DIP Flashcards
O que é DIP?
➡️ Infecção ascendente do trato genital feminino:
Origina-se de cervicite não tratada.
Acomete útero, tubas uterinas e peritônio.
Principais agentes etiológicos da DIP:
Chlamydia trachomatis
Neisseria gonorrhoeae
A microbiota da DIP é…?
Multibacteriana
Pode envolver: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma, Ureaplasma, E. coli, Streptococcus B, Actinomyces israelii (em usuárias de DIU)
Bactéria associada à DIP em usuárias de DIU:
Actinomyces israelii
Cite 3 fatores de risco importantes para DIP:
Múltiplos parceiros sexuais
Início precoce da vida sexual
Tabagismo
DIU (sobretudo no 1º mês)
Ausência de preservativo
Histórico prévio de DIP
Duchas vaginais e tampões vaginais
Por que o tabagismo é fator de risco?
Reduz atividade ciliar das tubas uterinas
Facilita ascensão bacteriana
Quadro clínico típico da DIP:
Dor hipogástrica
Corrimento vaginal purulento
Dispareunia
Dor à palpação de anexos
Dor à mobilização do colo uterino
Sinal clínico clássico ao exame físico:
Dor à mobilização do colo do útero
Qual a base do diagnóstico da DIP?
Diagnóstico clínico, baseado em critérios maiores e menores
Quais são os 3 critérios maiores da DIP?
Dor em hipogástrio
Dor à palpação dos anexos
Dor à mobilização do colo
Cite pelo menos 3 critérios menores da DIP:
Febre (>38,3 ºC)
Secreção cervical anormal
Leucocitose
PCR ou VSG elevados
Massa pélvica
Detecção de gonococo ou clamídia
Exame padrão-ouro para confirmação:
Laparoscopia (não é usada rotineiramente)
Esquema ambulatorial padrão no TTO da DIP:
Ceftriaxona 500 mg IM (dose única)
Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 14 dias
Metronidazol 500 mg VO 12/12h por 14 dias
Quando internar uma paciente com DIP?
Estado geral grave (náuseas, febre, vômitos)
Falha do tratamento ambulatorial após 72h
Suspeita de abscesso tubo-ovariano
Gestante
Intolerância a antibióticos orais
Diagnóstico incerto
Deve-se remover o DIU ao diagnóstico de DIP?
Não inicialmente
Só remover se sem melhora após 72h de tratamento
Alternativa à doxiciclina em gestantes/intolerância:
Clindamicina + Gentamicina
Quando suspeitar de Abscesso Tubo-Ovarano (ATO)?
DIP sem melhora clínica após 48–72h de antibiótico
Dor pélvica intensa persistente
Febre contínua
Massa pélvica à palpação
Exame de escolha para diagnóstico de ATO:
USG transvaginal
Achado típico da USG no ATO:
Massa complexa, heterogênea, com conteúdo líquido/septações
Tratamento inicial do ATO:
Antibioticoterapia EV: Ceftriaxona + Doxiciclina + Metronidazol
Alternativa: Clindamicina + Gentamicina
Quando indicar drenagem do ATO?
Ausência de resposta clínica
Abscesso >8 cm
Abscesso tocando parede vaginal
Qual a conduta na ruptura do ATO?
Cirurgia de urgência (laparoscopia/laparotomia)
O que é o sinal da roda dentada?
Achado da USG transvaginal
Dilatação da tuba uterina com pregas salientes
Indica salpingite aguda (fase inicial da DIP)
Outros achados ultrassonográficos na DIP além da roda dentada?
Espessamento das tubas
Líquido livre na pelve
Coleções complexas (abscesso)
Complicações tardias da DIP:
Infertilidade tubária
Dor pélvica crônica
Gestação ectópica
Aderências pélvicas
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis