CIR 1 - Hipertensão porta Flashcards
Clínica da síndrome da hipertensão porta (4)
- Esplenomegalia
- Varizes (principalmente esofágicas)
- Encefalopatia
- Ascite
Hipertensão porta pré-hepática
- Causas (2) e Clínica (varizes e ascite)
Trombose veia porta (por hipercoagulabilidade)
Trombose veia esplênica = hip. porta segmentar (por pancreatite)
Muitas varizes, pouca ascite
Hipertensão porta pós-hepática
- Causas (3)
- Clínica (3)
- Doenças cardíacas: ICC, pericardite
- Trombose da veia hepática: S. Budd-Chiari
- Obstrução da veia cava: trombose, neoplasia
Muita ascite, poucas varizes e esplenomegalia
Hipertensão porta intra-hepática é subdividida em 3. Quais são, suas causas e como é a clínica (varizes e ascite)
Pré-sinusoidal: Esquistossomose
Sinusoidal: Cirrose
Pós-sinusoidal: Doença veno-oclusiva (enxerto hospedeiro e chá da jamaica)
Tem ascite e varizes na mesma quantidade
Diagnóstico de hipertensão porta
EDA
USG
Gradiente pressórico
Classificação da hipertensão porta de acordo com as pressões
> 5 mmHg: Hipertensão porta
10mmHg: Varizes
12 mmHg: Risco de ruptura e hemorragia
Abordagem de varizes esofágicas para um paciente que NUNCA sangrou
Profilaxia!
Se cirrose + HP com clínica
- Betabloqueador OU Ligadura elástica
Abordagem de varizes esofágicas para um paciente que ESTÁ sangrando (2)
1) Estabilizar o paciente
2) Manejar sangramento
Como estabilizar um paciente com HDA
- Cristaloides / Transfusão
- Terlipressina /somatostatina / octreotide
- IBP (sempre pensar em ÚLCERA!)
- Suspender beta-bloqueador e diuréticos
Como interromper um sangramento de HDA (4)
A) Endoscopia (até 12h) → Ligadura elástica > Escleroterapia + DROGAS
B) TIPS
C) Balão de Sengstaken-Blakemore (requer IOT!)
D) Cirurgias → Shunts não seletivos
Vantagem e desvantagem do TIPS
Vantagem: “ponte” para transplante
Desvantagem: pode evoluir para encefalopatia (by-pass não deixa fígado filtrar)
Abordagem de varizes esofágicas para um paciente que JÁ SANGROU?
Profilaxia secundária
- Betabloq E ligadura elástica
- Prevenir PBE com ceftriaxone/norfloxacino por 7d
- Prevenir encefalopatia com Lactulose +- ATB
Qual a principal causa de internação em paciente cirrótico?
Ascite
Diagnóstico de Ascite (2)
- USG
- Paracentese
Quais os objetivos da paracentese (3)
- Diferenciar se o líquido é transudato (pouca proteína) ou exsudato (mais proteína)
- Identificar a causa da ascite (GASA)
- Diagnosticar PBE (Se ≥ 250 PMN)
Causa da Ascite com GASA ≥ 1,1 (transudato)
Hipertensão porta
- Se proteína < 2,5 = Cirrose
- Se proteina > 2,5 = IC / Budd Chiari
Causa da Ascite com GASA < 1,1 (exsudato)
Doença do peritônio
- Se proteína < 2,5 = Nefrótica
- Se proteína > 2,5 = Neoplasia, TB, pâncreas
Tratamento da Ascite (5)
- Restrição de sódio
- Restrição hídrica se hiponatremia dilucional (1,5 L/dia)
- Diuréticos
- Paracentese de alívio
- Ceftriaxone para prevenir PBE
Esquema de diuréticos para tratamento da ascite
4 Espironolactona : 1 Furosemida
Espironolactona 100-400mg/dia
Furosemida 40mg-160mg/dia
Objetivo: perder 0,5 kg/dia ou 1kg/dia com edema
Aumentar doses a cada 3-5 dias
Manejo da ascite refratária
1) Paracentese terapêuticas seriadas
- Se > 5L → Repor 6-10g albumina/L retirado para evitar S. HEPATORRENAL
2) TIPS ou transplante
Clínica da PBE
Assintomática OU
Febre + dor abd + encefalopatia
Devemos aguardar cultura para tratar PBE?
Não! Iniciar tratamento empírico com PMN ≥ 250
Diagnóstico de PBE
Ascite com PMN ≥ 250 mm³ E cultura positiva E. coli ou klebsiella
Tratamento da PBE
Cefotaxima / Ceftriaxone
Retirar beta-bloqueador e diuréticos
Profilaxia da PBE primária aguda (sangramento por varizes)
Ceftriaxona / Norfloxacina por 7 dias
Profilaxia da PBE primária crônica (proteína < 1,5)
Norfloxacina por tempo indeterminado
Profilaxia da PBE secundária
PARA TODOS → Norfloxacina pelo resto da vida ou até transplante
Profilaxia da síndrome hepatorrenal
Albumina: 1,5 g/kg agora + 1g/kg no 3º dia
Como diferenciar PBE de
- Ascite neutrofílica
- Bacterascite
- PBS
- Ascite neutrofílica: Cultura negativa
- Bacterascite: < 250 PMN
- PBS: Proteína > 1g / ↑ LDH / Glicose < 50
Como tratar
- Ascite neutrofílica
- Bacterascite
- PBS
- Ascite neutrofílica: ATB
- Bacterascite: ATB se sintomas
- PBS: Metronidazol + CX
Clínica da Encefalopatia hepática
Flapping, letargia, desorientação, coma
Fatores precipitantes da encefalopatia hepática (3)
- Hemorragia digestiva alta
- Infecção (PBE/PBS)
- Constipação
Manejo da constipação na encefalopatia hepática (2)
Lactulona (laxativo: amônia → amônio)
ATB: Rifaximina, neomicina, metronidazol
Síndrome hepatorrenal
- Fisiopatologia
- Clínica
- Diagnóstico (DDX importante)
- Tratamento
- Fisiopatologia: Fígado não metaboliza NO, que gera: Vasodilatação periférica + Vasoconstrição renal
- Clínica:
Hepatopatia grave (cirrose, ascite) +
Injúria renal aguda (oligúria, ↑ escórias) - Diagnóstico (DDX importante):
IRA pré-renal que não melhora com medidas. - Tratamento: Albumina + noradrenalina OU terlipressina
Definitivo: Transplante hepático