Diabetes Mellitus Flashcards
Qual a etiologia do DM 1?
O DM 1 é uma doença autoimune, poligênica, decorrente da destruição das células B, causando deficiência de insulina.
É desencadeada por uma insulite causada por infecções virais e exposição a antígenos.
Quais os tipos de DM 1?
Tipo 1A: Forma mais frequente, confirmada pela positividade de um ou mais autoanticorpos (ICA, IAA, GAD).
Tipo 1B: Forma idiopática, sem a presenças dos autoanticorpos.
Qual o perfil epidemiológico do DM 1?
É bem mais frequente na infância e na adolescência.
A sua incidência está aumentando na população infantil.
*Pode ser diagnosticado em adultos (LADA).
Qual a definição de DM?
O DM consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente decorrente da:
- Deficiência na produção de insulina;
- Falha na ação da insulina.
Qual a clínica clássica do DM 1?
Poliúria; Polidpisa; Polifagia; Emagrecimento; Enurese noturna e candidíase vaginal em crianças pequenas.
Qual a complicação aguda mais relacionada ao DM 1?
Cetoacidose Diabética.
Qual o tratamento para DM 1?
Insulinoterapia.
A dose varia de acordo com a duração e fase do diabetes;
Dose de 0,5 a 1 U/kg/dia para doença ja estabelecida.
Quais os tipos de insulina existentes?
Ultrarrápida: Início 5-15 min, pico 0,5-1,5 h e age por 4-6 h;
Ex: Lispro e Aspart.
Rápida: início 30-60 min, pico 2-3h e age por 5-8h;
Ex: Regular.
Prolongada: Período de ação entre > 18h;
Ex: Ultralenta e Glargina.
A destruição das ilhotas é mediada pelos autoanticorpos dirigidos contra células das ilhotas.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
Essa destruição é mediada por linfócitos T.
O que é a fase de “lua de mel” no DM 1?
É o controle glicêmico conseguido com doses moderadas ou nula de insulina após a manifestação clínica inicial do DM 1.
*É uma fase transitória de produção de insulina residual.
Quais os fatores de risco para o DM 2?
História familiar; Avançar da idade; Obesidade; Sedentarismo; Síndrome Metabólica; Pré-DM e DMG; SOP.
Quais as indicações para o rastreamento de DM 2?
Sinais e sintomas da doença;
Assintomáticos < 45 anos e sobrepeso + UM fator de risco;
Todos > 45 anos a cada 3 anos;
Crianças com sobrepeso + DOIS fatores de risco.
Qual o quadro clínico característico do DM 2?
Na maioria das vezes, a doença é assintomática ou oligossintomática.
*A resistência a insulina pode ser indicada pela acantose nigricans.
O diagnóstico é geralmente realizado por dosagens laboratoriais de rotina ou manifestação das complicações crônicas.
O que é o DM gestacional?
A gravidez é uma condição diabetogênica devido a produção de hormônios hiperglicemiantes pela placenta.
O DMG traz riscos para mãe e o feto, sendo diagnosticada no 2 e 3 trimestre de gestação;
Pode ser transitória ou persistente.
O que é o MODY?
É uma forma monogâmica de DM caracterizada por:
Herança autossômica dominante;
Idade precoce de aparecimento (<25a);
Graus variáveis de disfunção da célula B;
*Tratamento é feito com sulfunilureias.
Quais os critérios diagnósticos para o DM?
Glicemia de jejum > ou = 126 mg/dL
TOTG > ou = 200 mg/dL
HbA1c > ou = 6,5%
Quais os critérios para o Pré-DM?
Glicemia de jejum 100 - 125 mg/dL
TOTG 140 - 199 mg/dL
HbA1c 5,7 - 6,4 %
A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados mesmo na presença de sintomas de hiperglicemia.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso, não havendo necessidade de repetição se glicemia aleatória > 200 mg/dL.
Quais as metas de controle glicêmico para o DM?
Glicemia pré-prandial < 100 mg/dL e 80 - 130 (ADA)
Glicemia pós-prandial < 160 mg/dL e < 180 (ADA)
HbA1c < 7,0 %
A metformina pode ser usada para prevenção do DM 2.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Ela é recomendada para pacientes muito obesos, com passado de DMG, com HbA1c > 6 % ou para aqueles que a HbA1c aumentou mesmo com MEV.
Pacientes com DM apresentam maior risco presumido de infecção pneumocócica grave e complicações decorrentes de influenza.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Recomenda-se, por isso, atenção especial a essas vacinas em pacientes com DM:
Influenza ( anualmente );
Pneumocócica (Pelo menos uma vez na vida );
Hepatite B ( Indicada para todos os adultos).
Como é feito o esquema de insulinoterapia no DM 1?
Há mais de um esquema possível, mas o que possui menor risco de hipoglicemia é o basal/bolus (50%/50%) de 0,4 - 1 U/kg:
Insulina basal antes do café e do jantar (NPH ou prolongada) para evitar lipólise e liberação hepática de glicose entre as refeições;
+
Insulina rápida ou ultrarrápida durante as refeições;
+
Doses adicionais de insulina necessárias para correção de hiperglicemias.
O que é o fenômeno do alvorecer?
No início do amanhecer há um pico de GH (hiperglicemiante), o que explica a hiperglicemia matinal.
Se o paciente toma NPH antes do jantar, ele pode passar a tomar antes de dormir para reduzir esse fenômeno.
O que é o efeito Somogyi?
É uma hiperglicemia matinal de rebote provocada pelo pico dos hormônios contrarreguladores.
O aumento da NPH pré-jantar pode desencadear esse feito.
O tratamento seria a redução da NPH noturna.
Quando usar insulinoterapia no DM 2?
Falha terapêutica com os ADO; Hiperglicemia > 300 mg/dL; Emagrecimento progressivo; Estresse agudo (AVC, IAM, infecções e cirurgia); Gestação.
Como deve ser feito o esquema de insulinoterapia no DM 2?
Inicia-se com uma insulina basal ao deitar (insulina bed-time) com dose inicial de 10-15 U.
Aumentar de 2-4 U a cada 3 dias, até glicemia jejum alcançar 120 mg/dL.
Se não for eficaz:
Avaliação de glicemia antes e depois das refeições, controlando as alterações.
Quais as metas glicêmicas para pacientes DM 1 na faixa etária pediátrica?
Antes das refeições: 90-130 mg/dL;
Antes de deitar: 90-150 mg/dL;
A1C < 7,5 %.
Qual é a Tríade de Whipple?
- Glicemia capilar < 70 mg/dL;
- Sinais e sintomas autonômicos e neuroglicopênicos;
- Melhora do quadro com administração de glicose.
* O risco de hipoglicemia em pacientes DM 1 em terapia intensiva é alto.
Qual o mecanismo de ação e a dose da metformina?
Aumento do efeito periférico da insulina (especialmente no fígado);
1.000 - 2.550 mg VO/dia, em duas tomadas pós refeição.
Qual mecanismo de ação das sulfanilureias?
Aumenta a secreção de insulina, podendo ter risco de hipoglicemia.
Ex: Glibenclamida, Clopropamida, Glimepirida, Glicazida.
EC: Ganho de peso.
CI: IRC e/ou hepática, PS e DM 1.
Qual o mecanismo de ação das glitazonas?
Aumento do efeito periférico da insulina (especialmente no músculo e gordura);
Ex: Pioglitazona (Actos), Rosiglitazona.
EC: Ganho de peso.
CI: ICC classe III e IV, doença hepática e gravidez.
Qual mecanismo de ação da acarbose?
Inibição da enzima alfa-glicosidase, reduzindo a absorção de glicose.
EC: Alterações gastrointestinais.
CI: Doença inflamatória intestinal.
Quais os efeitos adversos dos inibidores da SGLT2?
Infecção do trato urinário;
Sepse;
Candidíase.
Os inibidores da SGLT2 reduzem a morbimortalidade cardiovascular.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Isso ocorre devido ao efeito anti-HAS.
A metformina pode ser usada em pacientes com insuficiência renal.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
As CI da metformina são:
1. Insuficiência Hepática, Renal e/ou Cardíaca;
2. DPOC.
Quais os efeitos adversos das biguinidas?
Sintomas gastrointestinais e diminuição da absorção de vitamina B12.
Quais os efeitos adversos dos inibidores da SGLT2?
Infecção do trato urinário;
Sepse;
Candidíase.
Ex: Dopaglifozina, Canaglifozina e Empaglifozina.
Qual o mecanismo de ação dos análogos do GLP-1 e dos inibidores da DPP-4 (gliptinas)?
Eles aumentam os níveis de incretinas, levando a um aumento na secreção de insulina e diminuição de glucagon.
Ex: Liraglutida, Exanetide, Sitagliptina, Sexagliptina.
EC: Perda de peso e enjoo.
Quando usar estatinas em pacientes diabéticos?
- Pacientes com doença aterosclerótica estabelecida;
- Pacientes < 40 anos com fator de risco para DAC;
- Pacientes > 40 anos com ou sem fatores de risco.
Qual a fisipatologia das complicações crônicas do DM?
- Glicosilação não enzimática irreversível de fatores proteicos, que se ligam ao colageno dos vasos;
- Via da aldose redutase, que converte glicose em sorbitol, que fica retido no citoplasma, causando um espessamento da MB capilar e proliferação endotelial.
A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira adquirida.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Qual a forma mais comum de neuropatia diabética?
Polineuropatia simétricas generalizadas.
Neuropatia em botas ou luvas.
Como é confirmado o diagnóstico de neuropatia diabética?
2 testes clínicos alterados:
Perda de sensibilidade (Térmica, dolorosa, vibratória, propriocepção);
Dor neuropática;
Sinais relacionados aos nervos cranianos.
Qual o nome da artropatia encontrada no DM devido a perda da propriocepção?
Artropatia de Charcot, que ocorre nos pés.
Ocorre devido a redistruibuição anormal da pressão nos pés.
*Rastretamento feito com o monofilamento de Semmes-Weinstein.
Qual o tratamento da neuropatia diabética?
- Controle glicêmico, lipídico e pressórico;
2. Anticonvulsivante, tricíclicos e ISR.
O paciente diabético possui a mesma chance de ter um IAM do que um paciente que já teve um IAM.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Esse percentual de risco é de 20%.
Quais as características da retinopatia diabética não proliferativa?
- É a forma mais frequente;
- Microaneurismas;
- Exsudato duro;
- Hemorragias intrarretinianas em chama de vela;
- Manchas algodonosas;
- Veias em rosário;
- Geralmente não requer tratamento específico.
Quais as características da retinopatia diabética proliferativa?
- Tipo mais grave;
- Formação de neovasos;
- Pode complicar para: hemorragia vítrea, glaucoma e descolamento de retina;
- É sempre tratada com fotocoagulação com laser parentiniana.
A maculopatia diabética não é reversível.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
Essa maculopatia é um tipo de edema macular REVERSÍVEL e é a principal causa de perda de visão central em diabéticos.
É tratado com anti-VEGF intraocular.
Como deve ser feita a triagem para a retinopatia diabética?
Uma fundoscopia é indicada para pacientes DM 1 CINCO ANOS após o diagnóstico e em DM 2 NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO.
*Deve ser repetido anualmente naqueles sem retinopatia e de 6/6 meses para aqueles com a complicação.
Como deve ser feita a triagem da nefropatia diabética?
Recomenda-se uma triagem ANUAL para microalbuminúria em todo DM 1 cinco anos após o diagnóstico e nos DM 2 desde o diagnóstico.
Como a nefropatia diabética é manifestada laboratorialmente?
Proteinúria manifesta no EAS ou mais de 300 mg na urina de 24 horas.
* A detecção da microalbuminúria (30-300 mg) na urina de 24 horas auxilia no diagnostico precoce e tratamento.
Qual o tratamento para a nefropatia diabética?
- Controle glicêmico rígido;
2. IECA (preferencial) ou BRA;
A DM pode ser causa de gastroparesia e disfunção erétil.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
São consequências da neuropatia autonômica, acometendo fibras nervosas FINAS.
Qual a causa do pé diabético?
Vasculopatia + Neuropatia com ou sem presença de infecção.
O pé diabético é a principal causa de amputação de MMII não traumática no mundo.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Qual a fisiopatológico da Neuropatia Diabética?
Acúmulo de sorbitol nos axônio, associado ao comprometimento isquêmico endoneural.
Qual tipo de fibra nervosa conduz a sensibilidade vibratória e proprioceptiva?
Fibras grossas mielinizadas ou fibras A.
Qual tipo de fibra nervosa conduz a sensibilidade térmica, dolorosa e tátil?
Fibras finas desmielinizadas ou fibras C.
Quais as características da dor na polineuropatia simétrica distal diabética?
- Dor em queimação;
- Pode surgir em repouso;
- Piora á noite;
- Melhora com a deambulação.
Qual o tratamento para a hipotensão postural na neuropatia diabética?
Fludrocortisona.
* Medidas gerais também auxiliam, como: levantar-se devagar, cruzar as pernas ao levantar e diminuir a ingesta de sal.
Qual o tipo de mononeuropatia diabética mais comum?
Acometimento do nervo mediano, levando á síndrome da mão do pregador.
- N. Oculomotor e facial também são frequentemente acometidos.
- Costumam ser autolimitadas.
Quais os achados clínicos relacionados á polineuropatia simétrica distal?
- Dedos em garra ou em martelo;
- Proeminências de metatarsos;
- Acentuação do arco.
Quais locais são testados com monofilamento para avaliação do pé diabético?
- Hálux;
2. Primeira, terceira e quinta cabeças de metatarso.
Qual a cor do monofilamento usado para avaliação do pé diabético? Que tipo de fibra e sensibilidade ele avalia?
- Monofilamento de cor laranja (10g);
- Detecta alterações de fibras grossas relacionadas com a sensibilidade protetora plantar.
O DM é um fato de risco para o desenvolvimento de aneurisma de aorta abdominal.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
Qual a complicação mais frequente do tratamento do DM e a causa mais comum de coma nesses pacientes?
Hipoglicemia
Quais os fatores de risco para o diabético desenvolver hipoglicemia?
- Omissão ou atraso de refeições (mais comum);
- Sobredose de insulina ou hipoglicemiantes orais;
- Excesso de álcool;
- Exercício prolongados;
- Insuf. renal e adrenal, hipotireoidismo e má absorção.
A hipoglicemia costuma ser sintomática a partir de quais níveis de glicose?
Glicose < 50-54 mg/dl.
*Pode ocorrer em níveis mais altos de glicose.
Em todo paciente em coma sem causa evidente deve ser pesquisado hipoglicemia.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Principalmente se houver suspeita de DM ou etilismo.
Quais as manifestações clínicas na hipoglicemia?
- Sudorese, Tremores, Taquicardia, Ansiedade e Fome.
- Cefaleia, Vertigem, Mal Estar, Escurecimento da visão, confusão mental.
- COMA.
Qual a conduta frente a uma suspeita de hipoglicemia grave?
- Imediata coleta de sangue para avaliar glicemia.
- Adm. de 25-50 g glicose IV enquanto aguarda.
O que fazer em caso de hipoglicemia associada ao etilismo ou desnutrição?
Administrar, primeiramente, tiamina IV 100 g.
O que muda na conduta do manejo da hipoglicemia quando ela for causada por insulina de liberação lenta?
Manter infusão contínua de glicose e monitorizar por pelo menos 24 horas.
*Risco de outro quadro de hipoglicemia.
Qual a complicação aguda mais grave no DM tipo 1?
Cetoacidose diabética
O que define a cetoacidose diabética?
Hiperglicemia (400-800 mg/dl) + Cetonemia + Acidose metabólica com AG alto + Distúrbios hidroeletrolíticos.
Quais os fatores de risco para a cetoacidose diabética?
- Sexo feminino;
- Doenças psiquiátricas;
- Baixo nível socioeconômico.
O que causa a cetonemia e a acidemia na cetoacidose diabética?
A lipólise excessiva aumenta a produção de corpos cetônicos pelo fígado (ác. beta-hidroxibutírico, ác. acetoacético e acetona), causando a cetonemia.
* No plasma, eles se dissociam em cetoânion, causando a acidemia.
Quais os principais fatores precipitantes da cetoacidose diabética?
- Infecções (PRINCIPAL);
- Omissão ou baixa dose de insulina;
- Abuso de álcool;
- Gestação.
* Lembrar do IAM em idosos.
Quais as manifestações clínicas na cetoacidose diabética?
- Poliúria, Polidpsia ou Polifagia;
- Astenia e perda ponderal;
- Náuseas e vômitos;
- Dor abdominal (+ crianças);
- Desidratação;
- Respiração de Kussmaul (hiperventilação);
- Hálito cetônico;
- COMA.
A leucocitose é regra na cetoacidose diabética.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Quais as alterações laboratoriais na cetoacidose diabética?
- Normo ou hipercalemia e Normo ou hiperfosfatemia.
2. Hiponatremia.
Como calcular o sódio sérico corrigido pela hiperglicemia?
Na corrigido = (Na) + 1,6 x (glicose, em mg/dl) - 100/ 100
Como é feito o diagnóstico da cetoacidose diabética?
Presença de hiperglicemia, acidose metabólica e cetonemia ou cenotúria significativa.
A não detecção de corpos cetônicos em exame de urina ou sangue exclui a presença destes.
VERDADEIRO OU FALSO.
FALSO.
Os não detectam os níveis de beta-hidroxibutirato (principal cetoânion produzido).
Qual outra forma de detectar cetonemia?
Cálculo do ânion-gap:
AG = Na - (Cl - HCO3)
Quais os diagnósticos diferenciais da cetoacidose diabética?
- Cetose de jejum;
- Cetoacidose alcoólica;
- Acidose por medicamentos.
Qual o primeiro passo no manejo da cetoacidose diabética?
Reposição volêmica vigorosa imediata.
- SF a 0,9% 1000ml em 1 hora;
- Após 1 hora, verificar Na corrigido,
- se normal ou elevado (>150 mEq/l), reposição com SF 0,45% (4-14 ml/kg/h)
- se baixo, continuar com SF 0,9% (4-14 ml/kg/h)
Como é feita a insulinoterapia na cetoacidose diabética?
- Iniciar com ataque de regular IV 0,1 a 0,15 U/Kg.
- Seguir om infusão venosa contínua de 0,1 U/kg/h.
* Manter até enquanto durar cetonúria ou melhor até normalizar pH e HCO3.
Qual condição contraindica o início do uso de insulina na cetoacidose diabética?
Hipocalemia (K < 3,3).
Qual a conduta no manejo da cetoacidose diabética após glicemia atingir 250 mg/dl?
Reposição de fluidos com soro glicosado 5% e NaCl 0,45% com infusão entre 150-200 ml/h para manter glicemia entre 150-200 mg/dl.
Quanto deve ser a queda média da glicemia no tratamento da cetoacidose diabética?
50 a 75 mg/dl/h
- Previne edema cerebral.
- Se não atingir esse objetivo, dobrar a infusão até alcançar.
Quando iniciar reposição de potássio no tratamento da cetoacidose diabética?
Quando K sérico < 5 mEq/l, na presença de fluxo urinário adequado.
Se < 3,3 = repor 40 mEq
Se >= 3,3 e < 5 = repor 20-30 mEq por soro.
Quando repor bicarbonato no manejo da cetoacidose diabética?
Quando pH < 6,9 (adultos) e < 7,1 (crianças).
HCO3 ofertado = (HCO3 desejado* - HCO encontrado) x 0,3 x peso.
* 12 mEq.
Quais as complicações associadas á cetoacidose diabética?
- Relacionadas a doença: Infecções; Pancreatite aguda.
2. Relacionadas ao tratamento: SDRA; Edema Cerebral; Mucormicose; Trombose e Acidose metabólica.
Qual a forma de descompensação típica do portador de DM tipo 2 e idoso?
Síndrome ou estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico (EHHNC).
Quais as condições necessárias para desenvolver EHNC?
Hiperglicemia + Ingesta inadequada de líquidos (baixa).
* Desenvolve nos pacientes cujo mecanismo de sede ou acesso a fluidos está prejudicado. (Ex. Idosos)
Quais os principais fatores precipitantes do EHNC?
- Infecções (PRINCIPAL);
- AVE e IAM;
- Endocrinopatias;
- Abuso de álcool.
Quais as principais diferenças do EHNC comparados á cetoacidose diabética?
- Ausência de acidose com cetonemia;
- Glicose plasmática > 600 mg/dl.
A simples presença de depressão do nível de consciência em um idoso nos obriga a pensar em EHNC?
SIM.
Quais as manifestações clínicas do EHNC?
- Sinais clínicos de desidratação:
1. Hipotensão e oligúria;
2. Distensão e dor abdominal com vômitos;
3. Déficit neurológico»_space;> COMA.
Quais os critérios diagnósticos da ADA para EHNC?
- Glicose plasmática > 600 mg/fl
- pH arterial > 7,3
- HCO3 > 18
- Osmolaridade plasmática efetiva > 320mOsm/kg.
A heparina subcutânea é mandatório em caso de EHNC para profilaxia de tromboembolismo.
VERDADEIRO OU FALSO.
VERDADEIRO.
Como deve ser o manejo do paciente com EHNC?
Identificar e correção dos fatores desencadeantes junto á medidas específicas (semelhantes ao manejo da cetoacidose diabética).
Após infusão de 1-2 L de SF 0,9%, substituir por SF 0,45% com volume de 6-8 L nas doze horas restantes.