Cardiologia (6) Flashcards
6 AS QUE AUMENTAM NÍVEIS DA SINVASTATINA
Principais medicações que, ao INIBIREM A ATIVIDADE DO CYP3A4, elevam os níveis séricos de sinvastatina, aumentado assim o risco de EA por essa medicação:
(A)miodarona; (A)antagonistas dos canais de cálcio; (A)zitromicina e outro macrolídeos; (A)ntidepressivo (fluoxetina); (A)ntagonistas de protease; (A)ntifúngico;
HEPATOTOXICIDADE COM USO DE ESTATINA
HEPATOTOXICIDADE COM USO DE ESTATINA:
> Evento RARO;
> Dosar TGO/ TGP e exames de FUNÇÃO HEPÁTICA apenas antes de iniciar o tratamento;
> NÃO se recomenda monitorar hepatotoxicidade com TGO/ TGP;
> O aumento isolado de TGO/ TGP não justifica sua suspensão.
> Se TGO/ TGP > 3x LSN, recomenda-se REDUZIR A DOSE, REPETIR O EXAME e INVESTIGAR OUTRAS CAUSAS;
> As estatinas só devem ser suspensas se evidência de hepatotoxicidade com alterações de BILIRRUBINAS (ou icterícia), TAP ou HEPATOMEGALIA;
DOSES DE ESTATINAS CONSIDERADAS DE ALTA POTÊNCIA
DOSES DE ESTATINAS CONSIDERADAS DE ALTA POTÊNCIA:
> Rosuvastatina 20 ou 40 mg;
> Atorvastatina 40 ou 80 mg;
> Sinvastatina 40 mg + ezetimiba 10 mg;
ESTATINA REDUZ O VOLUME DA PLACA ATEROSCLERÓTICA?
Vários estudos já demonstraram in vivo, utilizando o ultrassom intracoronário, ou post mortem, através de estudos com animais em laboratório, que o uso de estatina (principalmente em doses altas) INTERROMPE OU PELO MENOS DIMINUI A VELOCIDADE DE PROGRESSÃO DA ATEROSCLEROSE. Estudo publicado no JACC, em 2016, (Stable Triai) mostrou que, além de poderem mudar a evolução destas, as estatinas REDUZEM O VOLUME da placa aterosclerótica, principalmente naquelas mais “INSTÁVEIS” e INFLAMADAS.
MIOTOXICIDADE E ESTATINAS
MIOTOXICIDADE E ESTATINAS:
> Principal EA (10-2%);
> Quadro clínico de MIALGIA, CANSAÇO ou CÃIMBRAS;
> Região da COXA/ QUADRIL é a mais comum, seguida e panturrilhas e ombros;
> Diagnóstico diferencial é a MIOPATIA AUTOIMUNE NECROSANTE INDUZIDA POR ESTATINA;
EZETIMIBA (MECANISMO DE AÇÃO, DOSE, EFICÁCIA, ESTUDO)
EZETIMIBA:
MECANISMO DE AÇÃO:
> Inibe a absorção de colesterol na borda em escova do intestino delgado, atuando de forma seletiva nos rec. de NIEMANN-PICK C1 - like 1, reduzindo a oferta de colesterol via quilomícron ao FÍGADO, reduzindo os estoques hepáticos de colesterol, aumentando a expressão de RECEPTOR DE LDL (como estatinas e inib. da PCSK9) e portanto, aumentando a captação de LDL do sangue;
DOSE:
> Ezetimiba 10 mg 1xd;
EFICÁCIA:
> Isoladamente: reduz 10-25% de LDL-c;
> Em associação com estatina: efeito potencializado;
ESTUDO:
> O estudo IMPROVE-IT mostrou que a associação de estatina com ezetimiba apresendou redução significativa de eventos CV APÓS SCA;
INIBIDORES DA PCSK9 (MECANISMO DE AÇÃO, OPÇÕES, POSOLOGIA, EFICÁCIA E ESTUDOS)
INIBIDORES DA PCSK9:
MECANISMO DE AÇÃO:
> São anticorpos monoclonais que levam à destruição da PCSK9 que são proteases que degradam os receptores de LDL na superfície das células hepáticas;
OPÇÕES (aprovados para o Brasil):
> ALIROCUMABE (Praluent);
> EVOLOCUMABE (Repatha);
POSOLOGIA:
> Adm. SC a cada 2-4 sem;
EFICÁCIA:
> Reduzem em média 60% quando em comparação com placebo. Mesmo em paciente em uso de DOSE MÁXIMA DE ESTATINA, a associação com inib. de PCSK9 pode reduzir, de FORMA ADICIONAL, até 75% da LDL;
ESTUDOS:
> Demonstrou-se redução de desfechos CV com o FOURIER (2017) e com ODYSSY (2018);
FIBRATOS (MECANISMO DE AÇÃO, EFICÁCIA)
FIBRATOS:
MECANISMO DE AÇÃO:
> Aumentam a produção e ação da LIPASE LIPOPROTEICA;
EFICÁCIA:
> Reduzem triglicérides de 30-60% e aumentam a HDL-c de 7-11%;
> Não há evidências de que o tratamento farmacológico diminua o RISCO DE EVENTOS CV. Medica-se, portanto, para reduzir o risco de PANCREATITE, em geral, quando >500 mg/dL;
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3:
ORIGEM:
> Derivados de ÓLEOS DE PEIXES de ÁGUA FRIA;
EFICÁCIA:
> Em altas doses (4-6 g/dia), reduzem TG e elevam discretamente a HDL-c;
> As diretrizes atuais recomendam apenas uso em associação a outras terapias redutoras de TG para tratar HIPERTRIGLICERIDEMIA GRAVE;
ÁCIDO NICOTÍNICO (MECANISMO DE AÇÃO E EFICÁCIA)
ÁCIDO NICOTÍNICO:
MECANISMO DE AÇÃO:
> Reduz a LIPASE TECIDUAL nos adipócitos, levando à redução da liberação de AG livres e consequente menor produção hepática de TG;
EFICÁCIA:
> Reduz LDL-c em 5-25% e TG em 20-50% e aumenta HDL-c em 15-35%;
> Como não houve benefício na redução dos desfechos CV, atualmente é um MEDICAMENTO EM DESUSO. Seu uso é recomendado em casos restritos como, por exemplo, associado a fibratos quando TG > 1.000 mg/dl.
INIBIDORES DA CETP
INIBIDORES DA PROTEÍNA COLESTERIL ÉSTER TRANSFERASE:
OPÇÕES:
> ANACETRAPIBE
> TORCETRAPIBE (retirado do mercado por aumentar eventos CV, possivelmente por ELEVAÇÃO DA PA);
ESTUDOS:
> DEFINE: avaliou o ANACETRAPIBE. Não tinha número suficiente para mostrar impacto em desfechos comparados com placebo (N= 1.623 pacientes em prevenção secundária, todos já em uso de estatina). A associação do anacetrapibe reduziu em 36% a LDL e aumentou a HDL em 138% (não houve desfechos clínicos nesse estudo). Ele mostrou que essa NOVA DROGA É SEGURA. Não houve elevação de ALDOSTERONA nem de PA.
> REVEAL (2017): avaliou a eficácia e segurança da adição de ANACETRAPIBE versus placebo a doses eficazes de atorvastatina em mais de 30 mil indivíduos acima de 50 anos e alto risco CV. O ensaio mostrou redução de desfechos, porém com NNT ALTO.
COLESTIRAMINA (MECANISMO DE AÇÃO, EFICÁCIA, VANTAGENS, DESVANTAGENS, EFEITOS COLATERAIS)
COLESTIRAMINA (RESINA DE TROCA)
MECANISMO DE AÇÃO:
> RESINA que SEQUESTRA ÁCIDOS BILIARES, reduzindo sua absorção e, consequentemente, do colesterol;
EFICÁCIA:
> Reduzem em média 20% da LDL-c;
> Tem seu efeito potencializado em associação com a estatina;
VANTAGENS:
> CRIANÇAS, podem ser usadas em crianças;
> MULHERES EM PERÍODO REPRODUTIVO (único hipolipemiante liberado para essa população);
DESVANTAGENS:
> AUMENTO DE TG, devendo ser evitadas em HTG graves;
EFEITOS COLATERAIS:
> INTOLERÂNCIA GASTROINTESTINAL;
> Redução da absorção de VIT LIPOSSOLÚVEIS;
QUANDO SUSPEITAR DE DISLIPIDEMIA PRIMÁRIA
QUANDO SUSPEITAR DE DISLIPIDEMIA PRIMÁRIA:
- LDL >190 mg/dL;
- CT >310 mg/dL;
- HDL<10 mg/dL;
- TG >500 mg/dL;
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (HERANÇA GENÉTICA, MUTAÇÕES, FORMAS, QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO)
HERANÇA GENÉTICA:
> Autossômica DOMINANTE;
MUTAÇÕES:
> Receptor de LDL (85-90%) - forma clássica;
> Apoliproteína B (1-12%);
> PCSK9 (2-4%);
FORMAS:
> Heterozigótica (1:250 pessoas);
> Homozigótica (1:400.000 pessoas);
QUADRO CLÍNICO:
> DAC precoce;
> XANTOMAS PLANARES;
> XANTOMAS TENDÍNEOS (depósitos de colesterol), geralmente localizados nos TENDÕES DO TRÍCPES, PATELA, EXTENSORES DOS DEDOS ou no tendão de AQUILES (são pouco sensíveis, mas muito específicos);
> XANTELASMA (não específicos e não sensívies);
> ARCO CORNEANO (anel de coloração azul-acinzentada ou esbranquiçada circundando a córnea), é sugestivo quando <45 anos;
DIAGNÓSTICO:
> CLÍNICOLABORATORIAL: existem 3 escores, que são os da MEDPED (americano [mais prático], holandês [mais completo] e britânico);
> GENÉTICO: devido alto custo, pouca disponibilidade, rua realização de rotina é pouco viável. Sugere-se sua realização em casos com diagnóstico de HF confirmada ou provável, com o objetivo de faciliar o RASTREAMENTO FAMILIAR. Sua limitação é de que detecta apenas alguns tipos de mutações, sendo que existem mais de 1600 mutações documentadas, portanto o teste negativo, não afasta o diagnóstico;
CAUSAS SECUNDÁRIAS DE DISLIPIDEMIA (DOENÇAS, DROGAS E ESTILO DE VIDA)
CAUSAS SECUNDÁRIAS DE DISLIPIDEMIA: (1) DOENÇAS: > DM; > Hipotireoidismo; > Síndrome nefrótica; > Doença renal crônica; > Doença colestática (p.e. cirrose biliar 1ª); > Obesidade; > Doença de Cushing;
(2) DROGAS: > Betabloqueadores (menor com CARVEDILOL ou BISPROLOL); > Diuréticos (princ. TZD); > ACH, estrógenos ou progesterona, TRH, anabolizantes; > Corticoide; > Inib. de protease; > Isotretinoína; > Ciclosporina;
(3) ESTILO DE VIDA:
> Vida sedentária;
> Tabagismo;
> Etilismo;
SACADA: HF COM HIPERTRIGLICERIDEMIA
Pacientes com HF possuem geralmente TRIGLICÉRIDES NORMAIS OU POUCO ELEVADOS. O aumento significativo dos TG associado ao do LDL-c deve levantar a possibilidade de outros diagnósticos, como a HIPERLIPIDEMIA FAMILIAR COMBINADA ou presença de outras CONDIÇÕES ASSOCIADAS (diabetes, obesidade e alcoolismo);
QUANDO PENSAR EM HF HOMOZIGÓTICA?
QUANDO PENSAR EM HF HOMOZIGÓTICA?
> LDL >500 mg/dL em pacientes sem tratamento OU >300 mg/dL nos com tratamento otimizado;
> XANTOMAS em <10 anos;
> Níveis elevados de LDL compatíveis com HF HETEROZIGÓTICA NO PAI E NA MÃE;
OBSERVAÇÃO:
- Níveis de LDL<500 mg/dL não excluem o diagnóstico de HF homozigótica, principalmente em crianças;
- Geralmente relacionada a CONSAGUINIDADE;
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO - CONSIDERAÇÕES)
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR:
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO - CONSIDERAÇÕES:
- O risco é muito HETEROGÊNEO, enquanto que uns apresentam eventos CV precoces e graves, outros, com mesmo nível de colesterol, apresentam poucos eventos, sendo necessária uma ESTRATIFICAÇÃO ADICIONAL (dosagem de Lp(a) e CAC podem auxiliar);
- Os escores de risco clássicos como o de Framingham, ASCVD, de Reynolds e o SCORE não devem ser utilizados, pois SUBESTIMAM o risco CV dos portadores de HF;
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR (ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO - HF GRAVE)
HF GRAVE (severe familial hypercholesterolaemia), um subgrupo dentre os pacientes de HF com maior risco de eventos CV e deverá ter um tratamento mais agressivo):
> LDL >400 mg/dL;
> LDL>310 mg/dL + 1 fator de risco;
> LDL >190 mg/dL + 2 fatores de risco;
FATOR DE RISCO:
- Estigmas cutâneos e arco corneano;
- Lp(a} elevada >50-60 mg/dL;
- HAS;
- DM2
- Tabagismo
- HF de DAC precoce
- HDL-c baixo
- Idade
= ALVO IDEAL = LDL <100 mg/dL ou >=50% de redução no LDL;
Se +
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA SUBCLÍNICA AVANÇADA:
- CAC >100 Agatston ou > percentil 75 para idade e sexo;
- Angio TC de coronárias com lesão >50% ou placas não obstrutivas em mais de um vaso;
OU
DOENÇA CV ATEROSCLERÓTICA ESTABELECIDA:
- IAM/ angina/ RVM;
- AVEi/ AIT aterotrombótico;
- Claudicação intermitente/ DAOP;
= ALVO IDEAL = LDL <70 mg/dL ou >=50% de redução no LDL;
CAUSAS DE FALHA DE CAPTURA
CAUSAS DE FALHA DE CAPTURA:
> Output baixo;
> Deslocamento do eletrodo;
> Bateria baixa;
INIBIDORES DA PCSK9
OPÇÕES DE INIBIDORES DA PCSK9:
> Alirocumab;
> Evelocumab;
INCLISIRAN (MECANISMO DE AÇÃO, FARMACOCINÉTICA E VANTAGENS)
MECANISMO DE AÇÃO:
> O INCLISIRAN é composta por duas estruturas:
(1) Gal-NAc: se liga ao receptor de membrana do hepatócito ASGPR. Confere especificidade a droga pelos hepatócitos, pois os recp. ASGPR só existem no fígado;
(2) siRNA (small interfering RNA ou RNA de interferência), que consiste em uma dupla fita: fita guia e fita passageira (funciona como uma pró-droga, que suporta a geometria necessária para carregar para dentro do RISC (RNA-induced silencing complex ou complexo que induz o silenciamento do RNA);
> Quando o RNA de interferência entra dentro da célula, a fita passageira é removida e a fita guia entra no RISC, hibridiza com o RNAm PCSK9 e o quebra, prevenindo a produção proteica.
> Down-regulation do PCSK9, uma proteína envolvida na degradação dos recep. de LDL-c, resulta no up-regulation dos níveis de recep. de LDL-c na superfície dos hepatócitos, reduzindo de forma eficiente os níveis séricos de LDL-c.
FARMACOCINÉTICA:
> PICO SÉRICO ocorre em ~4 horas;
> Excreção RENAL;
> Indetectável após 24-48h da aplicação, ou seja, ela circula por pouco tempo no sangue. Isso é uma justificativa para a BAIXA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS ANTI-DROGA após uso do inclisiran (o que poderia comprometer sua biodisponibilidade ou desencadear reação inflamatórias);
> Seu efeito se reduz 2% ao mês, ou seja, pode persistir por até 2 anos;
VANTAGENS:
> MELHOR ADERÊNCIA TERAPÊUTICA, devido a aplicações espaçadas (day 1, day 90 - 3 meses - e depois a cada 6 meses), além de ser aplicada por PROFISSIONAL DA SAÚDE;
> Com uma dose anual de 300-500 mg, acredita-se que terá um CUSTO MENOR que os anticorpos monoclonais.
ONDA P NEGATIVA EM DI
ONDA P NEGATIVA EM DI:
> Troca de cabos;
> Ritmo atrial ectópico: onda P negativa também em V6;
> Dextrocardia: regressão de onda R em precordiais;
TRIALS DA DISLIPIDEMIA
TRIALS DA DISLIPIDEMIA: > Estatinas: 4S e WOSCOPS; > Ezetimiba: SEAS, SHARP e IMPROVE-IT; > Inib. da PCSK9: FOURIER (2017), ODYSSY (2018) e SPIRE 1 e 2; > E-EPA: REDUCE-IT (2018); > Inibidores da CETP: REVEAL e DEFINE; > Inclisiran: ORION 9, 10 e 11 (2020); > Ácido bempedoico: CLEAR Harmony;
CAUSAS DE DISLIPIDEMIA 1ª
CAUSAS DE DISLIPIDEMIA 1ª: > Hipercolesterolemia familiar; > Hipercolesterolemia familiar combinada; > HDL-baixo; > Hipertrigliceridemia familiar;
MUTAÇÕES DE GENES DA HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
MUTAÇÕES DE GENES DA HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR:
> Receptor de LDL-c;
> Apo B 100;
> PCSK9;
HIPERTRIGLICERIDEMIA 1ª (CAUSAS E QUADRO CLÍNICO)
HIPERTRIGLICERIDEMIA 1ª:
CAUSAS:
> Hipertrigliceridemia familiar;
> Hipercolesterolemia combinada;
> Hiperquilomicronemia familiar;
QUADRO CLÍNICO: > Lipemia retinalis; > Xantomas eruptivos (regridem com a redução dos TGs, diferentemente dos xantomas por hipercolesterolemia); > Dor abdominal crônica e recorrente; > Pancreatite
HIPERQUILOMICRONEMIA FAMILIAR (GENÉTICA, EPIDEMIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E QUANDO SUSPEITAR)
HIPERQUILOMICRONEMIA FAMILIAR:
GENÉTICA:
> Herança autossômica RECESSIVA;
EPIDEMIOLOGIA:
> Doença MUITO RARA (1: 1 milhão);
FISIOPATOLOGIA:
> Mutação na LIPASE LIPOPROTEICA;
QUADRO CLÍNICO:
> Início já na INFÂNCIA;
> FORMA MAIS GRAVE de hipertrigliceridemia 1ª.
> Lipemia retinalis, xantomas eruptivos, dor abdominal crônica e recorrente, pancreatite;
QUANDO SUSPEITAR: > Início dos sintomas na INFÂNCIA; > TG >1.000 (em jejum) OU >2.000 mg/dL (sem jejum); > IMC NORMAL (ausência de obesidade); > PANCREATITE recorrente; > HISTÓRIA FAMILIAR positiva; > Ausência de CAUSAS 2ª P/ DISLIPIDEMIA;
ENDOCARDITE INFECCIOSA COM HMC NEGATIVAS
ENDOCARDITE INFECCIOSA COM HMC NEGATIVAS:
> Uso prévio de ATB;
> EI por germes do grupo HACEK;
> EI por fungos;
FENÔMENO DE GLAGOV
Também chamado de REMODELAMENTO VASCULAR COMPENSATÓRIO, define o fenômeno que a medida que a PLACA DE ATEROMA cresce, a PAREDE VASCULAR se expande, de tal maneira que o LÚMEN EFETIVO da artéria é preservada. Quando a parede vascular atinge seu crescimento máximo (40%), o lúmen efetivo da artéria começa a se reduzir. Esse fenômeno tem uma IMPORTÂNCIA PRÁTICA que é a DIFICULDADE na detecção da placa pela arteriografia.
LIPOPROTEÍNAS (CLASSIFICAÇÃO CONFORME DENSIDADE)
LIPOPROTEÍNAS: DENSIDADE <1.006 (ricos em triglicerídeos): - Quilomícrons; - Quilomícros remanescentes; - VLDL;
DENSIDADE >1.006:
- LDL;
- HDL;
- Lp(a);
OBSERVAÇÃO:
- A classificação de Lp reflete sua DENSIDADE no plasma (a densidade do plasma é de 1.006 g/mL);
SACADA: COMO IDENTIFICAR O SUPRA DE ST EM V1-V3 EM UM PADRÃO DE BRD
Como identificar o supradesnivelamento em ECG com BRD nas derivações V1-V3?
> Mede-se quantos “quadradinhos” há de duração do complexo QRS em local de fácil mensuração. O mesmo nº de “quadradinhos” pode ser comparado em derivações com maior dificuldade (p.e. V1-V3), caso o PONTO J continue elevado mesmo após o nº, há supradesniv. do segm. ST!
> Sugere OCLUSÃO DE TE OU EQUIVALENTE (V1 sem elevação de ST) ou DA PROXIMAL (V1 com elevação de ST);
SACADA: BAVT
Análise de ECG no paciente com BAVT:
> FREQUÊNCIA CARDÍACA: quanto mais baixo o bloqueio, menor a FC;
> QRS: quanto mais baixo o bloqueio, mais largo o QRS;
> INTERVALO QT: se prolongado, há risco de FIBRILAÇÃO VENTRICULAR;
> MORFOLOGIA: pode ser bloqueio de ramo prévio ou ritmo de escape em VE ou VD;
CRITÉRIO GLICÊMICO PARA SÍNDROME METABÓLICA
Glicemia de jejum >110 mg/dL;
BLOQUEIO SEQUENCIAL DO NÉFRON
BLOQUEIO SEQUENCIAL DO NÉFRON:
> Ter Maaten mostrou que 75% da RESISTÊNCIA DIURÉTICA em pacientes com IC descompensada pode ser atribuída a ativação do transportador de NaCl ao longo do NÉFRON DISTAL. Portanto, drogas que bloqueiam a reabsorção de NaCl neste segmento (p.e. tiazídicos), podem ser úteis.
> O momento de fazer um bloqueio sequencial dos néfrons na IC é incerto. Tradicionalmente, uma segunda classe de diurético é adicionada após a resistência a primeira classe ocorre. Uma abordagem alternativa seria a introdução de baixas doses de terapia sequencial precocemente.
SOLUÇÃO SALINA HIPERTÔNICA E FUROSEMIDA EM ALTAS DOSES
A associação de solução salina hipertônica (150 mL de NaCl 1,4%-4,6%), duas vezes por dia por 30 minutos, com furosemida em doses muito maiores do que as habituais (500-1.000 mg/dia), pode ser uma alternativa ao tratamento de pacientes hiponatrêmicos com hipervolemia refratária. Através de ação osmótica, a solução hipertônica mobiliza o volume do extravascular para o intravascular, que é então eliminado por efeito diurético da furosemida intravenosa. A solução hipertônica é segura e parece estar associada a maior diurese, natriurese e preservação da função renal.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TIPO 4
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TIPO 4:
(a) Procedimento percutâneo;
(b) Trombose intrastent;
(c) Reestenose intrastent;
SACADA: FREQUÊNCIA CARDÍACA NO ECG
Número de complexos QRS em 10 “quadradões” multiplicado por 6!
BETABLOQUEADOR APÓS COCAÍNA
O uso de BETABLOQUEADOR pode ser feito após cerca de 8-10 horas após o consumo da COCAÍNA;
ECG: ESV ABERRANTE vs EV
ESV ABERRANTE:
> QRS largo;
> Morfologia de bloqueio de ramo clássico (esquerdo ou direito);
> Onda P precedendo o QRS, com morfologia distinta do sinusal;
> Intervalo PR menor que o sinusal;
EV:
> QRS largo;
> Sem morfologia de bloqueio de ramo clássico;
> Onda P ausente OU após o QRS;
CORONAVÍRUS E CARDIOLOGIA
CORONAVÍRUS E CARDIOLOGIA:
> HAS não é fator de risco;
> Elevação de TROPONINA é fator de pior prognóstico maior que doença cardiovascular;
> Poucos casos de MIOCARDITE com alto grau de documentação;
> Elevação de 6x de D-DÍMERO aumenta a mortalidade em 2x (diátese trombótico);
> Curva de D-DÍMERO e alargamento do COAGULOGRAMA são fatores de pior prognóstico e podem sugerir TEV. Recomendação de monitorização D-DÍMERO e COAGULOGRAMA e em pacientes que evoluem com PLAQUETOPENIA, solicitar FIBRINOGÊNIO;
> Grande maioria dos pacientes não preenche critérios para CIVD;
> Incidência de TEV é muito maior na SARA-COVID do que na SARA NÃO-COVID, mesmo em pacientes já em trombofilaxia proflática;
SACADA: TROPONINA MUITO ALTA
Pacientes com níveis de TROPONINA muito alta devem ter seus ECGs revistos na busca de um supra de seg. ST passado despercebido!
DOR TORÁCICA IRRADIADA PARA O MEMBRO SUPERIOR DIREITO
Dor torácica precordial com irradiação para membro superior ESQUERDO possui maior SENSIBILIDADE para isquemia coronariana enquanto que irradiação para o membro superior DIREITO possui maior ESPECIFICIDADE;
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO DE PAREDE ANTERIOR COM MORFOLOGIA DE BRD+-BDASE+-BAV1º
O supradesnivelamento de ST de parede anterior (v1, V2 e V3), que evolua com MORFOLOGIA DE BRD COM ONDA Q com ou sem BDASE (desvio do eixo elétrico para a esquerda) com ou sem BAV 1º, denota pior prognóstico por sugerir INFARTO SEPTAL (tanto o RAMO DIREITO como FASCÍCULO ANTERIOR ESQUERDO) são supridos pelos RAMOS SEPTAIS da ADA. Portanto, três possíveis causas são:
> Oclusão de TE;
> Oclusão de DA e CX (equivalente);
> Oclusão de DA proximal;
RISCO DE FV NO R SOBRE T
O risco de FV é maior quando ocorre uma DESPOLARIZAÇÃO na PRIMEIRA METADE da onda T, uma vez que há maior volume de células em seu período refratário.
DEFINIÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA DE FLUTTER ATRIAL TÍPICO
Presença de ondas F em derivações inferiores com POLARIDADES OPOSTAS aos das ondas P em V1.
PADRÃO STRAIN
PADRÃO STRAIN:
> Infradesniv. do segm. ST;
> Onda T invertida e assimétrica, com descenso lento e ascenso rápido;
> Overshooting;
DEFINIÇÃO DE IAM
DEFINIÇÃO DE IAM:
> TROPONINA com níveis acima do percentil 99 com padrão de elevação ou queda do marcador;
E pelo menos um dos critérios envolvendo:
(1) SINTOMAS de isquemia miocárdica aguda;
(2) NOVAS ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS NO ECG (depressão de segmento ST, bloqueio de ramo esquerdo novo ou presumivelmente novo e ondas Q patológicas);
(3) DISTÚRBIO DE CONTRATILIDADE SEGMENTAR em exame de imagem;
(4) PERDA DE MIOCÁRDIO VIÁVEL em exame de imagem;
(5) TROMBO CORONÁRIO POR ANGIOGRAFIA ou AUTÓPSIA;
CAUSAS DE DII NEGATIVO
CAUSAS DE DII NEGATIVO:
> BDAS (rS);
> IAM inferior (QS ou Qr);
> WPW (onda delta e PR curto);
OCLUSÃO DE TRONCO OU EQUIVALENTE vs OCLUSÃO DE DA PROXIMAL
Ao contrário da OCLUSÃO DE DA, nos casos de OCLUSÃO DE TRONCO ESQUERDO OU EQUIVALENTE (oclusão de DA e CX), há elevação de ST nas derivações precordiais médias e direitas começando em V2, porém NÃO em V1. Em V1, o segmento ST é ISOELÉTRICO. Em contraste, nos casos de OCLUSÃO PROXIMAL DE DA, V1 também demonstra elevação de ST (geralmente também na derivação aVR). Quando há oclusão de CX ocorrerá infra de ST em derivações direitas, porém a oclusão de DA levando a um supra de ST neutraliza as derivações direitas.
BULL’S EYE
A representação dos segmentos cardíacos através do BULL'S EYE ou MAPA POLAR é construída a partir de cortes segmentados do VE: (1) BASAL e (2) MÉDIO ("X + I"): > Anterior; > Anteroseptal; > Inferoseptal; > Inferior; > Anterolateral; > Inferolateral;
(3) APICAL ("+"): > Anterior; > Inferior; > Septal; > Lateral;
(4) ÁPEX (17º segm.);
SACADA: IAM COM BAVT
A artéria culpada depende da DOMINÂNCIA, podendo ser de CD ou CX;
SACADA: COMO FAZER O ECG EM PACIENTE COM DEXTROCARDIA
ECG com eletrodos trocados, ou seja, trocar esquerda por direita.
IAM TIPO 1 vs IAM TIPO 2 vs INJÚRIA MIOCÁRDICA
IAM TIPO 1:
> Ruptura de PLACA ATEROSCLERÓTICA por ulceração, erosão ou dissecção;
> Aumento de queda de Tnc com pelo menos um valor acima do percentil 99 e MAIS UM critério da DEFINIÇÃO UNIVERSAL;
IAM TIPO 2:
> Situação clínica consistente com isquemia miocárdica, um EVIDENTE DESEQUILÍBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA DE O2;
> Aumento de queda de Tnc com pelo menos um valor acima do percentil 99 e MAIS UM critério da DEFINIÇÃO UNIVERSAL;
INJÚRIA MIOCÁRDICA:
> SItuação clínica onde NÃO HÁ RUPTURA DE PLACA ATEROSCLERÓTICA ou DESEQUILÍBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA DE O2;
> Aumento de queda de Tnc com pelo menos um valor acima do percentil 99 e SEM OUTRO critério da DEFINIÇÃO UNIVERSAL;
IAM TIPO 2 vs INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA (CAUSAS)
IAM TIPO 2: > Sepse/ infecção;* > Anemia grave; > Falência respiratória; > Taquiarritmias; > Choque cardiogênico ou hipovolêmico; > Hipertensão grave; > Embolia gordurosa; > Vasoespasmo; > Disfunção endotelial; > Dissecção coronária;
INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA: (a) CARDÍACA: > Insuficiência cardíaca aguda; > Miocardiopatias; > Miocardite; > Contusão miocárdica; > Dissecção aórica; > Cardioversão elétrica;
(b) SISTÊMICA: > Sepse/ infecção*; > Doente crítico; > Falência renal; > AVE; > Embolia pulmonar; > Agente tóxicos; > Dissecção aórtica; > Rabdomiólise;
OBSERVAÇÃO:
- Injúria miocárdica secundária a isquemia miocárdica é o INFARTO DO MIOCÁRDIO;
- Todo INFARTO DO MIOCÁRDIO apresenta injúria, mas nem toda INJÚRIA é infarto;
IAM TIPO 2 (TRATAMENTO)
TRATAMENTO DO IAM TIPO 2:
> ESTRATÉGIAS PARA A ADEQUAÇÃO DA ENTREGA E DA REDUÇÃO DA DEMANDA DE OXIGÊNIO (ajuste do estado volêmico, suporte pressórico e inotrópico
se necessário; uso de hemoderivados; controle da frequência cardíaca; e suporte ventilatório sempre com busca ativa do fator causal);
> Não deve incluir TERAPIA ANTITROMBÓTICA;
> Não deve incluir CORONARIOGRAFIA DE URGÊNCIA, esta deve ser feita em segundo momento para pesquisar existência de DAC, dependendo da situção clínica;
INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA (CLASSIFICAÇÃO)
INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA:
> Elevação da Tnc acima do percentil 99 do limite superior de referência (LSR);
(a) INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA AGUDA:
> Padrão de elevação e/ou decréscimo (curva) nos valor de Tnc;
(b) INJÚRIA MIOCÁRDICA NÃO ISQUÊMICA CRÔNICA:
> Valores seriados estáveis (variação<20%);
ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS SUGESTIVAS DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA
ALTERAÇÕES ELETROCARDGIOGRÁFICAS SUGESTIVAS DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA:
> Supra de ST em 2 derivações contíguas ≥1 mm (no caso de V2-V3, o ponto de corte é ≥2,5 mm em homens <40 anos; ≥2 mm em homens >=40 anos e ≥1,5 mm em mulheres independentemente da idade);
> Infra de ST típico >0,5 mm em 2 derivações contíguas;
> Inversão de onda T >1 mm com razão R/S >1;
> Novo BRE ou BRD (não FC dependente);
> Registrar V7-V8 em ECG considerados normais quando a clínica for muito sugestiva;
PROGNÓSTICO DO IAM TIPO 1 vs TIPO 2
Em geral, dados revelam que a mortalidade em curto e longo prazos é PIOR PARA O IAM Tipo 2 em comparação com IAM tipo 1, embora sejam necessários estudos prospectivos para clarificar essa relação;
IAM RECORRENTE vs REINFARTO
IAM RECORRENTE é aquele que ocorre nos primeiros 28 dias após o primeiro evento. Por outro lado, aquele que ocorre após os 28 dias é considerado REINFARTO;
SACADA: SUPRA DE V1
SUPRA DE V1:
> + supra de V2-V3: oclusão de artéria DESCENDENTE ANTERIOR PROXMAL;
> + supra de DII, DIII e AVF: oclusão de artéria CORONÁRIA DIREITA;
QT CURTO
O valor de referência tanto pra homem como pra mulher é >340 ms;
ONDA P NA EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR
ONDA P NA EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR:
> ONDA P SINUSAL (intervalo PP igual ao intervalo PP anterior): pode ocorrer ANTES (simulando condução AV com PR curto, levando a um “complexo de fusão”), DURANTE (não sendo registrada no ECG) ou APÓS (mantendo a morfologia e o ciclo sinusal);
> ONDA P RETRÓGRADA (intervalo PP maior que o intervalo PP anterior): ciclo e morfologia distinta da sinusal;
CAUSAS DE RESISTÊNCIA AOS DIURÉTICOS
CAUSAS DE RESISTÊNCIA AOS DIURÉTICOS:
> Doses inadequadas;
> Não aderência (não tomar a medicação, dieta hipersódica);
> Fatores farmacocinéticos (baixa absorção por edema intestinal, secreção prejudicada do diurético para dentro do lúmen como DRC, idade ou drogas [AINES, probenecida]);
> Hipoproteinemia;
> Hipotensão;
> Síndrome nefrótica;
> Drogas antinatriuréticas (AINES, agentes anti-hipertensivos);
> Baixo fluxo renal;
> Remodelamento do néfron;
> Ativação neurohormonal;
FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA ESTIMADA
FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA ESTIMADA:
> Crianças e adolescentes: “208 - (0,7 x idade)”
> Adultos: “220 - idade”
OBSERVAÇÃO:
- A equação “220 - idade” não se mostra válida e apropriada para crianças e adolescentes, já que essa superestimou na média os valores da FCmáx para meninos na faixa etária de 10 a 16 anos.
DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA NA CIRURGIA ELETIVA
TEMPO MÍNIMO DE DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA CONFORME TIPO DE STENT ANTES DE CIRURGIA ELETIVA
DAC:
> Implante de stent convencional: 1 mês de DAPT;
> Implante de stent farmacológico (1 geração): 12 meses de DAPT;
- Implante de stent farmacológico (2 e 3 geração): 6 meses de DAPT;
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA:
- Independente do tipo de stent: 1 ano.
- Porém, se a cirurgia não pode ser postergada: 1 mês pra stent não farmacológico e 3 meses pra 2 e 3 geração.
DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA NA CIRURGIA DE URGÊNCIA
CIRURGIAS DE URGÊNCIA:
> Recomendação de manter AAS, a menos que haja alto risco de sangramento;
> Suspender inibidor de P2Y12, a menos que haja alto risco de trombose (IIa/C):
- Clopidogrel (5 dias antes)
- Ticagrelor (5 dias antes)
- Prasugrel (7 dias antes).
AUTORREGULAÇÃO RENAL (FEEDBACK TUBULOGOMERULAR E MECANISMO MIOGÊNICO)
AUTORREGULAÇÃO: permite uma constância relativa de filtração glomerular (FG) e do fluxo sanguíneo renal (FSR), dentro de um intervalo de pressões: 75-160 mmHg, prevenindo que alterações da PA se repercutam sobre a filtração glomerular. Deve existir um equilíbrio entre PRESSÃO ARTERIAL, FLUXO SANGUÍNEO RENAL e FILTRAÇÃO GLOBERULAR;
> FEEDBACK TUBULOGLOMERULAR (quando ocorre redução da PA): depende do APARELHO JUSTAGLOMERULAR. Quando a PA diminui, a concentração de NaCl ao nível da mácula densa diminui, o que conduz a ao efeito de aumento da liberação de renina pelas células justaglomerulares – aumento da formação de angiotensina II – constrição da arteríola eferente – alteração pressão hidrostática glomerular e da FG em direção a valores normais;
> MECANISMO MIOGÊNICO (quando ocorre aumento da PA): refere-se à capacidade intrínseca dos vasos sanguíneos se contraírem quando a PA aumenta o que previne o estiramento excessivo dos vasos e o aumento excessivo da FG e do FSR.