Capítulo 8-5ª Parte Flashcards

1
Q

O SIMBOLISMO NOS SONHOS

A questão do simbolismo nos sonhos não recebeu, de início, _______ importância por parte de Freud e foi graças à influência de Wilhelm Stekel que ele se propôs reformular sua apresentação inicial do tema, introduzindo na quarta edição de A interpretação de sonhos (1914) uma nova seção sobre o simbolismo.

A

grande

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2
Q

A importância menor atribuída ao simbolismo, antes dessa data, pode ser atestada pela oposição feita por Freud, por ocasião da primeira edição da Traumdeutung, entre a interpretação simbólica e o ________ de decifração, e a afirmação de que este último era o que estava mais próximo do método psicanalítico.

A

método

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3
Q

Não pretendo entrar aqui na discussão sobre a natureza do ________ nem apresentar as várias teorias existentes sobre o assunto.

A

símbolo

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4
Q

No entanto, dada a extrema diversidade de sentido de que se revestem termos tais como símbolo, simbólico, simbolismo, simbolização, função simbólica etc., vejo-me na obrigação de estabelecer alguns referenciais para o seu emprego neste trabalho e, sobretudo, para o emprego que _______ faz de alguns deles.

A

Freud

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5
Q

Etimologicamente, a palavra “símbolo” vem do grego (symbolon) e era empregada, dentre outras maneiras, para designar as duas ________ de um objeto partido que se aproximavam (Lalande, 1968).

A

metades

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6
Q

Esse significado etimológico é interessante por indicar que, desde suas origens, o emprego do termo já era feito não no sentido de expressar uma qualidade de objeto, mas uma relação, e, mais ainda, o símbolo já era, desde _________, visto como um signo convencional (não natural).

A

Aristóteles

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7
Q

É essa natureza convencional do símbolo que, para além das divergências teóricas, pode ser apontada como sua característica ________.

A

fundamental.

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8
Q

Tomemos como referencial a distinção feita por C. S. Peirce (1977, pp. 63-76) entre ícones, índices e __________.

A

símbolos.

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9
Q

Todos três são signos, e um signo é considerado por ele como sendo aquilo que, sob certo aspecto ou modo, _______ alguma coisa (seu objeto).

A

representa

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10
Q

Em função de sua relação com o ________, um signo pode ser denominado índice, ícone ou símbolo.

A

objeto

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11
Q

Um signo é denominado índice (ou sinal) quando mantém uma relação _____ com o objeto que ele representa.

A

direta

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12
Q

Assim, uma rua molhada pode ser índice ou sinal de que _______.

A

choveu

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13
Q

Um signo é denominado ícone quando sua relação com o objeto é de __________.

A

semelhança.

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14
Q

É o caso, por exemplo, da relação existente entre um retrato e o _________.

A

retratado.

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15
Q

Um signo pode ainda ser denominado símbolo, e isso acontece quando sua relação com o objeto é arbitrária ou __________, isto é, não natural.

A

convencional

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16
Q

É o caso das ________.

A

palavras.

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17
Q

Ao contrário dos índices e dos ícones, os símbolos “não são procuradores de seus objetos, mas veículos para a ___________ de objetos”, como diz S. Langer (1970, p. 70).

A

concepção

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18
Q

Isso quer dizer que um símbolo não indica nenhuma coisa em particular; ele apenas denota uma espécie de __________ (Peirce, 1977, p. 73).

A

coisa

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19
Q

É esse caráter arbitrário do símbolo que faz com que ele seja tomado num sentido _______ ou menos amplo.

A

mais

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20
Q

O termo “arbitrário” referido ao símbolo não designa gratuidade ou ausência de ordem, mas o fato de que o símbolo não pertence ao universo ________ ou biológico e sim ao universo do sentido.

A

físico

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21
Q

Ele é arbitrário ou convencional porque não é _______.

A

natural

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22
Q

Ocorre, porém, que para alguns autores todo fenômeno social é considerado também como sendo arbitrário, o que pode fazer com que, por identificação, a noção de símbolo adquira a mesma _________.

A

extensão

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23
Q

Para Marcel Mauss, por exemplo,todo fenômeno social tem na verdade um atributo essencial: seja um símbolo, uma palavra, um instrumento, uma instituição; seja mesmo a língua, e até a ciência mais benfeita; seja ele o instrumento mais bem-adaptado aos melhores e mais numerosos fins, seja ele o mais ________ possível, o mais humano, ele é ainda arbitrário. (cit. p. Bourdieu, 1974, p. XXVI)

A

racional

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24
Q

Na mesma linha de pensamento, Lévi-Strauss vai colocar o simbólico como o ________ a priori do social.

A

próprio

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25
Q

Para ele, não há fatos sociais que são, em seguida, simbolizáveis, mas, ao contrário, a vida social só pode emergir a partir do pensamento _________.

A

simbólico.

26
Q

O simbólico não é o ponto de chegada do social, mas seu _______ de partida.

A

ponto

27
Q

A própria comunicação não é possível senão em função de um sistema simbólico que funda a _________ e torna possível o social.

A

linguagem

28
Q

Essa função simbólica, especificamente humana e sujeita a leis, é o que LéviStrauss chama de ____________.

A

inconsciente.

29
Q

_________ ainda a esse ponto.

A

Voltarei

30
Q

A noção de símbolo recebe, no entanto, sua extensão máxima com E. Cassirer, que faz da “função simbólica” o mediador entre a __________ e o real.

A

subjetividade

31
Q

Para Cassirer, em lugar de definirmos o homem como sendo um animal ___________, deveríamos defini-lo como um animal simbólico, pois não é a racionalidade que torna possível a simbolização, mas, ao contrário, esta é que é a precondição da racionalidade humana (Cassirer, 1945a, b).

A

racional

32
Q

Assim, não somente a linguagem verbal, mas a _________ na sua totalidade, incluindo os ritos, as instituições, os costumes etc., são considerados formas simbólicas.

A

cultura

33
Q

Como a questão do símbolo será analisada de forma mais ampla quando estudarmos a contribuição de J. Lacan para a _______, limitar-me-ei a assinalar, por enquanto, a transformação que o conceito de símbolo sofreu nos primeiros escritos de Freud e o que representou o momento de A interpretação de sonhos.

A

psicanálise

34
Q

O primeiro emprego que Freud faz da noção de símbolo é em seu artigo de 1894: As neuropsicoses de ________.

A

defesa.

35
Q

Utiliza-o como sinônimo de “sintoma _________” ou “sintoma histérico”, querendo com isso dizer que o fenômeno em questão funciona como “símbolo” de um traumatismo patogênico (Freud, ESB, v. III, p. 61).

A

mnêmico

36
Q

Ao apresentar o caso de Elizabeth von R., Freud escreve que poderíamos supor “que a paciente fizera uma associação entre as suas impressões mentais dolorosas e as dores corporais que sentia, e que agora, em sua vida de __________, estava usando suas sensações físicas como símbolo das mentais” (ESB, v. II, p. 193).

A

lembranças

37
Q

Fica claro, pelo exemplo, que Freud emprega o termo “símbolo” como sinônimo de “_______”, ao fazer das lembranças de Elisabeth von R. um mero sinal temporal de um acontecimento traumático.

A

sinal

38
Q

Nesse caso, o código que permitiria decifrar o “_______” é absolutamente privado, individual, nada tendo de universal.

A

símbolo

39
Q

Um sinal dessa espécie não pode ser interpretado simbolicamente; a única forma de chegarmos ao seu significado é através das __________ feitas pelo paciente, já que apenas ele detém a chave que permite articular o sinal e o sinalizado.

A

associações

40
Q

Paralelamente a esse primeiro emprego da noção de símbolo, Freud faz uso do mesmo termo com um sentido que já demonstra certa independência com relação ao de “símbolo mnêmico”: é o que ele denomina “ato sintomático simbólico”, do qual nos oferece um excelente exemplo em A ___________ da vida cotidiana (cit. p. Lorenzer, 1976, p. 17).

A

psicopatologia

41
Q

Apesar de longo, vale a pena transcrevê-lo: Eu estava almoçando num restaurante com meu colega H., doutor em ________.

A

filosofia.

42
Q

Falou das dificuldades dos estudantes antes da formatura, e mencionou de passagem que, antes de terminar seus estudos, havia trabalhado como secretário do embaixador ou, mais exatamente, do ministro plenipotenciário e extraordinário do _______.

A

Chile

43
Q

“Mas então o ministro foi transferido e não me apresentei ao seu ________.”

A

sucessor

44
Q

Enquanto dizia a última sentença, ergueu um pedaço de bolo até a boca, mas deixou-o cair da _____ de modo aparentemente desajeitado.

A

faca

45
Q

Entendi logo o significado oculto desse ato sintomático e, como que casualmente, intervim, dizendo ao meu colega não familiarizado com a psicanálise: “Você certamente ________ um bom bocado.”

A

perdeu

46
Q

Ele, no entanto, não percebeu que minhas palavras podiam igualmente referir-se ao seu ato ___________, e repetiu as mesmas palavras com uma vivacidade surpreendente e peculiarmente deleitável, como se minha observação lhe tivesse tirado a palavra da boca: “Sim, certamente perdi um bom bocado”, e em seguida aliviou-se com uma descrição detalhada do modo desajeitado pelo qual perdera aquele emprego bem pago.

A

sintomático

47
Q

O significado do ato sintomático simbólico torna-se mais claro tendo em vista que meu colega tinha escrúpulos de descrever, a um conhecido bastante distante como eu, a precariedade da sua situação _______.

A

material.

48
Q

Portanto, tal pensamento intrometido disfarçou-se em ato sintomático que exprimiu simbolicamente aquilo que estava para permanecer _________, e dessa maneira lhe deu alívio proveniente de fontes inconscientes. (Freud, ESB, v. VI, p. 246)

A

oculto

49
Q

A diferença entre o ato sintomático simbólico e o símbolo mnêmico é que no primeiro podemos detectar uma analogia de conteúdo entre o signo e o _________, enquanto no segundo essa analogia não precisa estar presente.

A

referente

50
Q

A analogia entre “perder um bom emprego” e “deixar cair um bom pedaço de bolo da boca” é bastante clara, ao passo que nos símbolos mnêmicos _______ existe qualquer semelhança entre o signo e o referente; o signo não expressa o ato traumático, apenas associa-se a ele temporalmente.

A

não

51
Q

É, porém, em A interpretação de sonhos que Freud vai se referir a símbolos que se distinguem _____________ dos referidos antes.

A

fundamentalmente

52
Q

A existência desses símbolos foi-lhe sugerida pelo fato de que certos desejos ou certos conflitos eram representados no sonho de forma semelhante, _____________ do sonhador.

A

independentemente

53
Q

A esses sonhos Freud chamou “sonhos típicos”. Esses sonhos (e não apenas eles) lançam mão de símbolos já existentes e presentes no inconsciente de cada ___________.

A

indivíduo.

54
Q

Encontramos esses símbolos não apenas nos sonhos, mas na arte, nos mitos, na _____, e sua característica básica é a constância da relação entre o símbolo e o simbolizado, relação essa que pode ser de forma, de função, de ritmo etc.

A

religião

55
Q

Freud chama a esses símbolos “elementos _________” do sonho, pois sobre eles o paciente é incapaz de fornecer associações.

A

mudos

56
Q

A existência desses símbolos nos sonhos faz com que sejam exigidas duas formas distintas de interpretação: uma que faz uso das associações fornecidas pelo _________ e outra que se exerce diretamente sobre os símbolos.

A

paciente

57
Q

A razão disso está em que, no primeiro caso, a ________ que permite ao intérprete decifrar o sentido do sonho é individual e pertence ao sonhador.

A

chave

58
Q

O único meio de burlar a censura e chegar ao significado oculto é através das __________ que o sonhador realizar.

Não existe, nesse caso, código geral ou universal.

O código é privado.

A

associações

59
Q

No caso dos sonhos que empregam símbolos, o sonhador se _______ de algo já pronto.

A

serve

60
Q

Apesar de o sonho ter sido uma produção sua, o símbolo utilizado pertence à _________ e seu significado transcende ao sonhador.

A interpretação nesse caso depende do conhecimento que o intérprete possui dos símbolos e não das associações fornecidas.

A

cultura

61
Q

Freud chama atenção para o fato de que, apesar de os símbolos empregados nos sonhos serem muito numerosos, os campos aos quais se confere uma representação simbólica são relativamente ___________.

A

reduzidos

62
Q

O corpo humano, os pais, os filhos, o nascimento e a morte, a nudez e a sexualidade, são campos privilegiados pelo simbolismo __________.

A

onírico.