Displasia de quadril - Ortopedia Flashcards
Explique a fisiopatogênia da displasia de quadril congênita
Tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo são dependentes da tensão provocada um pelo outro para seu desenvolvimento; se durante a formação, por qualquer razão, um deles não estiverem bem posicionados, a falta de tensão provocada irá gerar um acetábulo cada vez mais raso e uma cabeça de femur cada vez mais disforme
Papel do estrogênio na displasia de quadril?
O aumento do estrogênio, em especial na vida intrauterina, é fundamental para o desenvolvimento de frouxidão ligamentar, fazendo com que o fêmur não impacte no acetábulo tão “no fundo” e “No meio” e predispondo a displasia
Alguns fatores que facilitam o desenvolvimento de displasia de quadril? (6)
-Oligodrâmio (pouco líquido amniótico)
-Posição fetal pélvica
-Alta quantidade de estrogênio intra-útero
-Má postura (extra útero)
-Hiperrigidez ligamentar (força o fêmur fora do ponto central do acetábulo)
-Anóxia pós-natal (gerando paralisia)
Qual “má postura” está relacionada com a displasia de quadril?
Pernas esticadas, em posição neutra ou aduzidas
A posição mais natural seria com as pernas relaxadas (levemente fletidas) com o fêmur em abdução
Qual o período mais importante da gestação para o desenvolvimento do quadril?
O primeiro trimestre, sendo a partir da sétima semana que as células do quadril se desenvolvem até a décima segunda semana, quando a articulação já está totalmente formada, restando apenas o crescimento da estrutura
Teste de Ortolani e Barlow?
Teste de Ortolani: o bebê com as pernas fletidas juntas, segura o joelho dele e abduz os membros até ouvir um “click”, que indica que o quadril estava luxado e foi alinhado (reduzido).
Teste de Barlow: pega o bebe com as pernas abduzidas e fecha elas enquanto empurra levemente em direção ao peito da criança até ouvir um “click”, que indica que o quadril estava alinhado e foi luxado.
Em ambos o teste só pode ser feito até a quarta a sexta semana de vida, pois depois disso o bebê aumenta o tonus muscular e passa a resistir ao movimento
O que observar nas pegas cutâneas do bebê no contexto de displasia de quadril?
A simetria ou assimetria delas, tanto das pregas ventrais quanto dorsais das coxas; se assimétricas, 70-80% de chance do bebê ter displasia de quadril
Padrão ouro para diagnóstico de displasia de quadril até o sexto mes de vida?
Ultrassom pelo método de Graf, feito até o sexto mês de vida (pois não ocorreu a calcificação da cabeça do femur ainda)P
Padrão ouro para diagnóstico de displasia de quadril após os seis meses de vida?
Raio x
Tratamento da displasia de quadril?
Até o sexto mês: suspensório de Pavlik (imobiliza o bebê na posição de “frango assado) por 3 meses
A partir do sexto mês até os 18 meses: redução incruenta com gesso pelvopodálico
A partir dos 18 meses: cirurgia cruenta (na “força”)
Opções cirúrgicas para displasia de quadril?
Técnica de Salter: dos 18 meses aos 6 anos
Osteotomia de Pemberton: dos 18 meses aos 10 anos
Angulação de Steel: até os 16 anos