CIR 4 - SÍNDROME ÁLGICA 1 - DOR ABDOMINAL Flashcards
Qual a Principal causa de abdome agudo em adultos de ambos os sexos, na gestante e na criança?
Apendicite Aguda
Dor abdominal superior irradiada para dorso, com vômitos, pensar em:
Pancreatite
Dor contínua maior que 6h no Hipocôndrio direito, irradiada para escápula, piorada após alimentação gordurosa:
Colecistite
Dor abdominal súbita, difusa, de grande intensidade, associada a defesa abdominal e rebote ao exame físico
Perfuração intestinal
Dor subesternal, em queimação, que melhora com alimentação e uso de antiácidos:
Úlcera duodenal
Dor periumbilical que fica na fossa ilíaca direita
Apendicite
Dor súbita, mesogástrica, associada a massa pulsátil e hipotensão
Ruptura de Aneurisma de aorta
Dor abdominal súbita, difusa, grande intensidade, com defesa abdominal e rebote
Ruptura de víscera e peritonite
Dor abdominal no hipocondrio direito, associada a febre, calafrios e icterícia
Colangite infecciosa
Dor abdominal difusa, desproporcional à clínica no exame físico, associada a acidose metabólica e Fibrilação atrial:
Isquemia mesentérica
Dor periumbilical que fica na Fossa ilíaca esquerda
Diverticulite
Dor abdominal difusa, associada a distensão e hiperperistaltismo
Início de Obstrução intestinal
A respeito do abdome agudo clínico, a dor abdominal pode vir associado a duas alterações fundamentais para diferenciação diagnóstica:
- Encefalopatia
- Febre prévia
Dor abdominal em queimação/coçando/neuropática + distribuição em dermátomos
Herpes zóster.
Dor abdominal + doença aterosclerótica difusa + emagrecimento por “medo de comer”:
Isquemia mesentérica crônica
Dor abdominal + disúria + punho-percussão positiva:
ITU NEFROLITIASE
Dor abdominal difusa + distensão + hipoperistaltismo (II)
ÍLEO PARALÍTICO
Desidratação + acidose + hiperglicemia + abdome agudo
:
Cetoacidose diabética
Dor abdominal que piora com a contração do abdome:
Dor da parede abdominal.
As três grandes indicações cirúrgicas de dor abdominal são:
PERITONITE*
OBSTRUÇÃO
ISQUEMIA
A Laparotomia é preferida nos casos de:
- Múltiplas laparotomias anteriores
- Instabilidade hemodinâmica
- Grande distensão abdominal
Na abordagem tradicional de um quadro abdominal agudo, os principais exames de “rotina” são:
Hemograma completo e bioquímica contendo – glicemia, cetonemia, ureia, creatinina, ALT, AST, fosfatase alcalina, bilirrubina, amilase, lipase, lactato, bicarbonato; eletrólitos (sódio, potássio, cloreto, cálcio, fosfato); gasometria arterial; EAS e β-HCG.
Três principais condições metabólicas devem ser sempre lembradas nos quadros de “abdome agudo”:
Porfiria intermitente aguda,
Cetoacidose diabética e
Insuficiência suprarrenal aguda.
Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes há 3 e 6 meses, com resolução espontânea após 2 dias de internação. Exame físico: fácies de dor e agitação. Tax = 37,8°C; FC = 110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm; hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico. Enchimento capilar lentificado. Abdome muito distendido, hipertimpânico com dor difusa à palpação profunda; percebem-se ruídos
metálicos ao auscultar o abdome. A conduta imediata adequada é:
Qual é a nossa primeira tarefa diante de um quadro abdominal agudo? Avaliar a presença de instabilidade hemodinâmica! Nada é mais importante… De que adianta levar um paciente instável para o centro cirúrgico??
R// Mensurar condições circulatórias e respiratórias e equilibrá-las.
Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes há 3 e 6 meses, com resolução espontânea após 2 dias de internação. Exame físico: fácies de dor e agitação. Tax = 37,8°C; FC = 110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm; hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico. Enchimento capilar lentificado. Abdome muito distendido, hipertimpânico com dor difusa à palpação profunda; percebem-se ruídos metálicos ao auscultar o abdome. É necessária investigação por métodos de imagem. A primeira opção é:
a) Tomografia computadorizada com contraste oral.
b) Rotina convencional para abdome agudo.
c) Angiorressonância abdominal.
d) Enema opaco com bário diluído.
B
Sr. Olavo, 80 anos, com dor abdominal em cólica, distensão e parada de eliminação de gases e fezes há 24 horas. Há 6 horas iniciou vômitos biliosos. Dois episódios semelhantes há 3 e 6 meses, com resolução espontânea após 2 dias de internação. Exame físico: fácies de dor e agitaç ão. Tax = 37,8°C; FC =110 bpm; PA = 150/60 mmHg, FR = 24 irpm; hipocorado ++/4+, desidratado +++/4+, anictérico. Enchimento capilar lentificado. Abdome muito distendido, hipertimpânico com dor difusa à palpação profunda; percebem-se ruídos metálicos ao auscultar o abdome.
Na avaliação por método de imagem, o forte indício para cirurgia de emergência é:
a) Tortuosidade e placas ateromatosas em aorta abdominal.
b) Ausência de gás no reto, distensão do colo com níveis hidroaéreos.
c) Imagem sugestiva de colelitíase.
d) Aumento da cabeça do pâncreas.
B
A IRRIGAÇÃO INTESTINAL é feita por três artérias^:
Tronco Celíaco +
A. Mesentérica Superior +
A. Mesentérica Inferior.
TRONCO CELÍACO é formado por 3 artérias:
A. hepática comum
a. lienal ou esplênica
a. gástrica esquerda
A artéria mesentérica inferior é ramo direto da artéria:
Aorta.
As áreas mais propensas à isquemia são as regiões do cólon pobres em circulação colateral, representadas pela
- *1. flexura esplênica (área de Griffiths)
2. junção retossigmoide (área de Sudeck).**
Em paciente com obstrução aguda de artéria mesentérica superior por êmbolo cardíaco, deve-se esperar isquemia em
Jejuno, íleo e cólon até metade do transverso.
- Jovem 22 anos, com crises convulsivas e estado comatoso. Tabagismo ocasional, sem comorbidades outras, nega drogas ilícitas injetáveis. Há 02 meses relata dor abdominal sempre que fumava + fraqueza. Sem dormir à noite, devido a ideias suicidas. Apresentou 02 crises convulsivas anteriores que pioram com o uso de anticonvulsivantes. Tem dificuldade de controlar a pressão arterial. TC crânio normal. Qual a principal HD ?
- A lista de drogas conhecidas como porårinogênicas é muito extensa, sendo que algumas das principais são:
- É uma doença hereditária ou adquirida, causada pelo acúmulo de porfirinas ou seus precursores em diversos compartimentos, quando faltam algumas enzimas necessárias à síntese do heme.
1. Porfiria intermitente Aguda
2. Anticonvulsivantes (principalmente os barbitúricos), antibióticos sulfonamídicos, pirazinamida, metoclopramida e danazol.
3. Porfiria
Na Isquemia Mesentérica Aguda, o Principal vaso acometido é
artéria mesentérica superior.
Quais as principais causas de Isquemia mesentérica aguda?
(1) Embolia (mais comum, distal)
(2) trombose arterial (proximal)
(3) vasoconstricção
(4) trombose venosa (jovens).
São fatores de risco para Isquemia Intestinal:
FA
cardiopatia,
drogas
A clínica mais proeminente para diagnóstico de Isquemia mesentérica aguda é
Dor abdominal intensa e desproporcional ao exame físico
O Diagnóstico de Isquemia mesentérica aguda se baseia na Suspeita clínica e com solicitação de
Arteriografia
Quais os 03 tipos de Isquemia intestinal?
1) Isquemia colônica (70 a 75%)
2) Isquemia mesentérica aguda (20 a 25%)
3) Isquemia mesentérica crônica (5%)
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Embolia envolve
- Embolectomia /
- Ressecção de alças necrosadas /
- Infusão intra-arterial de papaverina/
- Anticoagulação.
Dentre os 03 tipos de Isquemia intestinal, a mais comum é
Isquemia colônica
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Trombose arterial envolve
- Trombectomia
- Revascularização
- Ressecção de alças necrosadas
- infusão intra-arterial de papaverina.
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Vasoconstrição envolve
- Retirada de substâncias precipitantes
- Infusão intra-arterial de papaverina.
O tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda devido a Trombose venosa envolve
- Ressecção do segmento infartado +
- Trombectomia
- Heparinização.
A principal causa de Isquemia Mesentérica Crônica é
Obstrução de vaso mesentérico por aterosclerose.
Doença cujo quadro clínico está associado aos Fatores de risco (FA, cardiopatia, drogas, etc.) + Dor abdominal intensa e desproporcional ao exame físico + Manifestações sistêmicas (febre, leucocitose, acidose).
Isquemia Mesentérica Aguda
Doença cujo quadro clínico é angina mesentérica (dor que piora com a alimentação) + emagrecimento (“medo de comer”) + outros sinais de aterosclerose (sopro carotídeo, femoral…).
Isquemia Mesentérica Crônica
O tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica envolve;
Revascularização cirúrgica +
Angioplastia.
Qual é o grupo principal de pacientes acometidos na Isquemia intestinal?
Idosos (> 90% dos casos não iatrogênicos).
O diagnóstico da Isquemia mesentérica Crônica é feito em conjunto com
História Clínica +
Arteriografia com obstrução > 50% de duas artérias.
Com relação ao suprimento arterial do cólon, assinale a alternativa CORRETA, que corresponde ao ponto de Griffth.
a) Linha pectínea.
b) Ângulo esplênico do cólon.
c) Ângulo hepático do cólon.
d) Transição sigmoidorretal.
e) Junção ileocecocólica.
B
Paciente de 80 anos refere dor abdominal difusa de forte intensidade, com distensão abdominal e sangramento vivo pelo reto. Procurou serviço de urgência onde realizou Rx simples de abdome que evidenciou, no cólon descendente, imagem caracterizada como “impressões digitais do polegar”. Qual o provável diagnóstico:
Colite isquêmica
O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que houver um quadro de dor abdominal leve a moderada + febre + diarreia sanguinolenta
Colite isquêmica
É o melhor exame para diagnóstico de Colite Isquêmica, mostrando o aspecto sugestivo de mucosa hemorrágica
Endoscopia baixa ou Colonoscopia
A colite isquêmica, que comumente acomete os pacientes idosos, muitas vezes diabéticos, apresenta-se mais frequentemente na topografia da
flexura esplênica
Indicações de tratamento cirúrgico na isquemia colônica
Aguda: Peritonite, sangramento maciço ou colite fulminante universal (com ou sem megacólon tóxico).
Subaguda: Pacientes sintomáticos ou com colopatia perdedora de proteínas mesmo após duas a três semanas de tratamento; cicatrização aparente, mas com episódios recorrentes de sepse.
Crônica: Estenose ou colite crônica sintomáticas.
Paciente de 81 anos, portador de diabetes mellitus, e com diagnóstico recente de adenocarcinoma de próstata localizado. Apresenta quadro de dor abdominal de forte intensidade, urgência e diarreia sanguinolenta em moderada quantidade. Ao exame mostra dor localizada em quadrante inferior esquerdo, febre, taquicardia e distensão. Qual diagnóstico e conduta ?
Colite isquêmica acometendo cólon esquerdo com tratamento suportivo e antibioticoterapia
Mulher, 70 anos, submetida a correção cirúrgica de aneurisma de aorta abdominal evolui, nas primeiras 12h do pós-operatório, com sangramento retal vivo e distensão e tem amilase e lipase normais. Relata episódios prévios de dor em fosse ilíaca esquerda recorrente. O diagnóstico provável é:
Isquemia mesentérica.
A isquemia colônica é a forma mais comum de isquemia intestinal, porém é diagnosticada erroneamente com muita frequência ou mesmo não reconhecida. Qual dos fatores abaixo é o menos relacionado a isquemia colônica?
a) A maioria das crises é transitória.
b) Abuso de cocaína.
c) Atletas corredores de longa distância.
d) Uso abusivo de aspirina.
e) Patógenos como os citomegalovírus e E. coli.
D
Como saber se a isquemia mesentérica aguda é de delgado ou do cólon?
Falam a favor de IMA de delgado:
- população mais heterogênea
- dor mais intensa,
- pior estado geral,
- presença de fator precipitante,
- ausência de sangramento retal.
Qual é a artéria mais acometida na isquemia mesentérica aguda?
Mesentérica superior
Um paciente com quadro de oclusão intestinal realizou tomografia computadorizada, que evidenciou pneumatose intestinal, levando a equipe a suspeitar de:
Isquemia intestinal.
Quando suspeitar de Embolia de artéria mesentérica?
Em pacientes com alguma cardiopatia emboligênica (IAM recente, FA, valvulopatia)
Um paciente de 70 anos, cardiopata, procura o Pronto Socorro com queixa de dor abdominal difusa, de início abrupto, há cerca de três horas. A dor é contínua com períodos de piora e é impossível obter uma localização precisa, embora pareça doer em epigástrio e região periumbilical. O exame físico revela uma pessoa ansiosa e inquieta. O pulso é taquicárdico, e a pressão arterial é normal. Queixa-se de muita dor abdominal. O abdome é moderadamente distendido, mas flácido. Os ruídos hidroaéreos estão presentes e até um pouco aumentados. O diagnóstico mais provável é:
Isquemia Mesentérica.
Homem, 78 anos, hipertenso com doença arterial coronariana, apresenta dor abdominal de início agudo, difusa e constante, associada a náuseas, vômitos e diarreia com fezes sanguinolentas. Exame físico: pálido, taquicárdico, normotenso, com abdome distendido, doloroso difusamente e com peristalse diminuída. Em poucas horas evolui com sinais de irritação peritoneal e hipotensão arterial. O diagnóstico mais provável é:
Isquemia mesentérica aguda com necrose.
Um paciente de 76 anos apresenta quadro de dor abdominal súbita, de forte intensidade, iniciada há três horas. No exame físico nota-se pulso radial irregular, a pressão arterial é de 85 x 60 mmHg e, no exame do abdome, há dor à palpação, sobretudo em região mesogástrica, com distensão abdominal leve e discreta defesa difusa. Neste caso, o exame de imagem mais preciso para o diagnóstico é:
Arteriografia.
Temos, tipicamente, dor abdominal de grande intensidade, desproporcional ao exame físico. Geralmente, é a causa de uma uma isquemia mesentérica crônica que “agudiza” e a aterosclerose avançada é a sua principal associação:
Trombose de artéria mesentérica
Como avaliar se uma alça está isquêmica?
Como alças isquêmicas devem ser colocados em uma compressa esterilizada com soro morno e deixadas por cerca de dez minutos. Neste segmento intestinal deve ser observada sua coloração (alças de cor púrpura indica prognóstico ruim), peristalse, pulsação arterial e nas superfícies de corte (se positivo o sangramento, bom sinal).
A dor abdominal não costuma ser intensa, e geralmente não é o sintoma inicial. Ou seja, você tem que desconfiar quando encontrar um paciente nessa situação de risco (ex.: idoso em uso de digital) que se apresente com sintomas diversos, entre eles a hemorragia digestiva baixa. O quadro clínico, apesar de mais insidioso, é de pior prognóstico em função da doença de base.
Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção OU não oclusiva
Qual é o tratamento da Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção?
O primeiro passo é suspender os digitálicos, diuréticos e vasopressores. A seguir, iniciar infusão intra-arterial de papaverina. Alguns autores sugerem o uso concomitante de heparina para evitar trombose.
Quando operar um paciente com Isquemia Mesentérica por Vasoconstricção?
(1) sinais de irritação peritoneal
(2) sinais angiográficos de infarto intestinal (ausência
de contraste em determinado segmento);
(3) dúvida diagnóstica.
* A papaverina também está indicada após o procedimento
É a principal causa de isquemia de delgado em pacientes jovens. Entre as causas principais, estão estados de hipercoagulabilidade, hipertensão porta, infecção abdominal, trauma, pancreatite, esplenectomia e neoplasias intra-abdominais. Os sintomas tendem a ser mais insidiosos, com desconforto abdominal progressivo ao longo de semanas (geralmente de 5 a 14 dias
Isquemia Mesentérica por Trombose venosa
Como fazer o diagnóstico da Isquemia Mesentérica por Trombose venosa?
Angiotomografia
Qual é o tratamento da Isquemia Mesentérica por Trombose venosa?
Ressecção do segmento infartado +
Trombectomia +
Heparinização
E uma doença representada classicamente por uma mulher caquética e de meia-idade, com história forte de tabagismo, queixando-se de dor abdominal e emagrecimento.
Isquemia Mesentérica Crônica
Depois da dor abdominal, o sintoma observado com maior frequência em pacientes portadores de insuficiência arterial mesentérica crônica é:
Perda de peso
No ambulatório, uma paciente de 63 anos queixa-se de dor abdominal epigástrica, em cólica, que se inicia 10 a 15 minutos após as alimentações, aumenta gradativamente de intensidade, atinge um “platô” e dura cerca de quatro horas. No passado, submeteu-se a laparotomia devido à apendicite aguda e prenhez tubária há, respectivamente, 40 e 38 anos. Diz que está perdendo peso e que tem receio de se alimentar. Refere ainda flatulência e eventual diarreia. O exame do abdome é inexpressivo. A principal hipótese diagnóstica é:
Isquemia mesentérica crônica
O tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica pode ser feito com
Revascularização cirúrgica
Angioplastia
stents *
Paciente com 63 anos, sexo masculino, hipertenso e diabético, grande tabagista procura atendimento médico, queixando-se de dor abdominal de forte intensidade há aproximadamente 6 horas. Refere que a dor localiza-
se em epigastro sem irradiações, é do tipo pontada e de caráter progressivo. Ao exame, apresenta fácies de dor, taquicárdico e taquidispneico. A FC = 124 BPM, PA:130 x 90, o abdome é flácido e praticamente indolor à palpação, a gasimetria arterial aponta nível sérico de lactato elevado. Assinale a hipótese diagnóstica mais provável.
a) Pancreatite aguda.
b) Úlcera péptica perfurada.
c) Colecistite aguda.
d) Hérnia diafragmática.
e) Isquemia mesentérica.
E
Homem de 75 anos internado em Unidade de Terapia Intensiva, após dar entrada no pronto-socorro com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, evoluiu com hipotensão intermitente e insuficiência cardíaca congestiva. No quinto dia de internação, começou a apresentar dor abdominal intensa em mesogástrio. Exame físico: PA 90 x 60 mmHg, FC 110 bpm, abdome pouco distendido e discreta rigidez generalizada. A próxima conduta a ser adotada é:
Angiografia.
Três principais condições metabólicas devem ser sempre lembradas nos quadros de “abdome agudo”
- porfiria intermitente aguda,
- cetoacidose diabética e
- insuficiência suprarrenal aguda.
É uma doença hereditária ou adquirida, causada pelo acúmulo de porfirinas ou seus precursores em diversos
compartimentos, quando faltam algumas enzimas necessárias à síntese do Heme.
PORFIRIA
O principal sintoma é a dor abdominal contínua ou em cólica, pouco localizada, em ataques recorrentes ou de forma insidiosa. É classicamente citada como um dos diagnósticos diferenciais da obstrução intestinal na fase inicial, cursando com peristaltismo aumentado e distensão de alças. Como não é uma doença de características inflamatórias, irritação peritonial, febre ou leucocitose não são achados comuns
Porfiria intermitente aguda
A principal classe terapêutica responsável por causar a Porfiria Intermitente Aguda (PIA)
Anticonvulsivante
O diagnóstico de PIA é dado pelo exame:
Excreção urinária de Porfobilinogênio (PBG)
O tratamento de PIA pode ser feito:
Afastar precipitantes
Ofertar produtos do Heme
Soro glicosado hipertônico
Dentre as possíveis alterações laboratoriais temos a leucocitose e o aumento da amilase. Dor abdominal (classicamente periumbilical, pode vir associada à defesa abdominal como num quadro de ruptura visceral e peritonite) náuseas, vômitos e ritmo de Kussmaul são característicos de
Cetoacidose Diabética (CAD)
De todas as causas metabólicas de abdome agudo clínico, a que mais se assemelha é a pancreatite aguda,
Cetoacidose Diabética (CAD)
Doença cujo os sintomas gastrointestinais estão presentes em 92% dos pacientes e são muitas vezes a apresentação inicial do quadro. Além disso, os principais são: anorexia, náusea e vômito, DOR ABDOMINAL (34%), diarreia e constipação.
Insuficiência Suprarrenal
Nos casos de dor abdominal acompanhada de hiperperistaltismo, deve-se pensar, principalmente, em obstrução intestinal e no seguinte diagnóstico diferencial
Porfiria.
Em pacientes com encefalopatia, anemia microcítica com pontilhados basofílicos, gota recorrente ou cólicas abdominais e que possuam história de exposição ao chumbo, devemos pensar no diagnóstico de:
Saturnismo
O diagnóstico de Saturnismo é feito com:
História ocupacional + dosagem do chumbo sérico.
O tratamento de Saturnismo é feito, essencialmente, com:
Quelantes de chumbo: o tratamento de escolha é EDTA.
Nos casos sintomáticos, faz-se associação com outro quelante, o Dimercaprol. Para crianças, usar Succimer.
Uso de vitamina C também.
Consiste na reativação da infecção latente dos gânglios da raiz sensitiva pelo vírus Varicela-Zóster. É mais comum nos pacientes idosos e imunodeprimidos e pode levar a um quadro de dor abdominal unilateral, associado a erupções vesiculares, e que se distribui por um dermátomo específico (em alguns casos, dois ou três dermátomos).
Herpes-Zóster
Doença sistêmica febril causada pela S. typhi e paratyphi (menos intensa), com transmissão por via fecal-oral. Entre as manifestações estão Febre + dor abdominal + rash maculopapular (roséolas tíficas) no abdome e tórax + confusão mental + viagem/morador de área endêmica.
Febre Tifoide (entérica )
Tratamento de Febre Tifoide é feito com
1ª linha: Ciprofloxacino – Ceftriaxone.
2ª opção: Cloranfenicol, ampicilina, SMX-TMP
Profilaxia da Febre Tifoide envolve:
- Condições sanitárias
- Higiene pessoal
- Vacina: viajantes e exposição ocupacional (recrutas) em zonas de alta endemicidade.
São considerados alimentos de alto risco para a sobrevivência e a proliferação da Salmonella typhi:
a) alimentos cozidos e consumidos imediatamente.
b) alimentos secos.
c) leite e seus derivados, ostras, moluscos e
mexilhões.
d) massas.
e) carnes cozidas ou assadas.
C
Principal complicação da febre tifoide =
hemorragia digestiva
O estado portador de bacilo tifoide é mais comum
entre pessoas infectadas na faixa etária e sexo de:
idade madura, especialmente as mulheres.
Em qual semana de doença de Febre Tifoide, classicamente, ocorre perfuração intestinal como complicação da febre tifoide?
Terceira.
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, Indivíduo com febre persistente, acompanhada ou não de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mal-estar geral, dor abdominal, anorexia, dissociação pulso/temperatura, constipação ou diarreia, tosse seca, roséolas tíficas (manchas rosadas no tronco) e hepatoesplenomegalia. Pode ser classificado como:
Caso Suspeito
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, Indivíduo com critério clínico laboratorial e/ou epidemiológico, pode ser classificado como:
Caso Confirmado
A Febre tifoide também é doença de Notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, indivíduo que, após enfermidade clínica ou subclínica, continua eliminando bacilos por vários meses. Tem particular importância para a vigilância epidemiológica porque mantém a endemia, podendo dar origem a surtos epidêmicos.
Portador
Qual o antibiótico usado para o tratamento da
febre tifoide?
Ciprofloxacina.
Com relação à vacinação como medida de
controle da febre tifoide, pode-se afirmar que:
a) possui alto poder imunogênico, com imunidade de longa duração.
b) é a principal arma no controle da doença, sobretudo, quando ocorrem surtos.
c) é indicada durante enchentes, pois o risco de doença aumenta devido à diluição das salmonelas no meio hídrico.
d) é indicada para pessoas sujeitas a exposições excepcionais, como trabalhadores que entram em contato com esgotos.
D
Doença cujo QUADRO CLÍNICO tem dor periumbilical que migra para fossa ilíaca direita + sinais (Dunphy, Blumberg, Rovsing, Lapinsky, Lenander, Aaron, do psoas e do obturador)
Apendicite Aguda
A Apendicite Aguda é causada pela Obstrução do apêndice por fecalitos ou apendicolitos (mais comum), hiperplasia dos folículos linfoides, neoplasias, parasitos ou outros corpos estranhos (ex.: sementes), cursando com Distensão (Dor periumbilical) e consequente Isquemia (dor em FID). Quais são os principais microrganismos identificados nestas situações?
Escherichia coli e Bacteroides fragilis.
As principais bactérias Aeróbicas envolvidas na Apendicite aguda são
E. coli 77%
Streptococcus viridans 43%
Streptococcus do grupo D 27%
Pseudomonas aeruginosa 18%
As principais bactérias Anaeróbicas envolvidas na Apendicite aguda são
Bacteroides fragilis 80%
Bacteroides thetaiotaomicron 61%
Bilophila wadsworthia 55%
Peptostreptococcus ssp. 46%
As bactérias anaeróbicas que, com maior frequência,
são isoladas na apendicite perfurada
encontram-se na seguinte alternativa:
a) Peptostreptococos e Bacteroides fragiles.
b) Estreptococos viridans e Escherichia coli.
c) Peptoestreptococos e Pseudomonas aeruginosa.
d) Proteus mirabilis e Estreptococos viridans.
e) Bacteroides fragiles e Escherichia coli.
E
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de
McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns
sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de “dor na fossa ilíaca direita, que piora com a tosse..” é chamado de
Sinal de Dunphy
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de
McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns
sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de “dor de maior intensidade com a descompressão súbita do abdome, indicativa de peritonite.” é chamado de
Sinal de Blumberg
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de
McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns
sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de “dor à compressão da fossa ilíaca direita enquanto o paciente ou o próprio examinador eleva o membro inferior direito esticado (apêndice retroceca” é chamado de
Sinal de Lapinsky
Na Apendicite Aguda, ao exame físico, habitualmente, encontra-se temperatura em torno de 38°C (febre baixa), hipersensibilidade à palpação no ponto de
McBurney, com defesa abdominal inicialmente voluntária e depois involuntária. Além disso, alguns
sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de que “É inespecífico para qualquer irritação peritoneal e é feito com o paciente na ponta dos pés, peça para ele chocar os calcanhares contra o chão. O choque suscitará dor no ponto onde o peritônio parietal
está irritado.” é chamado de
Sinal de Markle
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal em que a “temperatura retal maior que a axilar em 1°C (apêndice pélvico).” é chamado de:
Sinal de Lenander
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de “dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de McBurney.” é chamado de:
Sinal de Aaron:
Na Apendicite Aguda, alguns sinais clássicos podem ser encontrados. O sinal de “dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do
quadril (apêndice pélvico).” é chamado de:
Sinal do Obturador