Câncer de próstata localizado Flashcards

1
Q

Atualmente em que fase geralmente é encontrado o cancer de próstata nos países desenvolvidos e porque é tão mais cedo que antigamente?

A

A partir do uso do marcador (PSA) e da intensificação do diagnóstico precoce nos países desenvolvidos, cerca de 80% dos casos de CP são diagnosticados em fase inicial, subclínica, por vezes sem lesões palpáveis ao toque retal (estádio T1c).

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2
Q

Maioria dos casos de CP encontrados hoje em dia são localizados, localmente avançados ou metastáticos?

A

Localizados fase importante no manejo com o urologista

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3
Q

Em meio a todos os casos de câncer do mundo a incidência do CP é alta?

A

Sim é o tumor sólido com a maior incidência do mundo e um dos principais em mortalidade.

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4
Q

Pedir exames cintilografia óssea e TC de abdome e de pélvis caso PSA < 20, Glenson escore 7 e Estadiamento T2a? Sem sinais clínicos de metástase.

A

SIM. Exames devem ser pedidos em caso de PSA > 20 ou Glenson escore maior que 6 ou Estadiamento T2b ou quando há sinais clínicos indicando metástase. Nesse caso apenas o Glenson maior que 6 era evidenciado.

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5
Q

Um CP de baixo risco é determinado por quais níveis de marcadores?

A

PSA < 10 ng/ml e Gleason escore 2 a 6 e estádio ≤T2a

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6
Q

Um CP de risco intermediário é determinado por quais níveis de marcadores?

A

PSA 10 a 20 ng/ml ou Gleason escore 7, ou estádios T2b-c

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7
Q

Um CP de alto risco é determinado por quais níveis de marcadores?

A

PSA > 20 ng/ml ou Gleason escore 8 a 10, ou estádios T3a-b

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8
Q

Um CP de muito alto risco é determinado por quais níveis de marcadores?

A

Estádios T3c-T4 ou qualquer T, N1-

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9
Q

Qual situação um CP de baixo risco sofrerá investigação por Cintilografia óssea, Raio X tórax PA e Perfil, Tomografia de abdome e pélvis?

A

Quando há suspeita clínica de metástase (dor Óssea referida)

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10
Q

O que os CP de baixo risco são submetidos?

A

podem ser submetidos a monoterapia, por meio de cirurgia e modalidades de RT podem ainda ser submetidos a seguimentos clínicos ou a protocolos de vigilância ativa e intervenção tardia

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11
Q

Como são tratados os intermediários e alto risco?

A

intermediário e elevado sempre demandam tratamento,
sendo que esses últimos podem ser submetidos a associações de tratamentos, como cirurgia seguida de RT ou
hormonioterapia (HT) ou RT+HT.

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12
Q

O que seria a cinética do PSA? Além disso na biópsia como funciona a dinâmica junto ao PSA do Glenson e os fragmentos?

A

“cinética do PSA”. Pacientes que tenham tido elevação de mais de
2,0 ng/ml no ano antecedente ao seu diagnóstico têm,
em geral, prognóstico mais reservado. Escore de Gleason
e número ou porcentagem de fragmentos positivos nas
biópsias também são fatores prognósticos importantes.
Pacientes com mais de 30 a 50% dos fragmentos acometidos constituem maior risco de recidiva ou progressão.
Esses dados de biópsias são ainda mais significativos para
casos que serão submetidos a RT, já que nesses pacientes
não disporemos do espécime cirúrgico para avaliação.
Nenhum dos fatores prognósticos isolados tem valor
preditivo independente

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13
Q

Rastreamento ou Screening é confiável e tem vantagens?

A

Não há estudos certos que comprovem que sim ou não. Apesar de ajudar sim em achar a doença precocemente está também muito associado superdiagnóstico, supertratamento, riscos de biópsias desnecessárias e a ansiedade.

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14
Q

O que levar em conta na hora de tratar sem ser PSA, Estadiamento e etc.?

A

devem ser considerados: idade e expectativa de vida,
comorbidades, prognóstico, atividade e interesse sexual,
presença ou ausência de obstrução urinária infravesical,
principalmente por hiperplasia prostática associada,
perfil psicológico e capacidade socioeconômica de aderência ao seguimento pós-tratamento ou de se submeter
a observação clínica

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15
Q

Deve ser levado a tratamento com intuito curativo apenas pacientes com que estadiamento e expectativa de vida?

A

todos os pacientes com expectativa de vida mínima de
dez anos, nos estádios T1b/c e T2 e alguns casos T3
selecionados (doença localmente avançada).

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16
Q

Nos casos de T1a quando deve ser tratado o paciente?

A

Nos casos de estádio T1a (<5% do material ressecado na RTU de
próstata), só serão tratados pacientes com elevação de
PSA, alto grau de Gleason ou longa expectativa de vida
que não possam ou não desejam ser seguidos. Pacientes
mais velhos, com expectativa de vida reduzida ou com
comorbidades significativas podem ser observados, principalmente se portadores de neoplasias pouco agressivas.

17
Q

Prostatectomia radial são o melhor método para que faixa etária? tem boa sobrevida? Ajuda no diagnóstico bioquímico em recidiva?

A

Pacientes mais jovens (menos de 65 anos).

sobrevida livre de progressão em dez anos de 47 a 73% em séries
recentes e sobrevida livre de recorrência bioquímica excelente. Para casos de bom prognóstico, taxas de sobrevida global são superponíveis à dos pacientes de mesma idade sem câncer.

PR proporciona pronto diagnóstico de
recidiva bioquímica pela remoção da fonte benigna produtora de PSA

18
Q

Quais as principais vias de PR?

A

Perianal- cicatriz pequena/anastomose uretrovesical com visualização direta/ melhor em pacientes transplantados ou com obstrução em espaço de Retzius.

Retropúbica- Padrão ouro historicamente/ qualquer hospital com pouco material e é extraperitoneal/

Laparoscopia e robótica- Cicatriz pequena/ 2d oq é ruim mas com robô é 3d/ tem riscos maior que a Retropúbica de disfunção e problemas urinários na com robô é menor.

19
Q

Linfadenectomia é necessário pós PR?

A

O real benefício da linfadenectomia e a extensão na
qual esse procedimento deve ser realizado permanecem
controversos. Detecção de metástases linfonodais em
pacientes de baixo risco é baixa, algo como 2 a 3%. De
modo geral, admitimos que a linfadenectomia pode ser
dispensada nesses casos ou ser realizada de forma mais
restrita, abrangendo apenas a fossa obturatória. Nos casos de alto risco, linfadenectomia alargada, abrangendo
especialmente linfonodos que acompanham os vasos
ilíacos internos, parece ter valor terapêutico, além de
estadiar melhor esses pacientes.

20
Q

Radioterapia (RT) tem resultados melhores que a PR no quesito sequelas pós tratamento e resultado?

A

A moderna RT permite resultados similares em
termos de toxicidade sexual e urinária, em comparação
à cirurgia, e maiores complicações retais e entéricas
(níveis aceitáveis). Porém, é menos reprodutível, pois
depende de equipamentos de alto custo e de tecnologia
avançada.

21
Q

Na radioterapia quanto Gy você atinge o melhor resultado?

A

72 Gy a 80 Gy
RT conformada 3-D (70 Gy)

22
Q

Quando não fazer RT em um paciente?

A

Pacientes com sintomatologia urinária prévia importante podem piorar significativamente com emprego de
RT, sendo necessário tratamento prévio ou HT neoadjuvante para reduzir o volume glandular

Portadores de retites e de doenças inflamatórias intestinais ou previamente irradiadas na pélvis não devem ser submetidos a
RT.

RT ou braquiterapia (BT) não permite informações
anatomopatológicas do espécime ou dos linfonodos.

Além disso, pacientes que fazem uso de anticoagulantes
cronicamente podem desenvolver hematúria ou sangramento retal de difícil controle.

23
Q

Braquiterapia de baixa dose o que é? e qual melhor indicação?

A

BT intersticial ou BT de baixa dose consiste no
implante de sementes radioativas, geralmente de
iodo-125, ouro ou paládio.
Casos de melhor indicação são de pacientes com idade avançada
e com neoplasias de baixo risco

24
Q

Braquiterapia de alta dose o que é?

A

realizada com inserção de agulhas radiotivas no períneo com
aplicação de duas doses diárias por poucos dias. A dose máxima no tumor primário é de 25 Gy, necessitando de associação com RT externa para complementação (cerca de 45 Gy na pélvis). Quando somadas por efeitos agonistas de biofísica, a dose atingida é superior a 65 Gy. Tem sido aplicada em casos de riscos intermediários e alto risco, como alternativa em situações quando RT externa conformada 3D ou IMRT não são disponíveis

25
Q

Observação (Watchful-Waiting)?

A

A proposta do watchful-waiting (WW) é clássica
em algumas escolas e consiste em observar os pacientes
e apenas intervir quando houver progressão ou sintomatologia, devendo ser utilizada nos mais idosos ou
com Comorbidades significativas e limitada expectativa
de vida (após os 70 anos de idade, a chance de morrer
por outras causas é cerca de nove vezes maior do que
de morrer de CP). Quando instituído, o tratamento
em geral não é curativo, mas paliativo.

26
Q

Observação vigilante (active surveillance [AS])

A

para prevenir o supertratamento de tumores poucos agressivos ou sem significância clínica, produzindo efeitos colaterais,
considerável morbidade e custos elevados.
Assim, alguns grupos propõem a observação vigilante, situação em que pacientes com tumores de baixo risco
de progressão, denominados tumores indolentes, não
são tratados radicalmente ad initio, mas acompanhados
ativamente. São submetidos a constantes avaliações do
PSA, e toque retal (trimestrais), e a biópsias prostáticas
à intervalos regulares (a cada 12 a 18 meses). Se houver
progressão no toque, no grau de Gleason, na velocidade
de elevação de PSA desfavorável ou na redução do PSA
doubling time, os pacientes são encaminhados para tratamento radical, mantendo-se as taxas de controle de
doença similares às dos tratados de início.

27
Q

Hormonioterapia o que é e pra que serve?

A

Alternativa para idosos ou para aqueles com expectativa de vida limitada, devendo-se ressaltar os efeitos
colaterais metabólicos, musculoesqueléticos, cardiovasculares, psíquicos e sexuais. Na maioria das vezes, não
se trata de modalidade curativa, mas paliativa, podendo
desenvolver resistência após longos períodos de uso

28
Q

Crioterapia o que é e pra que serve?

A

Deve ser considerada investigativa. Apresenta alto
custo e morbidade uretral e retal (fístulas e estenoses)
significativa. Essas complicações vêm sendo reduzidas
com inovações técnicas recentes de aquecimento local.

Embora conste de alguns guidelines como conduta de
primeira linha, o resultado oncológico desse tratamento
aguarda a prova do tempo. É empregada como opção
de resgate para recidivas locais após RT.

29
Q
A