DRGE Flashcards
definição e fatores de risco DRGE
◾️ Pirose
(sensação de queimação retroesternal) comumente após refeição
+
◾️ Regurgitação pós-prandial de conteúdo acido ou com resto alimentar
🔵 2X/semana por 4-8 semanas por relaxamentos transitórios frequentes
*sintomas extrafaringeos: podem vir isoladamente mas não podem ser por si só suficientes para diagnostico, devendo ser excluídas outras causas
▸ Rouquidão
▸ Globus faringeo
(psicosomatico também causa)
▸ Tosse crônica
▸ Odinofagia e disfagia
complicações: ulcera esofageana ou estenose
▸ Hipersalivação
▸ Exacerbações de asma com sibilância
▸ Dor toracica
(pode confundir com angina pois pode piorar com estresse, pode acordar mas pode ocorrer apos refeição e sendo aliviada por antiácido)
▸ Náusea
quando sem explicação deve ser considerada
FATORES RISCO ▸- Relaxamentos transitórios EEI: café. BCC. álcool, chocolate ▸- Gestação ▸- Ascite ▸- Hérnia de hiato ▸-obesidade
como se da a classificação e quais as complicações DRGE
Classificação na aparência da mucosa esofago:
🛑 Esofagite erosiva:
com lesão mucosa esofágica +/- sintomas
* conforme grau de Los Angeles ( nao tem correlação com gravidade da sintomatologia)
🛑 DRGE não erosiva:
sem lesão mucosa + sintomas
complicações
🔻1. Esôfago de Barrett (pré-neo)
🔻2. Esofagite de refluxo;
🔻3. Estenose do esôfago (disfagia)
🔻4. Úlcera esofágica (odinofagia)
🔻5. Esofagite eosinofilica
🔻6. Sintomas respiratórios (rouquidão, faringite, exacerbação de asma)
padrão ouro para diagnostico de DRGE e quando indicar
🚨 Resposta com IBP NÃO É DIAGNOSTICO de DRGE !!!!
pHmetria de 24h
(confirma diagnóstico: > 7% medidas pH < 4)
+
impedaciomanometria
(auxilia na escolha da técnica e avalia dist motores)
🛑 Em pacientes c/ sintomas típicos refratários ao tratamento clinico ( > 8 sem)
🛑 Pré-op de cirurgia DRGE:
- muito jovens
- complicações como estenoses, ulcera, CA visualizados após EDA
- refratários
- controle medico insatisfatório
para que serve EDA na DRGE se diagnóstico é clínico ?
EDA normal naõ exclui DRGE e o grau de esofagite nao guarda correlação com sintomas, mas serve para:
🛑▸(1) rastreio de complicações como o BARRET em pacientes com DRGE há pelomenos 5 anos ou ≥ 2 fatores de risco :
🔹- obesidade
🔹- idade > 50 anos
🔹- hernia hiato
🔹- tabagismo
🔹- sexo masculino
🔹- caucasiano
🔹- sintomas noturnos
Afastar câncer na presença de:
🛑▸(2 ) Sinais de alarme (igual da sd dispeptica)
🛑▸(3 ) Idade > 45a.
🛑▸(4 ) Falha ao tratamento clinico com IBP em dose dobrada por 3meses
A SEVERIDADE DOS SINTOMAS /ESOFAGITE NÃO GUARDA RELAÇAÕ COM ACHADOS NA ENDOSCOPIA
medidas não farmacológicas para tratamento DRGE
(1) Controle/perda de peso
(2) Evitar refeições copiosas, alcool e tabagismo
(3) ↑Cabeceira: especialmente se sintomas noturnos ou laringeos
(4) Evitar comer antes de deitar (atrasar 2h)
(5) Suspender alimentos deflagradores como café, chocolate, apimentados, refrigerantes, sildenafil
(6) Evitar líquidos durante refeições, preferir 30min após
Quais os sintomas atípicos extraesofagianos (superiores e inferiores) da DRGE?
(1) Superiores:
faringite, rouquidão, sinusite, asma, Otite media recorrente, sensação de globus, dor toracica, hipersalivacao
(2) Inferiores:
tosse crônica, broncoespasmo e exacerbações de asma, dor toracica
Os pacientes com esses sintomas atípicos frequentemente não terão sintomas típicos de pirose e regurgitação acida o que só nos permite fazer diagnostico de DRGE se estiverem associados aos sintomas clássicos, do contrário SEMPRE EXCLUIR OUTRAS CAUSAS e realizar testes adicionais
▸ Laringoscopia
▸ ECG e TE
▸ RX tórax*
▸ avaliar EDA
(se disfagia, odinofagia, sinais de alarme)
▸ Manometria esofágica
(se suspeita de DRGE + EDA normal + Dor toracica e/ou disfagia)
▸ IBP dose dobrada (80mg dividido em 2 doses) por 3-6 meses após descartada e confirmado DRGE atípicos
tratamento da DRGE
(🟢1) ● !! SEMPRE: medidas antirrefluxo
(🟢2) ● Se esofagite erosiva C e D ou Barret :
▸ IBP de manutenção + vigilância Endoscópica
(EDA após 8sem IBP nas C e D para avaliar melhora)
(🟢3) ● Se sintomas leves (< 2x/sem)
iniciar terapia comportamental e bloqueadores H2 ou antiácidos quando necessário por 4 semanas.
— Se persistir mesmo com aumento dose após 2 sem–
——– iniciar IBP ————–
Aumentar dose SN a cada 4 sem e manter por 8 sem
——- Se obtido controle —-
Stepdown para menor dose de IBP e depois anti-H2
——————–
Se não melhorar com 8 semanas de IBP
——————–
Considerar refratário e dobrar a dose e tratar por 3m
(🟢3) ● Se sintomas moderados > 2x/semana
(Omeprazol 20 mg / Lanso 30 mg / Panto 40 mg)
30min antes do café da manhã 4-8 semanas.
—- Se paciente tiver melhora com IBP padrão por 8 semanas, iniciar manutenção
1) IBP MANUTENÇÃO por 3-6 meses
▸ Omeprazol 20mg 1x/dia
▸ Pantoprazol Mg 20mg 1xdia
▸Esomeprazol 20mg 1x/dia
▸– Se não responder ao tto padrão por 8 sem …… considerar refratário e dobrar a dose (ou fazer 2x/dia) + por até 3 meses (4-12sem)
(🟢4) ● Considerar o paciente refratário ao tratamento DRGE: quando não responde a dose dobrada IBP apos 2 semanas …. encaminhar para especialista
— Se recidiva ≥ 3m após suspensão, reiniciar 8 sem
— Se recidiva < 3 meses após a suspensão:
▸ EDA para descartar complicações + IBP indefinidamente de manutenção em baixas doses
quando iniciar IBP em dose dobrada no tto DRGE
1) esofagites C-D de Los Angeles
2) sem resposta a terapeutica inicial IBP 8 semanas
quais e o que avaliam as classificações endoscópicas de esofagite de refluxo
▸Savary-Miller (I a V, avalia complicações);
▸Los Angeles (A a D, avalia gravidade das lesões).
asma e DRGE
▸ Pantoprazol (40 mg / dia) por 3 meses
resultou na melhora dos sintomas
▸ Lansoprazol (30 mg / 2x / dia) por 6 meses
em pacientes com asma e refluxo gastresofágico diminuem o risco de exacerbação da asma
DRGE em grávidas, como tratar ?
🟢 Sucralfato 1g 2h após refeição OU 🟢 Cimetidina 200-400mg até 4x antes das refeições e ao deitar OU 🟢 Omeprazol/lansoprazol/pantoprazol * evitar os demais
No que consiste o Esôfago de Barrett E SUA CONDUTA INICIAL
⭕️ Metaplasia intestinal por agressão ácida do esôfago.
É UMA LESÃO QUE NÃO REGRIDE e ASSINTOMATICA. A mucosa esofagiana distal apresenta-se com coloração salmão que só levanta a SUSPEITA diante de EDA e que pode complicar para ADENOCARCINOMA INVASIVO, mas o diagnóstico é histológico.
🔵 DIAGNOSTICO/RASTREIO:
🔻 EDA + biopsia (células caliciformes).
🔻 se EDA de paciente sem lesão sugestiva de Barret mas com Los Angeles B, C, D:
tratar por 8-12sem e repetir EDA para reavaliar
Importante o rastreio se
🔹 DRGE há pelo menos 5 anos
🔹≥ 2 Fatores de risco: homem branco, >50 anos, obeso, tabagismo, historia familiar
🟢 CONDUTA
🔻1- DRGE sem displasia :
▸ IBP + EDA 2/2 anos ou 3/3 anos ou antes disso quando mudança dos sintomas
🔻2- DRGE displasia baixo grau:
▸ IBP + EDA 6/6 meses* –> anual
* ou ressecção endoscopica
🔻3- Displasia de Alto Grau:
▸ Esofagectomia distal ou ressecção endoscópica
🔻4- Adenocarcinoma
▸ Esofagectomia
Esofagite de refluxo (Los Angeles)
Classificação de Los Angeles e conduta ?
🔹A - Erosões até 5 mm;
🔸B - Erosões > 5 mm não contínuas;
♦️C - Erosões > 5 mm contínuas envolvendo < 75% da circunferência;
♦️D - Erosões envolvendo > 75% da circunferência.
🚨 Nas lesões C e D, avaliar endoscopicamente após 8 semanas de tratamento para descartar Barret e para avaliar melhora apos terapia
tempo proposto dde IBP na DRGE para controle dos sintomas E QUANDO considerar DRGE refratario
8 semanas
Considerar o paciente refratário ao tratamento DRGE: quando não responde a dose dobrada IBP após a falha da dose padrão por essas 8 semanas apos excluída ma aderência e uso incorreto do IBP
- baclofeno pode ser usado apra regurgitacao
- amitriptilina e citalopram se pirose
- procinetico de gastroparesia associada
antiácidos tem uso na DRGE
apenas nos sintomas leves com < 2x/semana devido seu efeito rápido e de curta duração e especialmente no DRGE em gravidas em que se usa sucralfato