Entrevistas e terapia psicológicas; Atuação do Psicólogo em Grupos Flashcards
Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Abordagens Psicoterápicas
Psicoterapias
CONCEITO DE PSICOTERAPIA
1) O que faz com que um tratamento possa ser chamado de
Psicoterapia (tentativas de conceituação);
2) Elementos que se repetem em várias conceituações de Psicoterapia.
NECESSIDADE DE CONCEITUAR PSICOTERAPIA
* Avaliar a efetividade das psicoterapias;
* Criar condições para que se possa realizar uma fiscalização ética das
práticas.
O QUE FAZ COM QUE UM TRATAMENTO POSSA
SER DENOMINADO PSICOTERAPIA
PSICOTERAPIA É:
O tratamento, por meios psicológicos, de problemas de natureza
emocional, no qual uma pessoa treinada estabelece, deliberadamente,
uma relação profissional com o paciente com o objetivo de (1) remover,
(2) modificar ou (3) retardar os sintomas existentes, (4) mediar padrões
de comportamento perturbados e (5) promover o crescimento e
desenvolvimento positivos da personalidade.
Psicoterapias
Abordagens Atuais
Cordiolli
Psicoterapia é
(Wolberg)
1) Um tipo de tratamento
2) Realizado por meios psicológicos
3) Baseado em comunicação verbal e não verbal adequadas
4) Que irá tratar de problemas de natureza emocional
5) Problemas estes que se manifestam nos níveis intrapsíquico,
interpessoal, social e físico
6) E que é realizado por pessoa treinada
7) Que estabelece, deliberadamente, um relacionamento
profissional
8) Com um paciente
9) Com os objetivos de:
* Remover sintomas existentes;
* Modificar sintomas existentes;
* Retardar sintomas existentes;
* Prevenir padrões de comportamento
disfuncionais;
* Promover o crescimento e o desenvolvimento
de uma personalidade positiva.
PSICOTERAPIAS SÃO:
(CORDIOLLI)
Métodos de tratamento realizados por profissionais
treinados com o objetivo de reduzir ou remover um problema,
uma queixa ou um transtorno de um paciente ou cliente,
utilizando, para tal fim, meios psicológicos. São realizadas em um
contexto primariamente interpessoal, a relação terapêutica, e
utilizam comunicação verbal como principal recurso.
Caracterizam-se ainda, por serem atividades eminentemente
colaborativas entre paciente e terapeuta.
CRITÉRIOS PARA QUE UM “MODELO PSICOTERÁPICO” SEJA
CONSIDERADO CONSOLIDADO:
(Cordiolli)
1) Deve ser embasado em uma teoria abrangente, que ofereça
uma explicação coerente sobre origem, manutenção e forma de
eliminar os sintomas.
2) Os objetivos a que se propõe devem ser claramente
especificados.
3) Devem existir evidências empíricas da efetividade da técnica
proposta.
4) Deve haver comprovação de que as mudanças observadas são
decorrentes das técnicas utilizadas e não de outros fatores.
5) Os resultados devem ser mantidos a longo prazo.
6) Deve apresentar uma relação custo/efetividade favorável na
comparação com outros modelos ou alternativas de tratamento.
PSICOTERAPIA É:
(Resolução CFP 010/00).
Prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um
processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza
através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas
psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional,
promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento
de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos”.
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que será aplicado por
Pessoas com competência
acadêmica e técnica
Profissionais Treinados
Pessoas qualificadas
AGENTES DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
Fatores Específicos
* Fatores inespecíficos
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
PSICOTERAPIA É
Um tratamento
Que ocorre num contexto interpessoal
Dentro de uma relação
Profissional
Formal
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que farão uso de
Meios psicológicos
Agentes psicológicos
Técnicas psicológicas
Intervenções psicológicas
Métodos psicológicos
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
De natureza
Verbal
Principalmente Verbal
Verbal e Não verbal
De quem?
Do paciente
Do cliente
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Tendo como base
Princípios Psicológicos
Um Corpo Teórico
Um Modelo Explicativo
Conceitos Sistematizados
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que fornecem fundamentos
para
Um corpo Técnico
Técnicas
Um Conjunto de Sistemas Técnicos
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
Que se inserem em
Um contexto social
Um modelo sociocultural no qual foi
originado
Um sistema de ideologias
Agentes de Mudança em
Psicoterapia
ELEMENTOS QUE SE REPETEM EM VÁRIAS
CONCEITUAÇÕES DE PSICOTERAPIA
E que precisam ser
Científicas
Sistematizáveis
Comprováveis em sua efetividade
AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE JÉROME FRANK:
Eixo principal de estudos – a estrutura das relações de ajuda.
- Estabelecimento e manutenção de uma relação significativa entre paciente e
terapeuta; - Presença de uma quantidade significativa de esperança e confiança de que a
psicoterapia atuará para alívio do sofrimento psíquico; - Oferta de novas informações e, portanto, de novas possibilidades de
aprendizagem; - Facilitação de uma liberação emocional (catarse);
- Aumento das oportunidades de verificar as mudanças e os sucessos na
prática; - Aumento das sensações de domínio e autoeficácia;
AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE BANDURA:
Eixo principal de estudos – plano cognitivo
Fator inespecífico estudado: autoeficácia
- Resolução
exitosa de um
problema - Reforço da
confiança em
sua autoeficácia - Aumento da
disposição para
mudança
Intervenções que ensinam, ao paciente, novas formas de comportamento;
* Intervenções que incentivam o paciente a viver novas experiências;
* Intervenções que propiciam ao paciente sentir coisas novas;
* Intervenções que facilitam uma resposta emocional do paciente.
AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE KARASU:
Eixo principal de estudos – planos afetivo, cognitivo e comportamental
- Experiências afetivas: a terapia propiciaria um clima favorável para expressar
e compartilhar emoções. A oportunidade de realizar uma catarse tornaria o
paciente mais acessível e mais passível de ser influenciado pelo terapeuta, por
meio da quebra de mecanismo de defesa e de resistências. - Aumento das Habilidades cognitivas: por meio da aquisição e integração de
novos padrões de pensamento e de percepção, o que promove um aumento
do conhecimento e da compreensão de si. - Regulação do Comportamento: em toda psicoterapia existiria certo nível de
aprendizagem de controle de ações e hábitos que resultaria em mudanças de
comportamento.
AGENTES
DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA
MODELO DE CORDIOLLI:
Acrescenta ao modelo de Karasu os Fatores Sociais.
Fatores de Natureza
Cognitiva
Psicoeducação
Reestruturação
Cognitiva
Insight
Fatores de Natureza
Comportamental
Terapeuta como fonte de reforço
Aprendizagem em um sentido mais amplo
Extinção e Habituação
Técnicas comportamentais
Fatores Inerentes à Relação Terapêutica
(Experiências Afetivas)
O Vínculo Afetivo e a
Aliança de Trabalho
Identificação com a
Pessoa do Terapeuta
Apoio
Catarse
Fatores Sociais, Grupais ou
Sistêmicos
Situações de Grupo
Terapia interpessoal
VARIÁVEIS PREDITORAS DE
MUDANÇAS EM PSICOTERAPIA
- Variáveis do Paciente
- Variáveis do Terapeuta
- Variáveis da Relação Terapêutica
Variáveis do
Paciente
- DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
A) Características da personalidade e estilo de funcionamento do paciente:
* Habilidade para produzir associações, flexibilidade, sensibilidade ao ambiente,
capacidade de aprofundar sentimentos, grau de integração do eu, força do eu,
capacidade de suportar certa quantidade de stress e de ansiedade.
* Capacidade de estabelecer um vínculo com o terapeuta e de firmar uma
aliança terapêutica.
* Pacientes que se veem de uma forma mais negativa no início da psicoterapia,
mais distantes de um ideal, costumam experimentar melhoras mais
significativas.
B) Tipo de transtorno:
* Pacientes com níveis de transtorno leves obtêm melhores resultados com a
psicoterapia.
C) Complexidade dos sintomas:
* A severidade dos sintomas é preditora do resultado da psicoterapia – se há déficits
cognitivos ou comportamentais graves, os resultados do processo serão menos
satisfatórios.
* Pacientes com sintomas circunscritos ou monossintomáticos se dão melhor com
terapias orientadas para mudanças de comportamento. Já os multissintomáticos
responderiam melhor a terapias de insight.
D) História de vida:
* Histórico de uso de substâncias psicoativas.
* Rede de apoio social e afetiva.
* Histórico de abuso sexual
- DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
Variáveis do
Paciente
- CRENÇAS E EXPECTATIVAS:
* Expectativa no tratamento – duração, técnica…
* Expectativa no terapeuta
* Expectativa de cura;
* Confiança. - DISPOSIÇÃO PESSOAL;
- MOTIVAÇÃO;
- SOFRIMENTO PSÍQUICO;
- COMPROMETIMENTO
Variáveis do
Terapeuta
- Atitudes:
A) Respeito pelo paciente:
* Engloba uma escuta acolhedora, um incentivo a autoexploração, não criticar, não
julgar, não reagir emocionalmente a provocações, criando um clima positivo a
mudanças.
B) Empatia:
* Definida como o entendimento do ponto de vista do paciente e de sua visão de
mundo.
C) Calor Humano:
* um conjunto de atitudes como aceitação, respeito, afirmação, apoio, compaixão,
carinho e elogios por parte do terapeuta.
D) Autenticidade:
* Envolve tanto uma autoconsciência por parte do terapeuta quanto uma disposição
para compartilhar essa consciência. Está relacionada com atitudes como coerência,
transparência, sinceridade.
Variáveis do
Terapeuta
- Habilidades:
* Aptidões e atitudes que o terapeuta deve levar em conta se possui ou se está
disposto a desenvolver caso queira se dedicar a prática clínica:
A) Interesse genuíno nas pessoas e em seu bem estar;
B) Autoconhecimento;
C) Compromisso ético;
D) Atitudes que favorecem o relacionamento terapêutico:
* Calor humano, cordialidade, autenticidade, empatia e aceitação positiva
incondicional;
E) Capacidades:
* De compreender, ouvir, guiar, refletir, confrontar, interpretar, informar e
resumir. - Personalidade do Terapeuta:
A) Maturidade da personalidade;
B) Nível de autoconhecimento;
C) Necessidades básicas;
D) Postura ( mais ou menos dominante). - Nível de ajuste emocional do terapeuta;
- Proximidade sociocultural;
- Experiência Clínica.
Variáveis da Relação
Terapêutica
- Sentimentos e atitudes dos participantes, e como eles se combinam na
psicoterapia.
* Sentimento de confiança e comprometimento de ambos os integrantes do par
terapêutico. - Natureza da interação paciente/terapeuta:
* Pode ser do Tipo I (posição passiva do paciente) ou do Tipo II (posição
colaborativa do paciente). - Acordo quanto aos objetivos terapêuticos;
- Acordo quanto às tarefas e assuntos a serem abordados na terapia;
- Vínculo emocional entre paciente e terapeuta;
- Característica colaborativa da relação;
- Aliança Terapêutica
A) Relações Transferenciais e Contratransferenciais:
* Transferência: fenômeno de transferir para pessoas e situações do presente aspectos
da vida psíquica ligados a pessoas e situações do passado.
* Contratransferência: se refere às respostas psicológicas do terapeuta para o paciente,
a todos os sentimentos conscientes ou inconscientes que o terapeuta experimenta na
relação terapêutica (conceito totalístico de Heiman). Conjunto de respostas
emocionais específicas despertadas no terapeuta pelas qualidades específicas de seu
paciente (conceito específico).
B) Relação Real:
* Diz respeito à relação da pessoa real do paciente, com a pessoa real do terapeuta:
preferências, jeito de vestir, de falar, contrato terapêutico, tratamento, férias.
Variáveis da Relação
Terapêutica
C) Aliança de Trabalho (Terapêutica):
* É a capacidade do paciente de estabelecer uma relação de trabalho com o
terapeuta em oposição a reações transferenciais regressivas e à resistência.
* A aliança terapêutica diria respeito à relação racional (e não-neurótica) do
paciente com o terapeuta.
* O ego racional é o ego da aliança terapêutica.
RELAÇÃO TERAPÊUTICA
Geralmente se mantém estável durante o tratamento;
* A capacidade de aliança terapeuta/paciente é, geralmente, estabelecida (ou
verificada) até a terceira sessão;
* As características do paciente geralmente são mais importantes do que as
características do terapeuta.
MODALIDADES DE PSICOTERAPIA
Classificação pela clientela foco do trabalho:
1. Terapia Individual;
2. Terapia Familiar;
3. Terapia de Casal;
4. Terapia de Grupo.
Terapia Individual:
- Terapia com crianças;
- Terapia com adolescentes
- Terapia com adultos;
- Terapia com idosos.
Terapia Familiar
Tratamento sistemático de famílias com padrões disfuncionais.
* A família é entendida como um sistema vivo, com leis próprias, parcialmente
aberto (pois interage com o meio) e que possui as capacidades de
morfogênese (muda com o passar do tempo) e homeostase (mantém a
estabilidade de seu funcionamento ao longo de seu ciclo vital).
* Sistema aqui deve ser entendido como um conjunto de elementos, direta ou
indiretamente relacionados, que funcionam como uma unidade em
determinado ambiente.
Enfoques Teóricos da Terapia Familiar
- Escola Psicodinâmica;
- Escola Transgeracional;
- Escola Existencial;
- Escola Comportamental;
- Escola Cognitivo-comportamental;
- Escola Estrutural;
- Escola Estratégica;
- Escola Comunicacional;
- Escola Narrativista;
- Escola Psico-educacional;
- Terapia Comunitária.
ESCOLA PSICODINÂMICA
Busca resgatar as histórias familiares e seus desdobramentos ao longo do
tempo, atribuindo importância ao processo de construção das relações
familiares, e não somente ao momento atual observado na família.
* Busca a interpretação e a releitura do sentido do sintoma na história familiar.
* Objetiva clarear as repetições de comportamentos passados e que ainda se
manifestam no presente.
* Interesse na trama inconsciente dos sentimentos, desejos e expectativas entre
os membros da família
ESCOLA TRANSGERACIONAL
O conceito de transmissão geracional trata dos processos de projeção familiar
repetidos de geração a geração.
* O que está em jogo é a transferência intergeracional e a transgeracional de
mitos familiares.
* Mito familiar é uma crença compartilhada e integrada ao cotidiano da família.
* O mito compõe a história da família, forma uma rede de eventos, papéis,
conteúdos e relações que destacam elementos e indicam formas “possíveis”
de narração da história.
* Três gerações são necessárias para a transmissão do mito.
ESCOLA EXISTENCIAL
Enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da
família e do terapeuta.
ESCOLA COMPORTAMENTAL
Privilegia as intervenções comportamentais destinadas a extinguir os
sintomas.
ESCOLA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Procura examinar o lugar das distorções cognitivas dos membros da família
que contribuem para a disfunção familiar.
* Busca alcançar mudanças comportamentais nos padrões familiares, por meio
da reestruturação cognitiva e da aquisição de habilidades de comunicação
ESCOLA ESTRUTURAL
Tem como objetivo a modificação da estrutura familiar.
* A estrutura familiar se manifesta na forma de organização da família, que se
compõe por padrões de relacionamento. Esses padrões podem ser funcionais
ou disfuncionais.
* Para haver mudança é necessário alterar a estrutura subjacente que mantém
o padrão disfuncional.
ESCOLA ESTRATÉGICA
Objetiva solucionar os problemas familiares a partir da identificação e
intervenção sobre as regras familiares que geram e mantêm esses problemas.
* Há regras familiares não expressas, que funcionam como premissas básicas
que governam a operação dos sistemas familiares.
* A maioria dessas regras funciona bem à família. Mas, quando uma regra
promove um tipo de solução ou comportamento rígido, ela pode passar a ser
fonte de problemas.
* A mudança buscada não é só no comportamento final (mudança de primeira
ordem), mas na regra/concepção que governa aquele comportamento
(mudança de segunda ordem);
* Intervenções estratégica (planejadas).
ESCOLA COMUNICACIONAL
Procura evidenciar os paradoxos da comunicação na família, de forma
centrada na solução de problemas.
* O método é o da observação direta da interação familiar, buscando a
modificação dos padrões de comunicação.
ESCOLA NARRATIVISTA
As ações e comportamentos dos sujeitos são efeitos concretos dos
significados que eles dão às suas experiências. E esses significados estão
expressos nas histórias que eles contam si (narrativas).
* Há, portanto, um sistema de significados no qual estamos imersos. É preciso
exteriorizar esses significados por meio de conversações desconstrutivas e
reconstrutivas.
* As narrativas presentes nas conversações encadeiam e dão sentido às
experiências vividas e podem oferecer outros sentidos, assim como outras
“verdades” podem ser construídas.
ESCOLA PSICOEDUCACIONAL
Trabalha com a orientação e entrega de informações à família sobre
transtornos que acometem um dos membros ou a família
TERAPIA COMUNITÁRIA
Surge da terapia familiar, a partir da compreensão de que a família está
inserida em um contexto comunitário que também funciona como um sistema
e que com ela faz trocas.
* Nasce de uma busca por adaptar métodos clínicos para o contexto de
comunidades de baixa renda;
* A TC é um espaço de diálogo e conversas, no qual histórias são reconstruídas
pela ativa participação de todos os presentes.
* A TC compreende os distúrbios das populações excluídas a partir de três
categorias: abandono, insegurança e baixa autoestima.
Indicações da Terapia Familiar
Doença física ou mental grave em adultos, gerando alto grau de disfunção
familiar (esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC, Pânico, agorafobia,
dependência química, transtornos alimentares…).
* Ruptura da harmonia familiar em razão de conflitos interpessoais entre seus
membros.
* Família enfrentando crise de transição que pode leva-la à ruptura (mudança
de papéis).
* Tratamento psicoterápico de criança ou adolescente e idosos.
Contra-Indicações da Terapia Familiar
Família nega a existência de problemas;
* Em alguns casos de paranóia;
* Situações nas quais um membro importante da família não poderá se fazer
presente;
* Tendência irreversível à ruptura familiar (separação);
* Crenças religiosas ou culturais que impeçam a intervenção na família
* Em situações em que algum dos membros possui segredos que não
permitirão que ele seja honesto na terapia.
* Quando a individuação de um ou mais membros pode ficar comprometida.
* Violência doméstica ou abuso sexual
Duração e Configuração das Sessões em Terapia Familiar:
As sessões tem duração mínima de uma hora, com frequência semanal, e
podem ser tanto com um membro da família, como com subsistemas
familiares ou com a família toda.
Duração Média da Terapia Familiar:
É de seis meses, a não ser em casos em que a família esteja gravemente
disfuncional, com a presença de membros com transtornos severos de
conduta, quando pode durar anos.
Terapia de Casal
Pode ser considerada como um caso especial de terapia familiar. Tem como
foco de trabalho a relação conjugal e os padrões disfuncionais que nela se
apresentam.
* É entendida como um sistema aberto/ semiaberto com leis próprias
Terapia de Casal
Escola Psicodinâmica;
* Escola Transgeracional;
* Escola Cognitivo-Comportamental;
* Escola Comunicacional.
* Escola Psicoeducacional.
Indicações da Terapia de Casal
Casal em crise aguda com envolvimento dos filhos no conflito;
* Relação tensa, com existência de conflitos repetitivos;
* Mudança de um dos cônjuges pela terapia individual;
* Um dos cônjuges tem psicopatologia severa;
* Quando, na terapia familiar, percebe-se que a origem dos conflitos está no
relacionamento do casal.
Contra-Indicações da Terapia de Casal
Quando um dos cônjuges não consegue controlar a agressividade ou tolerar a
ansiedade gerada pelos conflitos;
* Quando um dos cônjuges está fragilizado e começa a descompensar, passa-se
a terapia individual;
* Traços paranoicos de um dos membros;
* Existência de segredos que não podem ser compartilhados.
Duração e Configuração das Sessões em Terapia de Casal
As sessões tem duração mínima de uma hora, com frequência semanal, e, em
alguns momentos, serão com apenas um dos cônjuges.
Fatores Grupais:
Instilação da esperança: ver que outras pessoas que enfrentam os mesmos
problemas estão apresentando melhoras passa a fazer com que o sujeito tenha
confiança em sua própria melhora;
* Universalidade do Problema: perceber que compartilha do mesmo problema de
outras pessoas diminui o isolamento, a vergonha e o estigma associado aos
sintomas de muitos transtornos mentais.
* Compartilhamento de Informações: nos grupos, o terapeuta não é o único
responsável por transmitir informações sobre os sintomas que acometem o
paciente, ele recebe informações também de seus pares, que atravessam ou
atravessaram a mesma situação que ele
Fatores Grupais:
Altruísmo: O grupo estimula o desejo de ajudar aos outros.
* Socialização: lidar com um ambiente grupal favorece o desenvolvimento de
habilidades sociais.
* Comportamento Imitativo: imitação do comportamento saudável de outras
pessoas do grupo.
* Catarse: a identificação com as emoções dos outros membros do grupo
favorece a liberação e elaboração de emoções compartilhadas.
* Recapitulação Corretiva: Possibilidade de reviver e recapitular no grupo
padrões de comportamento semelhantes aos que apresenta em seu grupo
familiar primário, havendo a oportunidade de corrigi-los.
Fatores Grupais:
Fatores Existenciais: A abordagem dos grandes temas existenciais (doença,
morte, luto, isolamento) auxilia as pessoas a lidar com essas questões.
* Coesão Grupal: O sentido de pertencer a um grupo e ter afinidade com seus
membros facilita a aceitação dos demais e dos aspectos inaceitáveis de si
próprio, além de possibilitar o estabelecimento de relacionamentos mais
profundos com os outros.
* Aprendizagem Interpessoal: psicopatologias individuais, na interação com os
demais membros do grupo, podem ser identificadas e corrigidas.
Tipos de Grupos Terapêuticos:
A) Setting:
* Grupos Abertos/Grupos Fechados;
* Grupos dentro de instituições/ Grupos fora de instituições;
B) Duração:
* Grupos de duração limitada/Grupos de duração permanente;
c) Objetivos:
Modificação de aspectos do caráter;
* Treino de habilidades sociais;
* Manutenção do funcionamento psicossocial;
* Passagem de informações sobre transtornos e seus tratamentos;
* Busca de atingir uma meta determinada (por exemplo, parar de fumar);
* Compartilhamento de experiências sobre um problema específico (doença médica -
diabéticos, paraplégicos, perda de peso, dependência química etc…).
Enfoques Teóricos da Terapia de Grupo
- Orientação Psicodinâmica;
- Orientação Cognitivo-comportamental;
- Grupos de Apoio
ORIENTAÇÃO PSICODINÂMICA:
- Busca melhorar o funcionamento do ego dos pacientes;
- O terapeuta focaliza suas intervenções na análise dos fenômenos
transferenciais e na interpretação das defesas e da resistência, que podem ser
grupais. - O terapeuta utiliza-se de interpretações destinadas a assinalar diferentes
fenômenos grupais (identificações, projeções, dissociações, racionalizações,
fantasias inconscientes, manifestações transferenciais) e a forma como são
manejados impulsos amorosos ou agressivos, com a finalidade de obtenção do
insight sobre os aspectos inconscientes como fator de mudança. - Procura também auxiliar os participantes a compreender suas interações no
grupo, como repetições de padrões primitivos de relacionamento familiar, e a
mudar tais padrões.
ORIENTAÇÃO PSICODINÂMICA:
Os grupos de orientação psicanalítica podem seguir distintos enfoques:
* Psicanálise no grupo - na qual o psicanalista trabalha de forma muito
semelhante à da psicanálise individual;
* Psicanálise do grupo - na qual o grupo é visto como um todo e são trabalhados
os chamados supostos básicos de Bion (dependência, luta, fuga e
acasalamento);
* Psicanálise por meio do grupo - que enfoca as comunicações inconscientes ou
conscientes, verbais ou não-verbais dos participantes;
* Enfoque mais eclético.
INDICAÇÕES DE TERAPIA DE GRUPO PSICODINÂMICA:
Padrões de relacionamento interpessoal considerados desadaptativos;
* Aspectos do caráter desadaptativos;
ORIENTAÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL:
- Volta-se para o tratamento de problemas ou transtornos definidos: fobia social,
transtorno do pânico, dor, transtorno obsessivo-compulsivo etc… - Têm objetivos claros;
- Estrutura-se à semelhança das sessões da terapia individual, voltando-se para o
tratamento de determinados problemas ou sintomas ou para o manejo de
determinadas situações médicas. - Em tais grupos costuma haver a verificação inicial do humor ou dos sintomas, o
uso da psicoeducação, de exercícios, de tarefas para casa e do estímulo ao
registro e ao automonitoramento, além da aprendizagem social por meio da
troca de experiências e de depoimentos.
Indicações psicoterapia de grupo Cognitivo comportamental:
Ansiedade ou fobia social;
* Transtorno obsessivo-compulsivo;
* Ansiedade generalizada;
* Insônia;
* Transtorno do pânico, como terapia complementar;
* Fobias específicas;
* Estresse pós-traumático;
* Dor crônica;
* Síndrome do intestino irritável;
GRUPOS DE AUTO-AJUDA:
Os grupos de auto-ajuda têm por objetivo prestar ajuda psicológica a
pacientes ou a familiares de pacientes que têm um problema ou situação em
comum, oferecendo apoio mútuo para superar sentimentos de angústia,
depressão e desadaptações provocadas pela doença;
* O objetivo é a difusão de informações sobre cuidados gerais e alternativas
para lidar com limitações ou complicações decorrentes da doença ou da
situação, fazendo uso dos recursos existentes na comunidade;
* Não é obrigatoriamente conduzido por psicoterapeuta.
* Utilizam psicoeducação, técnicas comportamentais, cognitivas,
aconselhamento, sugestão, catarse, depoimento de outros pacientes ou
familiares e fatores grupais.
Indicações para grupos de autoajuda:
Pacientes agudos internados em hospitais psiquiátricos: na preparação da
alta, no uso de medicações psiquiátricas, no acompanhamento de egressos;
* Em situações de crise ou estresse agudo (vítimas de desastres naturais) ou
em eventos vitais (luto, divórcio, aposentadoria, etc.).
* Manejo de condições médicas: diabete, obesidade, hipertensão, tabagismo,
transplante, preparação para cirurgia cardíaca, pós-infarto, colostomia,
mastectomia, próteses, uso de aparelhos médicos de reabilitação ou outras
amputações, transtornos alimentares, etc.
* Condições psiquiátricas: controle do peso e reeducação alimentar nos
transtornos alimentares, auxílio para cessar tabagismo, prevenção de
recaídas em drogaditos etc.
TÉCNICA DA PSICOTERAPIA DE GRUPO:
A técnica utilizada nos grupos é muito variada e depende do setting, dos
objetivos, da duração, da forma como é feito o agrupamento, de o grupo ser
aberto ou fechado e da orientação teórica que é seguida.
INDICAÇÕES PARA PSICOTERAPIA DE GRUPOS:
Ter uma história anterior de ser capaz de se envolver em grupos de forma
positiva;
* Capacidade de se revelar;
* Capacidade de se solidarizar e empatizar com os problemas de outras
pessoas.
CONTRAINDICAÇÕES PARA PSICOTERAPIA DE GRUPO:
Incompatibilidades com as normas do grupo;
* Pacientes que não toleram o setting grupal (fóbicos sociais);
* Incompatibilidade grave com um ou mais membros do grupo;
* Tendência a assumir um papel desviante dos demais membros do grupo;
* Ausência de controle de impulsos agressivos, fortes tendências destrutivas e de
expressar na conduta suas ansiedades (transtorno borderline, histriônico, antisocial);
* Ansiedade, depressão ou sintomas psicóticos graves (bipolar em fase aguda,
esquizofrênicos delirantes, ou com alucinações);
* Dificuldades sérias de empatizar ou de se expor (transtorno da personalidade
esquizotípica, narcísica ou paranóide);
* Incapacidade de estabelecer uma relação honesta, de laços afetivos e de lealdade
para com o grupo (personalidade anti-social).
FORMA DE CONDUÇÃO DAS SESSÕES
- Diretivas: nesta modalidade, é o psicoterapeuta o responsável principal por
descobrir, diagnosticar e tratar os problemas do cliente (que se posiciona
como colaborador ativo do processo); - Não Diretivas: nesta modalidade, o paciente é o responsável pelo desenrolar
do processo. Assim é o paciente quem deve fazer suas próprias descobertas,
seguir o seu próprio caminho, encontrando as soluções que lhe são mais
adequadas.
ABORDAGENS TEÓRICAS - CORDIOLLI
- Psicoterapias Psicodinâmicas (Baseadas na Teoria Psicanalítica);
- Psicoterapia Comportamental;
- Psicoterapia Cognitiva.
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS
a. Psicanálise;
b. Psicoterapia de Orientação Analítica;
c. Psicoterapia de Apoio.