DRGE Flashcards

1
Q

Qual a definição de DRGE?

A

A DRGE só existe quando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago causa alterações clínicas ou endoscópicas.

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Q

Qual é a patogênese da DRGE?

A
  • Relaxamentos transitórios frequentes do Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI), não associados à deglutição, e prolongados (5-35 segundos). Este é o mecanismo mais comum!!
  • Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) com tônus basal muito baixo.
  • Desestruturação anatômica da junção esôfago-gástrica (hérnia de hiato) - é um fator contribuinte, mas não determinante!!
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3
Q

Como se faz o diagnóstico da DRGE?

A

CLÍNICO

OBS: A presença de pirose e regurgitação já fecha o diagnóstico

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4
Q

Quais são os metodos diagnósticos existentes para DRGE?

A
  • Prova Terapêutica:
    • quando associada aos sintomas clássicos, sensibiidade de até 83%
    • IBP, 1xd, por no mínimo 4-8 semanas
  • EDA:
    • Objetivo
      • Afastar cancer
      • Avaliar complicações
    • é indicada quando:
      • Presença de “sinais de alarme”: disfagia; odinofagia; emagrecimento; náuseas e vômitos; anemia; história familiar de câncer gástrico; hematêmese…
      • Idade > 45-55 anos
      • Sintomas refratários ao tratamento;
      • História prolongada de pirose (> 5-10 anos)
  • PHmetria de 24h:
    • Padrão ouro
    • pHmetria com pH < 4 em mais de 7% das medidas = DRGE
    • Limitação: so registra refluxo acido
    • Indicações:
      • Sintomas típicos de refluxo refratários à terapia, com endoscopia normal ou duvidosa (DRGE não erosiva);
      • Sintomas atípicos de refluxo, incluindo sintomas respiratórios otorrinolaringológicos e a dor subesternal, que não responderam a prova terapêutica com IBP por dois a três meses;
      • Confirmação do diagnóstico de DRGE antes da cirurgia antirrefluxo;
      • Reavaliação de pacientes ainda sintomáticos após cirurgia antirrefluxo
  • Esofagomanometria (indicações):
    • DRGE com indicação cirúrgica, para determinar a necessidade de fundoplicatura parcial
    • Suspeita de distúrbios motores esofágicos associados
  • Impedâncio-pHmetria esofágica:
    • Provável novo padrão ouro
    • Cateter que mede a impedância + pHmetria convencional
    • É capaz de identificar os refluxos acidos e não ácidos
  • Teste de Bernstein:
    • Instilação se solução salina + HCl
    • Pct sem refluxo: nao causa sintomas
    • Pct com refluxo: causa sintomas
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5
Q

Quais são as complicações da DRGE?

A
  • Esofagite de refluxo
  • Estenose péptica
    • geralmente nos pcts com esofagite grave, circunferencial.
    • abaixo da estenose geralmente se encontra epitélio colunar (Barrett)
  • Úlcera esofágica
    • manifestações: odinofagia, hemorragia
  • Esôfago de Barrett
    • metaplasia intestinal
    • para o diagnóstico é necessária biópsia + achados característicos na EDA
    • lesão precursora de adenoarcinoma de esofago
  • Sintomas respiratórios
    • faringite
    • laringite: pode evoluir com estenose ou até câncer
    • traqueite
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6
Q

Quais são as medidas antirrefluxo?

A
  • Elevação da cabeceira do leito (15 cm);
  • Moderar a ingestão dos alimentos que particularmente agravem os sintomas tais como: gorduras, citricos, café, bebidas alcoólicas e gasosas, molho de tomate, chocolate, condimentos em excesso, menta, hortelā;
  • Fracionar a dieta;
  • Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições;
  • Evitar roupas e cintos apertados, agachar, e exercícios abdominais (o aumento da pressão intra-abdominal favorece o refluxo);
  • Redução do peso em obesos;
  • Evitar drogas que reduzam o tônus do EEI (anticolinérgicos, beta-agonistas, antagonistas do cálcio, nitrato, derivados da morfina, diazepínicos parbitúricos, teofilina e alendronato);
  • Parar de fumar;
  • Promover o aumento da salivação (com o uso de gomas de mascar, por exemplo) pode ser útil, pois a saliva neutraliza o refluxo ácido, aumentando o clearance ácido esofagiano
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7
Q

Tratamento farmacológico da DRGE?

A
  • IBP:
    • Dose plena por 4-8 semanas
    • Sem resposta total:
      • Repetir tratamento com dose dobrada antes de considerar como insucesso terapeutico
    • Tto de manutenção (sintomáticos quando retiram a droga)
      • IBP na dose mínima eficaz
    • Pcts com esofagite e Barret, o IBP seve ser mantido
  • Antiácidos:
    • São úteis para o alívio imediato
  • Prócinéticos:
    • Podem ser usados como drogas adjuvantes na DRGE
    • Aumentam a pressão do EEI
    • Aumentam a contratilidade esofageana
    • Acelera o esvaziamento gástrico
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8
Q

Quando indicar o tratamento cirúrgico para DRGE?

A
  • Refratário aos IBPs
  • Sintomas recorrentes
    • Pode fazer IBP sob demanda OU
    • IBP contínuo OU
    • Cirurgia
  • Complicações
    • Úlcera esofágica
    • Estenose péptica
  • Associação com hérnia de hiato
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9
Q

Qual a cirurgia de escolha para a DRGE?

A

Fundoplicatura VLP

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10
Q

Quais exames solicitar no pré-op?

A
  • pHmetria de 24h: caso pct nao apresente esofagite ou outra complicação
  • Esofagomanometria: para uma melhor escolha da técnica
  • EDA
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11
Q

Quais as tecnicas cirurgicas disponíveis e suas indicações?

A
  • Fundoplicatura de Nissen (total - 360°)
    • tratamento de escolha
  • Fundoplicaturas parciais (180-270°)
    • Indicadas na presença de dismotilidade esofagiana comprovada por esofagomanometria
    • OBS: Sabiston preconiza que fundoplicatura total pode ser realizada em todos os casos, exceto nos pcts com completa aperistalse esofagiana.
    • Anteriores:
      • Dor - 180°
      • Thal - 90°
    • Posteriores:
      • Toupet-Lind
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12
Q

Qual a complicação intraoperatória mais comum durante a fundoplicatura 360° por VLP?

A

Pneumotórax

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13
Q

Qual o tto da estenose péptica?

A
  • Dilatação pneumática do esôfago distal, em pcts francamente sintomáticos
  • Após dilatação:
    • manter IBP OU
    • Cirurgia antirrefluxo (tto escolha)
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14
Q

Qual o tratamento e seguimento do esôfago de Barrett?

A
  • IBP 1xd
  • Tendo como base o resultado da biópsia:
    • Apenas metaplasia, sem displasia: acompanhar com nova EDA (+ biópsias seriadas) a cada 3-5 anos;
    • Displasia de baixo grau: ablação endoscópica”;
    • Displasia de alto ou adenocarcinoma in situ: ablação endoscópica;
    • Adenocarcinoma invasivo: ressecção cirúrgica com margem + linfadenectomia
    • Se biópsia inconclusiva para displasia, otimizar o tto com IBP e repetir EDA após 3-6 meses
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15
Q

Deve-se tratar H. pylori na DRGE?

A

Não

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