Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica Flashcards
Frente
Verso
O que é a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)?
DHGNA é uma doença hepática crônica caracterizada por infiltração gordurosa do fígado na ausência de consumo significativo de álcool.
Quais são os fatores etiológicos da DHGNA em crianças?
Predisposição genética, resistência à insulina (RI), obesidade e microbiota intestinal.
Qual a definição histológica de DHGNA?
Evidência de esteatose em pelo menos 5% dos hepatócitos na ausência de consumo significativo de álcool e outras causas de acúmulo de gordura no fígado.
O que é esteato-hepatite não alcoólica (EHNA)?
É uma forma progressiva de DHGNA caracterizada por inflamação lobular e lesão hepatocitária que podem levar à fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular.
Quais são os critérios para o diagnóstico de MAFLD?
Detecção de esteatose por imagem, biomarcador sanguíneo ou histologia, com presença de sobrepeso/obesidade, diabetes tipo 2 ou evidência de anormalidades metabólicas.
Quais são os principais fatores associados à alta prevalência da DHGNA em crianças?
Sexo masculino, etnia hispânica ou ascendência mexicana, obesidade, pré-diabetes, diabetes, pan-hipopituitarismo e apneia obstrutiva do sono.
Quais são as principais características fisiopatológicas da DHGNA?
Desregulação do metabolismo hepático da gordura, inflamação, estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e lesão celular.
Qual o papel da obesidade na DHGNA?
A obesidade, especialmente a central, é um fator de risco significativo, associada à inflamação crônica mediada por citocinas como IL-6 e FNT-alfa.
Qual a influência da microbiota intestinal na DHGNA?
A disbiose pode influenciar a utilização de nutrientes, função imunológica, secreção de ácidos biliares e inflamação hepática.
Qual a importância da LHN (lipogênese hepática novo) na DHGNA pediátrica?
A LHN contribui significativamente para o acúmulo de triglicerídios intra-hepáticos, exacerbada pelo consumo de frutose.
Qual a relação entre a adiponectina e a DHGNA?
A adiponectina atenua a ação da insulina, prevenindo lesão hepatocelular e formação de espécies reativas de oxigênio.
Quais são as principais variantes genéticas associadas à DHGNA?
Variantes do PNPLA3, TM6SF2 e GCKR, que afetam o acúmulo de gordura e a regulação metabólica no fígado.
Qual a prevalência estimada de DHGNA em crianças e adolescentes obesos?
Cerca de 34% das crianças e adolescentes obesos e até 8% das não obesas na faixa etária de 2 a 19 anos.
Quais são as principais complicações extra-hepáticas associadas à DHGNA pediátrica?
Hipertrigliceridemia, hipertensão arterial sistêmica, aterosclerose prematura, apneia obstrutiva do sono, síndrome dos ovários policísticos e alterações cardíacas.
Quais são os principais métodos de triagem recomendados para DHGNA pediátrica?
Teste de ALT (alanina aminotransferase) recomendado pela NASPGHAN, especialmente para crianças obesas ou com sobrepeso entre 9 e 11 anos com fatores de risco.
Quais são os métodos de diagnóstico da DHGNA?
Os métodos incluem exames bioquímicos (ALT), exames de imagem (USG, TC, RM) e biópsia hepática.
O que a ultrassonografia (USG) pode detectar em relação à DHGNA?
A USG pode detectar a infiltração de gordura no fígado, mas tem sensibilidade reduzida para esteatose inferior a 30%.
Quais são as limitações da tomografia computadorizada (TC) na detecção de DHGNA?
A TC tem alta precisão para esteatose moderada a grave, mas é limitada para esteatose leve, possui alto custo e envolve exposição a radiação.
Como a ressonância magnética (RM) contribui para o diagnóstico de DHGNA?
A RM é altamente sensível e pode detectar pequenas quantidades de gordura hepática, mas é cara e de difícil acesso.
Quais são os critérios da NASPGHAN para triagem de DHGNA em crianças?
Triagem com ALT para todas as crianças obesas ou com sobrepeso entre 9-11 anos com fatores de risco, e triagem para crianças com fatores de risco específicos.
Quais são os sinais clínicos que sugerem DHGNA em crianças com sobrepeso ou obesidade?
Hipertensão arterial sistêmica, hepatomegalia, acantose nigricans, resistência à insulina e diabetes tipo 2.
Qual é o papel da biópsia hepática no diagnóstico de DHGNA?
A biópsia hepática é o padrão-ouro para determinar a presença e gravidade da DHGNA e eliminar diagnósticos diferenciais.
Quais são as modalidades de tratamento para DHGNA?
Modificações no estilo de vida, farmacoterapia e tratamento cirúrgico, dependendo da gravidade da doença.
Qual é a recomendação nutricional para crianças com DHGNA?
Dieta equilibrada rica em grãos integrais, carboidratos complexos, gordura monossaturada, ômega 3, proteína vegetal, fibras prebióticas e alimentos probióticos, evitando açúcares livres, gorduras saturadas e trans, e proteína animal em excesso.
Qual o impacto da atividade física na DHGNA?
Exercícios aeróbicos e de resistência de média a alta intensidade ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir gordura hepática e enzimas hepáticas, e retardar a progressão da doença.
Quais são os tratamentos farmacológicos testados para DHGNA pediátrica?
Antioxidantes (vitamina E), metformina, ácidos graxos poli-insaturados (ômega 3), vitamina D e probióticos, embora nenhum tenha aprovação definitiva.
Qual a eficácia da vitamina E no tratamento de EHNA em crianças?
Estudos mostraram redução na atividade da DHGNA e resolução da EHNA em 58% dos pacientes, mas sem melhora significativa na fibrose hepática.
O que a metformina pode fazer pela DHGNA em crianças?
A metformina aumenta a sensibilidade à insulina, mas estudos não mostraram eficácia na redução dos níveis de transaminases ou na melhora histológica da EHNA especificamente para DHGNA.
Como os probióticos podem ajudar no tratamento da DHGNA?
Probióticos podem melhorar níveis de ALT, esteatose hepática e perfil lipídico, influenciando a microbiota intestinal, mas são necessárias mais pesquisas.
Quando a cirurgia bariátrica é considerada no tratamento de DHGNA pediátrica?
Em adolescentes com IMC ≥ 35 kg/m², com doença hepática avançada e outras comorbidades sérias, como diabetes melito tipo 2 e apneia do sono grave.