CIR 2 - SÍNDROME DISFÁGICA Flashcards
Quais são os tipos de disfagia?
De transferência e de Condução
É a dificuldade para levar o alimento da boca ao esôfago, ou seja, de iniciar a deglutição… O paciente tem a sensação de que a comida fica presa na garganta! Ele ENGASGA ao tentar engolir o alimento, podendo haver regurgitação nasal e aspiração traqueal seguida de tosse.
Disfagia de transferência ou orofarínge
Paciente engasga, pois pega 1/3 superior controlado pelo SNC
NÃO ESQUEÇA: disfagia de transferência ou orofaríngea = engasgo – o paciente geralmente leva a mão ao
pescoço quando descreve a disfagia, reclamando que a comida åca presa na garganta!!!
É uma disfagia tanto para alimentos sólidos quanto para líquidos, podendo ser acompanhada por sialorreia nos
casos mais graves, devido à diåculdade para engolir a própria saliva! Também pode haver disfonia pelo
comprometimento concomitante do aparelho fonador.
Disfagia de transferência ou orofarínge
As causas neurológicas de disfagia de transferência são aquelas que envolvem os núcleos bulbares (núcleos do IX, X e XII pares cranianos) ou os feixes corticobulbares (neurônios que levam o comando do córtex cerebral aos núcleos bulbares). Assim, as principais causas neurológicas de disfagia de transferência são:
● Síndrome de Wallenberg: AVE do bulbo dorsolateral, com acometimento de núcleos bulbares;
● Esclerose múltipla: neuropatia desmielinizante autoimune, que pode acometer os dois feixes
corticobulbares;
● Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): doença degenerativa do primeiro e segundo neurônios motores,
que acomete tanto os feixes corticobulbares quanto os próprios núcleos bulbares;
● Doença de Parkinson: cursa com diåculdade para o início voluntário da deglutição;
● Demências: estados avançados de demência com comprometimento motor (ex.: apraxia do Alzheimer)
A disfagia de transferência atinge a musculatura_______ e atinge as 3 topografias______
1) Estriada esquelética
2) EES + Faringe + Terço superior do esôfago.
A disfagia orofaríngea em condições que cursam com
fraqueza da musculatura, podem ser causadas por:
miastenia gravis,
miopatias inflamatórias idiopáticas (dermatomiosite, polimiosite) e
miopatias primárias (distrofia mioclônica, distrofia
oculofaríngea).
Nessa disfagia, a dificuldade está no transporte dos alimentos pelo esôfago até o estômago – o paciente se sente ENTALADO, com o alimento preso no esôfago. É uma forma de disfagia que pode ser observada tanto para sólidos quanto para sólidos e líquidos, e que pode ser intermitente ou progressiva.
Disfagia de condução
Paciente entala, pois pega 2/3 inferior controlado pelo SN Autônomo
Se a disfagia de condução for exclusiva para sólidos, a obstrução mecânica do esôfago é a hipótese mais provável, como nos casos de
estenose péptica e neoplasia.
Causas mais comuns de disfagia de transferência:
NEUROLÓGICAS
- AVC
- Miastenia Gravis
- ELA
- EM
- DP
- Demências
Principais causas de distúrbios motores do esôfago:
» Acalasia;
» Espasmo esofagiano difuso;
» Esôfago em quebra-nozes;
» Esclerodermia
Principais causas de obstrução mecânica do esôfago:
» Tumores malignos e benignos;
» Estenose péptica;
» Anéis e membranas esofagianas;
» Divertículos;
» Obstrução extrínseca.
NÃO ESQUEÇA
Disfagia de transferência ou orofaríngea =
“ENGASGO” = alimento preso na garganta
NÃO ESQUEÇA!
Disfagia de condução ou esofagiana =
“ENTALO” = alimento preso no esôfago
Disfagia tipo alta, cursa com engasgos, sendo a principal dificuldade levar alimento da boca ao esôfago, é denominada de:
Disfagia de transferência
Se houver disfagia de condução para sólidos e líquidos, devemos pensar em uma obstrução mecânica muito severa ou então em um distúrbio motor do esôfago (seja neurológico ou muscular), como
acalasia,
espasmo esofagiano difuso,
esclerodermia
Quais os 2 distúrbios motores do esôfago?
Acalásia
Espasmo esofagiano difuso
Definição: Distúrbio primário da motilidade do esôfago, caracterizado pela perda de células ganglionares dos plexos mioentéricos.
Quadro clínico: Disfagia + regurgitação + perda de peso..
Como diagnosticar?
● O exame padrão-ouro é a esofagomanometria, sendo os principais achados:
1. Deficit do relaxamento åsiológico do EEI durante a deglutição;
2. Graus variados de hipertonia do EEI;
3. Aperistalse (ou ausência de contrações progressivas eåcazes).
● Outros exames, como RX de tórax e esofagograåa baritada, podem sugerir o diagnóstico, mas a
esofagomanometria é sempre necessária…
● EDA também deve ser realizada em todos os pacientes, para avaliar o grau de esofagite, diagnóstico
diferencial com neoplasia e avaliação de possível estenose secundária à esofagite.
Tratamento
● Farmacológico: nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio.
● Toxina botulínica injetada no EEI via endoscópica: eåcaz durante curto período.
● Dilatação endoscópica por balão: é eficaz na maioria dos casos, porém, geralmente há recidiva
● Cirurgia: indicada nos casos refratários ou recidivantes – cardiomiotomia de Heller modiåcada ou
ressecção transhiatal do esôfago (esta última nos casos mais graves). Na presença de dolicomegaesôfago
ou displasia de alto grau, a esofagectomia está indicada.
ACALÁSIA
É fator de risco tanto para o carcinoma escamoso (principal) quanto para o Adenocarcinoma de esôfago.
ACALÁSIA
No caso de disfagia orofaríngea, devemos pensar em 2 causas:
Doenças neurológicas
Doenças musculoesqueléticas
* é a disfagia de transferência
Das características anatomicas e clínicas da Acalásia, qual é a alteração mais importante?
É a falha de relaxamento do EEI durante a deglutição
História natural da esofagopatia chagásica (quatro fases):
(1) Forma anectásica: esôfago de calibre normal, com pequena retenção de contraste;
(2) Esôfago discinético: esôfago com pequeno aumento de calibre, discreta dilatação
(megaesôfago leve) e retenção importante de contraste;
(3) Megaesôfago clássico: esôfago francamente dilatado com atividade motora reduzida e
grande retenção de contraste;
(4) Dolicomegaesôfago: esôfago dilatado e alongado
Na doença de Chagas, temos o acometimento dos plexos de_________________; já na forma
idiopática, temos somente o do plexo de ___________.
- Meissner e de Auerbach
- Auerbach
Qual os tipos de Acalásia e qual o mais comum?
Idiopática (mais comum)
Chagásica
Os pacientes com Acalásia em estágio terminal o tratamento de escolha é
Ressecção esofágica
Os pacientes típicos com acalasia têm idades entre 25 e 60 anos de idade*, com incidência igual entre os sexos.
Paciente com Acalásia possui clínica de:
Disfagia,
Regurgitação e
Perda de peso em anos