podem durar até um
    ano – o que não é um tempo tão breve assim). O que a demarca é o fato de
    trabalhar focalizando uma questão específica. Ela possui, portanto, um
    enquadre próprio;
  • É também conhecida como Psicoterapia de Emergência ou Psicoterapia de
    Crise, por ser uma modalidade que surgiu para dar conta desses tipos de
    demanda;
  • Opera em uma estratégia multidimensional, ou seja, utiliza-se de elementos
    técnicos de mais de uma linha de psicoterapia;
92
Q

Psicoterapias Breves
CLASSIFICAÇÃO DE HEGENBERG E DE LEMGRUBER (PELA ABORDAGEM TEÓRICA)

A

a. Psicoterapias Breves Psicodinâmicas (incluídas, aqui as Psicoterapias Breves
Egóicas);
b. Psicoterapias Breves Cognitivo-Comportamentais;
c. Psicoterapias Breves Psicodramáticas.

93
Q

Psicoterapia Breve
CLASSIFICAÇÃO DE EDUARDO FERREIRA-SANTOS (PELOS OBJETIVOS):

A

Psicoterapia Breve Mobilizadora: trata-se de um processo que tem como
objetivo a evidenciação da ansiedade contida em processos mórbidos que o
paciente apresenta, mas, devido a diversos fatores, principalmente mecanismos
repressivos, ele ainda não se encontra mobilizado para submeter ao processo
psicoterápico.
Psicoterapia Breve de Apoio: trata-se por sua vez de um processo de ação
terapêutica que visa diminuir a ansiedade do paciente que sofre de dificuldades
emocionais, independentemente de sua origem. Terapia eficiente para pacientes
da área hospitalar, cuja maior dificuldade está em lidar de forma adequada com
algum distúrbio somático que o levou ao hospital. Tal trabalho vem ganhado mais
e mais espaço nos centros hospitalares modernos.
Psicoterapia Breve Resolutiva: destina-se a procurar a origem intrapsíquica da
situação de crise vivida pelo paciente com o objetivo de solucionar o quadro
apresentado. Tem como objetivo, portanto, tratar o problema.

94
Q

Psicoterapia Breve
CLASSIFICAÇÃO DE GUILLIERON (PELOS OBJETIVOS):

A

a. Psicoterapia Ansiolítica ou de Apoio: trata-se de uma terapia de apoio num
paciente que esteja em crise, mas que sofra de dificuldades emocionais de
longa data. Seu objetivo é diminuir a ansiedade.
b. Psicoterapia Provocadora de Ansiedade ou Dinâmica: destina-se a provocar,
através da tomada de consciência, a resolução de um problema.

95
Q

Psicoterapia Breve
CLASSIFICAÇÃO DE CORDIOLLI (PELA INDICAÇÃO):

A

a. Psicoterapias Breves Dinâmicas: seriam destinadas a pacientes atravessando
transtornos de ajustamento, crises evolutivas, problemas focais ou
depressões leves, mas que teriam uma boa capacidade de insight, força do
ego, motivação para mudanças, defesas não muito rígidas, foco e pensar
psicológico;
b. Psicoterapias Breves de Apoio: seriam destinadas a pessoas com debilidade
do ego que estivessem atravessando crises agudas, emergências,
reagudização de transtornos psiquiátricos leves, mas que teriam uma boa
adaptação, um bom suporte social, boas relações interpessoais, apesar de
pouca capacidade para insight. O objetivo aqui seria o de alívio dos sintomas.

96
Q

A) CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • Restringe-se a abordar certas áreas de conflito previamente limitadas por um
    foco, por uma problemática;
  • Segue um planejamento terapêutico;
  • Objetivos terapêuticos determinados, precisos, definidos, centrados na
    evolução do foco traçado nas primeiras entrevistas;
  • Foco na pessoa e em suas necessidades. Assim, ao se definir o plano
    terapêutico, leva-se em conta a demanda e as expectativas do paciente, sua
    queixa sintomática;
97
Q

A) CARACTERÍSTICAS DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • É uma terapia ativa;
  • Há a determinação de um limite de tempo para a duração do tratamento;
  • Trabalho realizado no aqui e agora – nas condições circundantes da vida atual
    do paciente. Assim, os conflitos internos são trabalhados na medida em que
    tenham interligação com os atuais; (trabalho com profundidade em uma
    menor amplitude);
  • Ocupa-se do fora do tratamento (a família ou outros agentes de suporte social
    podem ser chamados a contribuir com o processo);
  • Exige alto nível de motivação do paciente;
98
Q

PSICOTERAPIA BREVE
B) OBJETIVOS:

A
  • Atingir o equilíbrio existente antes da crise, com a resolução de aspectos
    transferenciais agregados;
  • Ajudar o paciente a perceber os processos dinâmicos que atuam em seu
    cotidiano;
  • Fornecer suporte para pacientes em momento de crise;
  • Fornecer uma experiência emocional corretiva;
  • Resolver problemas básicos, imediatos, que podem, inclusive, abrir caminho
    para terapias mais longas.
99
Q

PSICOTERAPIA BREVE
B) OBJETIVOS:

A
  • Atingir o equilíbrio existente antes da crise, com a resolução de aspectos
    transferenciais agregados;
  • Ajudar o paciente a perceber os processos dinâmicos que atuam em seu
    cotidiano;
  • Fornecer suporte para pacientes em momento de crise;
  • Fornecer uma experiência emocional corretiva;
  • Resolver problemas básicos, imediatos, que podem, inclusive, abrir caminho
    para terapias mais longas.
100
Q

PSICOTERAPIA BREVE
C) TÉCNICAS:

A
  • Planejamento do processo – iniciado já na primeira sessão:
    o Delimitação do problema que será abordado na terapia – fase fundamental,
    onde o terapeuta avalia se há indicação para PB e define a problemática
    principal a ser trabalhada. Essa definição tem de ser feita de forma
    negociada com o paciente.
    o Estabelecimento de uma hipótese de base explicando a problemática
    principal do paciente;
    o Escolha de intervenções terapêuticas a serem utilizadas;
    o Fixação, de imediato, de um prazo para o tratamento, assinalando que, se o
    resultado buscado não for atingido, poder-se-á considerar outra forma de
    psicoterapia em seguida;
101
Q

PSICOTERAPIA BREVE
C) TÉCNICAS:

A
  • Uma terapêutica breve organiza seus recursos de forma maleável – “princípio
    de flexibilidade” – dispondo-os em função de uma avaliação do paciente;
  • Utiliza-se um arsenal terapêutico multidimensional;
  • Técnica de interpretação mais ativa, consistindo em uma atenção seletiva
    voltada para os elementos relacionados com a hipótese de base, juntamente
    com um desprezo seletivo pelos elementos estranhos à dita hipótese;
  • Atuação sobre os diversos níveis motivacionais.
  • Busca por entender a estrutura psíquica dos determinantes atuais ligados ao
    processo de adoecimento (profundidade), mostrando ao paciente o que
    realmente está acontecendo e sua forma de reação às situações de conflito
102
Q

PSICOTERAPIA BREVE
C) TÉCNICAS:

A
  • Abordagem dos conteúdos internos que estão impedindo o livre
    desenvolvimento do paciente;
  • Etapa pedagógica, onde são oferecidas algumas alternativas de solução;
  • Sessões realizadas no “face-a-face”. A opção por não utilizar o divã evita a
    ocorrência de regressões e o aprofundamento da transferência;
  • Criação de um vínculo transitório entre terapeuta e cliente baseado na relação
    dialógica e estruturado na empatia. Esse vínculo precisa ter um mínimo de
    consolidação para que o trabalho se desenvolva, mas ele não será
    aprofundado;
  • O trabalho com a transferência é feito apenas na medida em que ela toca a
    problemática a ser trabalhada;
103
Q

D) INDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • Início recente dos Transtornos: Pacientes cujos sintomas tenham se
    manifestado recentemente, ou que estejam atravessando um episódio agudo
    dentro de um transtorno crônico podem obter um resultado melhor com a
    Psicoterapia Breve;
  • Queixa circunscrita ou possibilidade de identificação de um foco ativo e
    psicologicamente atual;
  • Capacidade Egóica (Grau de Maturidade Psíquica ou Força do Ego):
    Capacidade de tolerar a ansiedade e a frustração, capacidade de utilizar de
    forma ampla mecanismos de defesa saudáveis, capacidade de introspecção e
    reconhecimento da vida interior e capacidade de insight;
104
Q

D) INDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • Pacientes com predomínio de defesas mais maduras e flexíveis, com teste de
    realidade preservado e com boas expectativas em relação ao futuro;
  • Pacientes capazes de utilizar os recursos de que dispõem;
  • Motivação para o tratamento;
  • Capacidade de rapidamente estabelecer um vínculo com o terapeuta e uma
    aliança terapêutica;
  • Quadro Clínico: Pacientes psiquiatricamente saudáveis, bem adaptados, com
    bom suporte social e com boas relações interpessoais;
  • Indicação clínica: Situações de crise. Pacientes atravessando situações de
    crise, trauma ou desastre natural. Pacientes que, em resposta à crise,
    funcionam abaixo de sua capacidade;
105
Q

D) INDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • Expectativas do paciente: caso em que é possível optar, mas o paciente
    demonstra claramente, por suas expectativas, que não se engajará em um
    tratamento longo.
  • Avaliação do nível intelectivo/cultural do paciente.
  • Realidade social: Situações em que é necessário realizar o tratamento com
    brevidade. Disponibilidade econômica e/ou pessoal por parte tanto do
    paciente quanto do terapeuta
106
Q

INDICAÇÕES SEGUNDO CORDIOLLI:

A

1) Psicoterapias Breves Psicodinâmicas:
* Traços de personalidade delimitados;
* Transtorno de ajustamento;
* Crises evolutivas, problemas focais, depressões leves;
2) Psicoterapias Breves de Apoio:
* Crises agudas em pessoas com debilidade de ego;
* Emergências;
* Reagudização de transtorno psiquiátrico.

107
Q

D) CONTRAINDICAÇÕES DA PSICOTERAPIA BREVE:

A
  • Diagnóstico Clínico: psicoses, doenças psicossomáticas, personalidades
    psicopáticas, drogadição, obsessões graves, tentativas de suicídio, agitação
    psicomotora com agressividade.
  • Diagnóstico psicodinâmico: quando há grandes debilidades egóicas, com
    dependências simbióticas intensas, ambivalência, tendência ao acting out,
  • Escassa motivação para o tratamento;
  • Dificuldade de estabelecer um foco devido ao entrelaçamento de múltiplas
    situações dinâmicas.
    Falta de capacidade de visão psicológica: falta de capacidade de introspecção
    e de obtenção de insights;
  • Falta de controle dos impulsos agressivos;
  • Problemas legais sérios ou doenças clínicas graves.
108
Q

CONTRAINDICAÇÕES SEGUNDO CORDIOLLI:

A

1) Psicoterapias Breves Psicodinâmicas:
* Psicoses;
* Transtornos de personalidade, mentais, orgânicos, de ansiedade graves, retardo mental;
* Tendências suicidas;
* Dependência química;
* Incapacidade de fazer contato com o terapeuta.
2) Psicoterapias Breves de Apoio:
* Pessoas com indicação para terapias voltadas para o insight;
* Pacientes com transtornos graves ou problemas crônicos e incapacitantes
que exijam tratamentos prolongados.

109
Q
  1. A Terapia Focal é uma modalidade de Psicoterapia Breve Psicodinâmica.
A
110
Q
  1. Conceito de Foco
A
  • O foco refere-se ao “material consciente e inconsciente do paciente,
    delimitado como área a ser trabalhada no processo terapêutico através de
    avaliação e planejamento prévio” (Lemgruber).
  • Foco é uma organização complexa da qual fazem parte formulações que
    enfatizam aspectos (Fiorini):
    a) Sintomáticos (como o próprio motivo da consulta);
    b) Interacionais (o conflito interpessoal que desencadeou a crise);
    c) Caracterológicos (uma zona problemática do indivíduo)
    d) Aspectos próprios da díade terapeuta-cliente e do desenvolvimento da técnica.
111
Q

TERAPIA FOCAL

A
  1. – Conflito Atual: O conflito atual é uma situação vivida pelo sujeito, que
    encontra dificuldades para resolver um problema (obstáculo) que a vida lhe
    coloca. Trata-se de uma perturbação na relação EU-TU ou EU-ISSO que o
    indivíduo apresenta. Pode ser um “curto-circuito” ligado a uma situação
    emocional semelhante vivida no passado e mal elaborada pelo paciente em seu
    desenvolvimento. (Ferreira-Santos).
112
Q

Terapia Focal

A

4.- Conflito Nuclear: Situação do passado que configura o mais um nível de
trabalho do foco. É o elemento do foco que diz respeito ao mundo interno, ao
mundo inconsciente projetado no presente pelo mecanismo de transferência – a
parte psicodinâmica do trabalho. Em geral, alguma situação vivenciada com as
figuras parentais na qual altas cargas de emoção foram bloqueadas, gerando
“núcleos-transferência”.

113
Q

6.- Bases da Terapia Focal:

A
  • Ferenczi (Técnica Ativa);
  • Alexander (Experiência Emocional Corretiva);
  • Malan (Foco e Triângulos de Interpretação);
  • Sifneos (Psicoterapia como experiência de aprendizado para o paciente);
  • McCullough (Integração de diferentes táticas terapêuticas).
114
Q

7.- Elementos técnicos fundamentais da Terapia Focal:

A
  • Experiência Emocional Corretiva;
  • Efeito Carambola
115
Q
  1. TÁTICAS TERAPÊUTICAS DA TERAPIA FOCAL: (Lemgruber)
A

Foco;
* Atividade /Planejamento;
* Experiência Emocional Corretiva;
* Efeito Carambola;
* Abordagem Psicodinâmica na Solução do Problema
* Flexibilidade

116
Q

TERAPIA FOCAL
2.- Atividade e Planejamento:

A

A maior atividade e participação do terapeuta no processo dá-se desde o
início, pois é preciso planejar o tratamento e estabelecer, por meio de um
processo diagnóstico, o foco central que será seguido durante a TF. As
possibilidades de Experiências Emocionais Corretivas também já são
planejadas nesse início.

117
Q

TERAPIA FOCAL
3. Experiência Emocional Corretiva:

A
  • A Experiência Emocional Corretiva representa a possibilidade de o paciente
    experimentar situações traumáticas do passado penosamente reprimidas,
    revivendo-as na relação com o terapeuta. A ideia é que uma nova experiência
    emocional possa ocorrer na relação terapêutica;
  • A capacidade de mudanças de conexões entre os neurônios (plasticidade
    neuronal) durante toda a vida é básica para a sobrevivência do ser humano.
    Esse fato permite a aprendizagem em todas as etapas da vida e indica a
    possibilidade de reestruturação e modificação de comportamentos e atitudes
    por meio das vivências de EEC;
118
Q

TERAPIA FOCAL
4.- A Experiência Emocional Corretiva em termos Técnicos:

A
  • O terapeuta adota deliberadamente uma postura diferente da atitude da
    pessoa significativa no passado do paciente, permitindo-lhe reformular
    internamente seus conflitos ao reestruturar sua vivência de ansiedade diante
    de situações emocionais antes insuportáveis;
  • Para a ocorrência de experiências corretivas na relação terapêutica, é preciso
    que essa experiência esteja apoiada em uma aliança terapêutica bem
    estabelecida.
  • Visando a acelerar o processo psicoterápico em TF, torna-se necessário
    potencializar o efeito das EEC que ocorrem dentro do processo
    psicoterapêutico com as consequências das EEC vivenciadas no cotidiano (fora
    do processo terapêutico), e vice-versa. E a repercussão das experiências
    extraterapêuticas pode ser igual ou ainda maior do que as intraterapêuticas.
  • O grau no qual deveríamos nos apoiar no efeito terapêutico das experiências
    de vida do paciente depende da natureza do caso e da fase do tratamento. Em
    geral, a parte da terapia que pode dar-se fora das sessões será tanto maior
    quanto menos grave seja o caso.
119
Q

Terapia Focal
5. Efeito Carambola:

A
  • O Efeito Carambola se refere à potencialização dos ganhos obtidos a partir de
    repetidas Experiências Emocionais Corretivas. O efeito carambola é resultante
    das experiências de reaprendizagem emocional.
  • Reaprendizagem Emocional – ocorre a partir da vivência de uma EEC. A partir
    da EEC é dado um novo significado a experiências passadas. A EEC dá ensejo a
    uma outra interpretação, formando outros trajetos (neuronais) para as
    percepções e comportamentos. Assim, novas redes de conexões neuronais
    são estabelecidas, e mapas corticais são remodelados, resultando em novas
    representações internas do self. Isso leva à possibilidade de formatação
    biológica do domínio psicológico e à reestruturação emocional interna pela
    modificação dos circuitos de memória, tanto explícita quanto implícita.
    (Lemgruber)
  • A Reaprendizagem emocional por meio da EEC gerará um efeito de cadeia nas
    situações emocionais semelhantes enfrentadas pelo paciente – como num
    jogo de sinuca.
  • O efeito carambola provoca mudança no script usado habitualmente pelo
    paciente, isto é, na maneira como ele se percebe e reage diante da vida. As
    repetidas interações corretivas criam um novo set cognitivo e afetivo e
    possibilitam a reestruturação da imagem interna da pessoa como um todo,
    transformando a forma como ela vê o mundo e sua relação com outros
    indivíduos. (Lemgruber)
  • Mesmo que o paciente não tenha se conscientizado sobre as causas e raízes
    dos seus problemas ou as tinha elaborado: reações em cadeia ocorrem sem
    que haja interferência de nenhuma deliberação consciente, gerando
    profundas modificações de personalidade.
120
Q

Entrevistas Iniciais em Psicoterapia 1

A

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRIMEIRA ENTREVISTA, SUA CONDUÇÃO PODE
DETERMINAR:
* A continuidade ou o abandono do tratamento;
* A eficácia que o processo terapêutico poderá vir a alcançar

121
Q

FUNÇÕES DA ENTREVISTA INICIAL:

A
  • Coleta seletiva de informações sobre o paciente;
  • Funções diagnósticas (diagnóstico nosológico e psicodinâmico);
  • Definição do contrato terapêutico;
  • Efeitos terapêuticos (que precisam ir além do efeito placebo do primeiro
    encontro, potencializando-o por meio de intervenções adequadas do
    terapeuta)
122
Q

REGRAS BÁSICAS PARA A CONDUÇÃO DA ENTREVISTA INICIAL:

A
  1. O terapeuta deve ser cordial, demonstrando calor humano, simpatia,
    interesse e autenticidade;
  2. O terapeuta deve dispor do tempo necessário para ouvir o paciente;
  3. Deve receber o paciente em um ambiente que garanta privacidade e seja livre
    de interrupções;
  4. Deve deixar o paciente confortável, à vontade para falar de seus problemas;
  5. Deve começar dando um enquadre para a primeira entrevista, esclarecendo
    seu sentido e os passos que deverão ser dados para atingir os seus objetivos.
    Essa postura minimiza as incertezas iniciais do paciente com relação aos riscos
    que corre ao entregar sua história ao terapeuta.
  6. Deverá ser ativo, fazendo a) perguntas que auxiliem o paciente a iniciar seu
    relato, b) ligações entre os temas abordados e c) pequenos resumos do que
    compreendeu em sua escuta.
  7. Deve deixar clara a familiaridade que possua com os sintomas, queixas e
    diagnósticos dos pacientes, pois isso transmite ao paciente maior confiança na
    sua competência, experiência e interesse.
  8. Precisa trabalhar para compor uma aliança sólida terapeuta/paciente. Aliança
    que permita pôr em andamento o processo terapêutico.
123
Q

QUESTÕES QUE DEVEM SER RESPONDIDAS NA ENTREVISTA INICIAL (Cordiolli):

A
  1. Quais os motivos da procura do tratamento e qual o(s) diagnóstico(s) do
    paciente?
  2. Podem ser identificados fatores etiológicos de natureza psicológica
    (emocionais, cognitivos), biológica ou ambiental?
  3. Qual o tratamento mais apropriado? Está indicada alguma modalidade de
    psicoterapia?
  4. O paciente apresenta condições pessoais e aceita realizar a psicoterapia
    sugerida?
  5. A psicoterapia sugerida é acessível?
124
Q

TAREFAS A SEREM CUMPRIDAS, EM FASES SUCESSIVAS, NA ENTREVISTA INICIAL
(Fiorini):

A
  1. Diagnóstico aproximativo inicial a partir dos dados fornecidos pelo paciente.
  2. Esclarecimento inicial do terapeuta acerca da problemática formulada e da
    orientação terapêutica que decorre do diagnóstico dessa problemática.
  3. Elaboração conjunta desse panorama por meio de reajustes progressivos.
  4. Obtenção de acordos gerais sobre o sentido e os objetivos que se atribuiriam
    à relação terapêutica que se proponha instalar entre os dois.
  5. Acordos específicos sobre as condições de funcionamento dessa relação
    (contrato).
  6. Antecipações mínimas sobre o modo de conduzir a interação na tarefa.
125
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

TRÊS PLANOS FUNDAMENTAIS DO DIAGNÓSTICO NA ENTREVISTA INICIAL:
1. Diagnóstico Clínico e Psicodinâmico;
2. Diagnóstico da motivação e das aptidões do paciente para a psicoterapia;
3. Diagnóstico das condições de vida do paciente.

126
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico
1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO E PSICODINÂMICO: Essa fase pode ser identificada na
coleta seletiva de dados referentes:

A

a) Aos sintomas principais que motivaram a busca da terapia;
b) À relação Sucesso-Fracasso no comportamento do paciente no que diz
respeito a diversas áreas adaptativas (avaliação do ego);
c) Ao Grupo Familiar do paciente;
d) Aos aspectos Interacionais.

127
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

COLETA SELETIVA DE DADOS REFERÊNTES AOS SINTOMAS PRINCIPAIS QUE MOTIVARAM
A BUSCA DA TERAPIA:
I. Deve haver por parte do terapeuta uma preocupação de identificar se o
paciente é portador de algum transtorno mental;
II. O diagnóstico psiquiátrico, à luz dos conhecimentos atuais, é uma
informação essencial para um primeiro direcionamento do raciocínio clínico
na escolha do tratamento mais apropriado.
III. Na avaliação da doença ou dos problemas atuais (e no estabelecimento do
diagnóstico), importante investigar se o paciente apresentou quadros
semelhantes no passado. Deve-se levantar, também, a que tipos de
tratamento ele já se submeteu e como foram seus efeitos.
IV. A etiologia do transtorno apresentado: É necessária a busca de evidências de
que há fatores de natureza psicológica contribuindo ou sendo os principais
ou únicos responsáveis pelos problema apresentado pelo paciente. Maneiras
de avaliar esse ponto: observar a presença de estressores que possam ser
relacionados com o surgimento ou com a manutenção do quadro patológico.

128
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

COLETA SELETIVA DE DADOS REFERENTES À RELAÇÃO SUCESSO-FRACASSO NO
COMPORTAMENTO DO PACIENTE EM DIVERSAS ÁREAS ADAPTATIVAS:
i. A descrição do quadro atual deve ser completada pela investigação da
história pessoal pregressa: um breve histórico do desenvolvimento pessoal e
de como ocorreu a ultrapassagem das diferentes etapas evolutivas
(desenvolvimento psicossexual, escolaridade, escolha e realização
profissional);
ii. A forma habitual do paciente se relacionar, sentir e interpretar as pessoas
(especialmente as mais significativas); o tipo de pessoa preferencialmente
escolhida como objeto amoroso (relações de objeto) ou como amigo; as
características mais comuns ou repetitivas dos relacionamentos (como
dependência, submissão, sadismo/masoquismo, evitação e distanciamento)
são elementos que fornecem dados para avaliar a personalidade do paciente.
iii. Também se avalia a personalidade pelas características de auto-imagem:
grandiosa, hipervalorizada ou desvalorizada, diminuída, etc.
iv. Outro elemento é a visão de si mesmo e dos outros, crenças em relação a si
mesmo e aos outros, crenças em em relação ao próprio futuro, e estratégias
utilizadas para lidar com tais crenças.
v. Defesas predominantemente usadas pelo paciente: se são defesas mais
maduras (como a repressão e a racionalização) ou mais primitivas (como a
negação, a dissociação, a projeção, a idealização).
vi. Tolerância à ansiedade e à frustração (capacidade de enfrentar dificuldades
e tolerar perdas e separações; formas de reagir diante das frustrações e de
lidar com aumentos de ansiedade).
vii. Rigidez ou ineficiência do superego (normas rígidas, intransigência,
severidade para consigo mesmo, perfeccionismo etc.).
viii. Eficácia ou não no controle e na expressão dos impulsos e dos afetos:
agressão, sexualidade, ansiedade, etc

129
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

ix. Aqui, pode-se usar ainda os critérios de Kernberg (1980). Ele propõe três
critérios diagnósticos para avaliar a organização do caráter do sujeito:
1. Identidade do Ego: se traduz pela sensação de continuidade da experiência
pessoal passada, presente e futura; pela capacidade de distinguir os próprios
pensamentos, ideias e sentimentos dos das demais pessoas e por ter dentro
de si imagens integradas de si próprio e das demais pessoas (objetos).
2. Mecanismos de Defesa Predominantes: 1)Mecanismos de defesa adaptativos
normais (do ego, clássicos): repressão, racionalização, intelectualização,
anulação e formação reativa, sem distorção da realidade. 2) Mecanismos de
defesa primitivos: dissociação, identificação projetiva, controle, onipotência,
desvalorização, idealização e negação, com distorção da realidade.
3. Exame da Realidade: pode ser avaliado pela capacidade do paciente de
distinguir os sentimentos e emoções como provenientes do seu mundo
interno ou como provenientes de fora; pela presença de alucinações ou
ilusões; por pensamentos, conduta e afetos apropriados ou não; bem como
pela capacidade do paciente de simpatizar com o terapeuta (Kernberg, 1980).

130
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

COLETA SELETIVA DE DADOS REFERENTES AO GRUPO FAMILIAR DO PACIENTE:
i. Deve-se investigar também as qualidades das relações interpessoais e
familiares (com os pais especialmente) e a ocorrência de estressores ou de
um ambiente familiar desfavorável, desorganizado ou caótico, especialmente
na infância (perdas familiares, maus-tratos, pais ausentes, abuso sexual ou
físico)

131
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico

A

COLETA SELETIVA DE DADOS REFERENTES AOS ASPECTOS INTERACIONAIS:
i. Comportamento do paciente na entrevista (modos de comunicação, dados de
transferência e contratransferência, identificação de estruturas de
comportamentos predominantes).

132
Q

Fase 1 em Entrevistas Iniciais:
Diagnóstico (Parte 2)
TRÊS PLANOS FUNDAMENTAIS DO DIAGNÓSTICO NA ENTREVISTA INICIAL:

A
  1. Diagnóstico Clínico e Psicodinâmico;
  2. Diagnóstico da motivação e das aptidões do paciente para a psicoterapia;
  3. Diagnóstico das condições de vida do paciente.
133
Q
A
134
Q

DIAGNÓSTICO DA MOTIVAÇÃO E DAS APTIDÕES DO PACIENTE PARA A PSICOTERAPIA:

A
  • O que se avalia neste plano diagnóstico é a aptidão do paciente para
    estabelecer um compromisso de trabalho com o terapeuta e para tirar
    proveito da experiência terapêutica.
  • A motivação do paciente é um dos principais pontos a serem observados.
    Entenda-se:
    ➢ Motivação como o desejo consciente de fazer mudanças de vida, incluindo a
    disposição em fazer os investimentos e em implementar as ações necessárias
    para essa finalidade. Inclui dois componentes: 1) motivação para buscar um
    tratamento e 2) motivação para mudanças por meio da efetiva solução dos
    problemas.
  • A motivação resulta da existência de certo grau de sofrimento
    psicológico, da consciência que o paciente possui de que seu
    desempenho pessoal está ficando comprometido devido aos sintomas e
    de que suas relações interpessoais estão sendo atingidas,
    desencadeando nele uma inconformidade com tais prejuízos.
135
Q

SOFRIMENTO PSÍQUICO

A

É a presença de certo grau de desconforto psíquico em decorrência de
sintomas desagradáveis (como ansiedade, inquietude, preocupação excessiva,
depressão ou alterações fisiológicas). Caracteriza-se pela presença de sintomas
que interferem na vida diária do paciente, comprometendo seu desempenho em
atividades profissionais ou acadêmicas. Também podem se manifestar por meio
de sintomas que tomem muito tempo, prejudicando a produtividade do paciente
ou suas relações pessoais e familiares. Até mesmo as atividades de lazer podem
estar sendo comprometidas pelos sintomas.

136
Q

AVALIAÇÃO DO SOFRIMENTO PSÍQUICO: Atentar para o grau de:

A
  • Desconforto psíquico sofrido pelo paciente: ausente, leve, moderado, grave ou
    muito grave;
  • Comprometimento ou interferência nas atividades; diárias, acadêmicas e
    profissionais;
  • Interferência no relacionamento familiar;
  • Interferência nos relacionamentos interpessoais;
  • Interferência nas atividades de lazer;
  • Tempo que os sintomas tomam do paciente.
137
Q

INDICADORES DA PRESENÇA DE MOTIVAÇÃO NO PACIENTE:
Cordiolli

A
  • O desejo consciente e manifesto expressamente de mudar, explorar e
    experimentar;
  • A decisão manifesta de iniciar uma terapia;
  • A iniciativa de escolher o terapeuta e de, pessoalmente, marcar a primeira
    consulta;
  • Possuir certo grau de flexibilidade em suas opiniões ou crenças;
  • Demonstrar desejo em participar ativamente do tratamento;
  • Iniciar precocemente as tarefas;
  • Ter expectativas realistas sobre si mesmo e sobre a terapia;
  • Demonstrar disposição para fazer os arranjos necessários e investimentos de
    tempo e dinheiro.
138
Q

APTIDÕES QUE O PACIENTE PRECISA TER PARA SE SUBMETER À TERAPIA:

A
  • A qualidade das relações de objeto – que será preditora da capacidade de se
    vincular ao terapeuta e da capacidade de estabelecer uma aliança terapêutica;
  • Capacidade de Insight e de pensar psicológico;
  • Força e recursos do ego e vulnerabilidades do paciente.
139
Q

AVALIAÇÃO CLÍNICA DA FORÇA DO EGO:

A
  • Habilidade do indivíduo em prover as suas necessidades básicas de
    alimentação, moradia e autocuidados (saúde, independência financeira);
  • Capacidade para estabelecer e manter relações de apoio e de ajuda em casa,
    no trabalho e no lazer de forma recíproca;
  • Capacidade de lidar e de adaptar-se a relações que, na maior parte do tempo,
    sejam difíceis ou estressantes, em casa, no trabalho ou no lazer;
  • Capacidade para estabelecer relações interessantes, agradáveis e
    estimuladoras em casa, no trabalho e no lazer;
  • Capacidade de ter interesse, prazer e satisfação pelo desempenho no trabalho
    e no lazer;
  • Capacidade para manter um senso realístico de autoconfiança e de
    autoestima;
  • Capacidade para lidar de forma adaptativa com mudanças, perdas e incertezas
    (p. ex., perda de um membro da família ou de amigos, perda do emprego ou
    de dinheiro, mudanças de rotina, doença);
  • Capacidade de expressar a sexualidade no contexto de uma relação
    estabelecida e mutuamente satisfatória;
  • Nível de realização que exija inteligência.
140
Q

PARA FIORINI, O DIAGNÓSTICO DA MOTIVAÇÃO E DAS APTIDÕES DO PACIENTE
PARA A PSICOTERAPIA PODE SER OBSERVADO POR:

A
  • Reconhecimento, por parte do paciente, do caráter psicológico de seus
    transtornos;
  • Capacidade de introspecção e disposição do paciente para transmitir com
    honestidade o que possa reconhecer de si mesmo.
  • Desejo de compreender-se, acompanhado pela atitude de demonstrar
    desejo em participar ativamente do tratamento.
  • Disposição para experimentar, para tentar mudanças.
  • Esperança de que o tratamento obtenha resultados positivos.
  • Disposição para realizar certos sacrifícios para chegar a esses resultados.
141
Q

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DE VIDA DO PACIENTE:

A
  • Esse diagnóstico visa a identificar fatores patogênicos nessas condições de
    vida (que contribuem para a doença), assim como os recursos do meio que
    possam contribuir para a cura (potencial terapêutico utilizável das condições
    de vida).
142
Q

TAREFAS A SEREM CUMPRIDAS, EM FASES SUCESSIVAS, NA ENTREVISTA INICIAL
(Fiorini):

A
  1. Diagnóstico aproximativo inicial a partir dos dados fornecidos pelo paciente.
  2. Esclarecimento inicial feito pelo terapeuta acerca do quadro diagnóstico do
    paciente e da orientação terapêutica a ser seguida diante desse quadro.
  3. Elaboração conjunta desse panorama por meio de reajustes progressivos.
  4. Obtenção de acordos gerais sobre o sentido e os objetivos que se atribuiriam
    à relação terapêutica que se proponha instalar entre os dois.
  5. Acordos específicos sobre as condições de funcionamento dessa relação
    (contrato).
  6. Antecipações mínimas sobre o modo de conduzir a interação na tarefa.
143
Q

FASE 2 – ESCLARECIMENTO INICIAL FEITO PELO TERAPEUTA ACERCA DO
PROBLEMA DO PACIENTE E DA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA A SER ADOTADA: (Fiorini)

A
  • Nessa fase da entrevista, cabe ao terapeuta oferecer ao paciente uma imagem
    global, introdutória – porém a mais precisa possível – sobre o diagnóstico (em
    primeiro lugar) e sobre o prognóstico, de forma vinculada a uma perspectiva
    de tratamento.
  • As explicações devem ser honestas, claras, em linguagem compreensível e
    apropriadas ao nível intelectual e cultural de cada paciente, demonstrando
    coerência entre a concepção do transtorno e a modalidade de tratamento
    escolhida para resolvê-lo.
  • Falhas em fornecer explicações adequadas ou na forma de comunicá-las
    podem levar a uma relação fria, intelectualizada, confusa e, eventualmente, a
    uma falta de confiança na competência do terapeuta, que pode minar o
    estabelecimento da aliança terapêutica.
144
Q

FASE 3 – ELABORAÇÃO CONJUNTA DO PANORAMA DE DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO POR MEIO DE REAJUSTES PROGRESSIVOS:(Fiorini)

A
  • O terapeuta vai ouvir o paciente acerca tanto das devoluções diagnósticas que
    lhe entregou quanto do modelo de tratamento que lhe propôs.
  • Confrontação entre as expectativas do paciente e a perspectiva do terapeuta.
  • Reajustes e busca de acordos acerca do diagnóstico e das intervenções
    terapêuticas.
  • Com relação a devoluções diagnósticas, podem acontecer situações em que o
    paciente não concorde com a avaliação do terapeuta. Isso pode dar origem à
    resistências importantes ao tratamento proposto, devendo ser abordadas já
    no início, para que paciente e terapeuta cheguem a um consenso sobre a
    natureza dos problemas e sobre a maneira como eles podem ser resolvidos.
    Tal consenso é crucial para o estabelecimento da aliança de trabalho.
145
Q

FASE 4 – OBTENÇÃO DE ACORDOS GERAIS SOBRE O SENTIDO E OS OBJETIVOS
DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA QUE SE PRETENDE INSTALAR ENTRE
TERAPEUTA/PACIENTE: (Fiorini)

A
  • Com relação à proposta de tratamento, a discrepância de expectativas entre
    paciente e terapeuta quanto aos objetivos da terapia e o desconhecimento
    por parte do paciente quanto ao modo como a terapia funciona são
    dificuldades que, se não forem manejadas, podem comprometer o trabalho
    de forma irremediável.
  • Sem que as expectativas do paciente sejam levadas em consideração, a
    possibilidade de abandono do tratamento é considerável.
  • Há vários níveis de ação que podem propiciar a abertura de um diálogo sobre
    as expectativas de tratamento que o paciente carrega.
146
Q

NÍVEIS DE AÇÃO PARA ABERTURA DE DIÁLOGO COM O PACIENTE SOBRE SUAS
EXPECTATIVAS:

A
  • Esse diálogo cumpre uma função de elucidação, capaz de reforçar a motivação
    inicial para aceitar uma psicoterapia.
  • A busca ativa, por parte do terapeuta, das dúvidas do paciente tem também
    uma função de apoio, de continência.
  • A elucidação das expectativas não apenas permite consolidar o vínculo,
    cumpre, além disso, uma função terapêutica específica: uma determinada
    imagem de futuro passa a ser ativamente incluída no presente da tarefa.
147
Q

FASE 5 – ACORDOS ESPECÍFICOS SOBRE AS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO
DA RELAÇÃO TERAPEUTA/PACIENTE (CONTRATO): (Fiorini)

A
  • Uma parte integrante de todas as terapias é o chamado contrato terapêutico –
    um acordo entre paciente e terapeuta acerca das regras de funcionamento
    que regerão o tratamento e que devem ser observadas pelos pares da relação
    terapêutica.
  • O contrato deve ser estabelecido de forma explícita no início do tratamento e
    seguirá as características específicas da modalidade de terapia indicada.
  • O contrato serve, ainda, como uma importante referência a partir da qual é
    possível identificar eventuais desvios do curso da terapia; além disso, é um
    elemento essencial para o estabelecimento da aliança terapêutica e para a
    adesão ao tratamento, na medida em que o paciente também participa dele e
    com ele concorda.
148
Q

REGRAS QUE COMUMENTE INTEGRAM O CONTRATO TERAPÊUTICO:

A
  • Frequência, horário e duração das sessões;
  • Responsabilidade pelas sessões;
  • Possibilidade ou não de haver sessões extras;
  • Faltas e atrasos;
  • Mudanças de horários;
  • Férias e interrupções passageiras;
  • Impossibilidades de comparecer às sessões (compromissos pessoais, doença, viagens);
  • Uso do telefone e formas de se comunicar com o terapeuta;
  • Duração do tratamento: número de sessões previstas ou indefinição do prazo para o
    término;
  • Tarefas para casa;
  • Envolvimento ou não de outros membros da família;
  • Sigilo;
  • Honorários: o preço das sessões, ocasião do pagamento e aspectos burocráticos quando
    existe a intermediação de convênios.
149
Q

FASE 6 – ANTECIPAÇÕES MÍNIMAS SOBRE O MODO DE CONDUZIR A INTERAÇÃO
NA TAREFA: (Fiorini)

A
  • O momento final da entrevista também poderá ser utilizado para indagar que
    informações o paciente tem sobre o funcionamento da relação terapêutica.
  • Neste sentido, o paciente também pode ser levado a experienciar, já aí na
    primeira entrevista, o modelo de interação que marcará a relação terapêutica.
150
Q

Modelo de Cordiolli
Fatores de Natureza
Cognitiva

A

Psicoeducação
Reestruturação Cognitiva
Insight

151
Q

Modelo de Cordiolli
Fatores de Natureza Comportamental

A

Terapeuta como fonte de reforço
Aprendizagem em um sentido mais amplo
Extinção e Habituação
Técnicas compotamentais

152
Q

Modelo Cordiolli
Fatores Inerentes à Relação Terapêutica
(Experiências

A
  • O Vínculo Afetivo e a Aliança de Trabalho
  • Identificação com a Pessoa do Terapeuta
  • Apoio
  • Catarse
153
Q

Modelo Cordiolli
Fatores Sociais, Grupais ou
Sistêmicos

A
  • Situações de Grupo
  • Terapia Interpessoal
154
Q

Variáveis do Paciente

A

Diagnóstico Clínico
a) Características da personalidade e
estilo de funcionamento do paciente
b) Tipo de transtorno
c) Complexidade dos sintomas
d) História de vida
Crenças e Expectativas
a) Expectativas no tratamento
b) Expectativas no terapeuta
c) Expectativas de cura
d) Confiança
Disposição Pessoal
Motivação
Sofrimento Psíquico
Comprometimento

155
Q

Psicoterapia de Grupo
Origem
1os relatos
EUA - médicos –> psicoeducação = Temáticas comuns –> orientação para cuidados de saúde
–> Expressar

A
  • Pratt (1908; 1922) - tuberculosos
  • Lazel (1921) - esquizofrênicos
  • Marsh (1933) - psicóticos
  • Burrow (1925 ) termo: ”análise de grupo”
156
Q

Grupos - Origem
1os relatos
Viena

A
  • Moreno (1910-1914) – Crianças; prostitutas → Espontaneidade
  • Adler e col. (1921) - Centro de Aconselhamento para Pais e Filhos
  • Pct e família
  • Homem: ser social
  • Metzl - método de aconselhamento em grupo para alcoólatras → AA
157
Q

Grupos - Origem

A

1930 – EUA
Insight
✓ corpo teórico psicanalítico
Outros enfoques:
* Gestalt (Perls)
* Análise Transacional (Berne)
* Grupos de Encontros (Rogers)

158
Q

Mudança

A

Antes:
Padre, pastor ou rabino
“Alienista” (psiquiatra) ou psicanalista = fracasso pessoal, vergonha, estigma.
➢ Pós- Guerra
↑ Sofrimento → Traumas de Guerra (civis ou militares)
Qtd de profissionais

159
Q

Principais Teóricos

A
  • Moreno
  • Visualização cênica
  • Kurt Lewin
  • Leis grupais
  • Bion
  • Modelo de Tavistock
  • Interpretação da transferência do grupo
    → terapeuta
  • Pichon Rivière
  • Grupos operativos
  • Foulkes → enfoque gestáltico
  • matriz dinâmica grupal
  • Didier Anzieu e René Kaes (60s)
  • “ilusão grupal” e de “aparelho psíquico grupal”
  • Irving Yalom (70s)
  • enfoque humanista-existencialista
  • aprendizagem interpessoal
  • Zimerman
  • vínculo do reconhecimento → pertinência
160
Q

Bion
Cinco estados mentais se opõem ao cumprimento da tarefa:

A

Dependência: Grupo busca proteção no líder. Responsabiliza o líder pelas novas ações.
* Acasalamento: Grupo não consegue realizar suas ações. Sente-se culpado. Posterga
sua atividade.
* Luta e Fuga: Alterna movimentos de agressão e fuga, seja na figura do coordenador
ou problemas. Escolhe de um inimigo a ser enfrentado.
* Expectativa messiânica: Necessidades solucionadas por alguém que ainda chegará.
Ex.: Jesus.
* Grupo de trabalho: Plano consciente. Indivíduos voltados para a tarefa. Elaboração
das resistências que os medos causam; indica que a tarefa está em andamento e o
grupo se mantém em direção ao projeto.

161
Q

Pichon- Rivière
Teoria dos vínculos. O grupo tem como organizadores:

A
  • Vínculo: Elo, representação interna mútua, modelos de vinculação primários (várias
    situações sociais). Os vínculos primários são os cuidadores de referência; a forma
    como a criança recebe esses cuidados vai modular a forma que ela vai interagir com
    os grupos nas etapas seguintes da vida.
  • Tarefa: Forma como necessidades de cada membro são compartilhadas no grupo.
  • Grupos operativos: Fatores conscientes e inconscientes que regem a dinâmica grupal.
    Pichon-Rivière propôs o foco em uma tarefa proposta.
    Fases
  • A: Psicossociologia: “soma dos indivíduos”.
  • B: Sociometria: indivíduos em interação são avaliados. Uso de jogos sociométricos e testes.
  • C: Não diretividade: fluida, vir-a-ser. Menor interferência possível do coordenador.
    Dinâmica Grupal
    Características psicológicas do grupo:
  • Diferente soma dos membros: Nova Entidade.
  • Dois planos: consciente e inconsciente.
  • Coesão (o quão junto o grupo está) x Desintegração.
  • Busca de equilíbrio (homeostasia) x Relações-G (Conflitos).
  • Ressonância: o quanto o que é dito reflete nas outras pessoas.
  • Galeria de espelhos: quando no coletivo é possível se ver em diferentes prismas.
162
Q

Papéis grupais

A

Bode expiatório
* “depósito” de agressividade e ics
* Expulso ou “bobo da corte”
Porta-voz
* Expressa pensamentos e sentimentos do grupo
Sabotador
* tenta obstruir o andamento da tarefa grupal.
Vestal
* zela pela “moral e os bons costumes”
Atuador
* Atitudes proibidas (sedução do terapeuta, tentativa de namoro com outra pessoa do grupo)
Liderança
* integrador construtivo x negativo e obstrutivo

163
Q

Planejamento Grupo

A
  • Objetivo
  • Para que serve o grupo?
  • População-alvo
  • Para quem é o grupo?
  • Técnica utilizada
  • Como será feito o tratamento?
  • Recursos do terapeuta
  • Por quem será feito o tratamento?
164
Q

Indicações de Grupos

A
  • Psicoterapia grupal ou individual?
  • Mesma eficácia!
    Aspectos pessoais
  • Diagnóstico clínico
  • ↓ preditor em grupos heterogêneos
  • Características individuais
  • Motivação
  • presença de sofrimento psíquico
  • Capacidade de autorevelação
  • Capacidade de feedback
  • História de interações em grupos sociais
165
Q

Contraindicações de Grupos

A
  • ↓ motivados
  • ↑ deprimidos, paranóides ou narcisistas
  • Forte tendência a actings de natureza maligna (psicopatas)
  • Riscos agudos (suicídio)
  • Déficit intelectual ou uma elevada dificuldade de abstração
  • Situação crítica.
  • Categoria profissional ou política - riscos quebra do sigilo grupal
  • Mts terapias anteriores interrompidas (abandonadores compulsivos)
  • Usuários crônicos de drogas (grupos homogêneos)
166
Q

Fatores terapêuticos do Grupo

A
  • Instilação de esperança
  • Universalidade
  • Compartilhamento de informações
  • Altruísmo
  • Recapitulação corretiva do grupo familiar 1ário
  • Desenvolvimento de técnicas de socialização
  • Comportamento imitativo
  • Aprendizagem interpessoal
  • Coesão grupal
  • Catarse
  • Fatores existenciais
167
Q

Modalidades de grupo
Operativos

A

Ensino-aprendizagem
- reflexão de temas
Institucionais
- realizados em organizações, escolas, igrejas
- debater temas
Comunitários
- programas de saúde
- prevenção, tratamento ou reabilitação

168
Q

Modalidades de grupo
Terapêuticos

A

Autoajuda
- adictos, prevenção, reabilitação, suporte social
Psicoterápicos
- ≠ diferentes bases teóricas
Orientação analítica
- Interpretações
- fenômenos grupais
- identificação, projeção e fantasias inconscientes
Cognitivo comportamental
- Objetivos claros e estruturados
Psicodrama
- Ressignificação de experiências
Teoria sistêmica
- Grupo como sistema

Eles são terapêuticos porque permitem que o sujeito tenha mudança
de vida, a expectativa é de mudança de comportamento e remissão dos sintomas. Os grupos operativos não têm o viés de tratamento de melhoria de vida do
sujeito. Os comunitários até possuem melhoria, mas não é no sujeito

169
Q

Ansiedade ou fobia social. – Funciona melhor como psicoterapia de grupo cognitivo-
-comportamental.
Em situações de crise ou estresse agudo (vítimas de desastres naturais) ou em eventos
vitais (luto, divórcio, aposentadoria etc.). – Estão relacionadas aos grupos de ajuda.
Padrões de relacionamento interpessoal considerados desadaptativos. – Esses padrões
funcionam melhor como psicoterapia de grupo de orientação analítica.
Psicoterapia de grupo de orientação dinâmica – Se é uma questão dinâmica, fala-se da
capacidade do sujeito de se adaptar.
Psicoterapias de grupo cognitivo-comportamentais. – Esse tipo de psicoterapia é bom para
tratar fobia, ansiedade ou fobia social. Esses grupos têm um objetivo a ser alcançado.
Trabalha-se dentro de uma lógica epidemiológica. O cognitivo-comportamental treina e
auxilia o sujeito a melhorar a interação social.
Grupos de autoajuda – situações de estresse agudo, catástrofes. Em um grupo dessa modalidade, os sujeitos que tiveram a mesma perda compartilham as dificuldades.

A
170
Q

Procedimento para intervenção pressupõe uma tarefa explícita (a qual pode estar relacionada à aprendizagem, diagnóstico ou tratamento) e uma tarefa implícita (como cada
integrante vivencia o grupo), com movimentos de estruturação, desestruturação e reestruturação do grupo durante o processo, representado pelo cone invertido. A técnica
descrita corresponde

A

a. ao grupo operativo.

171
Q

No grupo operativo, há a tarefa explícita e a tarefa implícita. A tarefa implícita é como cada
um dos sujeitos vivencia o grupo, mas não há um fim psicoterápico.
Pichon-Rivière foi um dos primeiros teóricos a falar sobre a intervenção em grupo. Ele desenvolveu uma técnica chamada grupo interativo. Esses grupos não têm fim psicoterápico.
Existe uma tarefa específica a ser alcançada. A forma como cada um vivencia isso tem a
ver com constituição do sujeito, mas não é o objetivo. Pode ser que haja um efeito psicoterapêutico no indivíduo, mas não é o objetivo do grupo.
a. Palavras-chave: utilizados em instituições. Eles podem ser utilizados em instituições, mas com o objetivo dentro de uma modalidade de educação, que é chamada de
psicoeducação.
b. Palavras-chave: produzem a melhoria. Eles podem produzir, mas não necessariamente produzem, pois não possuem a finalidade psicoterápica.
c. Palavras-chave: ideologia principal “aprender a aprender”. Eles têm como ideologia
principal aprender ou alcançar a tarefa específica
d. Palavras-chave: voltados para a promoção da saúde. Os grupos operativos são muito
voltados para a promoção de saúde e de um corpo social. Em relação aos grupos de gestantes, fala-se muito sobre os cuidados com o bebê, amamentação e preparação para o
parto. Tudo isso está entro da modalidade do grupo operativo.

A
172
Q

Portanto, Pichon-Rivière é quem cria os grupos operativos. Ele fala sobre como o grupo
familiar influencia os pacientes.
No grupo operativo, haverá uma tarefa explícita e uma tarefa implícita. A tarefa implícita
tem a ver com a subjetividade e o sujeito. Será trabalhado com base na tarefa explícita.
a. Palavras-chave: técnicas grupais centradas no indivíduo. Não são centradas no indivíduo, mas sim na tarefa explícita. Não são chamados de grupos de terapia, mas sim
grupos de psicoeducação.
b. Palavras-chave: técnicas grupais centradas no grupo. São centradas na tarefa explícita. Não será feita análise de dinâmica. Essa análise é feita pelo sujeito sozinho na tarefa
implícita. Foca-se no objetivo.
c. Palavras-chave: não se centra no grupo. O grupo operativo não se centra no grupo
enquanto totalidade, mas na relação que os integrantes mantêm com a tarefa.
d. Palavras-chave: vínculo fundamental. O vínculo fundamental é a relação do grupo com
a tarefa explícita.
e. Palavras-chave: trabalhar (…) manifestos do grupo. Não se trabalha apenas manifestos do grupo, pois há a tarefa implícita. Por mais que exista um viés da psicoeducação de
orientar o sujeito a ir atrás do objetivo, busca-se identificar de que forma o grupo interage
no alcance dessa tarefa.

A

c. O grupo operativo não se centra no grupo enquanto totalidade, mas na relação que
os integrantes mantêm com a tarefa.

173
Q

a. Palavras-chave: agrupamentos parciais. Pichón-Rivière entende o grupo como um
todo buscando alcançar a tarefa explícita. Haverá agrupamentos, mas isso não é relevante
para ele dentro da modalidade de um grupo operativo.
b. Palavras-chave: pré-tarefa, tarefa e projeto. Todo foco do grupo operativo será focado
na tarefa explícita.
c. Palavras-chave: dimensão social; sociometria. Sociometria remete ao Moreno, dentro
do psicodrama. Sociometria é a métrica das interações sociais do sujeito. A sociometria é
um termo criado por Moreno quando ele chegou aos Estados Unidos. Em vez de trabalhar
com modalidades teatrais, ele buscou os números para auxiliá-lo na intervenção com os
grupos. Ao chegar nos Estados Unidos, ele já era um teórico reconhecido como alguém
que trabalhava intervenções com grupos desde 1920. Nos Estados Unidos, as intervenções eram no viés psicoeducativo; Moreno tinha uma intervenção psicoterapêutica.
Havia um grupo de meninas que estavam com dificuldade. Eram meninas que cometeram
crimes e estavam em um sistema similar ao de internação. Era um sistema socioeducativo
separado por gêneros. Dentro dessa instituição, existiam várias casas, as quais possuíam
uma cuidadora de referência e as meninas. Havia espaços de convivência comuns. Moreno desenvolveu um teste chamado teste sociométrico. Ele perguntou para cada menina: se
você pudesse escolher com quem você faria aula de educação física, quem você escolheria?
As meninas enumeravam. Ele compilou essas informações em um sistema, buscando escolhas mútuas. Dessa forma, ele reorganizou as casas e as atividades. Com isso, os conflitos
reduziram significativamente. Essa é a intervenção da sociometria. É uma forma de medir as
escolhas grupais. Há alguns conceitos como “estrela sociométrica”, que é a pessoa que mais
tem escolhas positivas dentro do grupo. É possível observar como está o índice télico, ou
seja, quanto o sujeito escolhe alguém e quanto é escolhido da mesma maneira. Nem sempre
são escolhas positivas. João pode não gostar de Maria e Maria pode não gostar de João.
Essa é uma relação télica, pois são dois negativos mútuos. Essas escolhas télicas mostram
a saúde mental, quanto alguém consegue escolher e ser escolhido da mesma forma.
d. Palavras-chave: autocrática e democrática. Autocrática e democrática são termos relacionados à liderança. Quando se estuda liderança, há muitos outros tipos. Autocrática e democrática são os dois primeiros que aparecem. Autocrática é aquela liderança que determina; na
democrática, os sujeitos têm a possibilidade de escolha nas questões debatidas. Esses tipos
de liderança não têm a ver com grupos operativos e com a construção de Pichón-Rivière.
e. situação de fusão. Pichón-Rivière não aborda situação de fusão.

A
174
Q

I – O coordenador deve auxiliar Marcos a utilizar o espaço do grupo para lidar com a dificuldade de se expressar e promover mais espaço de expressão e comunicação de
Marcos. Pode ser que Marcos tenha fobia social. A psicoterapia individual tem benefícios diferentes da psicoterapia de grupo. Deve ser dado espaço para Marcos falar
como ele se sente se expressando. Se Marcos quisesse terapia individual, ele já teria
pedido, e deve ser respeitada a escolha do sujeito. Não é a decisão do coordenador,
não é o que ele pensa em relação ao sujeito, é o que o sujeito quer fazer da sua vida.
II – Resistência é não querer trabalhar uma temática específica. Transferência ocorre em
relação ao grupo, ao terapeuta, aos pares do grupo com relação ao terapeuta. O terapeuta não tem controle sobre o surgimento da contratransferência do terapeuta com
relação ao grupo. A contratransferência (o terapeuta devolver para o grupo e com relação a diferentes membros) pode ser usada para que esse grupo evolua. Exemplo: investir afetivamente e o grupo não ir para frente porque se sente pressionado. O psicoterapeuta deve buscar um lugar de psicoterapia, de supervisão para trabalhas as questões.
III – Os grupos de ajuda mútua, de autoajuda (AA, NA etc.) não precisam de psicólogo formados. Eles têm o objetivo comum de trabalhar uma temática com viés terapêutico.
Esses grupos têm viés de mudança de comportamento, e não deixam de ser terapêuticos por não terem terapeutas. De toda a práxis, o que é exclusivo do psicólogo, mas
pode ser feito, são os testes (exceto se for um teste psicológico) que não precisam de
um psicólogo.

A
175
Q

a. O atendimento em grupoterapia de paciente em crise aguda ou surto psicótico é contraindicado, devendo, nesse caso, ocorrer um atendimento individual.
b. Para os grupos homogêneos, é escolhido um critério para nortear e os outros critérios
são heterogêneos. O grupo heterogêneo dá menos trabalho, porque ele representa, de
forma mínima, a sociedade. Os grupos homogêneos são construídos de outra forma.
c. Sabendo que não é possível impedir tentativa de resistência no grupo, deve manter estáveis ou minimamente estáveis as combinações de setting. Exemplo: o grupo vai ter resistência, em alguns momentos um vai ficar mais calado, o outro vai pedir para trocar horário.
Deve ser mantido o setting estável, ou seja, atender o grupo dentro da sala, no mesmo dia
da semana, no mesmo horário, estar sempre no mesmo ambiente. No caso de grupos com
saídas externas, o externo é o setting, já vai estar posto.
d. Quando se monta um grupo, especialmente com relação ao CID, busca-se que o grupo
seja o mais heterogêneo possível. Nos grupos neuróticos, busca-se homogeneidade. Os
normóticos (neurose funcional, ex.: chegar na hora) busca-se colocar dentro do mesmo
grupo. Os bipolares, os esquizos, devem ser colocados em grupos heterogêneos. Com
grupos depressivos e de ideação suicida, não se monta grupos homogêneos, evitando que
eles se fortaleçam enquanto um grupo para fazer uma tentativa de autoextermínio.

A
176
Q

Conforme os
principais fundamentos da técnica no cotidiano da prática grupal, destacados por Zimerman e Osório, analise as afirmativas abaixo.
I – É fundamental durante a composição de um grupo realizar o planejamento prévio e
sua operacionalização, isto é, compreender a finalidade do grupo, para quem se destina, quem o coordenará, como será o seu funcionamento, o local onde será realizado.
II – O grupoterapeuta poderá organizar critérios de seleção dos indivíduos para a composição do grupo, quer seja um grupo operativo ou terapêutico, sendo importante e
delicada a escolha das indicações e contraindicações dos integrantes.
III – É favorável que o coordenador do grupo reconheça as ansiedades e resistências
emergentes no grupo, para que possa ter uma ideia clara da função que elas representam na dinâmica do grupo.
IV – Os aspectos da comunicação verbal são essencialmente importantes para o bom
andamento do grupo, sendo fundamental que o coordenador alerte todos os integrantes a respeito das técnicas e das maneiras que devem se comunicar grupalmente.

A
177
Q

A importância do conhecimento e a utilização da psicologia grupal decorrem justamente do
fato de que todo indivíduo passa a maior parte do tempo de sua vida convivendo e interagindo com distintos grupos. Sobre a psicologia grupal, analise as afirmativas abaixo e
assinale a opção correta.
I – A psicoterapia grupal e a individual têm a mesma eficácia, porém ainda assim precisamos tentar prever quais são os aspectos dos pacientes que indicam um bom ou
mau resultado no grupo. Nesse sentido, podemos pensar em dois aspectos: diagnóstico clínico e características individuais.
II – O grupo é um conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de objetivo
e ações, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe de forma
explícita ou implícita à realização de uma tarefa, a qual constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de atribuição e assunção de papéis.

A
178
Q

Vale lembrar que o grupo operativo tem uma tarefa explícita.
Pelo enunciado, pode ser que não seja um grupo operativo nos moldes do Pichon-Rivière,
pois tem um viés terapêutico e é um grupo aberto temático.
Nos grupos, todos respondem pela questão do sigilo. Na construção do grupo, existe a
elaboração do contrato grupal. Nesse contrato, são definidas as regras do grupo. Em geral,
pede-se que as pessoas mantenham o celular desligado (ou no silencioso). Outra regra muito comum é a questão do sigilo. Não significa que não se possa falar nada fora do grupo
sobre o que acontece; nesses casos, a pessoa deve falar sempre focada no “eu individual”,
e nunca falar do outro, para que este não seja exposto.

A
179
Q

Um grupo que acontece dentro do órgão tem um funcionamento diferente de um grupo que
acontece fora de uma instituição.
O grupo surge da redução da entrega do resultado. O objetivo, como psicólogo, é devolver
ao órgão em que ele trabalha uma melhora de rendimento desse sujeito.
* É necessário que guarde sigilo. É normal comentar, mas dentro da própria perspectiva.
* Um grupo de base analítica poderia ser implantado na instituição, dado que o fenômeno da transferência pode ocorrer não só de cada participante em direção ao grupo
terapêutico como também entre os participantes do grupo
* Pichon-Rivière não propôs grupo terapêutico com base em vínculo. Além disso, poderia ser indicado. Mas Pichon-Rivière não aborda isso.

A
180
Q

Transferências no grupo
1.Parental
De cada indivíduo em relação à figura central do grupo terapeuta.
2.Grupal
Do grupo como uma totalidade em relação a essa figura central.
3.Fraternal
De cada indivíduo em relação a outro determinado indivíduo.
4.De pertencência
De cada indivíduo em relação ao grupo como uma entidade abstrata.

A
181
Q

Bechelli e Santos são dois teóricos que publicam sobre psicoterapia de grupo.
Dica da professora: observar quais itens aparecem com mais frequência. O IV aparece em
todos os itens; logo, está correto. O item V aparece em duas opções. Recomenda-se fazer
a leitura. Como o V está errado, restam as opções c, d, e.
O I aparece nas três opções; logo, está correto.
I – Desenvolver a interação e fortalecer a ligação emocional entre os participantes.
II – Revelar as semelhanças e diferenças para que os integrantes possam atuar como
agentes terapêuticos.
III – Criar o ambiente terapêutico e a cultura do grupo estabelecendo normas de funcionamento, valores e funções dos participantes.
IV – Estabelecer um rumo a ser seguido pelo grupo, no que se refere aos assuntos de
interesse.
V – Não se fala em censura. O psicoterapeuta de grupo trabalha o conteúdo hostil.
Essa questão foca no lugar do psicoterapeuta que conduz o grupo. Pensa-se em quais
habilidades ele precisa desenvolver. Uma delas é estabelecer regras, além dos valores.
A ideia é ter a possibilidade dentro dos grupos de que diferentes pessoas participem, ainda
que uma algumas paguem um valor menor. É importante dizer as regras do grupo, mas
lembrar que, às vezes, essa regra pode ser quebrada.
É importante ter atenção ao horário.

A