Câncer Gástrico Flashcards

1
Q

Qual tipo histológico mais comum de ca gástrico?

A

ADENOCARCINOMA (95%)

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Q

Quais são os fatores de risco para o ca gástrico?

A
  • Baixo nível econômico
  • Anemia perniciosa
  • História familiar
  • Grupo sanguíneo A
  • Dieta
  • Tabagismo
  • H. pylori
  • EBV
  • Genética
  • Pólipos gástricos
    • adenoma
  • Gastrite atrófica crônica
  • Metaplasia intestinal
  • Gastrite hipertrófica
  • Cirurgia gástrica prévia
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3
Q

Como se estabelece a classificação de Borrmann?

A
  • Borrmann I
    • Carcinoma polipoide (ou “Fungoide”): Esta lesão é bem demarcada com áreas de tecido normal em toda a sua volta. Sobrevida média em cinco anos de 40 % .
  • Borrmann II
    • Carcinoma ulcerado com margens bem demarcadas e nenhuma infiltração: esta lesão, é impossível de ser diferenciada, somente pelo aspecto endoscópico, da úlcera gástrica benigna. Sobrevida média em cinco anos de 35 %
  • Borrmann III
    • Carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas: geralmente, há infiltração da submucosa, muscular própria e serosa. Esta é a apresentação mais comum do câncer gástrico. Sobrevida média em cinco anos de 20 %
  • Borrmann IV
    • Carcinoma infiltrativo difuso. Lesão difícil de ser definida. Ela se estende por todas as camadas do estômago e em todas as direções. A extensão é bem mais significativa do que a apreciada apenas pela inspeção e palpação. Quando há infiltração de todo o estômago, este tipo é chamado de Linitis plastica (linite plástica)
  • Borrmann V
    • Câncer gástrico, cuja definição não se encaixa em nenhuma das descritas acima.
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4
Q

Como se estabelece a classificação Histológica de Lauren?

A

INTESTINAL e DIFUSO

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5
Q

Qual a clínica do ca gástrico?

A
  • Perda ponderal (62%)
  • Epigastralgia (52%)
  • Anemia ferropriva (40%)
  • Nauseas (34%)
  • Anorexia (32%)
  • Disfagia (26%)
  • Melena (20%)
  • Saciedade precoce (17%)
  • Dor semelhante a úlcera péptica (17%)
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6
Q

Quais os sítios de metástase mais comuns no ca gástrico?

A
  • Fígado
  • Pulmão
  • Peritônio (principalmente)
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7
Q

Quais achados no exame físico te falam que o tumor é avançado (metastático)?

A
  • Massa abdominal palpável
  • Ascite
  • Linfodos:
    • Virchow: supraclavicular esquerdo
    • Irish: axilar esquerda
    • Mary-Joseph: implantes umbilicais (peritoneais)
    • Blumer: Fundo de saco (toque retal)
    • Krukenberg: Implante no orvário
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8
Q

Quais são os exames diagnóticos existentes?

A
  • EDA + biópsia
    • acurácia de 98%
    • Solicitar para pcts com > 40 idade OU sinais de alarme
  • Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno (SEED)
    • serve como triagem (pelo baixo custo) e, caso tenha achados suspeitos, indica-se EDA + biópsia
    • Achados que sugerem malignidades:
      • Lesão em massa com ou sem obstrução luminal ou ulceração;
      • Úlcera com pregas irregulares;
      • Úlcera com fundo irregular;
      • Irregularidade de mucosa com perda da distensibilidade;
      • Pregas alargadas;
      • Massa polipoide.
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9
Q

Quais são os exames solicitados para o estadiamento?

A
  • TC de tórax e abd
    • Bom para avaliar meta hepática e pulmonar
    • Falho na detecção de invasão locorregional a acometimento de peritônio
    • Não é melhor metodo para estadiamento T e N
  • ECO-EDA
    • Bom para avaliar invasão locorregional
    • Melhor exame para estadiamento T e N
  • PET-CT
    • Recomendado como estadiamento pré-op em pcts com tumores de alto risco e em pacientes com multiplas comorbidades
    • metade dos ca gastricos não apresentam captação ao PET, ou seja, um exame negativo não significa muita coisa
  • Vídeolaparoscopia
    • Maior sensibilidade que a TC e ECO-EDA para diagnóstico de implantes peritoneais
    • Visualiza melhor pequenas metástases hepáticas.
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10
Q

Classificação T do ca gástrico?

A
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11
Q

Classificação N do ca gástrico?

A
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12
Q

Classificação M do ca gástrico?

A
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13
Q

Estadiamento patológico do ca gástrico?

A
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14
Q

Qual o tratamento indicado nos pacientes com doença NÃO metastática?

A
  • Ressecção do tumor com margens de pelo menos 6 cm + linfadenectomia
  • Tumores proximais:
    • Gastrectomia total + Y de Roux
  • Tumores distais:
    • Gastrectomia radical subtotal (75% do estômago distal + 2 cm do duodeno + omento maior e menor + todo tecido linfático associado) + BII OU Y de Roux
  • Nos tumores T3, T4 ou linfonodo positivo:
    • QT + RT adjuvante
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15
Q

Como realizar linfadenectomia?

A
  • Retirar no mínimo 16 linfonodos
  • Linfadenctomia a DI:
    • estações de 1 a 7
  • Linfadenectomia a DII:
    • estações de 1 a 12b menos 8p
    • Feito no Brasil
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16
Q

Qual o tratamento indicado nos pacientes com doença metastática?

A
  • Gastrectomia parcial paliativa, exceto os com doença hepática ou peritoneal muito volumosa.
  • Gastroenteroanastomose (by-pass gástrico ou derivação gastrojejunal) no intuito de possibilitar uma melhor alimentação do doente.
  • A ressecção do tumor primário melhora a resposta à quimioterapia paliativa, reduz a sintomatologia e o sangramento.
  • QT paliativa
  • Nos pacientes sem condições cirúrgicas, a terapia endoscópica (cauterização, clipagem, etc.) pode controlar o sangramento.
  • RT ajuda a controlar a dor e o sangramento tumoral
  • Jejunostomia pode possibilitar a nutrição do paciente via enteral.
17
Q

O que significa tumor gástrico precoce?

A

Tumores restritos a mucosa e submucosa, independente da presença ou ausência de linfonodos regionais acometidos

18
Q

Qual o tratamento para o câncer gástrico precoce (T1)?

A
  • Gastrectomia + linfadenectomia DII
    • Primeira linha
  • Mucosectomia via EDA
    • T1a (mucosa)
    • Não ulcerado
    • Bem diferenciado
    • < 2 cm
    • Ausência de invasão linfovascular
19
Q

O que são os tumores da TEG?

A

São aqueles que se desenvolvem na região da junção esofago gástrica, podendo apresentar o epicentro no esôfago ou no estômago.

20
Q

Qual a classificação de Siewert para os tumores na TEG?

A
  • Tipo I: tumores cujo o epicentro se localiza no esôfago distal, entre 1-5 cm da JEG.
    • Considera como tumor de esofago
    • Mesmos fatores de risco de TU de esofago
    • Mesmo tratamento de TU de esofago
    • Mesmo estadiamento do ca esofago
  • Tipo II: tumores cujo o epicentro se localiza entre 1 cm proximal da JEG e até 2 cm distal da JEG.
    • Considera como tumor de esofago
      • Mesmos fatores de risco de TU de esofago
      • Mesmo tratamento de TU de esofago
      • Mesmo estadiamento do ca esofago
  • Tipo III: tumores cujo o epicentro se localiza no estômago, entre 2-5 cm da JEG.
    • Considera como TU gastrico
    • Fator de risco igual ca gastrico
    • Estadiamento igual ca gastrico
    • Tratamento igual ca gastrico
21
Q

O que são tumores GIST (Gastrointestinal Stromal Tumor)?

A
  • Sarcoma: origem do mesenquima - tecido conjuntivo
    • Vem das células de Cajal, localizada na muscular própria e considerada o “marca-passo” do tubo digestivo.
  • Maioria originado no estômago (40-60%)
  • Raro antes dos 30 anos
  • Não tem preferencia por sexo
  • Maioria esporadica
  • Não apresentam um comportamento invasivo
    • tendem a empurrar e nao invadir as estruturas adjacentes, podem se tornar muito aderentes
  • Possivel associação com:
    • Tríade de Carney
    • Neurofibromatose tipo I
    • Doença de Von Hippel-Lindau
22
Q

Quais são os marcadores da GIST?

A
  • CD-117
  • Proteina KIT
  • CD 34
  • PDGF
23
Q

Quais as manifestações principais da GIST?

A
  • Sangramento intestinal
  • Dor abd
  • Dispepsia
24
Q

Como fazer diagnóstico da GIST?

A
  • EDA
  • TC ou ECO-EDA para availar a extensão do tumor
25
Q

Qual o estadiamento T da GIST?

A
26
Q

Qual o estadiamento N da GIST?

A
27
Q

Qual o estadiamento M da GIST?

A
28
Q

Quais outras caracteristicas devemos levar em consideração na GIST além do TNM para avaliar uma lesão maligna?

A
  • Elevada frequencia mitotica
    • cinco ou mais mitoes por 50 campos de alta definição
  • Tumores > 5 cm
  • Atipia celular
  • Necrose tumoral
  • Mutações c-KIT
29
Q

Qual o tratamento da GIST?

A
  • Ressecção cirúrgica com margens livres, mesmo que seja necessária a retirada de órgãos adjacentes envolvidos
    • Tto padrão ouro
  • Como as metástases para linfonodos são raras, não há necessidade de linfadenectomia
  • Uso do mesilato de imatinibe (Gleveec)
    • Metastases
    • Lesão irresecável
    • Possibilidade de recorrência
      • Risco moderado a alto no Anatomo
      • Recorência
      • > 3 cm
      • ≥ 5 mitoses/campo
30
Q

Quais as características do Linfoma Gástrico?

A
  • 2° tumor mais frequente do estomago (15%)
  • Mais comuns entre a 6° e 7° décadas de vida
  • mais comuns no sexo masculino (2:1)
  • Dois tipos histológicos mais comuns:
    • Linfoma difuso de grandes células B (55%)
    • MALT (Linfoma de baixo grau de linfócitos B da zona marginal - 40%)
31
Q

Como realizar o estadiamento do Linfoma Gástrico?

A
  • Sempre que possível utilizar o TNM gástrico
  • Sistema mais usado é o Ann Arbor para os linfomas não Hodgkin
32
Q

Qual o tratamento do Linfoma Gástrico?

A
  • A maioria dos pcts é tratada com quimioterapia
    • Esquema CHOP
    • Estadios IIE, IIIE e IVE esquema CHOP ou R-CHOP
  • Cirurgia para:
    • Doença gástrica limitada (IE)
      • laparotomia para melhor estadiamento
      • Gastrectoia total seguida de RT e QT
    • Recorrência
    • Complicações: perfuração, sangramento ou obstrução
  • MALT
    • Erradicação do H. pylori
    • EDA seriada
      • 1° em 2 meses para confirmar regressão
      • depois bianual por 3 anos, para avilar a regressnao e recidiva