Dispepsia Flashcards
Quais as regiões do estomago
Fundo, corpo, região pilórica
Vascularização do estomago e a origem desses vasos
Curvatura menor: gástrica esquerda e gástrica direita (ramo da hepática)
Curvatura maior: gastro-omental direita (ramo da gastroduodenal que é ramo da hepática comum)
O tronco celíaco da origem diretamente a artéria gástrica esquerda, hepática comum e esplênica.
Quais as células do estomago e o que fazem
- Células mucosas superficiais, mucosas do colo,
- Parietais (oxínticas) – produção de ácido clorídrico e fator intrínseco
- Endócrinas
- Principais (zimogênicas) – produzem pepsinogênio
- G – produzem gastrina (estimula produção de ácido clorídrico e somatostatina)
- D – Produzem somatostatina (inibe produção de ácido clorídrico)
Substâncias que estimulam a secreção ácida
Acetilcolina, histamina, gastrina
O que compõe a defesa da mucosa
Muco, bicarbonato, renovação celular, fluxo sanguíneo da mucosa (remove o ácido), prostaglandinas (estimulam formação de muco, síntese de bicarbonato, fluxo sanguíneo e regeneração da mucosa), óxido nítrico
Quadro clínico da síndrome dispéptica
Definição incerta e questionável de acordo com os guidelines
Paciente com dor e/ou desconforto epigástrico, plenitude pós-prandial ou saciedade precoce
Etiologias da síndrome dispéptica, qual a principal
Dispepsia funcional (mais comum)
Úlcera péptica
Síndrome de Zollinger-Ellison (tumor produtor de gastrina)
Câncer de estômago
Qual a abordagem sindrômica da síndrome dispéptica?
Avaliar o risco + fazer teste terapêutico
Baixo risco: <40-45 anos, sem sinais de alarme.
Fazer teste terapêutico e pesquisa de H. pylori não invasiva nos de baixo risco
Alto risco: >40-45 anos ou sinais de alarme ou REFRATARIEDADE ao teste terapêutico
Fazer pesquisa invasiva de H. pylori (teste rápido de uréase)
Sinais de alarme para câncer gástrico na síndrome dispéptica
Perda ponderal significativa
Anemia
Disfagia progressiva
Parente primeiro grau com história…
outros: vômitos recorrentes, icterícia, odinofagia, massa abdominal, linfadenopatia, gastrectomia parcial prévia
Quando preciso solicitar endoscopia em pacientes com dispepsia
- Todos acima de 40-45 anos*;
- Todos que apresentarem pelo menos um sinal de alarme para câncer gástrico;
- Todos que receberam um tratamento conservador adequado inicialmente mas se mostraram
refratários, com a manutenção dos sintomas. - Quando um paciente que fez teste não invasivo para H. pylori deu positivo
Após a realização da EDA, como devo tratar meu paciente?
Aí depende do resultado da EDA. Se ela vier positiva para uma doença orgânica, o tratamento é específico para esta enfermidade (por exemplo cirurgia, quimioterapia… no caso de um câncer gástrico). Mas se por outro lado, a EDA vier negativa, a dúvida fica somente em 1) tratar uma dispepsia funcional ou 2) tratar uma dispepsia relacionada ao H. pylori.
Como é feita a investigação de presença de H. Pylori?
Pode ser invasiva ou não invasiva Invasiva: Teste rápido de urease Histologia/biópsia - busca identificar a própria infecção bem como lesões associadas (gastrite atrófica, metaplasia intestinal, displasia, linfoma MALT). A coloração Giemsa pode auxiliar em identificar a bactéria, se positivo vai ser descrito como “pequenas estruturas espiraladas junto a superfície epitelial” Cultura Teste de sensibilidade bacteriana Não invasiva: Teste respiratório com ureia 13C (isótopo do carbono marcado) Teste de antígeno fecal
Como tratar infecção ativa por H. Pylori (fármacos e tempo de tratamento)
Inibidor de bomba de prótons (omeprazol) por 28 dias + Amoxicilina + Claritromicina durante 14 dias
Quais as indicações de erradicação do H. Pylori
Ter H. pylori não é o suficiente, é preciso
- Linfoma MALT de baixo grau
- Pós-operatório de câncer gástrico (parcial)
- Gastrite crônica
- Úlcera péptica
- Dispepsia funcional
Paciente com baixo risco com dispepsia faz teste respiratório com ureia positivo para H. pylori, o que fazer em seguida?
Ainda não pode tratar pois ter H. pylori não é o suficiente para iniciar tratamento, então fazer EDA para ver se tem úlcera também etc
E se mesmo após erradicar o H. pylori o paciente mantém dispepsia? Como tratar?
Se não melhorar após erradicar então só pode ser funcional! O tratamento depende da sintomatologia
Dor epigástrica X Desconforto pós-prandial
- Síndrome da dor epigástrica: Inibidores de bomba de próton (IBP) são os mais utilizados e recomendados pois podem auxiliar na resolução dos sintomas dispépticos. Os bloqueadores
H2 também podem ser utilizados para pacientes com predomínio de dor epigástrica.
- Síndrome do desconforto pós-prandial: Os PROCINÉTICOS (metoclopramida, bromoprida, domperidona) para pacientes com predomínio de desconforto pós-prandial.
E se o exame para H. Pylori der negativo? O que fazer?
Suspeitar de dispepsia funcional, tratar de acordo com sintomatologia
Patogênese da úlcera péptica
O H. pylori inibe as células D que produzem somatostatina, sem o feedback negativo se produz muito HCl causando úlceras gástricas e duodenais. Também pode ocorrer de outra forma, pode haver uma gastrite atrófica em que a mucosa fica mais susceptível ao ácido com menos produção de HCl, isso causa as úlceras gástricas tipo I e IV.
Importantes fatores de risco para úlcera péptica
Infecção pelo H. Pylori
Uso de aines
Tabagismo
Abuso de álcool
Classificação da úlcera péptica quanto a localização e mecanismo
Classificação de Johnson: I - pequena curvatura II- corpor gástrico + úlcera duodenal III- pré-pilórica IV- pequena curvatura, próxima a junção gastroesofágica V- qualquer localizacação
Não tem classificação para as duodenais
Qual a úlcera péptica mais comum
Duodenal
Qual úlcera melhora com alimentos
Duodenal
Quais as úlceras pépticas com hipercloridria
Duodenal e gástricas II e III (corpo+duodenal e pré-pilórica)