Colelitíase e Colecistite Flashcards

1
Q

Os cálculos biliares são classificados em quais tipos?

A

Cálculos de colesterol (75%) e cálculos pigmentares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a morfologia e composição dos cálculos de colesterol?

A

São amarelados, únicos ou múltiplos, compostos unicamente de colesterol (minoria) ou mistos (colesterol + sais de cálcio + sais biliares, ..).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Por que o cálculo de colesterol é formado?

A

Por um excesso de colesterol, podendo ser tanto por colesterol absoluto quanto por diminuição dos componentes sensibilizantes.
[Existem tendências genéticas em algumas pessoas]

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O que é a bile litogênica?

A

Também chamada de bile supersaturada, é a bile que apresenta sua capacidade de solubilização do colesterol ultrapassada, sendo importante para a formação de cálculos (não é 100% de certeza)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Principais fatores envolvidos na litíase biliar

A

alteração na composição da bile, estase biliar, muco e cálcio na vesícula.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual a constituição e subdivisão dos cálculos pigmentares?

A

Constituídos de sais de cálcio e bilirrubina, sendo divididos em pretos e castanhos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a constituição dos cálculos castanhos e onde são formados principalmente?

A

Constituídos de bilirrubinato de cálcio alterando por camadas de colesterol e outros sais de cálcio. São formados principalmente no colédoco após colecistectomia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual a epidemiologia da colelitíase? (Prevalência e fatores de risco - 12).

A

A prevalência é de 11-36% da população, tendo como fatores de risco predisposição genética (2-4x mais risco independentemente da idade, sexo e dieta), dismotilidade vesicular, fatores ambientais, dieta, estrógeno e progesterona, idade, obesidade, hiperlipemia, ressecção ileal e doença de chron, anemia hemolítica, cirrose e infecções.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Explique a dismotilidade da vesícula como fator de risco para colelitíase.

A

É um fator crucial para o desenvolvimento do cálculo, como ocorre no excesso de colesterol (acúmulo nas cél. musculares lisas), hipertrigliceridemia, vagotomia troncular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Explique a dieta como fator de risco para colelitíase.

A

Uma dieta pobre em fibras (lentificação do trânsito intestinal) e rica em carboidratos refinados (aumento de colesterol) influenciam no desenvolvimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Explique o estrógeno e a progesterona para colelitíase.

A

A prevalência da colelitíase é muito maior em mulheres de 15-40 anos (quando comparado a outras mulheres), sendo que o estrógeno atua aumentando a síntese de colesterol pelo fígado e a progesterona diminui a motilidade vesicular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Explique a obesidade como fator de risco para colelitíase.

A

Na obesidade há uma hipersecreção de colesterol, tornando a bile litogênica, aumentando a incidência em 3x.
O emagrecimento significativo e acelerado também é fator predisponente ao desenvolvimento de cálculos, pois há uma mobilização muito rápida de colesterol, aumentando a concentração dele na bile.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Explique a ressecção ileal e a doença de chron.

A

A absorção dos sais biliares está deficiente nos dois, pois está ocorre no íleo terminal, que está retirado no primeiro e comprometido no segundo. Essa absorção deficitária promove diminuição desses compostos na bile, aumentando seu potencial litogênico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Explique a cirrose como fator de risco.

A

O paciente cirrótico apresenta 2-3x mais chance de desenvolver do que a população não cirrótica. Isso ocorre pois a cirrose prejudica a conjugação da bilirrubina, aumentando a quantidade de bilirrubina indireta na bile. Além disso, caso haja esplenomegalia nesse paciente, haverá uma maior hemólise de hemácias, aumentando bilirrubina não conjugada na bile. Ambas as situações predispõem na formação da cálculos pigmentares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais os fatores de proteção da colelitíase?

A

Dieta (pobre em carboidratos e rica em fibras, vegetais e frutas), atividades físicas e consumo de cafeína.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais os exames complementares para visualizar os cálculos biliares?

A

Radiografia simples (útil apenas para cálculos radiopacos - 10-15% dos de colesterol e 50% dos pigmentares), USG (primeiro a ser solicitado, mas n é bom p/ coledocolitíase), cintilografia (é o melhor método p/ confirmar colecistite aguda), TC, US endoscópica (biópsia, lesão justapapilar), colangiorressonância (pequenos cálculos), CTP (colangiografia trans-hepática percutânea, tbm trata, biopsia), colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Clínica

A

náuseas vomitos
dor contínua em hd, epigastrio. Pode irradiar
Dor dps refeição gordurosa
Episódios repetem dias, meses

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Diagnóstico

A

pct com queixas típicas (quais?) confirmar com USG abdominal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é a pêntade de Reynolds? O que ela indica?

A

dor abdominal, icterícia, febre com calafrios, Hipotensão e confusão mental.
Indica colangite tóxica!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Padrão ouro para confirmar colecistite

A

cintilografia biliar

21
Q

Conceitos importantes: colecistite, colelitíase, coledocolitíase, colangite

A

inflamacao da vesícula
pedra na vesícula
pedra nas vias biliares
inflamação das vias biliares

22
Q

Explique pq pode acontecer coledocolitíase pós-colecistectomia

A

pode ser por
(1) coledocolitíase residual (secundária)
calculo foi da vesícula pras vias antes da cirrugia. Mas isso só acontece nos primeiros 2 nos do pos operatorio
(2) coledocolitíase primária
estase biliar causa cálculo pigmentado acastanhado

23
Q

Complicaões da colelitíase

A
colecistite aguda
coledocolitíase
pancreatite aguda
colangite aguda
vesícula em porcelana
íleo biliar
síndrome de bouveret
24
Q

Tratamento da colelitíase

A
Sintomático c/ cálculo = 
Controlar sintomas (aines/opioides) seguido de colecistectomia eletiva ou de urgência no caso de colecistite aguda. A cirurgia é indicada na colelitíase sintomática ou na assintomática c/ episódio anterior de COMPLICAÇÃO.
Sintomático s/ cálculo c/ lama bilair = fazer colecistectomia profilatica se episodios frequentes c/ lama biliar documentada
25
Q

Quando fazer o tratamento profilático da colelitíase

A

risco aumentado de ca de vesícula:

  • paciente sintomático (dor biliar).
  • microesferocitose hereditária com litíase comprovada
  • vesícula em porcelana;
  • cálculos considerados grandes (>2,5cm)
  • anomalias congênitas na vesícula biliar
  • anemias hemolíticas
  • pólipos de alto risco (>60anos, >1cm e em crescimento documentado via usg)
26
Q

Colecistite causa aumento icterícia?

A

não, a icterícia/aumento significativo da bilirrubina só ocorre se houver bloqueio do colédoco

27
Q

Pct com sinal de muphy positivo e bilirrubina aumentada, diagnóstico e conduta=

A

sd de miridizzi ou coledocolitíase (e colecistite).

Colecistectomia + CPRE

28
Q

Aumento de bilirrubina com dor em hd sem febre é igual a =

A

coledocolitíase

29
Q

Icterícia após colecistectomia, hipóteses =

A

a) >2 anos = cálculo novo que surgiu no colédoco
b)<2 anos = estenose cicatricial da via biliar ou litíase residual do colédoco.
Na estenose cicatricial da via biliar a icterícia é progressiva.
Na litíase residual do colédoco a icterícia é flutuante.

30
Q

Qual o tratamento clínico da colelitíase, quando fazer

A

É o ursodesoxicolato (urso). Usado nos pacientes q se recusam a operar e nos com risco cirúrgico proibitivo. Lembrar q esse tratamento não funciona nos cálculos pigmentados (radiopacos) e é muito ruim nos cálculos maiores q 5mm

31
Q

Na cirurgia de vesícula biliar é importante identificar quais estruturas

A

Artéria cística e ducto cístico

32
Q

Complicações da colecistite

A

Empiema, perfuração, abscesso pericolecístico, fístula bilioentérica

33
Q

Quantas horas da persistência da dor continua no hipocôndrio direito indica que realmente trata-se de uma colecistite

A

6 horas

34
Q

Exame com maior acurácia para colecistite

A

Cintilografia de vias biliares

35
Q

Qual o exame mais preciso na colecistite, usg ou tc?

A

Usg

36
Q

Itens do tratamento/prescrição da colecistite

A
Internação hospitalar
Hidratação venosa
Analgesia
Dieta zero
Antibioticoterapia parenteral (mesma da colangite) com duração do tratamento controvérsia se recomenda por 7-10 dias, mas alguns dizem que se pode suspender 24h após a cirurgia em pacientes com colecistite não complicada
Colecistectomia
37
Q

Quando “esfriar” a infecção com antibioticoterapia parenteral antes de fazer colecistectomia?

A

Em pacientes com 3-4 dias de evolução da colecistite (fazer a colecistectomia semieletiva 6-10 semanas após o antibiótico)
Isso porque nesses pacientes ocorrem aderências que dificultam a colecistectomia

38
Q

Etiologia da colecistite alitiásica

A
É multifatorial 
Isquemia-reperfusão (redução da perfusão sanguínea), 
A resposta inflamatória sistêmica,
A estase biliar 
As doenças infecciosas.
39
Q

Como estão as bilirrubinas na colelitíase

A

Normais, pois não existe obstrução do ducto biliar principal

40
Q

Colecistite alitiásica em paciente hiv positivo, o que se deve suspeitar/ter em mente?

A

Microsporídeo e criptosporídeo (fazer pesquisa nas fezes)

Cmv (fazer sorologia)

41
Q

Tratamento da colecistite aguda

A

Antibioticoterapia
Colecistectomia laparoscópica
Colecistostomia nos casos mais instáveis

42
Q

Tipos incomuns de colecistite

A

Enfisematosa, tifoide

43
Q

Tratamento da síndrome de mirizzi

A
  • cirúrgico por via aberta! (pois a dissecção do pedículo hepático na vigência de fístula colecistocoledociana é muito arriscada)
  • o tipo de cirurgia depende do grau de comprometimento da via biliar principal, variando desde colecistectomia simples, colecistectomia com drenagem do colédoco através de dreno de kehr, até anastomoses biliodigestivas altas (i.e. Hepaticojejunostomia em y de roux).
44
Q

Complicação mais frequente da colecistite calculosa

A

Gangrena de vesícula biliar
Essa gangrena pode ou não evoluir para uma complicação subsequente que pode ser perfuração, fistulização, empiema
*abscesso hepático é na colangite e coledocolitíase, não confundir

45
Q

Principal complicação da gangrena de vesícula

A

Perfuração

46
Q

Homem fez neurocirurgia, no sétimo dia de pós-operatório ficou hemodinamicamente instável, parâmetros respiratórios muito comprometidos, apresentando colecistite aguda. Qual a conduta

A

Colecistostomia. O tratamento da colecistite alitiásica é colecistectomia laparoscópica mas como está hemodinamicamente instável fazer colecistostomia

47
Q

Conceito de síndrome de mirizzi

A

Obstrução do ducto hepático comum causada por compressão de cálculo grande em infundíbulo (bolsa de hartmann) ou ducto cístico.

48
Q

Tipos de síndrome de mirizzi

A

Tipo i, no qual ocorre apenas compressão extrínseca do ducto hepático comum pelo cálculo localizado no ducto cístico
Tipos ii, iii e iv, nos quais a presença do cálculo leva ao desenvolvimento de colecistite crônica e formação de fístula entre o infundíbulo e o ducto hepático, denominada de fístula colecistocoledociana ou biliobiliar.