Cardiologia Flashcards
ARRITMIAS
Duração normal (QRS, PR e QT) | interpretação ECG (FREIOS)
QRS: normal até 120 ms (3 quadradinhos)
PR: normal de 120-200 ms
QT: normal até 440 ms
FREIOS
FC → 1500/RR
Ritmo → analisar onda P em DII
Eixo → analisar DI e aVF
Intervalos
Ondas
Segmentos
TAQUIARRITMIAS
Fluxograma de avaliação
1) Onda P?
- Presente e normal: taqui sinusal
- Presente e diferente: taqui atrial
2) Onda F?
- Presente: flutter atrial
3) Complexo QRS normal?
- Alargado: TV → polimórfica = torsades de pointes
- Derretido: FV
4) Intervalo RR regular?
- Irregular: FA
- Regular: taqui supraventricular
TAQUIARRITMIAS
Taqui sinusal | taqui atrial | flutter atrial (ECG e manejo)
Sinusal: onda P positiva e regular
Atrial: onda P diferente → comum em pcte com DPOC e cor pulmonale
Flutter atrial: onda F (serrilhado negativo) em DII, DIII e aVF
- Manejo: cardioversão elétrica SEMPRE | ibutilda como droga de escolha | ablação se flutter repetição
TAQUIARRITMIAS
Taqui ventricular (ECG, sustentada, torsades, manejo) | fibrilação ventricular
TV: ausência de P + QRS alargado
- Sustentada: duração > 30 segundos OU instabilidade hemodinâmica
- Torsades: TV polimórfica + QT alargado quando ritmo sinusal
- Manejo
* Monomórfica sustentada: cardioversão química ou elétrica (se instável, elétrica) → prevenir MS com BB + implante de CDI
* Torsades de Pointes: desfibrilação + sulfato de Mg
FV: degeneração da TV polimórfica; ausência de onda P + QRS derretido
- Ritmo de parada → desfibrilação
TAQUIARRITMIAS
Fibrilação atrial (ECG, exames, CHADSVAS, manejo) | taqui supraventricular (ECG, pcte típico e manejo)
FA: ausência de onda P + RR irregular
- Investigar etiologia: ecocardio + TSH e T4L
- CHADSVAS: congestão, HAS, age > 75, DM, stroke, vasulopatia, age > 65, sexo feminino
- Manejo
* Instável: cardioversão elétrica
* Estável: ABC → anticoagulação (NOACs ou varfarina se doença valvar), baixar FC (BB, BCC, digitálicos), controlar FR
Taqui supra: ausência de onda P + RR regular
- Pcte típico: mulher, jovem, hígida
- Manejo
* Instável: cardioversão elétrica
* Estável: manobra vagal ou adenosina
* Se repetição: ablação
BRADIARRITMIAS
Fluxograma de avaliação | benignas X malignas
1) Onda P positiva em DI, DII e DIII e negativa em aVR?
2) Onda P seguida de QRS?
3) Intervalo PR normal?
Benignas: originadas em local alto → respondem a atropina
Malignas: originadas em local baixo, sem inervação parassimpática → corrigida apenas com MP
BRADIARRITMIAS
Bradicardia sinusal - ECG | manejo
Onda P presente e positiva em DI, DII e DIII e negativa em aVR, sempre seguida de QRS
Manejo (se sintomático): atropina → se refratário, adrenalina, dopamina ou implante de MP
BRADIARRITMIAS
Bloqueios AV benignos X malignos (manejo e grau )
Benignos: observar ou atropina → MP se refratário
- BAV 1 grau: alargamento de PR, sem nunca bloquear (atraso apenas)
- BAV 2 grau - Mobitz I: PR irregular, aumento progressivo até bloquear
Malignos: implante de MP
- BAV 2 grau - Mobitz II: PR regular, bloqueios espontâneos
- 3 grau (BAVT): dissociação total da condução AV; FC muito baixa
PCR
Manejo - BLS | ACLS
BLS: CABD (*se asfixia ou afogamento, ABC)
- Compressões torácicas
- Abrir VA
- Breathing (2 V : 30 C)
- Desfibrilador → chocar ritmos chocáveis (FV ou TVSP)
* Após, retomar RCP por mais 5 ciclos e revisar ritmo
ACLS: pcte mantém PCR após primeiro choque
- VA avançada
- Acesso venoso ou intraósseo
- Tratar a arritmia
* Chocáveis (FV e TVSP): chocar novamente → 5 ciclos de RCP + adrenalina → revisar ritmo
* Não chocáveis (AESP ou assistolia): CaGaDa para assistolia + adrenalina e retomar 5 ciclos de RCP
- Identificar e corrigir causas reversíveis
PCR
Causas reversíveis - H (5) | T (5)
Hipóxia
Hipotermia
Hipovolemia
H+ (acidose)
Hiper/hipocalemia
TEP
Toxicidade
Tamponamento
Tensão torácica
Trombose coronariana
PCR
Cuidados pós-parada - satO2 | PAS e PAM | Tax
SatO2 entre 92-98% com a menor FiO2 possível
PAS > 90 mmHg e PAM > 65 mmHg
Tax entre 32-36 por 24h para pcte comatoso
IC
FE reduzida X FE preservada - FEVE | ventrículos | disfunção | ausculta
ICFEr
- FEVE < 40%
- Cardiomiopatia dilatada
- Disfunção sistólica
- Ausculta com B3
ICFEp
- FEVE > 50%
- Cardiomiopatia hipertrófica
- Disfunção diastólica
- Ausculta com B4
IC
Diagnóstico | critérios de Framingham maiores (9) e menores (7)
Diagnóstico: 2 maiores OU 1 maior + 2 menores
Critérios maiores
1) Turgência jugular
2) DPN
3) Estertores pulmonares
4) EAP
5) Cardiomegalia ao RX
6) B3
7) PVC > 16 cm H2O
8) Refluxo abdomino-jugular
9) Perda > 4,5 kg em 5 dias com tto
Critérios menores
1) Edema de MI bilateral
2) Tosse noturna
3) Dispneia aos esforços
4) Hepatomegalia
5) Derrame pleural
6) Diminuição da capacidade funcional
7) FC > 120 bpm
IC
Exames complementares (4) | classe funcional NYHA
Exames
- Labs: HMG, glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, T4L e TSH
- ECG e RX tórax
- Ecocardiograma
- BNP e NT-proBNP → seguimento e prognóstico
NYHA
I: sem dispneia
II: dispneia com atividades usuais
III: dispneia com qualquer atividade
IV: dispneia em repouso
ICFEr
Tratamento - fármacos (11)
iECA: TODOS pctes
BRA: substitui iECA em caso de angioedema e tosse
Antagonistas da aldosterona (espironolactona): acrescentar ao iECA se pcte manter boa função renal
INRAs (sacubitril): substitui iECA se pctes sintomáticos otimizados
BB: apenas para pctes pouco congestos
iSGLT2: TODOS pctes
Nitrato + hidralazina: se contraindicação a iECA/BRA ou pcte negro sintomático otimizado
Ivabradina: acrescentar ao BB se pcte mantiver FC > 70 bpm
CDI ou TRC: FE < 35% + sintomático otimizado
Diuréticos: sintomáticos → preferir furo e SN adicionar HCTZ
Digoxina: pctes refratários
ICFEr
Tratamento - na prática
SEMPRE: reduzir risco CV (MEV e vacinação) + iECA
- Se pcte manter função renal, adicionar espironolactona
- Se pcte não ficar congesto, adicionar BB
- Adicionar ISGLT2 para todos
ICFEp
Manejo
Diuréticos para congestão
Tratar isquemia, FA, HAS
ISGLT2 para todos
IC agudizada - perfis
Perfil A: quente e seco → avaliar outras causas para os sintomas
Perfil B: quente e úmido → diuréticos e vasodilatadores
Perfil C: frio e úmido → ionotrópicos e vasodilatadores
Perfil D: frio e seco → hidratação venosa
HAS
Diagnóstico (4) | classificação | LOAs
Diagnóstico
- Média de 2 medidas diferentes > 140/90 OU 1 medida > 180/110
- MAPA: > 130/80 em 24h, > 135/85 em vigília ou > 120/70 durante o sono
- MRPA: > 130/80
- LOA em pcte normotenso
Classificação
- PA ótima: < 120/80
- Pré-hipertensão: 130-139/85-89
- HAS estágio I: 140-159/90-99
- HAS estágio II: 160-179/100-109
- HAS estágio III: > 180/110
LOAs
- Coronariopatia e cardiopatia hipertensiva
- Doença cerebrovascular
- Retinopatia hipertensiva
- Nefropatia hipertensiva
- DAOP
HAS
Tratamento - PA alvo | MEV | farmacológico | na prática
PA alvo: < 140/90
- Se alto risco, < 130/80
MEV: restrição sódica, dieta DASH, redução de peso, redução de consumo de álcool
Farmacológico
* Primeira linha
- iECA/BRA: nefroproteção
- Tiazídicos: pctes negros
- BCC: pctes negros e DAOP
* Segunda linha: BB, alfa-bloqueador, clonidina, metildopa, hidralazina, alisquireno e espirono (4a droga)
Na prática
- PA normal: reavaliar em 1 ano
- Pré-HAS: MEV (+ monoterapia se alto risco ou manter por 3 meses)
- HAS estágio I: MEV + monoterapia (+ segunda droga se alto risco)
- HAS estágio II e III: MEV + 2 drogas (se grande idoso, monoterapia)
HAS
Causas de hipertensão secundária (5) - achados | diagnóstico
Doença renal parenquimatosa: IR, edema → USG renal, TFG
Renovascular (estenose art. renal): sopro abdominal, hipoK, alcalose → angioTC, angiografia renal
Hiperaldosteronismo 1o: hipoK, alcalose → aumento de aldosterona e redução de renina
Feocromocitoma: crises adrenérgicas → metanefrinas e catecolaminas
SAOS: ronco, sonolência diurna → polissonografia
HAS
Crise hipertensiva - classificação e manejo| LOAs (3)
Urgência hipertensiva: sem LOA → captopril ou clonidina VO
Emergência hipertensiva: com LOA → nitroprussiato, BB ou nitroglicerina IV
- Alvos: reduzir 25% da PA em 1h e em 2-6h reduzir para 160/100
Encefalopatia hipertensiva: cefaleia, N/V, confusão e convulsão → nitroprussiato IV
HAS acelerada ou maligna: retinopatia graus 3/4 + lesão renal → nitroprussiato IV
Dissecção aguda de aorta: dor torácica súbita que irradia para dorso
- Suspeita: BB + nitroprussiato
- Confirmado com angioTC ou ecoTE: cx se tipo A ou tipo B complicado
- Classificação de DeBakey
* I: toda a aorta
* II: aorta ascendente
* III: aorta descendente
- Classificação de Stanford
* A: pega aorta ascendente
* B: só pega aorta descendente
VALVULOPATIAS
Estenose mitral - causa | manifestações | exames (3) | EF | manejo
Causa: febre reumática
Manifestações: dipsneia que piora com aumento da FC + aumento do AE
Exames complementares
- ECG: aumento do AE
- RX TX: duplo contorno, bailarina, deslocamento do esôfago
- Ecocardio: área valvar < 1,5 = grave
EF: ruflar diastólico com reforço pré-sistólico e estalido de abertura
Manejo: BB OU valvoplastia por cateter-balão
VALVULOPATIAS
Estenose aórtica - causa | manifestações | exames (3)| EF | manejo
Causas: degeneraçao, má formação (bicúspide), reumática
Manifestações: angina + síncope + dispneia
Exames complementares:
- ECG: HVE (V5 e V6 com QRS aumentado e padrão de Strain)
- RX TX: dilatação de VE
- Ecocardio: área valvar < 1 = grave
EF: sopro mesossistólico em diamante, irradiação para carótidas; pulso parvus et tarduas
Manejo: evitar BB + troca valvar (TAVI para > 70 anos)