Doenças Cirúrgicas do RN e Criança Flashcards
Cite as ❺ particularidades da cirurgia pediátrica
➭ Doenças Congênitas x Adquiridas
➭ Possibilidade de resolução espontânea
➭ Risco de complicações a longo prazo
➭ Prejuízo estético
➭ Assistência e informações aos familiares
Anomalias Umbilicais
Malformações umbilicais importantes associam-se à:
a) Comunicação anormal com o peritônio
b) Comunicação anormal com o estômago
c) Comunicação anormal com o TGU
d) Comunicação anormal com o TGI ou com a Bexiga
Letra D
Comunicação anormal com o TGI ou com a Bexiga
Malformações Umbilicais
Quando suspeitar? ④
➯ Quando o cordão umbilical não cair espontaneamente
➯ Prolapso de mucosa
➯ Tecido de granulação na base do umbigo
➯ Drenagem de urina ou fezes pelo umbigo
Malformações Umbilicais
Por onde ocorre a comunicação do TGI com o umbigo?
Ducto onfalomesentérico patente
Malformações Umbilicais
Quando o ducto onfalomesentérico patente não está conectado à parede abdominal, é conhecido como:
Divertículo de Meckel
Malformações Umbilicais
Quando a comunicação do ducto onfalomesentérico está aberta (ducto patente) quais as repercussões para o RN ?
Saída de fezes pelo umbigo
Malformações Umbilicais
Ponto fixo inicial para a formação de volvo e obstrução intestinal no RN
Formação de cordão fibroso
Ducto não patente entre íleo e umbigo
Malformações Umbilicais
Presença de ducto patente : conduta
Exploração umbilical e ligadura do ducto ao íleo
Ressecção em direção descendente até face contramesentérica do íleo
Malformações Umbilicais
Por onde ocorre a comunicação da bexiga urinária com o umbigo?
Úraco patente
Malformações Umbilicais
Como é feito o diagnóstico de úraco patente?
Ultrassonografia da parede abdominal infraumbilical
Malformações Umbilicais
Quando indicar a USG de parede abdominal infraumbilical ?
➭ Drenagem de líquido sugestivo de urina
➭ Prolapso de mucosa ou tecido de granulação após queda do coto umbilical
Malformações Umbilicais
Tratamento do úraco patente
Exploração umbilical com ligadura do úraco à cúpula da bexiga
Dissecção do úraco para baixo até cúpula da bexiga
Malformações Umbilicais
Porque o tratamento do sinus (comunicação não-patente) umbilical está indicado?
➭ Probabilidade de infecção
➭ Urotélio anormal
➭ Drenagem de muco pelo umbigo
Malformações Umbilicais
Cisto / abscesso de úraco: conduta
Drenagem percutânea ou aberta ➟ ressecção do úraco
Alteração de diferenciação sexual mais comum na infância
Criptorquidia
Distopia testicular - Ocorre em cerca de 2% dos meninos
Consequências da Criptorquidia ❷
➯ Degeneração dos testículos + Infertilidade
➯ Aumento do risco de tumores de células germinativas
Criptorquidia
Como diferenciar do Testículo Retrátil?
Testículos Retráteis:
➮ Chegam ao escroto a partir do canal inguinal com manobras manuais
➮ Descida testicular espontânea com o tempo
➮ Não necessita terapia específica
Criptorquidia
Quando indicar a orquidopexia?
Palpação de gônada unilateral no canal inguinal ➕ Impossibilidade de levá-la até a bolsa testicular.
Criptorquidia
Idade ideal para orquidopexia
Precoce: aos 6 meses de vida
Permite desenvolvomento normal das células germinativas após o nascimento
Criptorquidia
Técnica cirúrgica : acesso para orquidopexia
Inguinotomia
Em cerca de 90% existe uma Hérnia Inguinal associada - corrigida no mesmo tempo.
Onde os testículos são suturados para correção de Criptorquidia?
Na fáscia muscular
Criptorquidia
Indicação da Técnica de Fowler-Stephens
Impossibilidade de descer o testículo para a bolsa
LIigadura dos Vasos do Cordão ➠ Desenvolvimento de Circulação Colateral ➠ 2º tempo: Reposicionamento do testículo no escroto
Criptorquidia
Exames Complementares e Conduta
US ou RNM
⇩
Laparoscopia + Orquidopexia ou Orquiectomia
Criptorquidia
Surgimento após a puberdade: Conduta
Orquiectomia
Evitar neoplasia
Criptorquidia - Incidência
➭ 5% ao nascimento
➭ 1% aos 3 meses
Criptorquidia é uma patologia mais frequentemente encontrada em:
a) Neonatos a termo
b) Ao nascimento
c) Aos 3 meses de idade
d) Prematuros
Letra D
Prematuros
A descida dos testículos depende de quais fatores?
➭ Estímulo hormonal - Testosterona
➭ Gubernáculo íntegro
Criptorquidia
Tratamento para testículo retido - palpável no canal inguinal
Cirurgia eletiva após 1 ano
Criptorquidia
Tratamento para testículo ectópico - fora do trajeto anatômico
Cirurgia eletiva no diagnóstico
Criptorquidia
Tratamento para testículo retrátil
Não necessita terapia específica
Descida testicular espontânea com o tempo
Criptorquidia
Tratamento para casos em que ambos os testículos não são palpáveis na bolsa escrotal
Exploração:
⇨ Laparoscopia - melhor método
⇨ Cintilografia, US, TC
Criptorquidia
Quando operar?
Entre 1 a 2 anos de vida
➯ > 1 ano : para aguardar descida espontânea
➯ < 2 anos : para preservar fertilidade
Testículo intra-abdominal - Tratamento na presença de uma artéria testicular muito curta:
a) Cirurgia imediata
b) Cirurgia em 1 ano
c) Fowlen-Stephens
d) Second-Look
Técnica de Fowlen-Stephens
Ligadura da artéria testicular para desenvolvimento de circulação colateral
Anomalia do trato geniturinário mais comum no US pré-natal
Hidronefrose
A maioria dos casos de Hidronefrose evolui de que forma?
a) Insuficiência renal aguda
b) Insuficiência renal crônica
c) Resolução espontânea
d) Resolução pós-terapêutica
Letra C
Resolução Espontânea
50-80% (fisiológica)
Principais causas patológicas de hidronefrose
➭ Patologias císticas
➭ Patologias obstrutivas
➭ Refluxo vesico-ureteral
Quais são os sinais, à USG pré-natal, que apontam para a presença de hidronefrose?
Oligoidrâmnio
Redução na produção da urina fetal
Patologia obstrutiva bilateral ou infravesical
Agenesia renal bilateral
Quais as ❽ causas de Hidronefrose pré-natal ?
➭ Hidronefrose transitória
➭ Obstrução da JUP
➭ Megaureter
➭ Refluxo vesicoureteral
➭ Válvula de uretra posterior (atresia uretral)
➭ Ureterocele
➭ Ureter ectópico
➭ Duplicidade ureteral
Hidronefrose
Avaliação inicial no pós-parto e conduta
Palpação abdominal ➩ Massa renal palável?
⇩
Sim ⇨ Cística / Uni ou Bilateral?
⇩
Bilateral ⇨ Creatinina após 48h vida + US após 72h vida
Bexigoma? ⇨ SVD imediata
Hidronefrose
Ultrasson de 72h - sinais que sugerem diagnóstico de hidronefrose com estenose de JUP
Dilatação pielocalinicial sem dilatação ureteral + bexiga normal
Hidronefrose
Ultrasson de 72h - sinais que sugerem diagnóstico de hidronefrose com patologia do Trato Urinário Baixo
Ex: RVU, VUP
Hidronefrose + Dilatação ureteral
Hidronefrose
Quais as ❹ indicações para Uretrocistografia miccional?
➯ Confirmar obstrução infravesical
➯ Avaliar refluxo vesico-ureteral de forma dinâmica
➯ Hidronefrose graus III e IV com dilatação
➯ Graduação do refluxo
Hidronefrose
Função da Cintilografia Renal ❸
➠ Função renal diferencial
➠ Presença de cicatrizes
➠ Função renal global
Conceitue Refluxo Vesicoureteral
Refluxo retrógrado de urina da bexiga para o trato urinário superior
Sinal de dano renal na presença de RVU
Cicatrizes pielonefríticas
RVU em crianças com ITU é _________ (mais/menos) incidente em comparação a crianças assintomáticas.
MAIS INCIDENTE
Características do RVU primário ❺
➭ Congênito
➭ Genético
➭ Não associado com doença neuromuscular
➭ Não associado a obstrução de vias urinárias baixas
➭ Comprimento curto do ureter intravesical
Cite as ❸ causas de RVU secundário
➯ Obstrução uretral
➯ Disfunção neuromuscular (bexiga neurogênica)
➯ Disfunção vesical
RVU grau 1
Refluxo somente para o ureter
RVU grau 2
Refluxo até o rim, sem causar dilatação renal ou ureteral
RVU grau 3
Refluxo até o rim, causando dilatação do ureter e da pelve renal
RVU grau 4
Refluxo até o rim com dilatação importante da pelve e ureter
RVU grau 5
Refluxo até o rim com dilatação acentuada e tortuosidade do ureter
Complicações do RVU
➭ Nefropatia do refluxo
Perda de função renal, formação de cicatrizes, HAS, IRC
Quando o trajeto intravesiacal do ureter e a obluquidade se acentuam com o enchimento da bexiga, dizemos que existe um mecanismo antirrefluxo:
a) Ativo
b) Passivo
c) Ativo ➮ Passivo
d) Passivo ➮ Ativo
Letra B
Passivo
Quando o ureter é móvel dentro da bainha ureteral de Waldeyer e o trígono vesical se contrai, causando enchimento da bexiga, dizemos que existe um mecanismo antirrefluxo:
a) Ativo
b) Passivo
c) Ativo ➮ Passivo
d) Passivo ➮ Ativo
Letra A
Ativo
Refluxo vesicoureteral
Quais manifestações levam à suspeita clínica de refluxo?
⚠ USG pré-natal evidenciando hidronefrose
⚠ ITU de repetição nos primeiros anos de vida
Toda criança com ITU de repetição, na suspeita de RVU, deve ser submetida ao exame:
a) TC de abdome
b) EAS
c) Ultrassonografia
d) Raio X de abdome
Letra C
Ultrassonografia
RVU
Quais as indicações para a realização de cintilografia?
☢ Após diagnóstico de RVU
☢ Avaliar função renal e cicatrizes
Qual o principal objetivo do tratamento conservador para RVU?
Imperdir ITU febril
Como se realiza o tratamento conservador de RVU?
➯ Antibiótico profilático até os 5 anos
➯ Fisioterapia em casps de disfunção vesicoesfincteriana
➯ Circuncisão na primeira infância
➯ Acompanhamento com exames de imagem
80% dos RVU leves tem resolução espontânea
Megaureter primário: conceito
Dilatação do ureter > 7 mm, associada ou não a dilatação pielocalicial
Classificações do Megaureter
Refluxivo
Obstrutivo
Obstrutivo + Refluxivo
Não Obstrutivo + Não Refluxivo
Megaureter primário refluxivo: causa
Porção curta do ureter intramural ⇨ Incopetência da Junção Vesicoureteral ⇨ Refluxo
Megaureter primário refluxivo: Exame de Imagem e Achados
Ultrassonografia
Dilatação fusiforme do terço distal do ureter
Grau varável de dilatação do rimassociado
Megaureter primário refluxivo: Tratamento Conservador
➭ Antibioticoterapia
➭ Exames periódicos
40% resolução espontânea até 2 anos de idade
Megaureter primário refluxivo: Tratamento Cirúrgico - indicações ❸
➭ Ureter > 10 mm
➭ RVU graus IV e V
➭ ITU de repetição
Megaureter primário obstrutivo: conceito
Segmento adinâmico (0,5 a 4 cm) do ureter distal, impedindo a progressão do fluxo urinário normal.
Alteração muscular / Deposição de colágeno
Megaureter primário obstrutivo: condições para tratamento conservador ❸
➯ Criança assintomática
➯ Ureterohidronefrose estável
➯ Ausência de perda de função renal
Megaureter primário obstrutivo: Indicações para Tratamento Cirúrgico ❸
➯ Criança assintomática / sintomática
➯ Piora da ureterohidronefrose
➯ Perda de função renal
Megaureter Obstrutivo e Refluxivo: Causa
Malformação da porção distal do ureter ⇨ aperistalse ⇨ obstrução
⇩
Porção intravesical curta ⇨ refluxo
Megaureter Obstrutivo e Refluxivo: Tratamento
Cirurgia
Remoção do segmento ureteral obstrutivo
⇩
Redução do calibre da porção dilatada
⇩
Reimplante ureteral - Técnica antirrefluxo
Megaureter Obstrutivo e Refluxivo: complicações cirúrgicas mais frequentes ❷
➭ Refluxo persistente
➭ Obstrução ureteral
Causa mais comum de obstrução baixa em meninos
Válvula de Uretra Posterior
VUP: achados a USG
➭ Uropatia obstrutiva
➭ Bilateral
➭ Bexiga espessada e sempre cheia
➭ Oligohidrâmnio
VUP: tipo mais comum
Congênito
Existência de pequenas pregas na porção posterior da uretra
VUP: consequências ❸
➭ Obstáculo para passagem da urina ⇨ Maior força de contração ⇨ Espessamento da parede vesical
➭ Aumento na pressão da bexiga ⇨ RVU e disfunção vesical
➭ Displasia renal e RVU
Divertículo de Meckel : Complicações ❷
➭ Hemorradia digetiva baixa
➭ Volvo ao redor do cordão fibroso
Divertículo de Meckel: Diagnóstico
Presença de Hemorragia Digestiva ⇨ Cintilografia Intraoperatória
Divertículo de Meckel: Tratamento
Cirurgia para todos os casos sintomáticos
Hérnia Umbilical: Causa
Falha do fechamento da parede abdominal
Características da Hérnia Umbilical ❹
➮ Raça Negra
➮ Baixo risco de encarceramento
➮ Geralmente assintomáticas
➮ Tende a se fechar sozinha com o tempo
Hérnia Umbilical
Diagnósticos diferenciais ❷
① Persistência do ducto onfalomesentérico
② Remanescentes do úraco
Hérnia Umbilical
Tratamento para hérnias < 2 cm
Cirurgia após os 5 anos de idade
Possibilidade de fechamento espontâneo
Hérnia Umbilical
Tratamento para hérnias > 2 cm ou progressão para aumento do defeito
Cirurgia precoce - após 1 ano de idade
Hérnia Umbilical
Tratamento para hérnias encarceradas
Cirurgia de urgência
Malformação mais precoce na embriologia relacionada a quadro de maior gravidade:
a) Gastrosquise
b) Persistência do conduto peritônio-vaginal
c) Onfalocele
d) Atresia de esôfago
Letra C
Onfalocele
Onfalocele
Cite as ❷ principais características
➯ Recoberto por âmnio e peritônio
➯ Cordão umbilical em ápice
Onfalocele
Cite as ❷ principais doenças associadas
➮ Cardiopatias
➮ Cromossomopatias
Onfalocele
Íleo pós operatório possui ____________(longa/curta) duração
Curta
Onfalocele
Qual fator dificulta o fechamento cirúrgico dessa malformação?
Defeitos maiores que 4 cm
Onfalocele
Tratamento cirúrgico
➮ Fechamento primário (melhor opção)
➮ Fechamento com tela + redução gradual
➮ Solução esclerosante
Tipo de malformação relacionada com prematuridade, com melhor prognóstico e menor defeito anatômico:
a) Onfalocele
b) Gastrosquise
c) Válvula de uretra posterior
d) Hérnia umbilical
Letra B
Gastrosquise
Defeito paraumbilical à direita + alças diretamente expostas (sem membrana), geralmente isolado de outras malformações. Estamos falando de:
a) Onfalocele
b) VUP
c) RGE
d) Gastrosquise
Letra D
Gastrosquise
Gastrosquise
Íleo pós operatório possui ____________(longa/curta) duração
Longa
Gastrosquise
Tratamento cirúrgico
➯ Fechamento primário (melhor)
➯ Silo de silicone (2ª opção)
Persistência do conduto peritônio-vaginal levando ao acúmulo de líquido intraescrotal. Estamos falando de:
a) Hérnia inguinal
b) Hidrocele
c) Criptorquidia
d) Hidronefrose
Letra B
Hidrocele
Tratamento da Hidrocele Comunicante
Cirurgia eletiva
Tratamento da Hidrocele Não-Comunicante
Aguardar até 10º mês de vida
Hidrocele
Tratamento na presença de Cisto de Cordão
Cirurgia ou punção eletiva
Torção de Testículo: Sinais e Sintomas ❸
Dor intensa e súbita
Perda de reflexo cremastérico
Sinal de Prehn negativo
Sinal de Prehn
Melhora da dor testicular com a elevação dos tesículos
Sugere Orquiepididimite
Diagnóstico Diferencial para Torção de Testículo ❸
Orquiepididimite
Torção das hidátides de Morgani
Torção de apêndice testicular