Diabetes Mellitus Tipo 1 Flashcards

1
Q

Quais as células estão envolvidas no processo da DM1 ?

A
  • Células alfa
  • Células delta
  • Células PP
  • Células beta

  • Células alfa - glucagon
  • Células delta - somatostatina
  • Células PP (polipeptidios pancreativos) - inibe moviments gastrointestinais, secreção pancreatica e contração da vasicula biliar
  • Células beta - insulina

Essas células estão presentes no pancreas que se encontra em contato com o duodeno. É dividido em causa, cabeça e corpo do pancreas. Na região da cauda, é o local e que mais se concentram as células beta.

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2
Q

Quais os principais tipos de DM ?

A
  • DM tipo 1
  • DM tipo 2
  • DM gestacional

DM 1 é dividida em tipo A e B

DM 2: perda progressiva de secreção inculinica combinada com resistencia a insulina.

DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausencia de criterios de DM prévio.

Outros tipos de DM;
* Monogenicos (MODY)
* Diabetes neonatal
* Secundario a endocrinopatias
* Secundario a doenças do pancreas exocrino
* Secundario a infecções
* Secundario a medicamentos

(a principal droga causadora de DM é o imunossupressor após transplante. )

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3
Q

Qual a diferença entre DM 1 tipo 1A e 1B ?

A
  • 1A - Deficiencia de insulina por destruição autoimune das células beta comprovada por exames laboratoriais
  • 1B - deficiencia de insulina de natureza idiopatica.
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4
Q

Como se da a fisiopatologia da DM 1 ?

A

Autoimune - Destruição das celulas beta pancreaticas.

É caracterizado pela presença de anticorpos (defesa humoral) e a reposta das células T (celular) agredindo as proteinas das ilhotas.

  • Fatores genéticos e ambientais combinados de várias maneiras estão envolvidos. Ou seja, o individuo precisa ter
    uma predisposição genética e, associado a fatores ambientais, desencadeia esta doença autoimune;
  • O risco genético é definido pela presença da combinação de alelos específicos. O locus de maior susceptibilidade
    é a região HLA. Isto afeta o reconhecimento pelas células T e a tolerância a moléculas autólogas;
  • HLA: estes genes codificam proteínas de superfícies que são necessárias para a interação com células do sistema
    imune e estão envolvidos com reconhecimento e morte celular do sistema imune.
    – O HLA que leva a predisposição de DM é o HLA-DL 3 e 4, principalmente;
    – Existe polimorfismo do HLA que confere proteção, determinado geneticamente.
  • O desenvolvimento de autoanticorpos contra a célula beta é induzido após um individuo que é geneticamente
    suscetível ser exposto a um fator ambiental o que desencadeia vários processos imunológicos.
    − Existe uma incidência maior de DM1 no inverno, relacionado a infecção por Coxsackie (vírus). Nas crianças que
    tem predisposição genética, o vírus gera uma resposta autoimune mais acelerada, desencadeando a doença.
  • A célula Beta é predisposta a este ataque, pois faz a excreção do seu produto na corrente sanguínea;
  • Stress do RE é causado pela alta taxa de produção de insulina e processamento de proteínas.
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5
Q

Quais os anticorpos contra células beta que podem ser dosados ?

A
  • Antigeno antilhota
  • Anticorpos contra insulina
  • Decarboxilase ácido glutamico (GAD)
  • IA-2 (proteina tirosino - fosfatase)

Outros anticorpos : zinc transporter 8 (ZnT8A) e tetraspanin-7 (Tspan7)

* Antígeno antilhota (ICA): presente em 90% dos pacientes ao diagnóstico;
– Primeiro autoantígeno a ser descrito. Hoje se sabe que é um complexo de autoantígenos.
– Em crianças mais velhas/ adultos que desenvolvem DM1, normalmente com sobrepeso associado;
➢ DM em adultos pode acontecer, mas ainda não existem dados estatísticos sobre esta faixa etária. Na idade
adulta o curso da doença tende a ser mais branda e a destruição da célula beta mais lenta do que a doença
das crianças.
– Está relacionado ao HLA-DL3 e IDQ2.
* Anticorpos contra insulina: presentes em 34% ao diagnóstico, é o primeiro a positivar e o que mais cedo
desaparece.
− A disfunção das células Alfa pode ser parte do DM1 e ser causado pincipalmente por neuropatia ou
secundário a perda do contato das células Alfa com as células Beta;
− Aparece em crianças mais novas (1-2 anos) com DM1;
− Normalmente é presente quando a DM1 se desenvolve a partir de uma infecção respiratória.
* Decarboxilase ácido glutâmico (GAD): faz parte do complexo ICA. Tem 65 KDA na ilhota humana. Também
presente no SNC. Presente em 73% dos pacientes ao diagnóstico;
* IA-2 (proteína tirosino - fosfatase): Uma proteína transmembrana do granulo secretor de insulina. Presentes em
75% ao diagnóstico;

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6
Q

Como podemos dividir as fases de DM 1?

A
  • Estagio 1 - glicose normal
  • Estagio 2 - disglicemia
  • Estagio 3 - deficiencia absoluta de insulina

Estagio 1 - glicose normal - predisposição genetica + gatilho ambiental .
Neste estagio temos infiltração pancreatica pelas células T, insulite, processo inflamatorio)

Estagio 2 - disglicemia - lesão nas células beta cada vez maior.
Glicemia sobre um pouco e fica em torno de 110

Estagio 3 - deficiencia absoluta de insulina - destruição completa das celulas beta.
Neste estagio temos inicio da clinica: cetoacidose, poliuria, polidipsia, emagrecimentos. Normalmente, a glicemia fica em torno de 300-400

Lembrando que as células alfa são produtoras de glucagon, que promovem a produção de glicose hepatica. É contrarregulador a função das células beta - promove o aumento da glicemia. No DM1, pode ocorrer a disfução das células alfa também, por proximidade as células beta doentes.

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7
Q

O que devemos avaliar quando para o diagnostico de DM 1 ?

A
  • Sinais e sintomas de deficiencia de insulina
  • presença de autoanticorpos
  • Presença de outras doenças autoimunes

  • Sinais e sintomas de deficiência de insulina e necessidade de tratamento com insulina (pode ser pequena na fase
    3 e nos primeiros anos de hiperglicemia);
  • Presença de autoanticorpos – quanto mais precoce a dosagem, mais chance de virem positivos. Com o tempo, o
    processo imune desaparece, já que todas as células beta foram destruídas (o alvo já foi destruído);
  • Outras doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto, insuficiência adrenal, doença celíaca e gastrite atrófica)
    podem estar presentes em aproximadamente 20 % dos pacientes com DM1.
    − É mais comum o paciente com DM1 ter tireoidite de Hashimoto do que o paciente com Hashimoto ter DM1.
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8
Q

Como avaiamos a presença dos Ac no paciente com DM1 ?

A

Se prentes, fecha diagnostico de DM1
Se nagativos + sinais de resistnecia insulinica –> Pensar em DM2
Se negativos + insulino-sensivel –> investigar DM2 ou doenças genetias mais raras

  • Se presentes, fecha diagnostico para DM1;
  • Se negativos + sinais de resistência insulínica (CA aumentada, acantose, hipertrigliceridemia), pensamos em
    DM2. É importante ressaltar que DM2 em criança é muito raro (maioria é DM1), e normalmente está associado
    com obesidade grave;
  • Se negativos + insulino-sensível (pessoa magra, sem sinal de resistência insulínica): investigar se DM2 ou
    doenças genéticas mais raras, como MODY.
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9
Q

Em qual grupo DM1 é mais prevalente ?

A
  • Crianças e adultos jovens (pico entre 10 a 14 anos)
  • em paises desenvolvidos a incidencia é maior em meninos. isso se inverte em paises em desenvolvimento.

  • Mais comum em crianças e adultos jovens (pico entre 10 a 14 anos), sendo que crianças cada vez mais jovens
    estão sendo diagnosticadas.
  • A incidência parece ser maior em meninos do que meninas em países desenvolvidos, com padrão oposto visto
    em países em desenvolvimento;
  • Finlândia: onde existem mais casos de DM1 no mundo (78% maior): ajustado para idade, HLA hx familiar e locus
    não HLA;
  • Fatores não genéticos (ambientais) podem explicar e diferença de incidência entre os locais.
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10
Q

O que seria a hipotese higienica em DM1 ?

A

Criança precisa de contato com Microorganismo. Se ambiente muito higienizado, no momento de exposição a reação autoimune é exagerada, e com predisposição, desenvolve DM1.

Os fatores ambientais sao menos conhecidos que os fatores geneticos.
Incidencia maior de diagnosticos nos meses frios (cirus respiratorio)

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11
Q

Qual a relação observada na DM1 com a microbiota ?

A

Em crianças que desenvolveram os autoanticorpos temos uma diminuição de bacterias produtoras de acidos graxos de cadeia curta (butirato)

A microbiota pode ser melhorada com alimentação saudavel.
Uso de probioticos nas crianças que não se alimentam adequadamente é controverso

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12
Q

Qual a relação entre nutrição e DM1 ?

A
  • Efeito protetor de ditas com oleos de peixe não saturadas
  • Aumento de risco com alto consumo de leite e derivados
  • Aumento de risco com introdução alimentos ricos em fibras antes dos 4 meses de vida)
  • Consumo excessivo de açucar com progressão para DM1 em crianças com autoimunidade.

AM por pelo menos 1 ano é fator protetor

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13
Q

Como é feito o manejo da DM 1 ?

A
  • insulinas sempre
  • sensores (libre)/ glicosimetros
  • Aplicativos
  • Bombas de insulina (tto padrão ouro)
  • Educação

Aplicativos são usados para contagem de calorias e carboidratos.

Educação envolve a questão multidisciplinar. DM é uma doença muito abrangente, que exige muitos cuidados

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14
Q

Quais são os tipos de insulina utilizados ?

A
  • Basal
  • prandial

Todas são injetadas no SC
Primeiramente, a insulina era derivada do pancreas do porco (porcina) - muita reação alergica. Após 1980, a insulina começou a ser produzida em laboratorio (analogas a insulina humana), o que diminui as reações antingenicas.

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15
Q

Quais são as insulinas basais disponiveis ?

A
  • NPH
  • Glargina U100
  • Degludeca
  • Glargina U300

Simulam a secreção de insulina pelo pancreas - continuamente.

  • Como a NPH tem ação mais curta (10-16h), para cobrir as 24h, o paciente deve aplicar esta insulina 2x ao dia;
  • As outras insulinas basais podem ser aplicadas 1x ao dia;
  • Degludeca e Glargina 300 tem padrão muito similar a secreção de insulina humana.
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16
Q

Quais as insulinas prandiais (rapidas) disponiveis ?

A
  • Regular –> rapida
  • Asparte (Novorapid) –> ultrarapida
  • Lispro (humalog) –> ultra rapida
  • Glulisina (Apidra) –> ação ultra rapida.

tabela no drivezim

Precisam ser utilizados antes das refeições

Perfil de ação é o oposto de insulina basal. Tem ação rapida, fazendo um pico e desparecendo na circulação.

  • A insulina regular começa a agir de 30-1h após aplicação. Ou seja, o paciente deve aplicar a insulina, no
  • mínimo, 30 minutos antes de comer. Se aplicada muito próxima da refeição, causa hipoglicemia. É o único
  • tipo que tem no SUS;
  • As insulinas ultrarrápidas demoram menos de 15 minutos para agir;
  • Fiasp (tipo de insulina Asparte): age em menos de 5 minutos, pode ser aplicada na hora da refeição;
  • Inhale/Afrezza – insulina inalável, ultrarrápida. Muito boa, mas muito cara. Não existe no Brasil.
17
Q

Qual a dose diaria total de insulina (DDT)

A

0,5 u / kg

Essa dose deve ser dividida em: 50% insulina de ação intermediaria ou longa e 50% insulina regular ou ultrarapida.

18
Q

No que baseamos o calculo da quatidade de insulina antes da refeição ?

A
  • Fator de sensibilidae
  • contagem de carboidratos

▪ Fator de sensibilidade: o quanto de unidade de insulina rápida reduziria a glicemia proporcionalmente a
quantidade de insulina usada pelo paciente por dia – o quanto de insulina faz a glicemia do paciente cair
em 50mg/dl. Esse valor pode ser maior ou menor, dependendo se o indivíduo é mais ou menos sensível a
insulina.
▪ Contagem de carboidratos: 1 unidade de insulina cobre 15 g de carboidrato. Cálculo: 500 / DDT : mais
preciso ou usar tabela de equivalentes.
▪ Com a contagem de carboidratos e a administração adequada de insulina, o paciente pode comer doce.
▪ Se, depois da aplicação, o paciente comer mais do que colocou na contagem, não deve aplicar mais
insulina após (chance de fazer hipoglicemia).
▪ Esse é um grande problema da DM1 em crianças – perigo de aplicar a insulina e a criança não comer o que
foi calculado e cursar com hipoglicemia. Para evitar isso, podemos aplicar metade da dose antes e a outra
metade após a refeição (não é o ideal, mas é uma alterativa).

19
Q

Como fazemos a monitorização ?

A
  • Sensores mais modernos (libre)
  • Glicemia capilar

− A glicemia de ponta de dedo deve ser avaliada 6x ao dia, antes e depois da refeição. Em criança menor, é
preciso fazer uma medição da madrugada, as 3h, para garantir que a criança não faça hipoglicemia.
− Sempre medir na lateral do dedo, e não na polpa (maior sensibilidade). É importante que o paciente lave as
mãos antes de fazer a medição – certos alimentos podem causar interferência;
− Os sintomas só ocorrem se glicemia acima de 300 ou abaixo de 60. Porém, se o individuo mantem uma glicemia
relativamente alta por um tempo, aumenta o risco de complicações – importância da monitorização;

20
Q

Como funciona o sensor libre ?

A

Sensor de glicemia intersticial, implantaodo por 14 dias no SC.

Custo de 250 reais.

  • Sem maiores repercussões no dia a dia: pode tomar banho, fazer exercício físico;
  • Escanear via aplicativo de celular -> aparece valor da glicemia;
  • LibreView: médico acessa histórico diário do paciente;
  • 2 tipos: 1 (sem alarme) 2 (com alarme quando o paciente entra em hipoglicemia).
21
Q

Quao o padrão ouro para DM 1 ?

A

Bombas de insulina (“pancreas artificial”) - mais controle, menos complicação.

  • Muito caro – 3 mil por mês, 30 mil pela bomba;
  • Insulina ultrarrápida, liberada por programação de basal / de refeição (é necessário fazer
    a contagem de carboidratos);
  • Trocar a cada 3 dias, mudando de local para evitar lipohipertrofia;
  • Bomba fica externa ao corpo que se comunica com sensor semelhante ao libre (avalia a glicemia do paciente) e
    libera insulina conforme necessidade.

Temos ainda -
* Pâncreas artificial bi hormonal (insulina + glucagon): se assemelha mais ainda ao pâncreas saudável.