Dispepsia Flashcards

1
Q

Quais as regiões do estomago

A

Fundo, corpo, região pilórica

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2
Q

Vascularização do estomago e a origem desses vasos

A

Curvatura menor: gástrica esquerda e gástrica direita (ramo da hepática)
Curvatura maior: gastro-omental direita (ramo da gastroduodenal que é ramo da hepática comum)

O tronco celíaco da origem diretamente a artéria gástrica esquerda, hepática comum e esplênica.

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3
Q

Quais as células do estomago e o que fazem

A
  • Células mucosas superficiais, mucosas do colo,
  • Parietais (oxínticas) – produção de ácido clorídrico e fator intrínseco
  • Endócrinas
  • Principais (zimogênicas) – produzem pepsinogênio
  • G – produzem gastrina (estimula produção de ácido clorídrico e somatostatina)
  • D – Produzem somatostatina (inibe produção de ácido clorídrico)
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4
Q

Substâncias que estimulam a secreção ácida

A

Acetilcolina, histamina, gastrina

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5
Q

O que compõe a defesa da mucosa

A

Muco, bicarbonato, renovação celular, fluxo sanguíneo da mucosa (remove o ácido), prostaglandinas (estimulam formação de muco, síntese de bicarbonato, fluxo sanguíneo e regeneração da mucosa), óxido nítrico

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6
Q

Quadro clínico da síndrome dispéptica

A

Definição incerta e questionável de acordo com os guidelines

Paciente com dor e/ou desconforto epigástrico, plenitude pós-prandial ou saciedade precoce

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7
Q

Etiologias da síndrome dispéptica, qual a principal

A

Dispepsia funcional (mais comum)
Úlcera péptica
Síndrome de Zollinger-Ellison (tumor produtor de gastrina)
Câncer de estômago

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8
Q

Qual a abordagem sindrômica da síndrome dispéptica?

A

Avaliar o risco + fazer teste terapêutico
Baixo risco: <40-45 anos, sem sinais de alarme.
Fazer teste terapêutico e pesquisa de H. pylori não invasiva nos de baixo risco
Alto risco: >40-45 anos ou sinais de alarme ou REFRATARIEDADE ao teste terapêutico
Fazer pesquisa invasiva de H. pylori (teste rápido de uréase)

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9
Q

Sinais de alarme para câncer gástrico na síndrome dispéptica

A

Perda ponderal significativa
Anemia
Disfagia progressiva
Parente primeiro grau com história…

outros: vômitos recorrentes, icterícia, odinofagia, massa abdominal, linfadenopatia, gastrectomia parcial prévia

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10
Q

Quando preciso solicitar endoscopia em pacientes com dispepsia

A
  • Todos acima de 40-45 anos*;
  • Todos que apresentarem pelo menos um sinal de alarme para câncer gástrico;
  • Todos que receberam um tratamento conservador adequado inicialmente mas se mostraram
    refratários, com a manutenção dos sintomas.
  • Quando um paciente que fez teste não invasivo para H. pylori deu positivo
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11
Q

Após a realização da EDA, como devo tratar meu paciente?

A

Aí depende do resultado da EDA. Se ela vier positiva para uma doença orgânica, o tratamento é específico para esta enfermidade (por exemplo cirurgia, quimioterapia… no caso de um câncer gástrico). Mas se por outro lado, a EDA vier negativa, a dúvida fica somente em 1) tratar uma dispepsia funcional ou 2) tratar uma dispepsia relacionada ao H. pylori.

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12
Q

Como é feita a investigação de presença de H. Pylori?

A
Pode ser invasiva ou não invasiva
Invasiva:
Teste rápido de urease
Histologia/biópsia - busca identificar a própria infecção bem como lesões associadas (gastrite atrófica, metaplasia intestinal, displasia, linfoma MALT). A coloração Giemsa pode auxiliar em identificar a bactéria, se positivo vai ser descrito como “pequenas estruturas espiraladas junto a superfície epitelial”
Cultura 
Teste de sensibilidade bacteriana
Não invasiva:
Teste respiratório com ureia 13C (isótopo do carbono marcado)
Teste de antígeno fecal
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13
Q

Como tratar infecção ativa por H. Pylori (fármacos e tempo de tratamento)

A

Inibidor de bomba de prótons (omeprazol) por 28 dias + Amoxicilina + Claritromicina durante 14 dias

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14
Q

Quais as indicações de erradicação do H. Pylori

A

Ter H. pylori não é o suficiente, é preciso

  • Linfoma MALT de baixo grau
  • Pós-operatório de câncer gástrico (parcial)
  • Gastrite crônica
  • Úlcera péptica
  • Dispepsia funcional
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15
Q

Paciente com baixo risco com dispepsia faz teste respiratório com ureia positivo para H. pylori, o que fazer em seguida?

A

Ainda não pode tratar pois ter H. pylori não é o suficiente para iniciar tratamento, então fazer EDA para ver se tem úlcera também etc

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16
Q

E se mesmo após erradicar o H. pylori o paciente mantém dispepsia? Como tratar?

A

Se não melhorar após erradicar então só pode ser funcional! O tratamento depende da sintomatologia
Dor epigástrica X Desconforto pós-prandial
- Síndrome da dor epigástrica: Inibidores de bomba de próton (IBP) são os mais utilizados e recomendados pois podem auxiliar na resolução dos sintomas dispépticos. Os bloqueadores
H2 também podem ser utilizados para pacientes com predomínio de dor epigástrica.
- Síndrome do desconforto pós-prandial: Os PROCINÉTICOS (metoclopramida, bromoprida, domperidona) para pacientes com predomínio de desconforto pós-prandial.

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17
Q

E se o exame para H. Pylori der negativo? O que fazer?

A

Suspeitar de dispepsia funcional, tratar de acordo com sintomatologia

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18
Q

Patogênese da úlcera péptica

A

O H. pylori inibe as células D que produzem somatostatina, sem o feedback negativo se produz muito HCl causando úlceras gástricas e duodenais. Também pode ocorrer de outra forma, pode haver uma gastrite atrófica em que a mucosa fica mais susceptível ao ácido com menos produção de HCl, isso causa as úlceras gástricas tipo I e IV.

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19
Q

Importantes fatores de risco para úlcera péptica

A

Infecção pelo H. Pylori
Uso de aines
Tabagismo
Abuso de álcool

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20
Q

Classificação da úlcera péptica quanto a localização e mecanismo

A
Classificação de Johnson:
I - pequena curvatura
II- corpor gástrico + úlcera duodenal
III- pré-pilórica
IV- pequena curvatura, próxima a junção gastroesofágica
V- qualquer localizacação

Não tem classificação para as duodenais

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21
Q

Qual a úlcera péptica mais comum

A

Duodenal

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22
Q

Qual úlcera melhora com alimentos

A

Duodenal

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23
Q

Quais as úlceras pépticas com hipercloridria

A

Duodenal e gástricas II e III (corpo+duodenal e pré-pilórica)

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24
Q

Local típico de sangramento na úlcera duodenal

A

Parede posterior

25
Local típico de perfuração na úlcera duodenal
Parede anterior
26
Tratamento da úlcera péptica com IBP (tempo), quando está indicado?
Terapia antissecretória com IBP ou bloqueadores H2 por 4-12 semanas/1-3 meses Indicado nos pacientes com dispepsia que não tem sinais de alarme ou idade >45-50 anos. Somente se o paciente não responder a esse tratamento deve ser submetido a teste para H. pylori.
27
Como tratar paciente com H. pylori + DRGE?
Não se deve tratar
28
Como confirmar a erradicação do H. Pylori
Fazer teste (qual teste?) 4 semanas após o término da antibioticoterapia e 1 a 2 semanas após o término do uso de IBP - Se úlcera gástrica fazer EDA - Se úlcera duodenal não precisa de EDA, basta o teste respiratório com uréia ou pesquisa do antígeno fecal
29
Quando fazer o tratamento cirúrgico
Em casos de complicações (hemorragias, perfuração e mais infrequentemente obstrução) ou eletivas em pacientes refratários ao tratamento clínico.
30
Quando suspeitar de síndrome de Zollinger-Ellinson?
Múltiplas ulceras simultaneamente, refratarias ao tratamento, ulceras sem h. pylori ou AINES. Localização mais comum é duodenal (pois é mais sensível ao ácido clorídrico.
31
Qual úlcera péptica que após tratamento para erradicação do H. pylori não é preciso fazer nova EDA para confirmar a erradicação?
Duodenal, nela fazer um teste não invasivo para confirmar erradicação
32
Por que é necessário fazer seguimento com EDA no paciente com úlcera gástrica?
Pela grande chance de ser câncer gástrico, ele pode se apresentar como úlcera! Então é preciso fazer biópsia. Como vai ser feito a biópsia se aproveita logo para fazer teste de uréase e ver se erradicou o H. pylori *Atenção* não confundir, a úlcera não se torna câncer! O EDA é para ver se o que parecia uma úlcera na verdade é um câncer.
33
Qual úlcera que piora com alimentação
Gástrica
34
É preciso pesquisar H. pylori em todo mundo?
Só se não houver resposta ao teste terapêutico de IBP por 1-3 semanas
35
Em quais úlceras pépticas (com indicação de tratamento cirúrgico) se fazer a vagotomia como opção cirúrgica?
Úlcera gástrica tipo II e III e úlcera duodenal, ou seja, nas que ocorre hipercloridria
36
Quais os tipos de vagotomia
Troncular (por ter efeito colateral importante é preciso fazer também uma piloroplastia ou uma antrectomia) com anastomose Billroth I ou II Seletiva Superseletiva
37
Nas úlceras com indicação cirúrgica, quais não é preciso fazer vagotomia? Então o que fazer nelas?
Nas por hipocloridria, nelas basta antrectomia (tipo I), no tipo IV gastrectomia parcial com Y de Roux ou gastrectomia subtotal e reconstrução de Bill
38
Quais as complicações do tratamento cirúrgico da úlcera péptica
Síndrome da alça aferente, síndrome da alça eferente, gastrite alcalina (gastropatia por refluxo biliar), síndrome de Dumping, diarreia pós vagotomia, síndrome do antro retido
39
Liste o tratamento cirúrgico para cada tipo de ulcera gástrica
II e III - vagotomia troncular + antrectomia I - IV- gastrectomia subtotal + y de roux; hemigastrectomiacom extensão vertical + y de roux
40
Qual a complicação cirúrgica que ocorre no Billroth II, qual o quadro clínico dela?
- Síndrome a alça aferente Dor pós-prandial, vômitos biliosos em jato que aliviam a dor - Síndrome da alça eferente Vômitos com restos alimentares que aliviam dor abdominal
41
Como tratar a síndrome da alça aferente?
Revisão cirúrgica ou conversão para Y de Roux
42
Quadro clínico da gastrite alcalina
Dor constante, vômitos biliosos que não aliviam a dor
43
Tratamento da gastrite alcalina
Y de roux
44
Clínica e tratamento da síndrome de Dumping
Vômitos, diarreia explosiva, palpitações, sudorese. Ocorre pelo mesmo motivo da gastropatia por refluxo biliar, ou seja, uma disfunção do piloro. Fracionar alimentos, restringir carboidratos e gorduras, aumentar fibras, não consumir alimentos com bebidas
45
Por que pode ocorrer diarreia secretória após vagotomia? Como tratar?
- Devido denervação ocorre maior liberação de sais biliares que causam diarreia secretória - Tratamento é colestiramina e loperamida
46
O que é a síndrome do antro retido
Hiperprodução de gastrina pelo antro que foi esquecido lá
47
Sangramento x Perfuração - qual é mais comum na úlcera gástrica e na úlcera duodenal?
Úlcera gástrica – perfuração | Úlcera duodenal – sangramento
48
Úlcera duodenal + sangramento. Qual a provável artéria acometida?
Artéria gastroduodenal (posterior)
49
Paciente com úlcera duodenal no bulbo duodenal perfurada para o peritônio livre, qual a conduta cirúrgica
Úlceras duodenais perfuradas são abordadas cirurgicamente para rafia, vagotomia troncular e piloroplastia. Nesse caso não falou se o paciente está estável
50
Qual úlcera péptica geralmente fazemos biópsia
Gástrica, pois é a que mais se associa com câncer
51
A conduta inicial na hemorragia digestiva alta (HDA)
É a estabilização hemodinâmica Passagem de sonda nasogástrica para lavagem (controvérsia, mas se recomenda) pois facilita o EDA, IBP preferencialmente parenteral 80 mg omeprazol (bolus) seguido de infusão contínua 8mg/h Fazer EDA 24-48hrs após estabilização hemodinâmica
52
Classificação de Forrest
I – tem sangramento! Ia (em jato) Ib (lento/babando) II – teve hemorragia recente! IIa-vaso, IIb-coágulo ou IIc-hematina III – úlcera clara
53
São características mais frequentes das úlceras gástricas tipo 1, em relação a secreção ácida e localização anatômica, respectivamente
Hipocloridria e incisura abgularis
54
Quando fazer o tratamento endoscópico de hemorragia digestiva alta? Qual o tratamento endoscópico?
- Na ausência de sangramento arterial ativo (as com II ou III), única de terapia: coagulação térmica ou o emprego de clipes metálicos mostraram-se superiores à epinefrina. - Se sangramento ativo: epinefrina na base da úlcera + coagulação térmica ou clipe metálico
55
Quando fazer tratamento cirúrgico da hemorragia digestiva alta
Persistência de instabilidade apesar de ressuscitação volêmica Falência inicial da terapia endoscópica Falência da endoscopia em interromper o sangramento Choque associado ao sangramento Sangramento contínuo com necessidade de >3U de concentrado de hemácias/dia
56
Um homem de 60 anos que ingere anti-inflamatórios diariamente apresentou há 24 horas perfuração aguda de úlcera duodenal. Durante o ato cirúrgico, encontrou-se secreção digestiva e fibrina por toda a cavidade abdominal. Após rafia da lesão ulcerada, a melhor conduta é
Lavar cavidade com NaCl a 0,9% e proceder à síntese de parede abdominal Não se esqueça que pacientes com grandes contaminações, como a sepse abdominal, são submetidos a peritoniostomia e abordagem em segundo tempo para fechamento. Portanto, como temos um paciente com grande quantidade de secreção, porém não considerada de alto risco para realizarmos uma peritoniostomia, a conduta adequada envolverá a lavagem exaustiva da cavidade com NaCl 0,9% e realização da síntese da parede abdominal
57
Um homem de 39 anos de idade, tabagista e hipertenso, é operado por abdome agudo perfurativo. No intraoperatório, é achada úlcera perfurada em antro gástrico, com 2 cm de diâmetro, e peritonite purulenta difusa. Melhor conduta
Pacientes instáveis com úlcera perfurada devem ser tratados com rafia da úlcera e patch de omento. TODOS os casos de úlcera perfurada (gástricas ou duodenais) em pacientes INSTÁVEIS devem ser tratados com rafia, patch de omento (tampão de Graham ou epiplonplastia) e irrigação da cavidade abdominal.
58
Paciente hipotenso refere episódio de sangramento digestivo alto em grande quantidade. Endoscopia digestiva identifica ulcera duodenal com sangramento ativo. Qual a conduta a seguir?
Esclerose endoscópica da ulcera
59
Paciente de 56 anos, sexo feminino vem consultar no ambulatório por diarreia há 1 mês, dor abdominal epigástrica em queimação e emagrecimento. Foram solicitadas endoscopia digestiva alta e ecografia abdominal, a endoscopia mostrou duas ulceras gástricas em região antral e uma em região duodenal. A ecografia foi normal. Baseando-se na principal etiologia para este achado endoscópico, qual exame poderia especificar a causa do problema?
Dosagem de gastrina sérica