Doenca Pulmonar Intersticial Flashcards

1
Q

Fibrose pulmonar idiopática: conceito, clínica e exame físico

A

• Doença pulmonar crônica que acomete o interstício causando fibrose progressiva dos pulmões
• Idade maior de 40 anos (principalmente 60 anos);
• Sem acometimento de outros órgãos;
• Sem causa conhecida;
• FR mais comum: tabagismo

• CLÍNICA: Dispneia progressiva sem variabilidade; Tosse persistente e seca.
• EXAME FÍSICO: Taquipneia, dessaturação, estertores finos bibasais, baqueteamento digital

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2
Q

Fibrose pulmonar idiopática: padrão tomográfico

A

Padrão tomográfico: PIU (pneumonia intersticial usual)

• PIU (definitivo);
• PIU provável;
• Indeterminado para PIU;
• Diagnóstico alternativo a FPI;
• Ausência de achados intersticiais.

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3
Q

Fibrose pulmonar idiopática: PIU definitivo

A

• presença de Infiltrado reticular, Bronquiolectasias e bronquiectasias de tração e Faveolamento.

• Faveolamento com predomínio basal e subpleural e de distribuição heterogênea;

• Ausência de achados que sugerem diagnóstico alternativo.

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4
Q

Fibrose pulmonar idiopática: PIU provável

A

Semelhante ao PIU definitivo, mas não tem um Faveolamento muito pronunciado

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5
Q

Fibrose pulmonar idiopática: indeterminado para PIU

A

• presença de Infiltrado reticular SÚTIL,

Não vê bronquiolectasias e bronquiectasias de tração e nem faveolamento.

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6
Q

Achados tomograficos compatíveis com diagnósticos alternativos de Fibrose pulmonar idiopática

A

• Cistos;
• Nódulos;
• Consolidação;
• Predomínio de vidro fosco / Mosaico com aprisionamento;
• Localização em região superior ou média dos pulmões;
• Espessamento, placa ou derrame pleural;
• Linfonodomegalia extensa;
• Predomínio peribroncovascular, perilinfático;
• poupando região justapleural.

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7
Q

Fibrose pulmonar idiopática: critérios diagnóstico

A

1) Exclusão de outras causas de doença pulmonar intersticial:
- Pneumonite de hipersensibilidade / Pneumoconioses;
- Radioterapia;
- Relacionado a drogas (quimioterapias, amiodarona, metotrexate, etc);
- Colagenoses (artrite reumatoide, esclerodermia, poli/dermatomiosite,
DMTC, Sjögren, etc).

+

2) Combinação de achados tomográficos e histológicos
- Histologia: Fibrose densa com distorção arquitetural; localização parasseptal / subpleural; focos fibroblásticos; faveolamento.

TC COM PIU DEFINITIVO, NA AUSÊNCIA DE AUTOANTICORPOS POSITIVOS E EXPOSIÇÃO DOCUMENTADA, A BIÓPSIA NÃO É NECESSÁRIA PARA FECHAR DIAGNÓSTICO

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8
Q

Fibrose pulmonar idiopática: tratamento

A

ANTIFIBRÓTICOS (nintedanibe, pirfenidona)

• Redução da velocidade de progressão da doença (~45%);
• Possível redução das exacerbações;
• Possível redução da mortalidade.

CESSAR O TABAGISMO

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9
Q

Fibrose pulmonar idiopática: complicações

A

• Exacerbações;
• Insuficiência respiratória crônica;
• Hipertensão pulmonar grupo 3;
• Câncer de pulmão (~5x mais);
• Óbito

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10
Q

Pneumonite por hipersensibilidade

A
  • classificada em aguda, subaguda ou crônica

AGUDA:
- Semelhante a um quadro gripal: dispneia, fadiga e tosse;
- Início dos sintomas 4-8hs após exposição
- Recuperação espontânea
- Diagnóstico equivocado de pneumonias de repetição.

SUBAGUDA:
- exposição menos intensa, porém contínua
- lesões reversíveis em TC

CRÔNICA:
- destruição arquitetural. Pode ter fibrose e faveolamento

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11
Q

Pneumonite por hipersensibilidade crônica: características gerais

A

• Doença pulmonar crônica;
• Acomete o interstício e a via aérea;
• Duas formas (não fibrótica e fibrótica);
• Sem acometimento de outros órgãos;
• Reação de hipersensibilidade (tipo III/IV);
• Causas conhecidas (antígenos inalados): principalmente ambientes úmidos e criação de pássaros
• Susceptibilidade pessoal.

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12
Q

Pneumonite por hipersensibilidade crônica: clínica

A
  • Dispneia e tosse (“aguda”, progressiva, recorrente);
  • Piora com exposição, melhora com afastamento.
  • Exame físico: Taquipneia, dessaturação, estertores finos; grasnido (sibilo inspiratório); baqueteamento digital.
  • Ausência de sinais clínicos relacionados a outras DPI.
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13
Q

Pneumonite por hipersensibilidade crônica: padrão tomográfico

A

• Distribuição difusa;
• Variantes: terço médio e superior, peribroncovascular.

Acometimento do parênquima:
• Vidro fosco;
• Nódulos centrolobulares < 5mm

Acometimento da via aérea:
• Aprisionamento aéreo.

Alterações fibrogênicas nítidas:
• Infiltrado reticular;
• Bronquiectasias/bronquiolectasias de tração;
• Distorção arquitetural;
• Faveolamento (achado não predominante).

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14
Q

Pneumonite por hipersensibilidade crônica: diagnóstico

A

Clínica + TC

Dúvida: Lavado broncoalveolar
- Linfocitose
>20% (sens 69% / esp 61%);
>40% (sens 41% / esp 93%).
Relação CD4/CD8 < 1, clássico porém não é obrigatório!

Padrão ouro para o diagnóstico: histologia

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15
Q

Pneumonite por hipersensibilidade crônica: tratamento

A

Evitar exposição ao antígeno
+
Imunossupressores (corticoide, micofenolato, azatioptina)

Antifibróticos (nintedanibe, pirfenidona)
• Redução da velocidade de progressão da doença.
• não é muito consolidado no tto

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16
Q

Sarcoidose: conceitos

A

• Doença sistêmica;
• Principal local acometido: Pulmão (95%);
• Autolimitada, crônica, crônica progressiva (25%);
• Sem causa conhecida;
• Idade entre 20-60 anos.

17
Q

Sarcoidose: clínica

A

• 50% são assintomáticos (diagnóstico incidental).

Acometimento pulmonar e/ou LINFONODO HILAR e mediastinal
• Dispneia, tosse;
• Sintomas constitucionais (fadiga, febre, perda de peso);
• EF pobre.

18
Q

Sarcoidose: acometimento extra pulmonar

A

• Pele: pápulas, nódulos, placas, lupus pernio, eritema nodoso;
• Ocular: uveite, ceratoconjuntivite seca;
• Via aérea superior: linfadenopatia cervical, acometimento laríngeo;
• Cardíaco: arritmias, cardiomiopatia;
• Hepático: hepatomegalia, alteração de TGO/TGP/FA/GGT;
• Musculoesquelético: poliartrite aguda, artrite crônica, miosite;
• Renal: hipercalciúria > hipercalcemia, nefrocalcinose e nefrolitíase;
• Neurológico: encefalopatia, meningite granulomatosa, acometimento de nervos periféricos.

19
Q

Sarcoidose: diagnóstico

A
  • VHS e PFR aumentados
  • anemia de doença crônica
  • aumento de marcador ECA (enzima conversora de angiotensina)
  • acometimento intersticial pulmonar fibrotico ou não fibrotico
  • adenopatia hilar bilateral
  • biópsia pulmonar ou lavado broncoalveolar
  • histologia; granulosa não necrótico
20
Q

Sarcoidose: tto

A

Imunossupressor
- principal: Corticoide
- quando não tratar: assintomáticos respiratório estagio I/ ll /III, sem acometimento extrapulmonar e sem sintomas constitucionais. -> ou seja, os acidentais

Corticoide inalatório: resultados duvidosos.

Outros imunossupressores (<10%)
- Metotrexate, azatioprina, micofenolato, leflunomida;
- Inibidores de TNF;

Antifibróticos (nintedanibe, pirfenidona)
- Sob investigação: possível redução da velocidade de progressão da doença (estagio IV).

21
Q

Pneumonia Intersticial não especifica (PINE)

A

• Doença pulmonar crônica;
• Acomete o interstício;
• Várias causas conhecidas.
• Raramente idiopática
• Sem acometimento sistêmico

22
Q

PINE: etiologias

A

Doenças do tecido conjuntivo:
• Polimiosite/Dermatomiosite (~80%);
• Esclerose sistêmica (~78%);
• Sjögren (~50%);
• Artrite reumatoide (~14%);
• Vasculites ANCA associadas.

Reação por drogas: Amiodarona, Metotrexate; Nitrofurantoina; Estatinas.

23
Q

PINE: TC

A

• Vidro fosco (>95%);
• Infiltrado reticular;
• Bronquiectasia/Bronquiolectasia de tração;
• Faveolamento (achado raro);
• Distribuição: basal, periférica, alguma simetria;
• “Subpleural sparing” (~20%).

24
Q

PINE: diag

A
  • Colagenose + TC tórax típica
  • Reação por droga + TC tórax típica
  • Outras situações ou TC não típica: fazer biópsia