Distúrbios do esvaziamento Flashcards

1
Q

Quais são as OIVs?

A

-HBP
-Estenose de uretra
-Outras etiologias: prolapso vaginal, hematúria, litíase e ITU

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2
Q

Como é a epidemiologia do HBP?

A

A presença de HBP (histológica),está relacionada ao envelhecimento, de modo que é de cerca de 10%, 50% e 90% respectivamente aos 25, 60 e 80 anos de idade. Antes dos 30 é dito que 0% tem. 25% dos homens com 50 tem sintomas e 50% dos com 75.

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3
Q

Quais as etiologias de HBP?

A

-Envelhecimento
Alterações no mecanismo de crescimento e morte celular programada (apoptose), levando a hiperplasia, Alterações
hormonais.
Embora a testosterona frequentemente diminua com a idade, observa-se aumento da di-hidrotestosterona (DHT) que é a forma da testosterona que tem ação estimulante na próstata.

-Síndrome metabólica
A presença de diabetes, hipertensão, obesidade baixos níveis de HDL e até mesmo IMC elevado foi provavelmente relacionada a isquemia por obstrução do vasos, que leva a resposta de proliferação celular

-Inflamação
A inflamação leva a maior demanda de oxigênio e consequente proliferação celular, uma vez que em ambientes com menor taxa de oxigênio ocorreu neovascularização e aumento dos fatores de crescimento endoteliais

-Genético
Existe herança autossômica dominante. O risco relativo de desenvolver HBP é 4x mais alto naqueles cujos parentes apresentaram HBP.

-Tabagismo
Os níveis de testosterona podem ser elevados pelo tabagismo, portanto podem colaborar para o desenvolvimento da HBP

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4
Q

Classificação de Mcneal para próstata quais zonas se destacam e porque?

A

destacam-se as zonas de transição e central como principais áreas que promovem obstrução ao fluxo urinário, sendo que a
primeira corresponde ao crescimento dos lobos laterais e a ultima ao crescimento do lobo médio que em geral promove obstrução pouco responsiva a terapia farmacológica por fazer efeito de válvula

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5
Q

Quais as partes da uretra masculina (posterior e Anterior)?

A

Posterior: prostática e membranácea
Anterior: bulbar e peniana

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6
Q

Quais as etiologias da estenose de uretra?

A

-IST* - Uretrites
Uretrites, especialmente gonocócicas, representavam no passado 40% dos casos, porém hoje com a melhora no acesso ao tratamento caiu, em países com bons recursos equivale a 0,9 a 4,6%

-Lesões iatrogênicas
Causa mais comum (32 a 79%) das estenoses em países com bom nível de desenvolvimento. Deve-se levar em conta que estas lesões podem ocorrer em qualquer manipulação endoscópica da uretra, e atualmente muitas cirurgias urológicas são por via uretral, ainda assim os índices gerais de ocorrência para cada cirurgia são baixos se aplicada boa técnica.
Radioterapia pélvica também deve ser lembrada como etiologia

-Trauma de uretra
Segunda causa mais comum, ocorrem em fraturas penianas, fraturas pélvicas lesando a uretra membranosa (principalmente acidentes automobilísticos), e traumas contusos em períneo (lesam principalmente a uretra bulbar)

-Inflamações
A principal causa inflamatória é o Líquen escleroso, correspondendo a 20% dos casos de estenose de uretra, sendo também a causa mais importante de estenose panuretral (estenose de grande parte da uretra). O líquen tem causa ainda incerta, porém está relacionado doenças autoimunes, IMC elevado, dislipidemia, DM, tabagismo e
hipertensão.

-Sondagem uretral
Representam 11,2 a 16,3% das estenoses, sua ocorrência aumenta nos casos de cateterismo por longo tempo, o aumento do calibre da sonda aumenta o risco de estenose. Nos cateterismos masculinos de longo tempo a estenose ocorre principalmente na uretra bulbar, pois
como ela é curva a sonda acaba geralmente realizando pressão contínua em uma das paredes da uretra gerando algo similar a uma úlcera de pressão (isquemia)

-Outras Idiopáticas (na maioria infecções ou trauma que passaram desapercebidas), pós correção de Hipospádia, congênitas e câncer de pênis

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7
Q

Quais os distúrbios da função vesical?

A

NEUROGÊNICA: envolvem os múltiplos fatores que podem afetar a inervação da bexiga, dentre elas o acidente vascular cerebral (AVC), trauma raquimedular, Parkinson entre outras etiologias.

MIOGÊNICA: caracteriza- se por perda de funcionalidade da musculatura que na maioria das vezes é secundaria a ruptura de fibras musculares devido a distensões vesicais excessivas, sendo as
fibras substituídas por fibrose que não tem capacidade contrátil, levando ao que denominamos de falência detrusora

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8
Q

Quais as estruturas de controle miccional e como agem na fases da micção?

A

córtex, centro pontino, centro simpático torácico e centro sacral –
parassimpático
agem de modo a garantir o enchimento (continência) e o esvaziamento (micção). Durante o enchimento, não há ação do córtex sobre a ponte, sendo que esta inibe continuamente a micção bloqueando o arco reflexo entre o centro sacral e a bexiga, logo durante a inibição pontina, fica em ação o centro torácico (simpático) que contrai os esfíncteres e relaxa a bexiga.

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9
Q

Qual é a alça 1?

A

CORTEX - PONTE
O Centro pontino inibe o atividade da bexiga,
durante a fase de esvaziamento (micção)o
córtex cessa esta inibição do centro pontinho
liberado os estímulos para que alcancem o
centro sacral

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10
Q

Qual é a alça 2?

A

PONTE – CENTRO SACRAL
O Centro Sacral – parassimpático: age,
quando a ponte esta inibida estimulando a
contração do detrusor e relaxando os
esfíncteres durante o esvaziamento vesical

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11
Q

Qual é a alça 3?

A

CENTRO SACRAL – BEXIGA
N. pélvicos – motores: estimulam o detrusor
N pudendo: relaxa o esfíncter

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12
Q

Quais as principais etiologias da bexiga neurogênica?

A

-Doenças da infância
MENIGOMIELOCELE: mais comum disfunção neurogênica da infância, está relacionada a deficiência de ácido fólico. Trata-se de malformação da região sacral (disrafismo -espinha bífida), onde há defeito de fechamento da coluna sacral e do tecido neural adjacente, levando a alterações neurológicas que culminam em prejuízo a inervação de regiões relacionadas a nervos nesta região originados.
MALFORMAÇÕES ANORETAIS: estão associadas em 20% das vezes a anomalias do trato urinário, sendo que 30% dos casos estão relacionadas a disrafismo espinhal. Até mesmo a correção cirúrgica pode gerar lesão dos nervos pélvicos piorando ou gerando quadro de hipocontratilidade vesical.

-Traumatismo raquimedular
Podem ocorrer diferentes tipos de bexiga neurogênica, de acordo com a altura da lesão, com interrupção de uma ou mais alça estudas acima.

-Acidente vascular encefálico
Em mais de 80% dos casos leva a acometimento vesical, incialmente com atonia (primeiras 6 semanas)

-Doença de Parkinson Mais da metade dos pacientes com Parkinson apresenta disfunção miccional pois a doença afeta a coordenação de todos os músculos (musculo vesical e esfíncteres)

-Esclerose múltipla Ocorre devido o surgimento de áreas de dismielinização do SNC, de provável etiologia autoimune afetando mais frequentemente mulheres.

-Diabetes A disfunção vesical ocorre em pacientes mal controlados por longa data, portadores de neuropatia periférica (dismielinização segmentar) que se manifesta na bexiga do mesmo modo que nos MMII, levando a perda de sensibilidade (o paciente não percebe a bexiga cheia)

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13
Q

Quais os sintomas de armazenamento?

A

Urgência, Noctúria, Dor supra púbica e Incontinência urinária

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14
Q

Quais os sintomas de esvaziamento?

A

Hesitância, jato fraco, intermitência, disúria, transbordamento e esforço abdominal.

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15
Q

Quais as perguntas IPSS que classifica LUTS em leve, moderado e grave?

A

-Sensação de não ter esvaziado completamente?
-Teve de urinar novamente <2 horas depois?
-Parou e recomeçou a micção várias vezes?
-Foi difícil conter a urina?
-O jato estava fraco?
-Teve que fazer força pra sair urina?
-Teve que acordar pra urinar?

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16
Q

Como o IPSS classifica LUTS em leve, moderado e grave?

A

As perguntas são divididas em Nenhuma, menos de uma vez, menos que metade das vezes, cerca de metade das vezes, mais que metade das vezes e sempre. Indo de01 a 5 no score nessa ordem.
Pessoas com 0-7 LEVE
Pessoas 8-19 MODERADO
Pessoas com 20-35 GRAVE

17
Q

Para que serve o PSA?

A

O PSA permite triar doenças da próstata, é um exame órgão específico, ou seja, pode revelar que há algo errado com a próstata, mas não permite identificar a etiologia (Câncer, HBP, Prostatite). Os níveis de PSA se relacionam com o tamanho da próstata, logo quanto maior o volume prostático espera-se que o PSA seja maior, portanto, um PSA um pouco mais elevado em uma próstata maior é mais compatível com HBP do que um PSA na faixa de normalidade, com um próstata muito pequena, portanto não há muito como avaliar o PSA sem ter uma estimativa do volume da próstata, o que torna exame físico (toque) algo de extrema importância,

18
Q

USG de rins e vias biliares serve para que?

A

permite avaliar rins, ureteres (parcialmente) e bexiga,
permite a identificação de cálculos vesicais, divertículos, bem como presença de hidronefrose e eventual comprometimento do parênquima renal (atrofia secundaria perda funcional renal)

19
Q

USG de próstata supra púbica pra que serve?

A

Muito falho em avaliar tamanho da próstata
- Resíduo pós-miccional (RPM): após a micção a bexiga deve estar com o mínimo volume, RPM acima de 150ml é considerada elevado demonstrando mal esvaziamento, porem não é totalmente confiável.
- Espessura da parede vesical: bexiga de esforço tende a apresentar espessamento de sua parede, alertando que está caminhado no sentido da falência detrusora (Bexiga miogênica), sendo uma medida que se revelou superior a outro parâmetros como RPM e Fluxo máximo para prever OIV.
- Presença de litíase vesical: os cálculos se formam devido ao RPM elevado, representam que há mal esvaziamento, mas não determina a etiologia.
- Presença de divertículos vesicais e trabeculações: representam esforço miccional e podem estar presentes nas OIV.

20
Q

O USG transretal é o melhor no que e porque não é indicado?

A

É o melhor método para aferição do tamanho prostático, porem não utilizado rotineiramente, para esta finalidade em função do incomodo ocasionado.

21
Q

Qual é o exame de eleição para avaliar uretra?

A

Uretrocistografia miccional e retrograda

22
Q

Qual exame melhor separa OIV de bexiga neurogênica?

A

Estudo urodinâmico

23
Q

Quais os quadros em que o tratamento cirúrgico é a primeira escolha?

A

RUA persistente
ITU de repetição
Divertículo vesical volumoso
Hidronefrose
IRA pós renal

24
Q

Qual o tratamento medicamentoso?

A

Bloqueador de alfa adrenérgico:
Relaxa a musculatura lisa e melhora rapidamente os sintomas diminuindo-os em 30 a 40% (Tansulosina 0,4 a 0,8 mg/d e Doxazosina)

Inibidores 5-a redutase:
Impede a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona, fazendo a próstata diminuir em 30% e o PSA 50%. Indica-se em próstatas >40g (Finasterida 5mg/d e Dutasteria)

Tadalafila (inibidor da 5 fosfodiesterase), recomendado para quando associado a disfunção erétil e causa relaxamento do colo vesical.

25
Q

RTU de próstata como é a cirurgia?

A

técnica endoscópica onde se remove o tecido prostático que está obstruindo a luz uretral, em geral indicada para próstatas até 80g.

26
Q

Prostatectomia aberta como é a cirurgia e em que casos?

A

método mais invasivo, hoje com tendência de substituição por técnicas minimamente invasivas, consiste na remoção do adenoma prostática (zonas central e de transição hiperplasiadas) através de incisão infra umbilical extraperitoneal. Classicamente é indicada para próstatas acima de 80g.

27
Q

Uretrotomia interna como funciona a cirurgia e quando pode ser feita?

A

consiste de uma técnica endoscópica em que o ponto estenótico
é seccionado, sendo pouco invasivo, porem com taxas mais elevadas de recidiva.
Esta técnica não deve ser utilizada em estenose com mais de 2 cm de distância entre os pontos saudáveis, assim com esta contraindicada na uretra peniana.

28
Q

Uretroplastia como funciona a cirurgia e quando pode ser feita?

A

É uma modalidade cirúrgica aberta onde se pode seccionar o setor
estenótico e realizar a anastomose dos cotos, que não podem ser distantes para isto, ou realizar enxerto do com mucosa (geralmente oral), sendo que na uretra peniana somente esta última técnica pode ser empregada ( anastomose do cotos geraria tortuosidade peniana).

29
Q

Meatotomia quando indicar?

A

cirurgia aberta realizada no meato para aumentar o calibre do mesmo, está indicado nos casos de estenose do meato.

30
Q

Quando indicar cistostomia?

A

punção vesical e instalação de uma sonda em região supra púbica, é um procedimento, na maioria das vezes realizado em situações de RUA ou naquelas uretra que em que não há solução de modo algum (panestenose).