Dor abdominal Flashcards

1
Q

Abordagem da dor abdominal.

A
  1. Avaliar gravidade
  2. Alívio dos sintomas
  3. Excluir gravidez e doença pélvica
  4. Definir se clínico ou cirúrgico.
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2
Q

O que pensar em caso de: dor abdominal + encefalopatia?

A

Se história de exposição (especialmente ocupacional), pensar em intoxicação.

Se história familiar sugestiva ou presença de fatores precipitantes, pensar em quadro metabólico.

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3
Q

Porfiria intermitente aguda.

A

Adulto jovem com sintomas abdominais, de hiperatividade simpática, neurológicos e psiquiátricos.

Devida a deficiência de HMB-sintetase levando ao aumento retrógrado de PBG e ALA, que podem ser dosados na urina para diagnóstico.

Tratamento com soro glicosado hipertônico (10%), geralmente.

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4
Q

Porfiria cutânea tarda.

A

Devida à deficiência de urobilinogênio-descarboxilase.

Doença do vampiro: palidez e procura sangue (anemia), queima no sol (lesões cutâneas desencadeadas por exposição solar), dentes marcantes (as lesões cicatrizam e fibrosamz levando à retração da pele).

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5
Q

Saturnismo.

A

Intoxicação por chumbo.

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6
Q

Fatores que configuram exposição ao chumbo

A

Contato com mineradoras, baterias de automóveis e indústria automobilística em geral, tintas (Portinari), projéteis e destilados clandestinos.

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7
Q

Clínica do saturnismo.

A

Dor/distensão abdominal, anemia, diminuição da libido e disfunção erétil, distúrbios neurológicos e psiquiátricos, linha gengival de Burton (roxa).

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8
Q

Diagnóstico de saturnismo.

A

Dosagem do chumbo sérico.

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9
Q

Tratamento do saturnismo.

A

Interrupção da exposição e uso de agentes quelantes do chumbo: dimercaprol, DMSA, EDTA

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10
Q

Agente etiológico da febre tifoide.

A

Salmonella enterica sorotipo Typhi.

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11
Q

Fatores de risco para febre tifoide.

A

Falta de saneamento e higiene (pois a transmissão é fecal-oral); hipocloridria (pois a bactéria não morre no estômago).

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12
Q

Clínica da febre tifoide.

A
  1. febre + sinal de Faget + dor abdominal
  2. roséolas tifoídicas, torpor
  3. melhora. Às vezes cursa com hepatoesplenomegalia e, raramente, com complicações (hemorragia digestiva, que é a mais comum, e perfuração ileal, que é a mais grave)
  4. Menos de 5% evoluem para portador crônico (na vesícula). O risco é maior em mulheres adultas com doença biliar.
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13
Q

Complicação mais comum da febre tifoide.

A

Hemorragia digestiva.

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14
Q

Complicação mais grave da febre tifoide.

A

Perfuração ileal.

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15
Q

Diagnóstico da febre tifoide.

A

Por meio de cultura do sangue, das fezes ou da medula, que é a mais sensível e permanece positiva até 5-6 dias de uso de antibiótico.

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16
Q

Tratamento agudo da febre tifoide.

A

Cloranfenicol 14 a 21 dias é a droga de escolha segundo MS.
Cefalosporina de terceira geração por 10 a 14 dias ou
Ciprofloxacino por 7 a 10 dias.

Dexametasona em casos graves para evitar complicações.

Existe vacina!!!

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17
Q

Tratamento do portador crônico da febre tifoide.

A

Ciprofloxacino por 4 semanas. Se não resolver, colecistectomia.

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18
Q

Dor no abdome superior que irradia para o dorso, com vômitos importantes.

A

Pancreatite aguda.

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19
Q

Dor contínua > 6 horas no hipocôndrio direito, com irradiação escapular, após alimentação gordurosa.

A

Colecistite.

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20
Q

Dor abdominal súbita, difusa, grande intensidade, com defesa e rebote.

A

Perfuração.

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21
Q

Dor subesternal, em queimação, que melhora com alimentação ou antiácidos.

A

Úlcera duodenal.

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22
Q

Dor súbita, mesogástrica + massa pulsátil + hipotensão.

A

Rotura de aneurisma da aorta abdominal.

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23
Q

Dornperiumbilical que localiza na fossa ilíaca direita.

A

Apendicite aguda.

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24
Q

Dor abdominal no hipocôndrio direito, febre com calafrios e icterícia.

A

Colangite.

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25
Q

Dor abdominal difusa desproporcional ao exame físico + acidose metabólica + fibrilação atrial.

A

Isquemia mesentérica.

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26
Q

Dor periumbilical que localiza já fossa ilíaca esquerda.

A

Diverticulite.

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27
Q

Dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo.

A

Início da obstrução.

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28
Q

Sinal de Bloomberg.

A

Descompressão súbita dolorosa no ponto de McBurney (apendicite aguda).

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29
Q

Sinal de Rovsing.

A

Compressão em FIE e dor em FID ( apendicite aguda).

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30
Q

Sinal de Dunphy.

A

Dor em FID que piora com a tosse (apendicite aguda).

31
Q

Sinal de Lenander.

A

Temperatura retal maior que a temperatura axilar em pelo menos 1°C (apendicite aguda).

32
Q

Diagnóstico da apendicite aguda.

A
  • Alta probabilidade (homem, história clássica): clínico;
  • Probabilidade intermediária (criança, idoso, mulher): imagem;
  • Complicação? (massa palpável ou mais de 48h de evolução): imagem.

Criança ou gestante: USG. Se inconclusiva, fazer RM na gestante
Homem ou não gestante: tomografia.

33
Q

Sinais de apendicite na USG.

A

≥ 7 mm, espessamento, aumento da vascularização ao Doppler.

34
Q

Sinais de apendicite na TC.

A

≥7 mm, espessamento, borramento da gordura perpendicular, abscesso, apendicolito…

35
Q

Tratamento da apendicite.

A
  • Simples e precoce (<48h): apendicectomia + ATB profilático.
  • Complicada ou tardia: primeiro fazer imagem.
    . Não complicada: tratar como apendicite simples.
    . Fleimão (espessamento de peritônio, “pré-abscesso): ATB + colono em 4-6 sem + avaliar apendicectomia tardia.
    . Abscesso: drenagem + ATB + colono em 4-6 sem + avaliar apendicectomia tardia.
    . Peritonite difusa: cirurgia de urgência + ATB.
36
Q

Diagnósticos diferenciais de apendicite aguda.

A

Linfadenite mesentérica; diverticulite de Meckel; apendagite (isquemia do apêndice epiploico).

37
Q

O divertículo da doença diverticular é verdadeiro ou falso?

A

É falso, pois constitui-se apenas de mucosa e submucosa, nós locais de entrada das artérias retas.

38
Q

Diagnóstico da doença diverticular.

A

Colonoscopia ou clister opaco.

39
Q

Local mais comum de ocorrer doença diverticular.

A

Sigmoide.

40
Q

Fisiopatologia da diverticulite aguda.

A

Começa com uma obstrução do divertículo, o qual possui apenas mucosa e submucosa. Sendo assim, rapidamente evolui com microperfurações, que levam à formação de um abscesso pericólico.

41
Q

Diagnóstico da diverticulite.

A

Tomografia.

Evitar colono e enema na vigência de diverticulite, devido ao risco de perfuração

Fazer colonoscopia após 4-6 semanas para afastar câncer colorretal.

42
Q

Classificação de Hinchey.

A

Diverticulite aguda.

I. Abscesso pericólico
  Ia. Fleimão
  Ib. Abscesso pericólico
II. Abscesso pélvico
III. Peritonite purulenta
IV. Peritonite fecal
43
Q

Tratamento da diverticulite aguda.

A

Presença de complicação (abscesso ≥ 4 cm, peritonite, obstrução)?

Não.
• Sintomas mínimos: dieta líquida, ATB VO, tratamento ambulatorial
• Sintomas exuberantes: dieta zero, ATB IV, tratamento hospitalar

Sim.
• Abscesso ≥ 4 cm: drenagem, ATB, colono em 4-6 semanas e cirurgia eletiva
• Peritonite ou obstrução: ATB, cirurgia de urgência (Hartmann)

44
Q

Indicações de cirurgia na diverticulite não complicada.

A

Imunodeprimidos, incapaz de excluir câncer, presença de fístula (mais comum é para a bexiga).

Ressecção com anastomose primária.

45
Q

Sigmoidectomia a Hartmann.

A

Sigmoidectomia + colostomia + fechamento do coto retal

46
Q

Causas de isquemia mesentérica aguda.

A
  1. Embolia (cardiopatia emboligênica)
  2. Vasoconstrição (isquemia não oclusiva: choque, vasoconstritor, cocaína)
  3. Trombose arterial (doença arterial obstrutiva periférica)
  4. Trombose venosa (hipercoagulabilidade)
47
Q

Clínica da isquemia mesentérica aguda.

A
  • Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico (não tem necrose, então não geral irritação peritoneal)
  • Metabolismo anaeróbico: acidose metabólica, taquipneia
  • Irritação peritoneal: achado tardio, quando ocorre necrose.
48
Q

Padrão ouro no diagnóstico de isquemia mesentérica aguda.

A

Angiografia mesentérica seletiva.

49
Q

Exame mais utilizado no diagnóstico de isquemia mesentérica aguda.

A

Angiotomografia.

50
Q

Tratamento da isquemia mesentérica aguda por embolia ou trombose.

A
  • Heparinização: para evitar a progressão da isquemia.
  • Laparotomia: embolectomia/trombectomia + avaliar viabilidade da alça.
  • Papaverina pós-op: evitar vasoespasmo
51
Q

Tratamento da isquemia mesentérica aguda por vasoconstrição.

A
  • Papaverina intra-arterial, para restabelecer a vascularização.
  • Cirurgia: se refratário ou irritação peritoneal.
52
Q

Causa da isquemia mesentérica crônica.

A

Aterosclerose.

53
Q

Clínica da isquemia mesentérica crônica.

A
  • Angina mesentérica (dor após alimentação)
  • Emagrecimento (não come para não doer)
  • Doença aterosclerótica em outros locais
54
Q

Diagnóstico da isquemia mesentérica crônica.

A

Angiografia mesentérica.

55
Q

Tratamento da isquemia mesentérica crônica.

A
  • Jovens: revascularização

* Stents: idoso ou comorbidades (quando pcte não tolera a cirurgia)

56
Q

Isquemia intestinal mais comum.

A

Colite isquêmica.

57
Q

Clínica da colite isquêmica.

A

Idoso com hipoperfusão apresentando:

dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão.

58
Q

Diagnóstico da colite isquêmica.

A

Retossigmoidoscopia: mucosa inflamada

Clister opaco: impressões digitais (thumbprinting)

59
Q

Impressões digitais no clister opaco.

A

Colite isquêmica.

60
Q

Tratamento da colite isquêmica.

A

De suporte: corrigir hipoperfusão.

Cirurgia: colectomia parcial ou total
Se: peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratária.

61
Q

Pensar em colite isquêmica na prova.

A
  • Paciente idoso com condição clínica grave

* Paciente que fez cirurgia para aneurisma de aorta abdominal

62
Q

Diagnóstico de pancreatite aguda.

A

Pelo menos 2 dos 3 critérios:

  • Clínica: dor abdominal em barra, que irradia para dorso, náuseas e vômitos;
  • Laboratório: amilase e lipase > 3x o normal;
  • Imagem: tomografia e USG (colelitíase).
63
Q

Qual das enzimas é mais específica para pancreatite?

A

Lipase.

64
Q

Como é a curva das enzimas na pancreatite aguda?

A

Elevam-se de 2 a 12 horas do início e têm um platô de 2-3 dias. Amilase volta ao normal primeiro.

Não guardam relação com o prognóstico

65
Q

Quando a pancreatite é considerada grave?

A
  • Ranson ≥ 3
  • Apache ≥ 8
  • PCR > 150 mg/mL após 48h
66
Q

Revisão dos critérios de Atlanta.

A

Pancreatite.

  • Leve: sem complicações ou falência orgânica.
  • Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local isolada.
  • Grave: falência orgânica persistente (> 48 horas).
67
Q

Tratamento da pancreatite aguda leve

A

De suporte.

Dieta zero, analgesia, hidratação venosa, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base.

Colecistectomia antes da alta.

68
Q

Tratamento da pancreatite aguda moderadamente grave ou grave.

A

Deve ser feito na UTI, com reanimação volêmica mantendo diurese de pelo menos 0,5 mL/kg/h; analgesia, suporte nutricional (avaliar sonda nasoénterica ou NPT).

NÃO fazer ATB fica de regra.
CPRE se colangite ou icterícia progressiva.

Colecistectomia após 6 semanas.

69
Q

Complicações da pancreatite aguda.

A
  • Coleção fluida aguda;
  • Necrose pancreática;
  • Pseudocisto pancreático (após 4-6 semanas mantendo amilase e lipase elevadas).
70
Q

Tratamento de coleção fluida aguda.

A

Complicação de pancreatite aguda.

Conduta expectante. Se infectada, punção e atb.

71
Q

Tratamento de necrose pancreática.

A

Se estéril: conduta expectante.

Se infectada: punção, necrosectomia e atb (imipenem).

72
Q

Tratamento de pseudocisto pancreático.

A

Somente se sintomático ou complicação. Feito com EDA.

73
Q

Colecistectomia na pancreatite aguda biliar.

A

Se pancreatite leve, antes da alta.

Se pancreatite grave, após 6 semanas.