Dispepsia Flashcards

1
Q

Qual caracteristica e a etiologia da sd dispéptica ?

A

🟥 DOR ou desconforto EPIGASTRICO
+/- (acompanhado ou nao de)
AZIA, PLENITUDE, SACIEDADE PRECOCE, NAUSEAS e excessiva ERUCTACAO

🔵 75% dos casos é funcional/ não ulcerosa
🔵 25% são de causas secundarias.
No entanto a definição de dispepsia funcional/não ulcerosa é um diagnóstico de exclusão (excluídas na EDA e nos exames complementares séricos)

CAUSAS SECUNDARIAS
🔺 DRGE
associada a queimação restroesternal,
🔺H.PYLORI
🔺ÚLCERA PEPTICA
Dispepsia com piora à alimentação e que costuma ter dor epigástrica podendo ter também sintomas de plenitude, saciedade, náuseas e vômitos, Semelhante a sintomas de litíase biliar e de dispepsia funcional
🔺CA GÁSTRICO
pacientes > 45 anos com anemia, fadiga, perda de peso, dor epigástrica que pode se tornar progressiva
🔺 GASTROPARESIA
em pacientes DM
🔺DOR BILIAR/COLELITIASE
costuma ter dor em HD ou epigástrio que pode irradiar para ombro D ou costas associada a náuseas e vômitos e que não dura >6h, sendo dor constante e não relacionada a atividade NEM melhora com flatos ou eructações ou alguma posição
🔺 DROGAS como AINES
🔺 MISCELANEA: sarcoidose, amiloidose, linfoma, Chron, mioma subseroso, intolerancia a lactose, pancreatite, parasitoses

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2
Q

Drogas associadas a sintomas de dispepsia

A

●AINE
●BCC
●ALENDRONATO
●FERRO
●ISRS

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3
Q

DEFINIÇÃO de dispepsia funcional

A

dispepsia funcional requer :
🔵1- exclusão de causas orgânicas (após investigação e com EDA normal e exames normais)
🔵2- Um ou mais dos sintomas de dispepsia com duração intermitente ou continua por 3 meses e e surgiu há pelo menos 6 meses antes do diagnostico:
🔻DOR ou SENSAÇÃO QUEIMAÇÃO EPIGASTRICA
🔻 PLENITUDE PÓS PRANDIAL
🔻 SACIEDADE PRECOCE
🔵3) ausência de sintomas DRGE
(PIROSE/QUEIMAÇÃO RESTROESTERNAL e regurgitação NÃO !!!!!! É DRGE!!!)

PODEMOS DIVIDI-LA :
🟥 1- Sd desconforto pós prandial
SACIEDADE AS REFEIÇÕES HABITUAIS ou PLENITUDE PÓS PRANDIAL por no minimo 3x/semana ( pode ou nao vir acompanhada de dor )

🟥2- Sd desconforto epigástrico:
Todos:
🔸a) Dor pos prandial em epigástrio 1x/semana
* pirose pode coexistir mas nao unico sintoma e nao pode se enquadrar em criterios de litiase biliar
🔸b) Em queimação intermitente
🔸c) Sem irradiação
🔸d) Sem alivio com evacuação ou flatos
🔸e) Sem critérios intestino irritável

🚨 DRGE e SII podem coexistir com essa sindrome !

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4
Q

tratamento das dispepsias funcionais ?

A

🔵 Pesquisar e combater H.pylori

🟢 (SD DOR EPIGASTRICA, preferir)
IBP 4-8 semanas 20mg se persistir sintomas ou se confirmado ausência de hpylori. Tendo boa resposta, usamos por 6meses e depois descontinuamos

🟢 SD desconforto pos prandial testamos por 4 semanas procineticos 1h antes das refeições, A SEGUIR OS MAIS ESTUDADOS
🔸Metoclopramida 10mg 3x ao dia
🔸Domperidona 10mg 3x ao dia
🔸 Trimebutina 200mg 2-3X ao dia *especial p/ SII
♦️embora a bromoprida possa ser usada, os trabalhos com bromoprida sao escassos

🔵 Se resposta for inadequada após 8semanas iniciais de IBP ou 4 semanas de procineticos nos pacientes sem causa orgânica identificada e fechando o diagnóstico após confirmação de erradicação ou ausência de hpylori, se ainda persistirem sintomas, o proximo passo são ADT por 8-12semanas ate considerarem efeitos e sendo efetivos, mantidos por 6 meses ate considerar descontinuar
🔸 Amitriptlina 10mg a noite —50mg
🔸 Imipramina/desipramina 25mg a noite –50mg
🔸 Mirtazapina 15mg (faltam estudos prospectivos sobre uso maior que 8semanas)

🔵 se ainda sem resposta com neuromoduladores anteriores:
🔸 avaliar esvaziamento gastrico e EDA com biopsia de duodeno

  • descontinuar IBP a cada 6meses para os que responderam bem
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5
Q

o que se considera como teste terapêutico com IBP ? quando indicar?

A

● IBP 1x/dia 20mg por 6-12 semanas

a) suspeitos DRGE sem indicação EDA
b) dispepsia funcional

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6
Q

sinais de alarme a serem investigados durante queixa de dispepsia

A

ihh o alarmen

❗️ Idade > 45 anos
❗️ História familiar de neoplasia TGI
❗️ Hematêmese/sangramento
❗️ Odinofagia/disfagia
❗️ Anemia (pedir hemograma)
❗️ Linfadenopatia
❗️ Amarelão (icterícia)
❗️ Massa abdominal
❗️ Emagrecimento (> 5% em 6-12m)
❗️ persistencia dos sintomas sem resposta IBP
(biopsiar duodeno tbm para avaliar doença celiaca)

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7
Q

avaliar na sd dispéptica

A

☑️ Historia clínica e características dos sintomas
- excluir DRGE
- medicações, tabagismo, alcool
- descartar colelitiase, miomatose
☑️ Sinais de alarme
☑️ Exames:
- hemograma
- amilase, lipase
- glicemia (gastroparesia DM)
- Ca+ (ulceras pelo hiperparatireoidismo )
- cortisol, ACTH (ulceras pela sd Cushing)
- TGO, TGP
☑️ Exame físico
-usualmente normal, exceto pelo dolorimento em epigástrio que pode as vezes estar ausente
- investigar linfonodos periumbilicais e supraclaviculares = Ca gástrico
- Se abdome tabua = perfuração

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8
Q

Paciente > 45 anos + dispepsia , conduta:

A

🟥 EDA
- Se ausência de ulcera: IBP (dispepsia não ulcerosa)
- Se ulcera: BIÓPSIA gástrica + Pesquisa H.Pylori

  • 7 fragmentos

(PARA DESCARTAR A POSSIBILIDADE DE CANCER !!! E PODER CONFIRMAR QUE A LESÃO É MESMO UMA ÚLCERA PÉPTICA e confirmar a associação desta úlcera com infecção da bactéria )

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9
Q

paciente < 45 anos + dispepsia, conduta:

A

🟥Teste não invasivo de H.pylori para avaliar infecção
- Se H.pylori (+:) erradicar + EDA de controle após 4 semanas do fim tto
- Se H.pylori (-) e ausência de ulcera: IBP (dispepsia não ulcerosa). Se ainda persistir sintomas tentar 2ª linha com ADT e se ainda persistir, procinetico (3ª linha).

🟥 Se sinais de alarme: EDA
ou persistência dos sintomas apesar da terapia indica EDA incluindo biopsia do duodeno para avaliar DII ou celíaca

OBSERVAÇÃO
Se após tratamento H,pylori, mesmo com erradicação confirmada e continuar sintomas, devem tratar com IBP por 8 semanas, se ainda persistir, iniciar ADT e se ainda assim não resolver, partir para procineticos antes das refeições (pois é 3ª linha)

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10
Q

antes da EDA, requisito técnico

A

Suspender IBP 1-2 semana antes do exame (pois pode falsear o teste para h.pylori)

  • podendo ser usado sucralfato para alivio dos sintomas em pacientes muito sintomáticos ou com ulceras e que necessitem repetir EDA mas que pioram ao interromper o IBP:
    ♦️ 01 comprimido mastigavel de 1g ate 3x/dia 1h antes refeicao
    ♦️ 01 flaconete em jejum 1h antes refeição
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11
Q

Exames diagnósticos infecção H. pylori em pacientes com sd dispéptica e confirmatório de erradicação

A

⬛️ 1- INVASIVOS (EDA e biopsia)
🔹) Teste da uréase por biopsia
🔹) Histológico

⬛️ 2- NÃO INVASIVO
🔹)Teste respiratório da urease
4 semanas após ATB
2 semanas após IBP
🔹) Antígeno fecal
🔹) Sorologia IgG

EXAME ESCOLHA PARA CONFIRMAR ERRADICAÇÃO 4-6 SEMANAS APÓS TTO
●a) TESTE RESPIRATORIO COM UREIA (UD; sem indicação EDA)
●b) Teste UREASE por nova EDA (UG/linfoma MALT)

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12
Q

Qual definição e local mais comum de ulcera peptica…

A

solução de continuidade de pelo menos 0,5cm de diametro que acomete a submcuosa no minimo

MAIS COMUNS: Ulcera Duodenal. Não precisa ser biopsiada ao contrário das ulceras gástricas . As duodenais são mais comumente relacionadas a presença de H.pylori

As que perfuram = na parede anterior do duodeno
As que sangram = na parede posterior

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13
Q

Os IBP interferem na ação de qual medicação anti-isquemica ? O que fazer para reduzir interferência ?

A

🔴 Clopidogrel
Administrar IBP na manhã e clopidogrel com intervalo de 12h de diferença

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14
Q

como suspeitar de CA gástrico

A

Dispepsia + sinais de alarme

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15
Q

Se após tratamento H.pylroi o paciente continuar com sintomas, qual seria a conduta?

A

Muitos podem persistir com sintomas após tratamento, sendo NNT 7.

PODE SER POR 2 CAUSAS:
1- não erradicação do H,pylori
2- dispepsia funcional
3- outra causa (dça celiaca ou DII)

Se for confirmada a erradicação, esses pacientes devem tratar com IBP por 8 semanas (pois IBP se mostrarm mais efetivos que placebo para alivio dos sintomas e maior que anti-h2) e se ainda persistir, descontnuar IBP e iniciar ADT 8-12 semanas e se ainda assim não resolver, partir para procineticos por 4 semanas.
🟢 1ª linha : IBP 4-8 sem
🟢 2ª linha: ADT 8-12 semanas ( + 6m se melhorar)
amitriptilina ou desipramina, noturnos com aumentos da dose a cada 2 semanas até dose maxima 50mg
🟢 3ª linha: procineticos 4 semanas ( +repetir por 4 semanas sempre que voltar)

Biopsias de duodeno podem ser usadas posteriormente para avaliar Doença celiaca e doença inflamatória, persistindo sintomas apesar disso alem de avaliação de fonte biliar/pancreatica com }USg ou TC e dai, comprovamos que 75% dos casos tem causa idiopatica

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16
Q

Esquema para combate a h pylori e controle de cura

A

🟢14 dias : jejum e antes jantar
●Claritromicina 500mg 2x/dia
●Amoxacilina 1g 2x/d ou Metronidazol 400-500mg 3x/d
●IBP 12/12h
Omeprazol 20mg
Esomeprazol 40mg
Lansoprazol 30mg
Pantoprazol 40mg

🟢Se alergia a penicilina , por 14dias
● IBP 12/12h +. Metronidazol 400-500mg 8/8h + claritromicina 500mg. 12/12h

🟢Se resistência por 14dias
● IBP 12/12h + metronidazol 400mg 8/8h + tetraciclina 500mg 6/6h + bismuto 240mg 12/12h
● IBP 12/12h + Levofloxacino 500mg 1x/dia + amoxicilina 1g 2x/d

CONTROLE DE CURA
1) Testar H. pylori após 4 semanas do tratamento devido DUP e linfoma MALT por teste urease
(2) Nova EDA após 4 semanas se úlcera gástrica

🟡 Se alucinações visual ou auditiva:
suspender claritromicina

🟠 Considerar biópsia gástrica com cultura após 2 tratamento distingo em que não se obteve erradicação da h pylori

17
Q

Tratamento da ulcera péptica e quando considerar refataria

A

🟢 1- Evitar AINEs, tabagismo (dificulta cicatrização) durante o tratamento

🟢 2- pesquisar H.pylorI
a) se infecção por h.pylori, tratar por 14dias
e depois confirmar erradicação após 4 semanas do termino do tratamento ( erradicação previne recorrência)

🟢 3- IBP (OMEPRAZOL 20mg/ eso 40mg ou pantoprazol 40mg) para todas as ulceras pépticas por 8 semanas total (duodenal) ou 12 semanas no total (gástrica) -considerando as semanas de tratamento do H.pylori se tiver infecção confirmada
● COMPLICADAS (independente etiologia):
(40mg 2x/dia —> 4 semanas–> reduzir para 20mg 2x/dia –> manter por 8sem (duodenal) ou 12sem (gástrica)
● NÃO COMPLICADA
UD: 4-8 semanas IBP 1x/d
UG: 8-12 semanas IBP 1x/d
● NÃO H.PYLORI ou NÃO AINE
Terapia de manutenção cronica 20mg 1x/dia
● Se AINE:
UD: 4-8 semanas IBP
UG: 8-12 semanas IBP

🟧 MANUTENÇÃO INDEFINIDA CRONICA
♦️ ulceras não aines + não H.pylori
♦️ ulceras > 2cm
♦️ pacientes USO cronico AINES e AAS
♦️ ulceras recorrentes (> 2 / ANO_)

☑️ 4- CONFIRMAR ERRADICAÇÃO E/OU CURA ULCERA (QUANDO GASTRICA) após 8-12 semanas de tratamento, as duodenais raramente são malignas, quando
- sintomas persistentes
- ulceras > 2cm
- etiologia incerta/ as “não-não”
- surgem sintomas de sangramento na evolução

⭕️ Considerar REFRATARIO QUANDO após 12 semanas de tratamento quando não houve cicatrização (> 5mm) após ter afastado condições OUTRAS*
(+ 6 meses IBP se UD) IBP 20mg 2x/dia ou 40mg 1x e depois deixar terapia cronica de manutenção

18
Q

condição clinica outra que em 60% dos casos acompanhar quadros de dispepsia funcional

A

Síndrome intestino irritável

19
Q

quais as etiologias da ulceras pepticas e clinica

A

⭕️ 1- H.plylori
(relação com recidivas, dai indicação de erradicar). Inibe a SST causando aumento gástrina e hiperclorodria
⭕️ 2- AINE e AAS
⭕️ 3- gastrinoma - Ulceras 2ª duodeno, DUP , múltiplas ulceras, ulceras não AINES não h.pylori, dosar gastrina- > 1000 e hiperparatireoidismo - cálcio sérico ( múltiplas, sem aines e refratarias)
⭕️ 4- corticoides quando associados a AINEs ou AAS

70% das úlceras pépticas são assintomáticas. quando sintomáticas, na maioria manifesta-se com sangramento digestivo ou
● dor epigástrica ou hipocôndrio que piora com alimentação
● plenitude, saciedade e náuseas, anorexia podem acontecer ou por complicação de estenose pilórica ou duodenal pela ulcera

20
Q

QUANDO considerar ulcera peptica refrataria e conduta

A

paciente com DUP que continua com sintomas persistentes ou recorrentes de dispepsia apos EDA verificar ulcera > 5mm sem cicatrização após 8-12 semanas de tto com IBP e após afastado condições:

● uso de medicações como AINE, tabagismo (este prejudica a cicatrização da ulcera)
● má adesão ao tratamento
● não erradicação do H.pylori
● ZOLLINGER ELLISON
● Neoplasia (confirmar com nova biopsia se características da ulcera for suspeita)

30% podem recorrer quando H.pylori não foi erradicado seja por resistência bacteriana ou por má aderência ao tto . Afastadas essas,

CONDUTA
● IBP dose dobrada por 6meses (40mg 1x/dia ou 20mg 12/12h)
● Realizar EDA de controle com 3 meses
● Manter terapia crônica de manutenção 20mg 1x/d.
● CIRURGIA se não houver melhora apos 6 meses de dose dobrada (e excluídas causas outras)

21
Q

Quando considerar cirurgia nas ulceras pepticas

A

● Ulceras pepticas refratarias que foram submetidas a terapia de manutenção IBP 2x/dia ou 40mg /dia após 24 semanas (6 meses) de tratamento sem evidencia de cura e afastada má aderência ou medicações que prejudicam

● complicações: HEMORRAGIA DIGESTIVA/ PERFURAÇAÕ

Ulcera gástrica
- Ulcerorrafia + IBP –> EDA e biopsia

Ulcera duodenal
- Vagotomia troncular + Antrectomia (céls G)/ piloproplastia

22
Q

qual diferenca de uma ulcera peptica para ulcera peptica perfurada

A

⭕️ ULCERA
- Dor em queimação
- pode despertar a noite sendo incomum pela manhã ao acordar
- relação com alimentação

⭕️ PERFURACAO
- Dor abrupta e intensa e generaliza com sepse
- sem relação com dieta
- pode ter dor hipocôndrio que responde no ombro
- toxemia

23
Q

quais pacientes com ulceras pépticas que se beneficiam de terapia cronica de manutenção com IBP 20mg 1x/dia

A

● ulceras não aines + não H.pylori
● ulceras > 2cm
● pacientes que usam cronicamente AINES e AAS
● ulceras recorrentes (> 2 / ANO_)

24
Q

tipo mais comum de CA gástrico e suas características

A

●CLINICA:
- Assintomático
- Dispepsia + sinal de alarme

⭕️ Adenocarcinoma 90%
- tabagismo
- histórico familiar
- anemia perniciosa/Gastrite cronica autoimune
- ingestão de nitratos e alimentos defumados
- pangastrite atrófica por H.pylori

subtipos
●) INTESTINAL:
estruturas glandulares, bem diferenciado
●) DIFUSO:
cels anel sinete, pouco diferenciado, pior prognostico

CLASSIFICACAO ENDOSCOPICA BORRMANN
● tipo I: Lesão polipoide
● tipo II: Lesão ulcerada bordas nítidas
● tipo III: Lesão ulcera bordas infiltrantes
● tipo IV: Linite plastica/infiltrante

25
Q

H.pylori e ulcera péptica

A

⭕️ Ulcera duodenal em área de metaplasia gástrica por destruição das cels D levando a hipergastrinemia/Hipercloridria

⭕️ Ulcera gástrica
II e III por hipercloridria
I e IV por quebra de barreira

I UG pequena curvatura
II UG + UD
III UG pré-pilorica
IV UG pequena curvatura px a JEG

26
Q

Metaplasia intestinal em biopsia gastrica, qual significado e manejo

A

lesão intermediaria pre cancerosa de ca gastrico que é econtrada em pacientes com dispepsia subemtidos a EDA e biopsia. A recomendaçao é tratar H.pylori para retardar a progressão embora não resolva a alteração histologica ainda que o teste seja negativo e nunca referiu tratar bacteria antes

O risco de evolução é quando pelo menos 1:
● Histórico familiar
● Metaplasia incompleta ou extensa

Metaplasia
🔵Grau 1: metaplasia completa 1-30%
🔵Grau 2: metaplasia incompleta 31-60%
🔵Grau 3 metaplasia incompleta extensa > 60%

conduta:
♦️ Tratar H.pylori
♦️ Se atrofia grau avançado ( grau 2-3) : EDA em 3 anos e a cada 3 anos ( se baixo risco ) ou a cada 1-2 anos se histórico Familiar de neoplasia
♦️ Evitar tabagismo e reduzir álcool

27
Q

Dispepsia persistente

A

🟠 Se paciente ainda persiste com sintomas após uso de IBP por 4-8 semanas avaliar
🔺1- se h pylori foi erradicado (para os que testaram positivo)
🔺2- se confirmada erradicação ou sem infecção após teste inicial pode ser
▪️dispepsia funcional
▪️ causa outra : sii, celíaca

Daí ADT 8-12sem entram na próxima etapa para dispepsia funcional , enquanto que procineticos 4 sem são terceira linha

28
Q

qual definição e clinica de gastrite crônica atrófica

A

Diagnostico histológico em que há inflamação e lesão da mucosa gastrica que causa sintomas dispépticos e tem risco de neoplasia gástrica

🅱️ Tipo B (AMBIENTEL; ANTRO) : atrofia e ulcera secundaria a infeção H.pylori associada a alteração histológica em metaplasia e pode progredir pra def B12. Ocorre atrofia secundária de Cléa parietais é predominantemente em ANTRO

🅰️ TIPO A (AUTOIMUNE; CORPO E FUNDO): atrofia secundaria a processo autoimune contra cels parietais (98%)do estômago ou anti-fator intrínseco (58%) podendo acontecer em associação com anemia perniciosa. Acontece frequentemente em CORPO E FUNDO.

  • achados EDA: eritema, erosões mucosa e ausencia de rugosidades
  • anemia por deficiencia de ferroa na H.pylori ou anemia por deficiencia B12 na perniciosa

Clinca: Sintomas dispépticos, anemia macrocitica

🔵 Tratamento para tipo A (autoimune; corpo e fundo) :
🔹 Reposição diária VO de B12 1000mcg ad eternum

🔵 Para as duas :
🔸 EDA a cada 3-5anos para rastreio de CA estômago

29
Q

metástases linfonodais de CA gástrico ao exame

A

● Linfonodo de Virchow: supraclavicular E
● Irmã-maria-jose: periumbilical
● Linfonodo de Irish: axilar E
● Tumor Krukemberg: Metastase ovariana

30
Q

se gravida com diagnóstico de ulcera péptica…

A

TRATAR com IBP (omeprazol, de preferencia) e programar tratamento para H.pylori (se resultado positivo) apenas para APÓS o parto !

31
Q

quando suspeitar de gastrinoma (Zollinger Ellison)

A

tumor produtor de gastrina (encontrado na parede do duodeno 60% ou pancreático 30% ) que leva a hipersecreçao acida e associado a NEM1
❗️ Dispepsia + ulceras refratarias e pouco usuais , distais a primeira porção do duodeno e múltiplas gástricas
❗️ Diarreia cronica (pelo excesso de acido e gástrica que dificulta absorção adequada de sal e agua no intestino e pelo pH alto que inativa enzimas pancreáticas básicas para absorção de nutrientes)
….. que levam a…..
❗️ perda de peso (secundario a diarreia)
❗️ anemia por def b12
❗️ sangramento (pela hipersecrecao e ulceras)
❗️ estenose ( pela agressão acida e sintomas disfagia)

Diante disso,
⏺️ gastrina serica (> 10x Vn ou 1000pg/mL)
⏺️ pH metria < 2,5
⏺️ teste de secretina EV
- interromper uso de IBP e iniciar anti-H2 48h antes do exame
- se valores inespecificos de gastrina 100-1000pg/mL

se exames confirmarem… localizar o tumor
● TC ou RM
● PTH, Ca, prolactina para rastreio de NEM1

32
Q

manejo de gastrinoma (zollinger Ellison)

A
  • IBP dose dobrada
  • encaminhar pra retirada de gastrinoma
33
Q

Quando é investigar H.pylori

A

🟥 Dispepsia sem sinais de alarme
🟥 Anemia ferropriva refratária
🟥 Púrpura trombocitopenica imune
🟥 Pacientes que farão uso de AAS/ AINE cronicamente
🟥 Após HDA por úlcera peptica

34
Q

Profilaxia de ulcera de estresse

A

para evitar sangramento, não altera mortalidade. Uso em pacientes :
● Ventilação mecânica > 48h
● INR > 2 ou TTPA > 2x ou plaquetas < 50.000
● Queimadura extensa
● TCE
● uso de DAPT/anticoagulacao

  • Omeprazol 01 ampola + diluente EV 1x/dia em jejum
    • nao usar via sonda !!!! risco de obstruir sonda !
  • Ranitidina 150mg/10mL - 01 ampola + aBD EV 12/12h
  • Famotidina VO
35
Q

Diante de gastrite atrófica em resultado de biopsia apos EDA, qual conduta

A

🟥 investigar deficiência de ferro e b12 mesmo na ausência de anemia

🟥 anticorpos anticels parietais e anti- Fator intrínseco em busca da forma autoimune
* obs: anti cels parietais pode positivar se houver infecção por h pylori e tem menor sensibilidade em > 50 anos
🔸- nas forma autoimune rastrear outras doenças autoimunes como tireoidopatias
🔸- acompanhamento com EDA a cada 3-5 anos pelo risco de adenocarcinoma gástrico para ambas as formas
🔸- repor b12 para formas autoimunes

36
Q

As indicações de tratamento de H pylori

A

indicações para tratamento são:
- Ulcera péptica ativa ou prévia, desde que sem história documentada de erradicação no passado
- Dispepsia associada ao H. pylori
- Linfoma gástrico primário de tecido linfoide associado à mucosa (MALT) de baixo grau
- Câncer gástrico precoce ou história de câncer gástrico em parente de primeiro grau
- Forte desejo do paciente
- Presença de gastrite atrófica

Outras indicações (com menor nível de evidência):
- Uso crônico de ácido acetilsalicílico (AAS) ou anti-inflamatórios
- Trombocitopenia imune (PTI)
- Anemia por deficiência de ferro sem etiologia definida após descartadas outras causas