Doença Intestinal Inflamatória Flashcards

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1
Q

Em ____ dos casos não é possível diferenciar doença de crohn de retocolite ulcerativa, denominando o quadro de ____.

A

Em 10-15% dos casos não é possível diferenciar doença de crohn de retocolite ulcerativa, denominando o quadro de colite indeterminada.

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2
Q

Doença intestinal inflamatória:

A

Grupo de doenças que se caracterizam por inflamação crônica do trato gastrointestinal, de causa desconhecida.

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3
Q

Fator de risco mais importante para DII:

A

História familiar

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4
Q

Fator protetor para para RCU

A

Tabagismo

Tabagistas possuem risco 40% menor de desenvolver RCU.

O risco de desenvolver RCU é maior entre não fumantes e ex-fumantes.

Não esta bem estabelecido se o início do tabagismo após o início da RCU melhora a evolução.

Estudos com emplastros de nicotina desmontaram melhora do quadro de RCU.

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5
Q

Fumantes tem incidência 2 X ____ de DC.

A

Fumantes tem incidência 2 X maior de DC.

Doença de Crohn = Doença do Cigarro.

O risco de recorrência e insucesso terapêutico da DC são maiores entre os fumantes, principalmente mulheres.

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6
Q

Amamentação é um fator ____ para DII.

A

Amamentação é um fator protetor para DII.

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7
Q

Apendicectomia é um fator ____ para ____.

A

Apendicectomia é um fator protetor para RCU.

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8
Q

A ___ é uma doença transmural.

A

A DC é uma doença transmural.

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9
Q

A ___ afeta a mucosa intestinal, podendo se estender à submucosa, mas poupando a camada muscular.

A

A RCU afeta a mucosa intestinal, podendo se estender à submucosa, mas poupando a camada muscular.

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10
Q

A ___ possui acometimento saltatório.

A

A DC possui acometimento saltatório.

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11
Q

As manifestações extraintestinais são mais frequententes na:

A

DC

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12
Q

A ___ possui mais chances de ocasionar fístulas e abscessos anais.

A

A DC possui mais chances de ocasionar fístulas e abscessos anais.

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13
Q

Microscopia característica da Doença de Crohn:

A

Granulomas não caseosos.

Não são patognomônicos, porém altamente sugestivos se associados ao quadro clínico.

Podem ser achados na mucosa, mesentério, peritônio, linfonodos, fígado e pâncreas.

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14
Q

Macroscopia da DC (vista a endoscopia e clister):

A

“Pedra em calçamento” (é o mesmo que “cobblestone”)
“Desenho de ladrilhos”

Ulceras aftosas profundas e confluentes geram as lesões de pedra em calçamento

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15
Q

Principais complicações da DC:

A

Fístula
Abscessos
Fissuras
Estenoses

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16
Q

Manifestações intestinais da RCU:

A

Início geralmente insidioso com diarreia discreta e sem sangue

Diarreia com sangue e muco

Dor abdominal discreta no abdome inferior

Acometimento do reto: evacuações de pequeno volume e tenesmo (diarreia baixa)

Urgência e incontinência fecal

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17
Q

Principais manifestações da DC:

A

Diarreia
Dor abdominal (principalmente em fossa ilíaca direita)
Perda de peso

Pode haver febre, fadiga
O paciente pode estar desnutrido
Dor em fossa ilíaca direita = topografia ileal)

A característica da diarreia (alta ou baixa) depende do local principal de acometimento (cólon ou delgado).

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18
Q

Principais complicações da RCU:

A

Colite tóxica
Megacólon tóxico
Perfurações
Câncer

Outras: estenoses, fissuras anais, abscessos perianais e hemorroidas.

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19
Q

3 principais fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de câncer colorretal em pacientes com RCU:

A

Em ordem de importância:

1- Extensão da doença, sendo o principal (Pancolite e acometimento proximal).

2- Displasia

3- Colangite esclerosante

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20
Q

As manifestações extraintestinais são mais comuns na:

A

DC perianal

As manifestações extraintestinais são mais comuns na DC

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21
Q

3 grupos de manifestações extraintestinais mais frequentes:

A

Em ordem:

1- articulares.
2- dermatológicas.
3- oculares.

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22
Q

Manifestações extraintestinais articulares nas DII:

A

Artrite
Espondilite anquilosante
Sacroileíte
(Espondiloartropatia enteropática)

Outras:
Osteoartropatia hipertrófica
Osteomielite
Policondrite recidivante

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23
Q

Características da artrite na DII:

A

Grandes articulações dos MMSS e MMII
Assimétrico
Poliarticular
Migratório

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24
Q

A artrite nas DII é mais comum na ___ e ___ com as exacerbações da atividade intestinal.

A

A artrite nas DII é mais comum na DC e piora com as exacerbações da atividade intestinal.

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25
Q

A atividade da espondilite anquilosante regride/não regride com o tratamento da DII.

A

não regride

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26
Q

Nos pacientes com DII há o risco 30 X maior de desenvolver:

A

Espondilite anquilosante

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27
Q

Manifestações dermatológicas na DII:

A

Eritema nodoso
Pioderma gangrenoso
Psoríase

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28
Q

Manifestações oculares nas DII:

A

Uveíte anterior aguda recorrente
Conjuntivite
Episclerite

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29
Q

P-ANCA está mais associado a:

A

RCU

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30
Q

ASCA está mais associado a:

A

DC

ASCA = SC = Sim Crohn

31
Q

Tratamento da doença perianal (com fístula e abscessos) em paciente com DII:

A

Atenção: tema controverso

Antibióticos: metronidazol, alternativa ciprofloxacino

Azatioprina ou 6-mercaptopurina já forma utilizados com sucesso

Sintomas graves e refratários: infliximab (ele também pode ser considerado como a melhor droga para tratamento da condição inicial por algumas bancas)

32
Q

Tratamento do megacólon tóxico:

A
Dieta zero
Cateter nasogástrico em sucção
Reposição hidroeletrolítica intensiva
Antibioticoterapia de largo espectro
Corticoides parenterais 

Aguardar 24-48h

Se ausência de melhora (aumento da circunferência abdominal ou colapso cardiovascular):

Colectomia

33
Q

A colangite esclerosante é uma complicação ___ da DII, sendo uma forma progressiva de inflamação das vias biliares, que acomete a árvore biliar intra e/ou extra-hepática, e que pode produzir graus variados de obstrução biliar. A doença é progressiva independentemente/dependente do curso da DII e há/não há tratamento.

A

A colangite esclerosante é uma complicação rara da DII, sendo uma forma progressiva de inflamação das vias biliares, que acomete a árvore biliar intra e/ou extra-hepática, e que pode produzir graus variados de obstrução biliar. A doença é progressiva independentemente só curso da DII e não há tratamento que comprovadamente modifique a história natural.

34
Q

Cirurgia na DC é indicado apenas para:

A

Complicações

35
Q

Complicações do Metotrexate (8):

A
Pancitopenia
Mucosite 
Diarreia
Nauseas e vômitos
Hepatite 
Pneumonite 
Dermatite 
Alopécia
36
Q

Manifestações extraintestinais da DII que possuem relação direta com a atividade da doença intestinal:

A

Eritema nodoso

Artrite periférica

37
Q

Manifestações extraintestinais da DII que independem da atividade da doença intestinal:

A

Espondilite anquilosante
Sacroileíte
Colangite esclerosante

38
Q

A colangite esclerosante é uma manifestação presente em 1 a 5% dos pacientes com ____ é muito rara na ____.

A

A colangite esclerosante é uma manifestação presente em 1 a 5% dos pacientes com RCU é muito rara na DC.

39
Q

Causa mais frequente de diarreia crônica no adulto:

A

Síndrome do Intestino Irritável

40
Q

Em quase ____ dos pacientes com RCU, a doença fica restrita ao reto ou estende-se no máximo até o sigmoide.

A

Metade

41
Q

Em ___ dos casos, a RCU pode gerar uma pancolite

A

30%

42
Q

Das DII qual está mais associada ao desenvolvimento de câncer de cólon:

A

A associação é muito mais forte com a RCU

43
Q

Complicação relacionada a estenoplastia:

A

Formação de novas áreas de estenose com consequente quadro de suboclusão intestinal

44
Q

Indicação de cirurgia nos pacientes com RCU:

A

Doença refratária ao tratamento clínico

Displasia/carcinoma

Colite fulminante refratária e megacólon tóxico

Sangramento colônico maciço

45
Q

Apresentação clínica da colangite esclerosante:

A

Quadro de colangite aguda (Tríade de Charcot: dor em hipocôndrio em direito, febre, icterícia)

USG sem litíase biliar

46
Q

Qual achado em exames encontrado na RCU possui maior associação com carcinoma:

A

Displasia associada à lesão ou massa

(Essa associação é mais forte inclusive que o achado isolado de displasia de alto grau)

A existência concomitante se câncer é de 50%

47
Q

Definição de megacólon tóxico:

A

Complicação potencialmente fatal de doença inflamatória intestinal, colite infecciosa, colite isquêmica, sarcoma de kaposi e neoplasias obstrutivas do cólon caracterizada por dilatação colônica não obstrutiva, total ou segmentar, associada à toxicidade sistêmica.

48
Q

Medicamentos associados a precipitação do quadro de Megacólon tóxico:

A

Agentes que provocam hipomotilidade:

Narcóticos opióides (Codeína)
Antiespasmódico

49
Q

A terapia nutricional pode induzir remissão na:

A

DC

Porém, a terapia nutricional não é efetiva para terapia se manutenção

50
Q

Os ácidos graxos ômega-3 estão associados a ____ e podem auxiliar na terapia da ____.

A

Atividade anti-inflamatória

DC e RCU

51
Q

A RCU é mais prevalente em quais grupos étnicos:

A

Brancos e judeus asquenazes

52
Q

Indicação mais comum de cirurgia na RCU:

A

Intratabilidade clínica

53
Q

Achados microscópicos da RCU:

A

Criptite (necrose do epitélio das criptas)

Abscessos crípticos

Ulcerações rasas que se estendem até a lâmina própria.

(Não são patognomônicos)

54
Q

Tratamento medicamentoso da DII doença leva a moderada:

A

Compostos 5-ASA (Aminossalicilatos), Mesalazina ou Mesalamina, Sulfassalazina

Sintomáticos para cólicas, dores abdominais e urgência: anticolinérgicos

Sintomáticos para diarreia: loperamida ou difenoxilato

55
Q

Tratamento medicamentoso da DII doença moderada a grave ou refratária aos aminossalicilatos:

A

Indução de Remissão: corticoides,
infliximab, ciclosporina

Manutenção: imunomoduladores (primeira linha: azatioprina e 6-mercaptopurina; segunda linha: metotrexate)

Os corticoides são incapazes de evitar recidivas e possuem muitos efeitos colaterais.

Imunossupressores demoram de 3 a 6 meses para produzir efeito máximo.

Atenção o Metotrexate não possui eficácia para RCU.

A ciclosporina possui efeito imunomodulador, é cara, é tóxica ao SNC e rins, sendo indicada em em RCU grave refratária aos corticoides e fístulas refratárias.

Inflimab é muito eficaz, porém se relaciona a redução da resposta terapêutica e efeitos adversos importantes (linfoma, leucemia, psoríase, reativação de TB, doença fungica disseminada, neurite óptica e doença desmielinizante. Possui indicação além da Indução da Remissão, em casos del fístulas perianais e enterocutâneas.

56
Q

Das drogas usadas para controle da DII, qual não pode ser usada na gestação:

A

Metotrexate

57
Q

Os AINEs podem melhorar/piorar as DII:

A

Piorar

58
Q

Contraindicações ao uso de corticoides na DII:

A

Abscessos não drenados

Doença fibroestenosante

(Pacientes com febre, leucocitose e dor abdominal devem ser submetidosa TC antes de usarem corticoides)

59
Q

Metotrexate requer reposição de:

A

Ácido fólico

60
Q

Julgue:

Em 75% das vezes a DC acomete primariamente a região ileocecal (topografia no QID), podendo formar uma massa inflamatória nesse local.

Os métodos de imagem do tubo digestivo são necessários na DC para avaliar lesões extracolônicas (fístulas internas e doença estenosante), tais como trânsito de delgado, colonoscopia, cápsula endoscópica, MDTC, enterorressonância.

Métodos modernos como a entero-RM permite observar o espessamento e inflamação transmural de segmentos da parede intestinal.

A

V
V
V

61
Q

Quais anticorpos estão relacionados mais à DC e indica pior prognóstico:

A

Anti-Ompc (anti-porina)

Anti-CBir1 (anti-flagelina)

62
Q

Julgue:

A DII não é um diagnóstico tão infrequente na prática médica, tendo incidência média que chega a 20 casos por 100 mil pessoas por ano.

A

V

63
Q

Dieta rica em açúcares, frituras e alimentos processados (padrão ocidental de dieta) é um fator se risco bem estabelecido para:

A

Ambas as DII

64
Q

Gastroenterite aguda, principalmente no período perinatal é um fator de risco para:

A

Ambas as DII

65
Q

Julgue:

A RCU é identificada em até 90% dos pacientes com colangite esclerosante primária

A

V

66
Q

Julgue:

A doença se Crohn é uma condição crônica e incurável.

Na DC as lesões tendem a recidivar nos sítios cirurgicamente manipulados.

Uma complicação possível das intervenções cirúrgicas intestinais é a síndrome do intestino curto.

A

V
V
V

67
Q

Marcadores de atividade e gravidade nas DII:

A

Aumento do VHS, PCR, lactoferrina, calprotectina fecal, leucócitos e plaquetas.

Redução da albumina e hemoglobina.

Distúrbios hidroelétricos.

O PCR parece ser mais útil na DC, prevendo o grau de inflamação e a possibilidade de recidiva.

Sinais e sintomas clínicos (destaque para o número de evacuações).

A lactoferrina possuo alta sensores e especificidade para inflamação intestinal.

A calprotectina fecal se relaciona aos achados histológicos de inflamação, predizem recaídas e sugere diagnóstico de bolsite.

68
Q

Principal complicação cirúrgica (proctocolectomia com ileostomiabreaiatente, técnica de Kock e proctocolectomia restauradoura com IPAA) da RCU e seu tratamento:

A

Bolsite

Hidratação + antibioticoterapia (metronidazol ou ciprofloxacino)

69
Q

Achados imagenológicos iniciais e crônicas da DC:

A

Iniciais: ulcera aftosa

Crônicos: pedras em calçamento, massas, estenoses, fístulas, sinal do cordão, fistulas e estenoses.

70
Q

Achados imagenológicos iniciais e crônicos da RCU:

A

Inicial: mucosa eritematosa, edemaciada e granular, com perda de vasculatura normal.

Crônico:cólon pouco distensível, encurtado e tubular, perda se austrações, aspecto nodular, úlceras e úlceras em botão de colarinho.

71
Q

Quadro Clínico da colangite esclerosante:

A

Dor abdominal vaga
Prurido
Icterícia progressiva

72
Q

Complicação da colangite esclerosante:

A

Cirrose biliar

73
Q

Definição de colangite esclerosante:

A

Agressão autoimune aos ductos biliares extra-hepáticos, levando à colestase progressiva, podendo evoluir para cirrose hepática biliar.