Colangite e Coledocolitíase Flashcards
Clínica da colangite
Febre e calafrios, icterícia, dor abdominal. (tríade de charcot).
Causa mais comum de colangite
Coledocolitíase
Clínica da colangite tóxica
Tríade de charcot + hipotensão + alteração do estado de consciência
Informações que marcam a diferença clínica entre colangite e colecistite
Icterícia não ocorre na colecistite;
Na colecistite a dor é persistente, na colangite ela pode estar ausente e não costuma ser forte;
Sinais de irritação peritoneal (murphy) estão ausentes na colangite.
Diagnóstico da condição subjacente da colangite é feito como?
É preciso pesquisar uma anormalidade do trato biliar, isso é feito pela colangiografia (CTP ou CPRE).
(*)para fazer esse exame a infecção precisa primeiro ser controlada.
Tratamento da colangite
Antibioticoterapia! Dois esquemas possíveis: 1.betalactâmicos + inibidores de betalactamase, 2.cefa de 3ª ou quinolona + metronidazol
Na colangite não complicada faz-se o atb empírico e a desobstrução biliar de forma eletiva.
Na colangite tóxica faz-se o atb empírico mas é preciso desobstruir imediatamente (faz-se papilotomia por CPRE ou CTP)
Complicação mais perigosa da colangite
Abscesso hepático
sempre suspeitar disso quando os atb não resolverem
Complicação mais comum da colecistite aguda
Perfuração da vesícula (acontece em até 10% dos casos)
[Isso deve justificar o pq de se fazer colecistectomia de urgência na colecistite aguda]
Clínica da coledocolitíase
Icterícia com história de cólica biliar
Icterícia na vigência de colecistite aguda (simula uma colangite?)
A icterícia é sempre flutuante!!
Laboratório da coledocolitiase
Podem ser flutuantes e alterados mesmo sem sintomas. Bilirrubina aumenta - direta, fa é quem mais aumenta, transaminases aumentam podendo fazer confusão com doença hepática.
Complicações da coledocolitiase
Colangite bacteriana aguda, abscesso hepático piogenico, pancreatite aguda biliar, cirrose biliar secundaria.
Diagnostico da coledocolitiase
- Fazer usg
- Se presença de cálculo na vesícula e dilatação do colédoco > 8 mm então fazer colangiorressonância (se a pedra não foi vista no colédoco)
Como muitas vezes o pct na suspeita de coledocolitiase tem colelitíase mas sem calculo no colédoco confirmado é preciso dividir em quatro grupos - risco de coledocolitiase.
Dividir em risco
Alto risco
Médio risco
Baixo risco
Muito baixo risco
Conduta na coledocolitíase
- Se muito baixo risco de coledocolitiase fazer a colecistectomia apenas, sem investigar coledocolitiase.
- No baixo risco fazer colecistectomia com colangiografia transoperatória ou us intraoperatória se disponível (pois é menos invasiva)
- Médio risco fazer colangiorressonância que diz se o paciente precisará de colangiografia invasiva pré-operatória. Alguns autores dizem que a colangiorressonância é uma opção nos de baixo risco também.
- Alto risco fazer a cpre.
Em resumo só faz cpre nos de alto risco!
Cpre + papilotomia + colecistectomia na mesma internação (não fazer colecistectomia se >70 anos)
Exame para diagnóstico de coledocolitíase que não pode ser feito na gestante? Por qual substituir?
Cpre
Us endoscópica
Em que momento fazer a drenagem biliar na colangite aguda
A drenagem vai depender do quadro clinico, se 1. Colangite aguda fazer a drenagem em 24-48hrs se 2.colangite toxica drenar imediatamente
O que é a colangiografia transoperatória, para que serve, quando fazer
Procedimento que deve ser feito em todo paciente submetido a colecistectomia! Serve para verificar se existe alguma pedra no colédoco. Feito com introdução de cateter no ducto cístico para estudo radiológico da via biliar.
São indicações dela:
- Incapacidade de retirada do cálculo pela cpre,
- Contraindicação a cpre,
- Suspeita de lesão intraoperatória da via biliar.
Paciente realizou CPRE com papilotomia e extração de cálculo de 0,9 cm (litíase residual). Após 24 horas, apresentava dor abdominal, nauseas e vômitos. Exame físico em bom estado geral, frequência cardíaca de 84 bpm, e dor epigástrica à palpação profunda. Realizou leucograma de 12000 leucócitos/mm³ e hemoglobina de 12g/dL, amilase de 880 UI, e proteína C reativa (PCR) de 14 MG/L. Foi solicitada tomografia abdominal e detectou somente mínima quantidade de ar peri-duodenal, com demais achados normais. A conduta correta é
Tratamento clínico com antibióticoterapia, jejum e nutrição parenteral para a complicação do procedimento.
Paciente diabético, tabagista, perda de peso de 2 kg nos últimos 30 dias. Apresenta icterícia de padrão obstrutivo de início há 15 dias. Apresenta massa palpável indolor no hipocôndrio direito. A conduta médica a ser adotada é:
Hidratação venosa, atb venosa para gram-negativos e anaeróbios, esfriamento do processo e colecistectomia posterior