Complicações pós operatórias Flashcards
Principais causas de febre no pós operatório?
Imediato
Precoce - 1-5 dias
Tardio 5-30 dias
Imediato - REMIT, causa pre-op, reação adversa e hipertemia maligna (HM)
Precoce - 1-5 dias - Atelectasia (principal), ITU, pneumonia, ISC fulminante
Tardio 5-30 dias - ISC, infecções gerais, complicações do procedimento realizado
Definição de hipotermia
Causas de hipotermia no intra-op e pós-op?
Disfunção orgânica, tremor, coagulopatia, bradicardia e hipotensão
Fatores de risco para complicações da ferida operatória
Obesidade, tabagismo, desnutrição, DM, câncer, imunossupressão, má técnica cirúrgica
Quais são as complicações da ferida operatória mais frequentes?
Seromas
Hematomas
Deiscência
Infecções da ferida operatória
Sobre Seromas
O que são?
Como é feito o diagnóstico?
Tratamento?
Prevenção?
O que são? Coleções serosanguinolentas estéreis no subcutâneo, podendo extravasar pela ferida operatória
Como é feito o diagnóstico? Abaulamento da ferida operatória, com saída de líquido de aspecto típico (água de carne)
Tratamento? Punção aspirativa estéril
Prevenção? evitar usar cautério, fazer boa hemostasia, utilizar drenos em grandes descolamentos
Sobre Hematomas
O que são?
Como é feito o diagnóstico?
Tratamento?
Prevenção?
O que são? Coleção de sangue no subcutâneo ou planos profundos
Como é feito o diagnóstico? cor roxa-purpúrica clássica e tumoração local dolorosa, pode ou não drenar pela ferida operatória
Tratamento? pequenos < 3 cm geralmente é de tratamento conservador. Grandes >3 cm geralmente podem ser explorados e drenados devido risco de infecção. CORRIGIR DISCRASIAS
Prevenção? Hemostasia adequada, boa técnica cirúrgica, suspensão de anticoagulantes no pre-op
Sobre Deiscências
O que são?
Fatores de risco?
Como é feito o diagnóstico?
Diferença de eventração e evisceração?
Tratamento?
Prevenção?
O que são? Abertura da ferida operatória/anastomose
Fatores de risco? Cirurgia de emergência, extremos de idade, desnutrição, DM, obesidade, imunossupressão, infecção da FO, aumento da pressão intra-abdominal, fechamento sob tensão
Como é feito o diagnóstico? visual, exploração com dedo, extravasamento de conteúdo
Eventração: saída das vísceras para o subcutâneo que apresenta a pele íntegra; Evisceração: víscera visível na pele
Tratamento? Superficial ou parcial (pele e subcutâneo) - tto conservador; profunda ou total - geralmente reoperação
Prevenção? sutura de qualidade e adequada
Sobre Infecção do sítio cirúrgico
Definição?
Fatores de risco?
Como é feito o diagnóstico?
Tratamento?
Prevenção?
Definição? Infecção da ferida operatória ou subcutâneo que ocorre até 30 dias após procedimento
Fatores de risco? Má preparo da pele, quebra da antissepsia do material, má assepsia do campo, obesidade, tabagismo, desnutrição, DM, cirurgia contaminada
Como é feito o diagnóstico? sinais flogísticos locais + drenagem de pus
Tratamento? Quando superficial (pele, subcutâneo): drenagem sem atb; quando profunda (fascia e musculo): drenagem + atb; intracavitária: drenagem + atb
Prevenção? assepsia, antissepsia, atb profilático caso a caso
Sobre hipertermia maligna
O que é?
Qual a causa?
Qual tratamento?
O que é? Doença hereditária que gera uma crise hipermetabólica potencialmente fatal que se manifesta durante ou após exposição a um anestésico
Qual a causa? resposta tecidual alterada à anestésico
Qual tratamento? dantrolene sódico, descontinuação do agente causador
Após uma cirurgia abdominal, em quanto tempo os segmentos (Estômago (fome), ID (RHA+), Cólon (flatos e fezes)) do TGI retorna seu funcionamento normal?
0-24 h - ID - RHA+
24-48 h - estômago - fome presente
>48 h - cólon (flatos e fezes)
Sobre íleo adinâmico no pós-op
O que é?
Fatores de risco?
Sinais e sintomas?
tto?
O que é? parada do peristaltismo no TGI
Fatores de risco? opiodes, desidratação, hiper-hidratação, distúrbios eletrolíticos, inflação/infecção intra-abdominal, náuseas, vômitos
Sinais e sintomas? RHA-, distensão abdominal, náuseas, vômitos, anorexia
tto? jejum, observação, deambulação e procinéticos. Encontrar e corrigir causa base
Definições das seguintes complicações abdominais pós operatórias
Deiscência de anastomose
Fístula
Obstrução mecânica (brida, hérnia interna)
Hipertensão intra-abdominal/Síndrome compartimental
Deiscência de anastomose - abertura de uma anastomose intestinal - saída de conteúdo para peritônio ou fistulização
Fístula - comunicação formada entre duas superfícies epitelizadas
Obstrução mecânica (brida, hérnia interna) - aderências causando torção de alça intestinal ou orifícios por onde hernial partes móveis do TGI levando à obstrução
Hipertensão intra-abdominal/Síndrome compartimental: PIA>12 mmHg; causas: edema, hematoma, tensão da parede > leva á > má perfusão, isquemia de órgãos intra-abdm
Complicações cardiovasculares mais comuns no pós-op?
Hipertensão: REMIT, dor, ansiedade
IAM: aumento da demanda cardíaca no pós-op
Arritmias: REMIT, inflamação por contiguidade (cirurgias mediastinais)
Complicações pulmonares mais comuns no pós-op e suas consequências
Atelectasia: principal causa de febre nas primeiras 48 horas; fatores de risco para atelectasia: obesidade, doença pulmonar prévia, cirurgia torácica ou abdominal alta, cirurgia > 2 hrs
Pneumonia e pneumonite química (sind. Mendelson)
Edema pulmonar - congestão
TEP
Complicações urinárias no pós-op, suas causas e tratamento
Bexigoma - em raquianestesia principalmente - tto: sondagem
ITU - principalmente em manipulação de vias urinárias - tto: atb
Retenção urinária - esperada devido REMIT nas primeiras 24-48 hrs ou reflexo de hipoperfusão renal - tto: garantir perfusão renal
IRA - geralmente pré-renal por má perfusão intra-op - reversível