Choque Flashcards
Como a vasopressina pode ajudar no manejo do choque cardiogênico ou séptico?
Na presença de uma resposta inflamatória sistêmica, os pacientes com choque séptico tendem a ter baixas concentrações plasmáticas de vasopressina devido à baixa secreção de vasopressina. Ainda não se sabe se essas baixas secreções são devido a uma baixa produção de vasopressina pela hipófise ou a um defeito na secreção de vasopressina mediada pelo barorreflexo. O uso de vasopressina tem demonstrado melhorar a hemodinâmica e reduzir a necessidade de agentes adrenérgicos. A faixa de dosagem ainda é incerta, geralmente utiliza-se doses de 0,01 a 0,04 U/min.
Quais são as diferenças entre o choque hiperdinâmico e o choque hipodinâmico?
O choque hiperdinâmico é caracterizado por débito cardíaco aumentado e resistência vascular periférica diminuída, enquanto o choque hipodinâmico tem débito cardíaco reduzido e resistência vascular periférica aumentada.
Qual é o papel do ácido láctico como marcador prognóstico no choque e como ele deve ser interpretado?
O ácido láctico é um marcador de hipoperfusão tecidual e metabolismo anaeróbio. Níveis elevados indicam severidade do choque e podem orientar a eficácia das intervenções terapêuticas. Sua redução ao longo do tratamento é um bom indicador prognóstico.
Como a insuficiência adrenal pode complicar o manejo do choque séptico e qual é o tratamento apropriado?
A insuficiência adrenal pode levar à incapacidade de manter a pressão arterial e a resposta ao estresse, agravando o choque séptico. O tratamento inclui a administração de corticosteroides para suprir a deficiência hormonal e melhorar a resposta hemodinâmica.
Explique a importância da administração balanceada de fluidos no manejo do choque hipovolêmico.
A administração de fluidos no choque hipovolêmico visa restaurar o volume intravascular, melhorar o débito cardíaco e a perfusão tecidual. No entanto, o excesso de fluidos pode levar a edema pulmonar e outras complicações. A monitorização contínua e a avaliação da resposta do paciente são essenciais para evitar essas complicações.
Quais são os efeitos da ativação da cascata de coagulação no choque séptico e como eles contribuem para a síndrome da coagulação intravascular disseminada (CIVD)?
A ativação da cascata de coagulação no choque séptico leva à formação de microtrombos, consumo de fatores de coagulação e plaquetas, resultando em CIVD. Isso pode causar tanto trombose microvascular quanto sangramento, agravando a falência de múltiplos órgãos.
Qual é a terapia para choque hipovolêmico?
Inicialmente, substitua as perdas sanguíneas estimadas com soluções cristaloides balanceadas. O volume de cristaloide administrado é três ou quatro vezes a perda sanguínea estimada, mas a transfusão de glóbulos vermelhos pode ser essencial. A instabilidade hemodinâmica contínua sugere que há uma perda sanguínea maciça e a ressuscitação intravenosa com produtos sanguíneos é necessária, embora outras causas de hipotensão, como lesão cerebral, hemotórax, pneumotórax hipertensivo ou tamponamento pericárdico, devem ser consideradas.
Explique a importância do índice cardíaco (IC) no manejo do choque cardiogênico.
O índice cardíaco (IC) é a medida do débito cardíaco ajustado para a superfície corporal do paciente. No choque cardiogênico, o IC é geralmente reduzido (<2,2 L/min/m²), indicando necessidade de suporte inotrópico e/ou dispositivos de assistência ventricular.
Quais são as contraindicações ao uso de inibidores da fosfodiesterase (PDE) no choque cardiogênico?
Contraindicações incluem a presença de hipotensão grave e hipovolemia, pois esses agentes, como a milrinona, podem causar vasodilatação sistêmica adicional, agravando a hipotensão e comprometendo a perfusão tecidual
Qual é o papel dos agentes inotrópicos no tratamento do choque cardiogênico?
Os agentes inotrópicos, como a dobutamina e a milrinona, aumentam a contratilidade cardíaca, melhorando o débito cardíaco e a perfusão tecidual. Eles são frequentemente usados quando há disfunção miocárdica significativa.
Quais são os mecanismos fisiopatológicos subjacentes ao choque cardiogênico?
O choque cardiogênico resulta da falência do miocárdio em bombear sangue adequadamente, levando a baixa perfusão tecidual, aumento da pressão venosa central, congestão pulmonar e hipóxia tecidual.