CIR 4 - Sd. álgica I (dor abdominal) Flashcards
Clínica da apendicite
Dor periumbilical que migra para FID
Anorexia, náuseas, vômitos
Febre
Disúria
Sinais clínicos da apendicite (4)
Blumberg: Descompressão súbita dolorosa em McBurney
Rovsing: Pressão em FIE e dor em FID (rovizinho)
Dunphy: Dor em FID que piora com tosse
Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1ºC
Diagnóstico da apendicite (alta x baixa probabilidade e complicação)
- Alta probabilidade: história clássica, homem = clínico
- Baixa probabilidade: criança, idoso, mulher = imagem (USG se criança ou mulher)
- Complicação (massa ou > 48h) = TC (se homem ou não gestante)
Tratamento da apendicite simples e da complicada
Sem complicação: Apendicectomia + ATB profilático
Com complicação
- Abcesso: Drenagem + ATB + colonoscopia (4-6 semanas) +- apendicectomia tardia
- Fleimão: ATB + colonoscopia (4-6 semanas) +- apendicectomia (6-8 semanas)
- Peritonite difusa: ATBterapia (7 – 10 dias) + cirurgia de urgência (VLP > aberta)
Escore de alvarado da apendicite e quais pontuam 2
Dor que migra para FID
Anorexia
Náuseas / vômitos
Descompressão em FID
Temperatura > 37,5ºC
Desvio para esquerda
Leucocitose e Dor à palpação FID valem 2
Doença diverticular dos cólons:
- Clínica
- Diagnóstico
- Complicações (2)
Clínica: Maioria assintomáticos! Geralmente é achado incidental
Diagnóstico: Local mais comum é o sigmoide!
- Colonoscopia
- Clister opaco
Complicações:
- Hemorragia → Cólon direito (15%)
- Diverticulite → Cólon esquerdo (25%)
Quando realizar colonoscopia em caso de diverticulite?
Fazer a colonoscopia 4-6 semanas após quadro inflamatório para afastar Ca colorretal
Diverticulite: clínica e diagnóstico
Clínica: “Apendicite” do lado esquerdo em idoso → Quadro recorrente que já dura há alguns dias
Diagnóstico → TC (evitar colonoscopia e enema na inflamação!)
Classificação de Hinchey da diverticulite (pela TC)
0: Ausência de complicações
1a: Fleimão
1b: Abcesso pericólico
2: Abcesso pélvico
3: Peritonite purulenta
4: Peritonite fecal
Complicações da diverticulite e como tratar
Abscesso > 4 cm → drenagem + ATB + colono + cirurgia eletiva (6-8 semanas)
Peritonite → ATB + cirurgia de urgência (HARTMANN)
**Se tipo 3: lavagem laparoscópica
Tratamento diverticulite (ambulatorial X hospitalar)
Ambulatorial: Dieta líquida + analgesia oral / Avaliar ATB oral
Hospitalar: ATB EV + Hidratação venosa + analgesia + Dieta zero/líquida
O que é a cirurgia de Hartmann?
É feita quando não podemos fazer uma anastomose primária (paciente instável, peritonite). Retiramos a parte do intestino com a lesão. O paciente fica com uma colostomia terminal + coto retal. Depois de alguns meses se reconstrói o trânsito intestinal.
O que não podemos esquecer após dar alta para um paciente que teve diverticulite?
Agendar colonoscopia!
Clínica da pancreatite aguda
- Dor abdominal contínua em faixa que irradia para o dorso
- Náuseas e vômitos
- Icterícia leve
- Manchas de Cullen (periumbilical)
- Manchas de Grey Turner (flancos)
2 Etiologias da pancreatite aguda
1) Litíase biliar é a principal (cálculos < 5mm)
2) Alcóolica
Diagnóstico da pancreatite aguda
Dor abdominal fortemente sugestiva
↑ Amilase / lipase ≥ 3x o valor normal
Exames de imagem (TC em 72-96h)
Tratamento da pancreatite aguda
Leve: Interna + NPO, analgesia, hidratação
Mod/Grave: UTI, volemia, analgesia EV, suporte nutricional, não dar ATB!
Fatores de mau prognóstico da pancreatite aguda
Idade, obesidade, peritonite
PCR ≥ 150mg/L por > 48h = grave
Escores: Ranson ≥ 3 (não faz parte: TGP, amilase/lipase, bilirrubinas),
Classificação de atlanta (pancreatite aguda)
Leve: Sem falência orgânica / Sem complicações
Moderadamente grave: Falência orgânica transitória (<48h) e/ou complicações locais/sistêmicas
Grave: Falência orgânica persistente
Se a pancreatite foi por litíase biliar, quando fazer CVL?
Quadro leve → CVL antes da alta
Quadro grave → CLV após 6 semanas
** Se colangite ou icterícia: 1) CPRE 2) USG e CVL antes da alta
Quais as 4 complicações locais da pancreatite e suas condutas
Coleção fluida aguda peripancreática Pseudocisto (15%)
Coleção necrótica aguda
Coleção necrótica organizada (WON)
Todas nós apenas observamos inicialmente e intervimos se complicar
Clínica e conduta de pseudocisto complicado
Clínica: Compressão de estruturas (plenitude pós-prandial, náuseas, vômitos, anorexia)
Conduta: Drenagem endoscópica apenas se sintomas
Pancreatite crônica:
- Causa e fisiopatologia
- Clínica
- Álcool provoca substituição do parênquima pancreático → Calcificação → Perda de função pancreática
Clínica: Dor abdominal + Esteatorreia (↓ digestão das gorduras) + Diabetes (destruição das ilhotas)
Outros achados: dor abdominal, emagrecimento (disabsorção, medo de comer)
Conduta de necrose estéril X infectada
Estéril: Expectante
Infectada: Punção + Necrosectomia + ATB (imipenem)
Diagnóstico da pancreatite crônica
Clínica + Exame de imagem com calcificação
- US-EDA: melhor para fase inicial
- TC: mais usado
- CPRE: obrigatório antes da cirurgia
- Amilase e lipase normais ou pouco elevadas
Tratamento de suporte da pancreatite crônica
Álcool: Cessar etilismo / tabagismo
Esteatorreia: Refeições pequenas e pobres em gordura + IBP + Enzimas pancreáticas VO
DM: Hipoglicemiantes / Insulina
Dor: Analgesia escalonada → Dor intratável indica cirurgia
Qual procedimento sempre deve ser realizado antes da cirurgia da pancreatite crônica?
CPRE
Se o paciente for refratário à CPRE e tiver ducto pancreático dilatado?
Descompressão cirúrgica → Cirurgia de Puestow modificado
Complicação da pancreatite crônica e sua consequência
Trombose da veia esplênica (pâncreas calcifica e pesa em cima da veia)
- Provoca hipertensão portal SEGMENTAR
- Clínica: varizes APENAS em fundo gástrico + esplenomegalia
- Conduta: esplenectomia
Colite isquêmica
- Perfil
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Perfil: idoso com hipoperfusão
- Clínica: Dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão
- Diagnóstico:
—Retossigmoidoscopia / Colonoscopia → mucosa inflamada
—Enema ou clister opaco → sinal das impressões digitais - Tratamento: Suporte
Doença vascular intestinal (Isquemia mesentérica X colite isquêmica)
Isquemia mesentéria: grandes vasos (AMS), acomete delgado
Colite isquêmica: pequenos vasos, mucosa do cólon
Causas de Isquemia mesentérica aguda (4)
Embolia: FA, IAM recente
Vasoconstrição: Choque, cocaína, vasoconstrictor
Trombose arterial: Aterosclerose, DVP
Trombose venosa: Estado de hipercoagulabilidade
Clínica da IMA
Dor abdominal desproporcional ao EF
- Temperatura retal < Temperatura axilar
- Acidose metabólica inexplicável (metabolismo anaeróbio pela isquemia) → Taquipneia
- Sem sinais de irritação peritoneal (se tiver, é tardio!)
Diagnóstico da IMA (mais usado X padrão-ouro)
MAIS USADO → AngioTC
PADRÃO-OURO → Angiografia mesentérica
Tratamento da IMA de origem embólica ou trombose arterial
- Heparinização
- Embolectomia / trombectomia
- Papaverina pós-operatória
Tratamento da IMA de origem vasoconstrictora
Papaverina
Cirurgia se refratário ou peritonite
Isquemia mesentérica crônica
- Causa
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Causa: Aterosclerose
- Clínica: Angina mesentérica (comeu, doeu)
- Diagnóstico: Angiografia / angioTC
- Tratamento: Revascularização
Tratamento da IMA de origem trombose venosa
Heparinização
Trombolítico