Doença Intestinal Inflamatória Flashcards
Em ____ dos casos não é possível diferenciar doença de crohn de retocolite ulcerativa, denominando o quadro de ____.
Em 10-15% dos casos não é possível diferenciar doença de crohn de retocolite ulcerativa, denominando o quadro de colite indeterminada.
Doença intestinal inflamatória:
Grupo de doenças que se caracterizam por inflamação crônica do trato gastrointestinal, de causa desconhecida.
Fator de risco mais importante para DII:
História familiar
Fator protetor para para RCU
Tabagismo
Tabagistas possuem risco 40% menor de desenvolver RCU.
O risco de desenvolver RCU é maior entre não fumantes e ex-fumantes.
Não esta bem estabelecido se o início do tabagismo após o início da RCU melhora a evolução.
Estudos com emplastros de nicotina desmontaram melhora do quadro de RCU.
Fumantes tem incidência 2 X ____ de DC.
Fumantes tem incidência 2 X maior de DC.
Doença de Crohn = Doença do Cigarro.
O risco de recorrência e insucesso terapêutico da DC são maiores entre os fumantes, principalmente mulheres.
Amamentação é um fator ____ para DII.
Amamentação é um fator protetor para DII.
Apendicectomia é um fator ____ para ____.
Apendicectomia é um fator protetor para RCU.
A ___ é uma doença transmural.
A DC é uma doença transmural.
A ___ afeta a mucosa intestinal, podendo se estender à submucosa, mas poupando a camada muscular.
A RCU afeta a mucosa intestinal, podendo se estender à submucosa, mas poupando a camada muscular.
A ___ possui acometimento saltatório.
A DC possui acometimento saltatório.
As manifestações extraintestinais são mais frequententes na:
DC
A ___ possui mais chances de ocasionar fístulas e abscessos anais.
A DC possui mais chances de ocasionar fístulas e abscessos anais.
Microscopia característica da Doença de Crohn:
Granulomas não caseosos.
Não são patognomônicos, porém altamente sugestivos se associados ao quadro clínico.
Podem ser achados na mucosa, mesentério, peritônio, linfonodos, fígado e pâncreas.
Macroscopia da DC (vista a endoscopia e clister):
“Pedra em calçamento” (é o mesmo que “cobblestone”)
“Desenho de ladrilhos”
Ulceras aftosas profundas e confluentes geram as lesões de pedra em calçamento
Principais complicações da DC:
Fístula
Abscessos
Fissuras
Estenoses
Manifestações intestinais da RCU:
Início geralmente insidioso com diarreia discreta e sem sangue
Diarreia com sangue e muco
Dor abdominal discreta no abdome inferior
Acometimento do reto: evacuações de pequeno volume e tenesmo (diarreia baixa)
Urgência e incontinência fecal
Principais manifestações da DC:
Diarreia
Dor abdominal (principalmente em fossa ilíaca direita)
Perda de peso
Pode haver febre, fadiga
O paciente pode estar desnutrido
Dor em fossa ilíaca direita = topografia ileal)
A característica da diarreia (alta ou baixa) depende do local principal de acometimento (cólon ou delgado).
Principais complicações da RCU:
Colite tóxica
Megacólon tóxico
Perfurações
Câncer
Outras: estenoses, fissuras anais, abscessos perianais e hemorroidas.
3 principais fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de câncer colorretal em pacientes com RCU:
Em ordem de importância:
1- Extensão da doença, sendo o principal (Pancolite e acometimento proximal).
2- Displasia
3- Colangite esclerosante
As manifestações extraintestinais são mais comuns na:
DC perianal
As manifestações extraintestinais são mais comuns na DC
3 grupos de manifestações extraintestinais mais frequentes:
Em ordem:
1- articulares.
2- dermatológicas.
3- oculares.
Manifestações extraintestinais articulares nas DII:
Artrite
Espondilite anquilosante
Sacroileíte
(Espondiloartropatia enteropática)
Outras:
Osteoartropatia hipertrófica
Osteomielite
Policondrite recidivante
Características da artrite na DII:
Grandes articulações dos MMSS e MMII
Assimétrico
Poliarticular
Migratório
A artrite nas DII é mais comum na ___ e ___ com as exacerbações da atividade intestinal.
A artrite nas DII é mais comum na DC e piora com as exacerbações da atividade intestinal.
A atividade da espondilite anquilosante regride/não regride com o tratamento da DII.
não regride
Nos pacientes com DII há o risco 30 X maior de desenvolver:
Espondilite anquilosante
Manifestações dermatológicas na DII:
Eritema nodoso
Pioderma gangrenoso
Psoríase
Manifestações oculares nas DII:
Uveíte anterior aguda recorrente
Conjuntivite
Episclerite
P-ANCA está mais associado a:
RCU
ASCA está mais associado a:
DC
ASCA = SC = Sim Crohn
Tratamento da doença perianal (com fístula e abscessos) em paciente com DII:
Atenção: tema controverso
Antibióticos: metronidazol, alternativa ciprofloxacino
Azatioprina ou 6-mercaptopurina já forma utilizados com sucesso
Sintomas graves e refratários: infliximab (ele também pode ser considerado como a melhor droga para tratamento da condição inicial por algumas bancas)
Tratamento do megacólon tóxico:
Dieta zero Cateter nasogástrico em sucção Reposição hidroeletrolítica intensiva Antibioticoterapia de largo espectro Corticoides parenterais
Aguardar 24-48h
Se ausência de melhora (aumento da circunferência abdominal ou colapso cardiovascular):
Colectomia
A colangite esclerosante é uma complicação ___ da DII, sendo uma forma progressiva de inflamação das vias biliares, que acomete a árvore biliar intra e/ou extra-hepática, e que pode produzir graus variados de obstrução biliar. A doença é progressiva independentemente/dependente do curso da DII e há/não há tratamento.
A colangite esclerosante é uma complicação rara da DII, sendo uma forma progressiva de inflamação das vias biliares, que acomete a árvore biliar intra e/ou extra-hepática, e que pode produzir graus variados de obstrução biliar. A doença é progressiva independentemente só curso da DII e não há tratamento que comprovadamente modifique a história natural.
Cirurgia na DC é indicado apenas para:
Complicações
Complicações do Metotrexate (8):
Pancitopenia Mucosite Diarreia Nauseas e vômitos Hepatite Pneumonite Dermatite Alopécia
Manifestações extraintestinais da DII que possuem relação direta com a atividade da doença intestinal:
Eritema nodoso
Artrite periférica
Manifestações extraintestinais da DII que independem da atividade da doença intestinal:
Espondilite anquilosante
Sacroileíte
Colangite esclerosante
A colangite esclerosante é uma manifestação presente em 1 a 5% dos pacientes com ____ é muito rara na ____.
A colangite esclerosante é uma manifestação presente em 1 a 5% dos pacientes com RCU é muito rara na DC.
Causa mais frequente de diarreia crônica no adulto:
Síndrome do Intestino Irritável
Em quase ____ dos pacientes com RCU, a doença fica restrita ao reto ou estende-se no máximo até o sigmoide.
Metade
Em ___ dos casos, a RCU pode gerar uma pancolite
30%
Das DII qual está mais associada ao desenvolvimento de câncer de cólon:
A associação é muito mais forte com a RCU
Complicação relacionada a estenoplastia:
Formação de novas áreas de estenose com consequente quadro de suboclusão intestinal
Indicação de cirurgia nos pacientes com RCU:
Doença refratária ao tratamento clínico
Displasia/carcinoma
Colite fulminante refratária e megacólon tóxico
Sangramento colônico maciço
Apresentação clínica da colangite esclerosante:
Quadro de colangite aguda (Tríade de Charcot: dor em hipocôndrio em direito, febre, icterícia)
USG sem litíase biliar
Qual achado em exames encontrado na RCU possui maior associação com carcinoma:
Displasia associada à lesão ou massa
(Essa associação é mais forte inclusive que o achado isolado de displasia de alto grau)
A existência concomitante se câncer é de 50%
Definição de megacólon tóxico:
Complicação potencialmente fatal de doença inflamatória intestinal, colite infecciosa, colite isquêmica, sarcoma de kaposi e neoplasias obstrutivas do cólon caracterizada por dilatação colônica não obstrutiva, total ou segmentar, associada à toxicidade sistêmica.
Medicamentos associados a precipitação do quadro de Megacólon tóxico:
Agentes que provocam hipomotilidade:
Narcóticos opióides (Codeína)
Antiespasmódico
A terapia nutricional pode induzir remissão na:
DC
Porém, a terapia nutricional não é efetiva para terapia se manutenção
Os ácidos graxos ômega-3 estão associados a ____ e podem auxiliar na terapia da ____.
Atividade anti-inflamatória
DC e RCU
A RCU é mais prevalente em quais grupos étnicos:
Brancos e judeus asquenazes
Indicação mais comum de cirurgia na RCU:
Intratabilidade clínica
Achados microscópicos da RCU:
Criptite (necrose do epitélio das criptas)
Abscessos crípticos
Ulcerações rasas que se estendem até a lâmina própria.
(Não são patognomônicos)
Tratamento medicamentoso da DII doença leva a moderada:
Compostos 5-ASA (Aminossalicilatos), Mesalazina ou Mesalamina, Sulfassalazina
Sintomáticos para cólicas, dores abdominais e urgência: anticolinérgicos
Sintomáticos para diarreia: loperamida ou difenoxilato
Tratamento medicamentoso da DII doença moderada a grave ou refratária aos aminossalicilatos:
Indução de Remissão: corticoides,
infliximab, ciclosporina
Manutenção: imunomoduladores (primeira linha: azatioprina e 6-mercaptopurina; segunda linha: metotrexate)
Os corticoides são incapazes de evitar recidivas e possuem muitos efeitos colaterais.
Imunossupressores demoram de 3 a 6 meses para produzir efeito máximo.
Atenção o Metotrexate não possui eficácia para RCU.
A ciclosporina possui efeito imunomodulador, é cara, é tóxica ao SNC e rins, sendo indicada em em RCU grave refratária aos corticoides e fístulas refratárias.
Inflimab é muito eficaz, porém se relaciona a redução da resposta terapêutica e efeitos adversos importantes (linfoma, leucemia, psoríase, reativação de TB, doença fungica disseminada, neurite óptica e doença desmielinizante. Possui indicação além da Indução da Remissão, em casos del fístulas perianais e enterocutâneas.
Das drogas usadas para controle da DII, qual não pode ser usada na gestação:
Metotrexate
Os AINEs podem melhorar/piorar as DII:
Piorar
Contraindicações ao uso de corticoides na DII:
Abscessos não drenados
Doença fibroestenosante
(Pacientes com febre, leucocitose e dor abdominal devem ser submetidosa TC antes de usarem corticoides)
Metotrexate requer reposição de:
Ácido fólico
Julgue:
Em 75% das vezes a DC acomete primariamente a região ileocecal (topografia no QID), podendo formar uma massa inflamatória nesse local.
Os métodos de imagem do tubo digestivo são necessários na DC para avaliar lesões extracolônicas (fístulas internas e doença estenosante), tais como trânsito de delgado, colonoscopia, cápsula endoscópica, MDTC, enterorressonância.
Métodos modernos como a entero-RM permite observar o espessamento e inflamação transmural de segmentos da parede intestinal.
V
V
V
Quais anticorpos estão relacionados mais à DC e indica pior prognóstico:
Anti-Ompc (anti-porina)
Anti-CBir1 (anti-flagelina)
Julgue:
A DII não é um diagnóstico tão infrequente na prática médica, tendo incidência média que chega a 20 casos por 100 mil pessoas por ano.
V
Dieta rica em açúcares, frituras e alimentos processados (padrão ocidental de dieta) é um fator se risco bem estabelecido para:
Ambas as DII
Gastroenterite aguda, principalmente no período perinatal é um fator de risco para:
Ambas as DII
Julgue:
A RCU é identificada em até 90% dos pacientes com colangite esclerosante primária
V
Julgue:
A doença se Crohn é uma condição crônica e incurável.
Na DC as lesões tendem a recidivar nos sítios cirurgicamente manipulados.
Uma complicação possível das intervenções cirúrgicas intestinais é a síndrome do intestino curto.
V
V
V
Marcadores de atividade e gravidade nas DII:
Aumento do VHS, PCR, lactoferrina, calprotectina fecal, leucócitos e plaquetas.
Redução da albumina e hemoglobina.
Distúrbios hidroelétricos.
O PCR parece ser mais útil na DC, prevendo o grau de inflamação e a possibilidade de recidiva.
Sinais e sintomas clínicos (destaque para o número de evacuações).
A lactoferrina possuo alta sensores e especificidade para inflamação intestinal.
A calprotectina fecal se relaciona aos achados histológicos de inflamação, predizem recaídas e sugere diagnóstico de bolsite.
Principal complicação cirúrgica (proctocolectomia com ileostomiabreaiatente, técnica de Kock e proctocolectomia restauradoura com IPAA) da RCU e seu tratamento:
Bolsite
Hidratação + antibioticoterapia (metronidazol ou ciprofloxacino)
Achados imagenológicos iniciais e crônicas da DC:
Iniciais: ulcera aftosa
Crônicos: pedras em calçamento, massas, estenoses, fístulas, sinal do cordão, fistulas e estenoses.
Achados imagenológicos iniciais e crônicos da RCU:
Inicial: mucosa eritematosa, edemaciada e granular, com perda de vasculatura normal.
Crônico:cólon pouco distensível, encurtado e tubular, perda se austrações, aspecto nodular, úlceras e úlceras em botão de colarinho.
Quadro Clínico da colangite esclerosante:
Dor abdominal vaga
Prurido
Icterícia progressiva
Complicação da colangite esclerosante:
Cirrose biliar
Definição de colangite esclerosante:
Agressão autoimune aos ductos biliares extra-hepáticos, levando à colestase progressiva, podendo evoluir para cirrose hepática biliar.